Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Conceituar diérese, hemostasia e síntese. O que são tempos cirurgicos? Os tempos cirúrgicos, de modo geral, são classificações empregadas nas intervenções cirúrgicas de acordo ao momento e as ações desempenhadas pelo cirurgião. Em quantos tempos são divididos os procedimentos? São divididos em quatro fases ou tempos básicos, de acordo com a etapa do procedimento a ser realizada pelo cirurgião. Em quais tempos são divididos as cirurgias? Diérese: A diérese significa dividir, cortar ou separar. Separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície), é o rompimento da continuidade dos tecidos. Classificada em: Incruenta (com laser, criobisturi, bisturi eletro-cirúrgico) e Cruenta (Arranamento, Curetagem Debridamento, Divulsão ou deslocamento). 1. Incisão – é a manobra que secciona ou incisa os tecidos. É praticada com instrumentos cortantes que seccionam os tecidos moles, mais frequentemente por meio de lâmina de bisturi, produzindo ferida incisa. Considera-se que o melhor estímulo para uma boa cicatrização é o corte frio e decisivo com lâmina de bisturi frio e afiado. Incisões podem ser praticadas com outros meios cortantes como eletrocautério, laser e ultrassom. Esses meios devem ser usados criteriosamente, evitando-se lesões e reações locais indesejáveis. 2. Divulsão – neste tipo de diérese o cirurgião realiza o afastamento dos tecidos sem seccioná-los, aproveitando o plano de clivagem ou sua constituição fasciculada, como por exemplo o tecido muscular. Ela pode ser feita com tesoura de pontas rombas, pinças hemostáticas, pinça de Mixter, afast 3. Punção – é o tipo mais simples de diérese, realizado com agulha ou com trocáter que penetra nos tecidos e paredes que dão acesso a cavidades, separando-os sem seccioná-los. Tem várias finalidades, como dar acesso à cavidade abdominal durante a cirurgia laparoscópica, drenagem de coleções líquidas de cavidades e órgãos, coleta de fragmentos de órgãos e tecidos para exames diagnósticos, injeção de contrastes e medicamentos, etc. 4. Descolamento – é realizado pela separação romba dos tecidos através de um espaço anatômico virtual. Como exemplos, pode-se citar o descolamento da vesícula biliar do leito hepático durante a colecistectomia; a manobra de Kocher que consiste no descolamento do duodeno da parede posterior da cavidade abdominal. 5. Dilatação – usada para aumentar o calibre ou o diâmetro de vias naturais estenosadas, canais, ductos e vasos. É obtida pela ruptura de fibras musculares ou de tecido fibroso. Como exemplos, podem ser citados dilatação do colo do útero, dilatação de estenose do esôfago, da uretra, etc. 6. Serração – realizada por meio de serras, mormente na cirurgia ortopédica e cardíaca. ador de Farabeuf, tentacânula e outros instrumentos. Hemostasia: “Hemo” significa sangue; “stasis” significa deter, logo a hemostasia é o processo pelo qual se utiliza um conjunto de manobras manuais ou instrumentais para deter ou prevenir uma hemorragia ou impedir a circulação de sangue em determinado local em um período de tempo. Sendo feito por meio de pinçamento de vasos, ligadura de vasos, eletrocoagulação e compressão. As hemorragias podem ser de origem arterial, venosa, capilar ou mista. Podem trazer ameaça à vida do paciente ou a sua pronta recuperação; retardam a cicatrização; favorecem a infecção e podem dificultar a visualização das estruturas durante a cirurgia. Classificação dos métodos de hemostasia São muitos os métodos e manobras realizadas para a hemostasia. Didaticamente, ela pode ser dividida em: • Hemostasia prévia ou pré-operatória • Hemostasia temporária • Hemostasia definitiva Hemostasia prévia ou pré-operatória: é realizada antes da intervenção cirúrgica. Visa interromper temporariamente o fluxo sanguíneo para o local da incisão, reduzindo a perda sanguínea, proporcionando campo operatório exangue. Mais frequentemente é praticada nos membros e tem o objetivo de prevenir hemorragia. Eventualmente, pode ser usada em casos de atendimento aos acidentados. O tipo mais empregado de hemostasia prévia é o garroteamento com torniquete pneumático. A compressão elástica de membros pode ser obtida mediante aplicação de longas tiras elásticas de borracha (Faixa de