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07/08/2012 1 INSTRUMENTAL CIRÚRGICO LAIRTON RODRIGUÊS BRAZ Professor INTRODUÇÃO O ato cirúrgico era praticado bem antes do aparecimento de instrumental sofisticado, sendo utilizados bisturis de pedra, pederneiros amolados e dentes de animais. Com a utilização do aço inoxidável, foi propiciado um material superior para a fabricação de instrumentais cirúrgicos. A introdução da anestesia em 1840 e a adoção da técnica de anti-sepsia de Lister, por volta de 1880, influenciaram fortemente a confecção do instrumental cirúrgico, já que permitiram ao cirurgião trabalhar de forma mais lenta e eficaz, realizando procedimentos mais longos e mais complexos. INSTRUMENTAL CIRÚRGICO Tempos Básicos A utilização do instrumental cirúrgico é planejada em função do tipo de cirurgia e dos tempos cirúrgicos. De modo geral as intervenções cirúrgicas se realizam em quatro tempos básicos: 1 – Diérese (abertura) 2 – Hemostasia 3 – Exerese (cirurgia propriamente dita) 4 – Síntese (sutura) INSTRUMENTAL CIRÚRGICO Tempos Básicos – Diérese Consiste em separar tecidos, ou planos anatômicos, para atingir uma região ou órgão. A diérese pode ser realizada por vários métodos: Mecânico: utilizando instrumental cortantes, como: bisturi, tesoura, faca, serra, agulhas e etc. Térmico: realiza-se com o emprego do calor, como no caso do bisturi elétrico. Crioterapia: realiza-se por meio de resfriamento brusco e intenso da área a ser operada, com utilização de nitrogênio líquido. Raio Laser: realiza-se por meio de ondas luminosas concentradas em alta potência. INSTRUMENTAL CIRÚRGICO Tempos Básicos – Hemostasia Consiste em determinar ou prevenir a hemorragia decorrente do processo cirúrgico. Pode ser feita por meio de pinçamento e ligadura de vasos sanguíneos, eletrocoagulação e compressão. Estes métodos podem ser usados simultâneos ou individualmente. INSTRUMENTAL CIRÚRGICO Tempos Básicos – Exerese É o momento em que o cirurgião atinge o ponto desejado para a realização da intervenção, visando diagnóstico, controle ou resolução das intercorrências, reconstituindo a área e deixando- a o mais fisiológica possível. 07/08/2012 2 INSTRUMENTAL CIRÚRGICO Tempos Básicos – Síntese É a união dos tecidos, cujo resultado será mais fisiológico, quanto mais anatômico for a separação. Pode ser classificada em: Uso da Sutura Cruenta: consiste na união de tecidos realizada por meio de sutura permanente ou removível; Incruenta: consiste na aproximação de tecidos, unindo as bordas, por meio de gesso, adesivos ou atadura; Tempo para Síntese Imediata: consiste na união ou aproximação de tecidos imediatamente após a incisão; Mediata: consiste na união ou aproximação de tecidos após algum tempo a incisão; Tipo de Síntese Completa: consiste na união ou aproximação dos tecidos e é realizado em toda a extensão da incisão; Incompleta: consiste na união ou aproximação dos tecidos realizada em toda incisão, mantendo-se um pequena abertura para inserção de drenos. GRUPOS DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS Os instrumentais cirúrgicos são agrupados de acordo com os tempos cirúrgicos e para efeito didático, e classificados em 7 grupos: Grupo I – Diérese Grupo II – Hemostasia Grupo III – Síntese Grupo IV – Especiais Grupo V – Auxiliar Grupo VI – Campos Grupo VII – Afastadores ou de exposição GRUPO I – Bistuti e Cabos Este grupo praticamente é composto por instrumentos cortantes, como bisturi e tesouras. 