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AULA 4. ÉTICA CÓDIGO

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ESTATUTO DA OAB E ÉTICA PROFISSIONAL
Anotações de aula do Prof. Clovis Brasil Pereira - prof.clovis@prolegis.com.br 
 
ESTATUTO DA ADVOCACIA - Lei nº 8.906/1.994 
• Lei Federal Ordinária; 
• Discutida no Congresso Nacional e Sancionada pelo 
Poder Executivo Federal 
• Equipara-se a qualquer outro diploma legal do mesmo 
plano hierárquico. Exemplo: Código Civil, Código de Processo 
Civil, Código Penal, Código de Processo Penal; 
 
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
• Ato administrativo de competência do Conselho Federal 
da OAB; 
• Tem caráter eminentemente deontológico (voltado 
exclusivamente para os deveres do profissional).
 
NATUREZA JURÍDICA DA OAB 
• A Ordem dos Advogados do Brasil é um serviço público, 
dotado de personalidade jurídica e forma federativa, conforme 
art. 44 da Lei 8.906/94.
 
FINALIDADE DA OAB
• Defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado 
democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, boa 
aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo 
aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;
• Promover, com exclusividade, a representação, a defesa, 
a seleção e a disciplina dos advogados. 
• A OAB não mantém qualquer vínculo funcional ou 
hierárquico com órgãos da Administração Pública; 
• O uso da sigla “OAB” é privativo da Ordem dos 
Advogados do Brasil.
• A OAB, por constituir serviço público, goza de imunidade 
tributária total em relação a seus bens, rendas e serviços;
• Os atos dos órgãos da OAB devem ser publicados na 
imprensa oficial;
• Compete a OAB fixar e cobrar, de seus inscritos, 
contribuições, serviços e multas; 
• O pagamento da contribuição anual à OAB isenta os 
inscritos da contribuição sindical;
• O cargo de Conselheiro ou membro da diretoria são 
gratuítos e obrigatórios; 
• Os Presidentes dos Conselhos e das Subseções da OAB 
tem legitimidade para intervir em processos que envolvam 
advogados. 
 
ÓRGÃOS DA OAB
a) O Conselho Federal; 
b) Os Conselhos Seccionais; 
c) As Subseções; 
d) As Caixas de Assistência dos Advogados 
 
DO CONSELHO FEDERAL
• Possui personalidade jurídica própria, com sede na 
Capital da República, é o órgão supremo da OAB.
 
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FEDERAL
• Um Presidente;
• Conselheiros Federais, integrantes das delegações de 
cada unidade federativa (três cada);
• Ex-Presidentes, membros honorários vitalícios (direito a 
voz);
 
COMPETÊNCIA DO CONSELHO FEDERAL 
• Dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
• Representar os interesses coletivos e individuais dos 
advogados;
• Velar pela dignidade, independência, prerrogativas e 
valorização da advocacia;
• Representar, com exclusividade, os advogados brasileiros 
nos órgãos e eventos internacionais da advocacia;
• Editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e 
Disciplina;
• Assegurar o funcionamento dos Conselhos Seccionais e 
intervir sob a aprovação de 2/3;
• Cassar ou modificar qualquer ato contrário às leis e 
regulamentos da OAB;
• Julgar em grau de recurso, as questões decididas pelos 
Conselhos Seccionais;
• Dispor sobre a identificação e símbolos;
• Apreciar o relatório anual, balanço e contas de sua 
diretoria;
• Elaborar as listas para preenchimento dos cargos nos 
Tribunais judiciários, vedada a inclusão de membro do próprio 
Conselho, ou de outro órgão da OAB;
• Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, ação civil 
pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção, 
entre outras;
• Colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos e 
opinar sobre sua criação;
• Autorizar a alienação de bens imóveis;
• Participar de concursos públicos nacionais.
 
DO CONSELHO SECCIONAL
• Possui personalidade jurídica própria, tem jurisdição 
sobre os respectivos Estados membros e do Distrito Federal.
 