Esmarch), aplicadas de forma helicoidal no sentido das extremidades para as raízes dos membros, muito utilizada na cirurgia ortopédica. A hemostasia temporária pode ser obtida a partir da compressão vascular mediante emprego de pinças atraumáticas tipo Potts ou Satinsky. Outra forma de hemostasia temporária é o tamponamento compressivo realizado mediante colocação de gazes cirúrgicas ou compressas posicionadas no sítio do sangramento de forma manual ou instrumental. O procedimento feito por alguns minutos pode melhorar as condições locais facilitando a hemostasia definitiva, quando necessária. A hemostasia definitiva, é a forma mais frequente e eficiente de hemostasia, é a ligadura do vaso obtida com o isolamento, passagem de dois fios, ligadura à montante e à jusante seguida de secção entre ligaduras. Outras alternativas técnicas consistem do pinçamento do vaso seguido da ligadura, com a utilização de pinças hemostáticas, bem como ligadura com clips metálicos e eletrocoagulação de pequenos vasos. Síntese cirúrgica: Refere-se ao momento da junção/união das bordas de uma lesão, com a finalidade de estabelecer a contiguidade do processo de cicatrização, é a união dos tecidos. O resultado da síntese será mais fisiológico quanto mais anatômica for a diérese (separação). As complicações mais importantes da feridas são infecção do sítio cirúrgico, deiscência da ferida e hérnia incisional. Evidências experimentais e clínicas sustentam que o desenvolvimento de complicações das feridas operatórias está intimamente relacionado à técnica cirúrgica durante o fechamento das feridas. Etimologicamente, síntese significa reunir, juntar. É o conjunto de métodos usados para a coaptação ou afrontamento das bordas de uma ferida, traumática ou cirúrgica, com o objetivo de restituir a função e conseguir a cicatrização. A sutura é o método mais frequentemente empregado para a síntese. Condições de uma boa síntese Na execução das manobras de síntese tem-se que observar alguns princípios, que são fundamentais para obter uma boa e rápida cicatrização da ferida, sem infecção. 1. Assepsia e antissepsia local – Na ausência destas poder-se-á obter um bom afrontamento imediato, que desaparecerá logo que sobrevenha a infecção. 2. Bordas nítidas – A importância reside no fato de que a irregularidade das bordas condiciona má coaptação e cicatriz defeituosa. 3. Hemostasia – Graças a uma hemostasia perfeita, evita-se qualquer sangramento que, infiltrando ou separando as bordas da ferida, determinará a formação de hematoma e infecção. 4. Afrontamento anatômico – As suturas devem ser feitas plano por plano, sem interposição de corpos estranhos, sem espaços mortos, que dariam lugar a coaptação defeituosa dos tecidos, favorecendo a formação de seromas, deiscência e infecção. 5. Tração moderada – As bordas das feridas devem ser suturadas sem pressão exagerada, evitando transtorno à irrigação sanguínea, isquemia e necrose de tecidos. 6. Material adequado – Deve-se usar fio de sutura com todas as qualidades do fio ideal, dotado de agulha adequada aos órgãos e tecidos a serem suturados. 7. Boa técnica – Deve ser delicada, com passagem suave da agulha, obedecendo a sua curvatura, abrangendo em cada passagem a menor quantidade possível de tecido, com segurança. Nós cirúrgicos Os nós cirúrgicos têm extrema importância durante o ato cirúrgico para hemostasia e síntese. Eles podem ser feitos manualmente, com o auxílio de um porta-agulhas ou serem usados ambos, com o primeiro seminó realizado com o porta-agulhas eo segundo com as mãos. O nó bem-executado exige atenção aos seguintes itens: • não deve ser cruzado, sob risco de rompimento; • o primeiro nó não deve estar frouxo; • deve-se empregar forças iguais em ambos os braços do fio, sem deslocar o nó; • os dedos indicadores acompanham o laço do nó, dirigindo-o e fixando-o no local apropriado e com tensão apropriada; • na execução do segundo nó, evita-se a tração do primeiro já executado, pois qualquer tração mais intensa removerá o primeiro nó; • o número de nós varia de acordo com o tipo de fio empregado e com os tipo de tecido. Os fios finos e monofilamentares (mononylon e Prolene), pela propriedade de “memória” do fio, exigem a execução de mais de três nós. A quantidade de pontos