10 11 15 20 22 23 24 São numeradas de 9 à 50 O cabo nº 3 é destinado para lâminas pequenas, das de número 9 às de número 17, em incisões mais delicadas. Já o cabo número 4 é destinado para lâminas maiores, das de número 18 às de número 50. GRUPO I – Bistuti e Cabos Lâmina sendo encaixada no colo do cabo de bisturi Empunhadura do tipo lápis. Empunhadura do tipo arco-de-violino. GRUPO I – Tesouras Têm como função principal efetuar a secção ou a divulsão de tecidos orgânicos, além de seccionar materiais cirúrgicos, como gaze, fios, borracha, entre outros. Metzenbaum Mayo-Stille GRUPO I – Tesouras As tesouras variam no tamanho, no formato da ponta e na curvatura. Mayo-Stille Curta Longa Pontiagudas Rombas Mistas (Pontiaguda+Romba) 07/08/2012 3 GRUPO I – Tesouras Mayo-Stille Reta Curva GRUPO I – Instrumentais de Preensão São basicamente constituídos pelas pinças de preensão, que são destinadas à manipulação e à apreensão de órgãos, tecidos ou estruturas. Pinça Dissecção Pinça Dente de Rato Adson GRUPO I – Instrumentais de Preensão Pinça anatômica: com ranhuras finas e transversais, possuindo uma utilização universal. GRUPO I – Instrumentais de Preensão Pinça dente de rato: por apresentar dentes em sua extremidade, é utilizada na preensão de tecidos mais grosseiros, como plano muscular e aponeurose (tração de tendões). 07/08/2012 4 GRUPO I – Instrumentais de Preensão Pinça Cushing GRUPO I – Instrumentais de Preensão Por serem consideradas instrumentais auxiliares, as pinças de preensão são geralmente empunhadas com a mão não-dominante (tipo lápis), sendo que o dedo indicador é o responsável pelo movimento de fechamento da pinça, enquanto que os dedos médio e polegar servem de apoio. GRUPO II - HEMOSTASIA A hemostasia é um dos tempos fundamentais da cirurgia e tem por objetivo prevenir ou corrigir as hemorragias, evitando, dessa forma, o comprometimento do estado hemodinâmico do paciente, além de impedir a formação de coleções sanguíneas e coágulos no período pós-operatório, fenômeno este que predispõe o paciente a infecções. GRUPO II - HEMOSTASIA Estruturalmente, essas pinças guardam semelhança com as tesouras, apresentando argolas para empunhadura. Diferem, no entanto, das tesouras por apresentarem cremalheira, uma estrutura localizada entre as argolas que tem por finalidade manter o instrumental fechado de maneira auto-estática, oferecendo diferentes níveis de pressão de fechamento. GRUPO II – Pinça Kelly Apresentam ranhuras transversais na face interna de suas pontas e podem ser retas ou curvas. Reta Curva GRUPO II – Pinça Crile Apresentam ranhuras transversais na face interna de suas pontas e podem ser retas ou curvas. Reta Curva 07/08/2012 5 GRUPO II – Pinça Crile x Kelly Kelly Crile GRUPO II – Pinça Halstead Destinada ao pinçamento de vasos de pequeno calibre, também pode ser denominada pinça mosquito. GRUPO II – Pinça Mixter Apresenta ponta em ângulo aproximadamente reto em relação ao seu corpo, sendo largamente utilizada na passagem de fios ao redor de vasos para ligaduras, assim como na dissecção de vasos e outras estruturas. Pinça Baby Mister GRUPO II – Pinça Kocher Embora classificada como instrumental de hemostasia, não é habitualmente empregada para esta finalidade, uma vez que apresenta dentes em sua extremidade. Seu uso mais habitual é na preensão e tração de tecidos grosseiros como aponeuroses (tração de tendões). GRUPO II – Pinça Pean GRUPO II – Pinça Rochester 07/08/2012 6 GRUPO II – Disposição das Pinças Hemostáticas na Mesa de Instrumentação Pinça Kocher Curva e Reta Pinça Rochester Curva e Reta Pinça Crile Curva e Reta Pinça Kelly Curva e Reta Pinça Mixter Curva Pinça Halstead Pinça Pean Reta GRUPO III– Síntese A síntese geralmente é o tempo final da cirurgia e consiste na aproximação dos tecidos seccionados ou ressecados no decorrer da cirurgia, com o intuito de favorecer a cicatrização dos tecidos de maneira estética, além de evitar as herniações de vísceras e minimizar as infecções pós-operatórias. Os instrumentais utilizados para este fim são os porta-agulhas, que se apresentam em dois modelos principais: GRUPO III – Síntese Porta-agulha Porta-agulhas de Mayo-Hegar: é estruturalmente semelhante às tesouras e pinças hemostáticas, apresentando argolas, para a empunhadura, e cremalheira, para o fechamento auto-estático. GRUPO III – Síntese Porta-agulha Porta-agulhas de Mathieu: possui hastes curvas, semelhante a um alicate, com cremalheira pequena. É utilizado em suturas de tecidos superficiais GRUPO III – Síntese Porta-agulha A face interna desses instrumentais apresenta ranhuras em xadrez, apresentando eventualmente também um sulco longitudinal, que facilitam a fixação