necessária para uma sutura adequada depende do local anatômico e sua função e do calibre e tipo de fio empregado. O essencial é que se estabeleça os três objetivos básicos da sutura (aproximação, recobrimento e hemostasia) quanto for necessário. O mesmo deve estabelecer o tempo de retirada dos pontos (quando necessário). Quanto antes a retirada do fio de sutura, desde que observado o tempo para cicatrização do tecido, melhor o resultado estético e menor a reação tecidual. Partes dos nós cirúrgicos Basicamente o nó se compõe de um primeiro seminó, cuja função é de contenção e de um segundo seminó com o objetivo de promover a fixação do conjunto. Em geral são dados três ou mais seminós com finalidade de promover a necessária segurança do nó. A segurança do nó depende de vários fatores entre os quais temos a memória, o coeficiente de atrito e o tipo de nó dado. Fios com baixo coeficiente de atrito e alta memória tendem a desfazer facilmente os nós, sendo necessário um número maior de nós para manter a laçada (náilon e polipropileno). Entre os tipos de nós, grande segurança é obtida ao utilizar- se nós duplos não cruzados. Estrutura Geométrica: Os nós comuns podem ser do tipo quadrado (antideslizante ou de seminós assimétricos), que oferecem maior resistência ao fenômeno de deslizamento. O segundo seminó (de fixação) é a imagem especular do primeiro e assim sucessivamente. O resultado é que as porções do fio que entram no nó e as porções ou pontas que saem ficam do mesmo lado em posição paralela. Os nós comuns do tipo deslizante (seminós simétricos) possuem os dois seminós (contenção e fixação) com a mesma conformação. É particulamente sujeito ao fenômeno de deslizamento porque as duas pontas ficam em posição perpendicular as partes do fio que entram no nó. Entretanto é útil ao permitir o ajuste de tensão caso a ligadura tenha ficado frouxa e exige a necessidade de um terceiro seminó. Os nós ditos especiais são assim denominados pelo fato de serem utilizados em circunstâncias particulares com indicações precisas. Destes o mais importante é o nó de cirurgião, cuja diferença básica em relação aos outros está na formação do primeiro seminó que é formado por dois entrecruzamentos sucessivos. É usado quando não se deseja ou não pode haver afrouxamento do primeiro seminó, sendo portanto auto -estático, permitindo a confecção do segundo seminó sem modificação do primeiro. É utilizado para aproximação de estruturas sob tensão. São também nós especiais o nó de roseta (utilizado para extremidades de fio em suturas intradérmicas contínuas de pele) e o nó por torção (usado para fios metálicos). Elementos a serem observados na elaboração de nós: 1. Propriedade mecânica do fio - deve ser superior à do tecido que o fio abrange, ou superior às tensões a que o tecido está sujeito. 2. Edema de tecido - vai exercer determinada pressão na alça do fio. 3. Tensão do fio - Nem excessiva, nem deficiente. 4. Estrutura geométrica do nó - tipo e quantidade de seminós vão indicar a estabilidade ou não do nó confeccionado. Se não obedecidas a observação de tais elementos podem ocorrer fenômenos que levarão à rotura do fio ou ao desatamento do nó por afrouxamento ou deslizamento das partes constituintes. O deslizamento sempre ocorre em maior ou menor grau dependendo: a) das forças de atrito entre as alças e seminós b) diâmetro do fio utilizado c) estrutura geométrica d o nó d) presença de líquidos que atua como lubrificante 1. Deve ser firme; 2. Menor volume possível (Cuidado com fios de alta memória); 3. A fricção entre as extremidades do fio deve ser evitada; 4. Tensão excessiva quebra do fio, maior dano tecidual; 5. Após o 1º seminó é necessário manter tração numa das extremidades do fio para evitar perda da laçada. 