das agulhas aos mesmos. Além dos porta-agulhas, outros materiais são utilizados na síntese, como os fios, agulhas e fios agulhados. GRUPO III – Síntese Agulhas de Sutura AGULHAS CURVAS: utilizadas nas profundidades dos tecidos, pois, sua curvatura mais acentuada permite uma rotação mais fácil do porta-agulhas. AGULHAS RETAS: Utilizadas para transpassar um fio, com a mão, sem o porta-agulhas. Seu uso tem sido cada vez mais raro. 07/08/2012 7 GRUPO III – Síntese Fios de Sutura São utilizados com a finalidade básica de ligadura de vasos sanguíneos e sutura de tecidos orgânicos. A decisão quanto ao tipo de fio a ser utilizado em cada sutura, é do cirurgião, devendo observar os seguintes critérios: 1 – tempo necessário de permanência do fio no organismo; 2 – tipo de tecido suturado; 3 – Estado geral do paciente. GRUPO III – Síntese Fios de Sutura Classificação dos fios: Quanto à absorção: Absorvíveis: são os que decorrido algum tempo após a sutura, por ação orgânica são absorvidos. Podem ser de origem animal (Cat Gut – fabricado do colágeno , extraído do intestino delgado dos bovinos, a qual passa por processo de limpeza e purificação química) ou sintéticos (ácido poliglicólico). Inabsorvíveis: são os que ficam permanentemente no organismo. Podem ser de origem animal (seda), origem vegetal (algodão e linho) e de origem metálica (aço). GRUPO III – Síntese Fios de Sutura – Cat Gut Cat Gut Simples: é o que não sofreu nenhum tratamento, que altere seu período de absorção, cuja perda de resistência se dá por volta do 5º ou 6º dia, e a absorção total de 15 a 18 dias. Cat Gut Cromado: fio tratada com sal crômico, de onde vem o nome, perda de resistência se dá por volta do 9º ou 11º dia, e a absorção total de 15 a 25 dias. GRUPO III – Síntese Fios de Sutura – Apresentação Monofilamentares: produzidos com um único filamento, sendo menos maleáveis que os Multifilamentares. Ex: categute simples e cromado, seda, náilon, poliéster, aço inoxidável, etc. Multifilamentares: vários filamentos torcidos e enrolados entre si, levando a uma maior flexibilidade e mais fácil manuseio, são mais traumatizantes e ásperos ao passarem por tecidos. Ex: algodão, linho, seda, poliéster revestido de teflon, etc. GRUPO III – Síntese Fios de Sutura – Apresentação Os fios tem diâmetros ou calibres variados expressos em zeros 0 00 000 0000 (O número de zeros corresponde a um diâmetro capaz de determinar a resistência Tênsil) Quanto maior o número de zeros, mais fino é o fio. GRUPO IV – Especiais Os instrumentais especiais são aqueles utilizados para finalidades específicas, nos procedimentos que consistem no objetivo principal da cirurgia. São muitos e variam de acordo com a especialidade cirúrgica.Estes instrumentos são usados somente na exerese, por isso ocupam o lugar mais distante na mesa de instrumentação cirúrgica. 07/08/2012 8 GRUPO IV – Especiais Pinça de Duval: apresenta extremidade distal semelhante ao formato de uma letra “D”, com ranhuras longitudinais ao longo da face interna de sua ponta. Por apresentar ampla superfície de contato, é utilizada em diversas estruturas, a exemplo das alças intestinais. GRUPO IV – Especiais Pinça de Allis: apresenta endentações em sua extremidade distal, o que a torna consideravelmente traumática, sendo utilizada, portanto, somente em tecidos grosseiros ou naqueles que irão sofrer a exérese, ou seja naqueles que irão ser retirados do organismo. GRUPO IV – Especiais Clamp Intestinal: apresenta ranhuras longitudinais (sendo este modelo pouco traumático) ou transversais ao longo da face interna de sua ponta. É utilizado na interrupção do trânsito intestinal, o que o classifica como instrumental de coproestase. GRUPO IV – Especiais Fórceps: utilizado em cirurgias obstétricas, apresenta ramos articulados, com grandes aros em sua extremidade, para o encaixe na cabeça do concepto durante partos em que o mesmo esteja mal posicionado ou com outras complicações. Quando desarticulado, é utilizado em cesarianas, no auxílio da retirada do neonato. GRUPO IV – Especiais Saca-bocado: semelhante a um grande alicate, é utilizado na retirada de espículas ósseas em cirurgias ortopédicas. GRUPO IV – Especiais Cureta de Siemens: Também chamada de Cureta uterina. É amplamente utilizada em procedimentos obstétricos para remoção de restos placentários e endometriais da cavidade uterina especialmente após abortos, onde resquícios do feto podem permanecer na cavidade. Possui uma superfície áspera, a qual realiza a raspagem; e outra lisa, para que a parede do útero não seja lesionada durante o procedimento. 07/08/2012 9 GRUPO IV – Especiais Pinça de Babcock: Possui argolas e cremalheiras. Na extremidade distal possui uma pequena superfície de contato o que torna pouco traumática. Dessa forma, pode ser utilizada na manipulação de alças intestinais GRUPO V – Instrumentais Auxiliares Este grupo é composto por instrumentos auxiliares de preensão. Como o próprio nome indica, destinam-se a auxiliar o uso de outros instrumentos. Podendo ser incluído neste grupo também algumas pinças do Grupo II de Hemostasia. GRUPO V – Instrumentais Auxiliares Pinça de Adson: A pinça de Adson, por apresentar uma extremidade distal estreita e dessa forma, uma menor superfície de contato, é utilizada em cirurgias mais delicadas, como as pediátricas. É encontrada em três versões: Pinça de Adson atraumática Pinça de Adson traumática. Pinça de Adson dente-de-rato 07/08/2012 10 GRUPO VI – Pinças de Campo Esse grupo é composto por pinças que se destinam à fixação dos campos estéreis para delimitação do campo cirúrgico. Pinça de Backhaus Pinça de Bernhard GRUPO VII – Afastadores São elementos mecânicos destinados a facilitar a exposição do campo operatório, afastando as bordas da ferida operatória e outras estruturas, de forma a permitir a exposição de planos anatômicos ou órgãos subjacentes, facilitando o ato operatório, sendo divididos em. Afastadores dinâmicos: exigem tração manual contínua Afastadores auto-estáticos: são instrumentais que por si só mantém as estruturas afastadas e estáveis. GRUPO VII Afastadores Dinâmicos Afastador de Farabeuf: apresenta-se em formato de “C” característico, sendo utilizado no afastamento de pele, tecido celular subcutâneo emúsculos superficiais. GRUPO VII Afastadores Dinâmicos Afastador de Doyen: por se apresentar em ângulo reto e ter ampla superfície de contato, é utilizado primordialmente em cirurgias abdominais. GRUPO VII Afastadores Dinâmicos Afastador de Deaver: por apresentar sua extremidade distal em formato de semilua, análoga ao desenho de contorno dos pulmões, é amplamente utilizado em cirurgias torácicas, podendo também ser utilizado em cirurgias abdominais. GRUPO VII Afastadores Dinâmicos Válvula Maleável: empregada tanto em cirurgias na cavidade torácica, quanto na cavidade abdominal. Por ser flexível, pode alcançar qualquer tipo de formato ou curvatura, sendo, portanto, adaptável a qualquer eventual necessidade que venha a surgir durante o ato operatório. Outra importante função é a proteção das vísceras durante suturas na parede da cavidade abdominal. 07/08/2012 11 GRUPO VII Afastadores Auto-estáticos Afastador de Gosset ou Laparostato: utilizado em cirurgias abdominais. Deve ser manipulado em sua extremidade proximal, para que se movimente, uma vez que a distal, que entra em contato com as estruturas a serem afastadas não cede a pressões laterais. GRUPO VII Afastadores Auto-estáticos Afastador de Balfour: uma adaptação do afastador de Gosset, acoplando-se ao mesmo uma Válvula Suprapúbica, que, quando utilizada isoladamente, consiste em um afastador dinâmico. GRUPO VII Afastadores Auto-estáticos Afastador de Finochietto: utilizado em cirurgias torácicas, possuindo uma manivela para possibilitar o afastamento da forte musculatura intercostal. GRUPO VII Afastadores Auto-estáticos Afastador de Adson: pode ser utilizado em cirurgias neurológicas, para o afastamento do couro cabeludo, bem como em cirurgias nos membros ou na coluna, para o afastamento de músculos superficiais. DISPOSIÇÃO DOS INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS NA MESA Deve ser feita de forma