6. Seminós mais que necessários só adicionam volume ao nó, não aumentando a resistência; O seminó simples é o primeiro tempo de um nó e a partir dele, cinco tipo de nós cirúrgicos serão descritos: 1. Nó “quadrado” ou antideslizante: Tipo básico de nó utilizado são realizado dois seminós simples em que duas meias voltas são posicionadas em direções opostas; Pode ser reforçado; Quando amarrado não pode ser afrouxado; alta resistência, considerado um nó seguro; 2. Nó deslizante ou comum: Um nó simples sobreposto a outro, ambas as laçadas serão feita na mesma direção; Não se constitui um nó seguro; Como segurança este nó exige, obrigatoriamente, ao menos um terceiro seminó; 3. Nó duplo ou “nó do cirurgião”: entrecruzamentos na formação do 1º seminó + 2º seminó na direção oposta (similar ao nó quadrado); Propriedade auto-estática, ↑ segurança, ↑ Volume; É utilizado para ligadura de estruturas importantes; Maior dificuldade para apertar, possibilitando a quebra do fio. 4. Nó em roseta: Especialmente usado para ancorar as extremidades de fios em suturas intradérmicas; Frequentemente realizado com auxílio de um instrumento cirúrgicos (técnica mista); Algumas vezes se interpõe um pequeno segmento de tubo para se evitar que o nó penetre na pele (pela tensão exercida na linha de sutura). 5. Nó por torção: Utilizado com fios metálicos; Geralmente realizado com o uso de pinças; Suas extremidades devem ser cortadas no sentido perpendicular e encurvadas para dentro da alça de seminós. Técnica para ligadura de vasos ou ductos. O que é Ligadura? Ligadura é o meio mais empregado para se alcançar a hemostasia definitiva. Sendo que este procedimento se emprega em vasos de médio e grande calibre. Sendo que consiste em pinçar um vaso sanguíneo, ou seja, interromper definitivamente o lúmen ou “luz” deste vaso. E como faz essa Ligadura? Várias técnicas são utilizadas para ligadura de vasos em procedimentos cirúrgicos, sendo os principais a oclusão por fios de sutura, a utilização de clipes de titânio ou sintéticos e a utilização de eletrocirurgia. Apesar de mais antiga, a técnica de ligadura de vasos através de sutura apresenta algumas limitações, incluindo dificuldade de acesso a áreas restritas do organismo, complexidade na formação do nó dentro da cavidade abdominal, possibilidade de rompimento ou deslize do fio de sutura. Por estes motivos, outras técnicas de ligadura foram difundidas na laparoscopia. Os clipes de titânio têm sido utilizados há décadas como mecanismo seguro e rápido para ligadura de pequenos vasos. O objetivo do uso de clipes em uma cirurgia é a oclusão do lúmen do vaso de forma permanente. A utilização da técnica permite: Precisão e rapidez; Facilidade de utilização; Viabilidade econômica; Ausência de toxicidade; Segurança. Os clipes de titânio, que permitem a ligadura de vasos de forma precisa e segura. Os clipes em formato de coração maximizam o contato entre as superfícies do clipe e do clipador e do clipe e do vaso, reduzindo significativamente a perda dos mesmos. Diversos modelos de clipadores para cirurgia aberta e laparoscópica podem ser utilizados em diferentes procedimentos Já com as pinças, se faz uma dobra novaso, no lugar onde aconteceu a descontinuidade e então, liga este vaso. https://www.strattner.com.br/produtos/medico-hospitalar/consumiveis-clipes-de-titanio.asp https://www.strattner.com.br/produtos/medico-hospitalar/consumiveis-clipes-de-titanio.asp Principais instrumentais cirúrgicos para realização dos atos operatórios. 1. Diérese Bisturi Os cabos de bisturi são encontrados nos tamanhos : nº3 e nº4. O primeiro recebe lâminas em menores e destinadas a atos cirúrgicos delicados, enquanto o segundo tem um encaixe maior para lâmina, para atos cirúrgicos gerais As lâminas de bisturi estão determinadas pelo formato e a aplicabilidade. o O Cabo nº 3 - Utiliza lâminas menores (nº 10, 1, 12, 15), destinados a incisões mais críticas, delicadas. o Cabo nº 4 - Utiliza lâminas maiores,(nº 20, 21, 2, 23, 24, 25). são mais usados em procedimentos de cortes maiores Figura: Cabos de bisturi números 3 e 4 e lâminas número 10, 11, 12, 15 e 20. (FOSSUM, 2007) Geralmente o bisturi é utilizado com a empunhadura de lápis. Tesouras As tesouras, são instrumentos de corte, podem ser curvas ou retas, fortes ou delicadas e em diversos tamanhos. Podem apresentar lâmina simples ou serrilhada e pontas rombas ou ponteagudas ou uma combinação das duas. Assim podemos ter tesouras Romba- Romba, Romba-Ponta, Ponta-Ponta. Enquanto a tesoura reta é mais utilizada pelo auxiliar para o corte de fios, as curvas são mais utilizadas pelo cirurgião. Esses instrumentos de diérese separam os tecidos por esmagamento, entre as duas lâminas que os compõem. Quanto mais crítico for o contato entre as duas bordas, menor será o trauma. As tesouras podem ser usadas para diérese incruenta, ou seja, a divulsão dos tecidos, quando introduzidas fechadas nos tecidos e em logo serão retiradas aberta. Figura: tesouras de Mayo e Metzenbaum, da esquerda para a direita. As tesouras METZENBAUM são indicadas para a diérese mais delicada de tecidos, podem ser utilizadas em cavidades, introduzindo-as a fundo. É indicada para adiérese de tecidos orgânicos por ser considerada menos traumática, pois apresentar sua porção cortante mais curta que a não-cortante. As tesouras de MAYO, são muito empregadas na rotina cirúrgica, principalmente na versão R, para tecidos mais grosseiros, em superfícies ou em cavidades, e corte de fios. É considerada mais traumática que a de Metzenbaum, por apresentar a porção cortante proporcional à não-cortante. As tesouras são empunhadas pelas falanges distais dos dedos anular e polegar nas argolas. O dedo indicador proporciona precisão ao movimento e o dedo médio dá estabilidade à mão. Figura: empunhadura da tesoura. 2. Hemostasia Hemostasia é um conjunto de manobras manuais ou instrumentais para deter ou prevenir uma hemorragia ou impedir a circulação de sangue em determinado local em um período de tempo. As hemorragias podem ser de origem arterial, venosa, capilar ou mista. Podem trazer ameaça à vida do paciente ou a sua pronta recuperação; retardam a cicatrização; favorecem a infecção e podem dificultar a visualização das estruturas durante a cirurgia. Os instrumentais utilizados são as pinças hemostáticas de vários modelos e tamanhos. Apresentam formato semelhante ao da tesoura, diferindo-se delas pela presença da cremalheira entre as duas argolas, que permite o fechamento do instrumental de forma auto-estática com diferentes níveis de pressão de fechamento. Figura: cremalheira das pinças hemostáticas. As pinças Kelly e Crile apresentam ranhuras transversais na face interna de suas pontas, que podem ser retas ou curvas. As pinças retas, ou pinças de reparo, são utilizadas para pinçamento de material cirúrgico como fios e drenos. As pinças curvas são utilizadas para pinçamento de vasos e tecidos delicados. As pinças de Crile apresentam ranhuras em todas face interna, enquanto as Kelly apresentam ranhuras apenas até a metade de sua face interna. Por esse motivo, a escolha do tipo de pinça determina a segurança da hemostasia a ser realizada. Figura: Detalhe da pinça Crile e Kelly (da esquerda para a direita). Figura: O tamanho da Pinça de Halsted (ou Mosquito) comparado com o tamanho de uma pinça hemostática. 3. Síntese Síntese é o conjunto de manobras manuais e instrumentais destinadas a restituir a continuidade anatômica e funcional dos tecidos que foram separados na cirurgia ou por traumatismo. Figura: Detalhe da face interna do porta-agulha permite identificá-lo rapidamente Figura: pinça com dente a direita e sem dente a esquerda 4. Especiais As pinças de campo têm por finalidade fixar os campo, fenestrados ou não, à derme do paciente, impedindo que a sua posição seja alterada durante o ato cirúrgico. Sua extremidade é aguda, curva para a preensão do campo e da pele do paciente. As mais comuns são as pinças de Backhaus. No grupo dos afastadores encontram-se variados tipos de afastadores, tais como “Gosset”, “Finochietto”, “Farabeuf”, e outros.. Os afastadores estáticos são aqueles que utilizamos para a visibilidade no campo cirúrgico.O afastador de “Gosset” é utilizado a fim de manter exposta a cavidade abdominal, e o “Finochietto”, para a cavidade torácica. Quando queremos facilitar o ato cirúrgico, o auxiliar deve lançar mão dos afastadores dinâmicos tais como o “Farabeauf”, utilizado para a parede abdominal. Figura: Pinças Backhaus, utilizadas para fixação dos panos de campo; Afastadores de Farabeauf (da esquerda para direita). O instrumental destinado à preensão estão todos direcionados a função de prender e segurar vísceras e órgãos, estão nestes grupos: as pinças “Babcock”, “Allis”, “Collin”, “Duval”, e outros. As pinças Allis são geralmente utilizadas para a fixação da musculatura e não devem ser utilizadas na pele. Figura: Pinças Allis. As pinças de Foester são úteis para a etapa de anti-sepsia do paciente. Figura: Pinça Foester Figura: Coprostase
Compartilhar