padronizada, de acordo com a ordem de utilização dos instrumentais no ato operatório, a fim de se facilitar o acesso aos mesmos. Durante a arrumação da mesa, é necessário imaginá-la dividida em 6 setores, correspondentes aos 6 tempos operatórios, que iniciam a partir da diérese, que é representada pelos bisturis e pelas tesouras. Em seguida, apresenta-se o setor de preensão, com as pinças de preensão, seguidas do setor de hemostasia, que abriga materiais como gazes, compressas e fios para ligadura, bem como as pinças hemostáticas. Segue-se, então, com o setor de exposição, com os afastadores. O setor especial apresenta instrumentais que variam de acordo com o tipo de cirurgia. O sexto e último setor corresponde ao tempo de síntese, abrigando, portanto, materiais como agulhas e os fios e os porta-agulhas. DISPOSIÇÃO DOS INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS NA MESA GRUPO VII Afastadores GRUPO V Auxiliares GRUPO IV Especiais GRUPO III Síntese GRUPO II Hemostasia GRUPO VI Pinças de Campo GRUPO I Instrumentos de Preensão GRUPO I Diérese 07/08/2012 12 DISPOSIÇÃO DOS INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS NA MESA DISPOSIÇÃO DOS INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS NA MESA É necessário ressaltar que, de forma geral na arrumação da mesa de instrumentação, os instrumentais menos traumáticos devem preceder os mais traumáticos, a exemplo da pinça anatômica que deve preceder as pinças dente de rato e adson em sua versão dente de rato. Bem como os curvos devem vir antes dos retos e os afastadores dinâmicos antes dos auto- estáticos, a exemplo do afastador de farabeuf que deve preceder o afastador de gosset. Além disso, os instrumentais devem ser arrumados com suas curvaturas voltadas para cima e suas extremidades distais voltadas para o instrumentador, a menos que estes se encontrem ainda desmontados, como o cabo de bisturi ainda não acoplado a sua lâmina, e o porta- agulha sem a agulha, para evitar que instrumentais desmontados sejam repassados para o cirurgião. POSICIONAMENTO DA EQUIPE Paciente Cirurgião Mesa Mayo Médico Assistente D E Mesa Instrumental Cirúrgico Instrumentador Cirúrgico Anestesiologista Enfermeiro Técnico Circulante I Técnico Circulante II SINAIS CIRÚRGICOS Podem ser feitas de duas formas: por solicitação verbal ou por sinalização cirúrgica, que consiste em um sistema mundial padronizado de técnicas de solicitação manual que visam reduzir a conversação dentro da sala de cirurgia, a fim de se manter a assepsia local. A sinalização cirúrgica é destinada somente aos instrumentais mais simples e mais utilizados, sendo os demais solicitados verbalmente. SINAIS CIRÚRGICOS BISTURI O cirurgião manterá os dedos da mão direita semifletidos e juntos, fazendo dois ou três movimentos pendulares. SINAIS CIRÚRGICOS PINÇA ANATÔMICA Com os três últimos dedos semifletidos, enquanto que o indicador e polegar repetem movimentos de aproximação e separação. 07/08/2012 13 SINAIS CIRÚRGICOS TESOURA Com os dedos indicador e médio estendidos, fazendo movimentos repetidos de aproximação e separação. SINAIS CIRÚRGICOS KELLY Com o anular e o mínimo fletidos, enquanto o polegar, indicador e médio são estendidos mais ou menos paralelos SINAIS CIRÚRGICOS ALLIS São pedidos com os três últimos dedos fletidos contra a palma da mão e o polegar e indicador em meia flexão, como que puxando um gatilho. SINAIS CIRÚRGICOS BACKHAUS Pede-se com a mão fechada e o polegar entre o indicador e o médio (sinal da figa). SINAIS CIRÚRGICOS PORTA- AGULHAS Pede-se com os quatro últimos dedos juntos e semifletidos e o polegar parcialmente fletido no lado oposto, executando a mão pequenos movimentos de rotação. SINAIS CIRÚRGICOS FARABEUF Solicitado com o dedo indicador semifletido e os demais completamen te fletidos. 07/08/2012 14 SINAIS CIRÚRGICOS FIO EM CARRETEL Pede-se com a mão estendida e msupinação (palma para cima) e a ponta dos dedos fletida. SINAIS CIRÚRGICOS COMPRESSA Pedem-se cm a mão estendida em supinação e os dedos juntos.
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