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO SECCIONAL
• Conselheiros em número proporcional ao de seus 
inscritos;
• Conselheiros, Ex-presidentes, o Presidente do Instituto 
dos Advogados, o Presidente e Conselheiros do Conselho 
Federal, o Presidente da Caixa de Assistência e das Subseções 
(direito a voz).
 
COMPETÊNCIA DO CONSELHO SECCIONAL
• Editar seu Regimento Interno e Resoluções;
• Criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos 
Advogados;
• Julgar em grau de recurso decisões do Tribunal de Ética 
e Disciplina, da Diretorias das Subseções e da Caixa de 
Assistência dos Advogados;
• Fiscalizar a aplicação das receitas;
• Fixar a tabela de honorários;
• Realizar o Exame da Ordem;
• Decidir os pedidos de inscrição nos quadros de 
advogados e estagiários;
• Participar de concursos públicos
• Definir a atuação do Tribunal de Ética e Disciplina e 
escolher seus membros;
• Intervir nas Subseções e Caixa de Assistência dos 
Advogados (2/3).
 
DA SUBSEÇÃO
• São partes autônomas do Conselho Seccional. Pode 
ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial 
e seus limites de competência e autonomia.
• A subseção pode abranger um ou mais municípios, 
ou parte de município, contando com um número mínimo de 15 
advogados.
 
COMPETÊNCIA DA SUBSEÇÃO
• Dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
• Velar pela dignidade, independência e valorização da 
advocacia e fazer valer as prerrogativas do advogado;
• Instaurar e instruir processos disciplinares, para 
julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina;
• Receber pedidos de inscrição de advogados e 
estagiários.
 
DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS
• Possui personalidade jurídica própria, destina-se a prestar 
assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se 
vincule.
 
COMPOSIÇÃO
• 5 (cinco) membros com atribuições definidas no seu 
Regimento Interno.
 
 
COMPETÊNCIA DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA
• Prestar assistência aos inscritos;
• Promover a seguridade complementar em benefício dos 
advogados;
• Em caso de extinção o patrimônio se incorpora ao do 
Conselho Seccional.
 
DA ADVOCACIA
• Apenas os advogados legalmente inscritos na OAB 
podem praticar atos privativos da atividade de advocacia, sob 
pena de exercício ilegal da profissão.
• São atividades privativas de advocacia: 
a) A postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário; 
b) As atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. 
• Não se inclui na atividade privativa de advocacia a 
impetração de “Habeas Corpus”, bem como a postulação no 
Juizados Especiais e na Justiça do Trabalho,devido a parte 
poder postular diretamente, segundo entendimento do STF.
• É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com 
outra atividade, não importando sua natureza civil, comercial, 
econômica, não lucrativa, pública ou privada. A advocacia não 
pode estar associada a outra atividade, seja ela qual for.
• EXEMPLO: É proibida a divulgação de advocacia e 
atividade contábil; de advocacia e imóveis; de advocacia e 
consultoria econômica. A violação deste dever, importa em 
infração disciplinar.
• Sobre a publicidade da advocacia, é permitido o anúncio 
moderado e discreto, com finalidade exclusivamente 
informativa. Pode estar contido no anúncio o nome, o número 
de inscrição, os títulos acadêmicos regularmente obtidos em 
instituições de ensino superior, as especialidades na área 
jurídica que o advogado desenvolve, os endereços 
profissionais, horários de expediente e números de telefone.
 
INDISPENSABILIDADE DO ADVOGADO 
• O advogado é indispensável à administração da Justiça. 
(Art. 2º do Estatuto). O Art. 133 da Constituição Federal diz:
• “O advogado é indispensável à administração da 
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no 
exercício da profissão, nos limites da lei”.
• No seu ministério privado, o advogado presta serviço 
público e exerce função social, postulando decisão favorável 
ao seu constituinte, ao convencimento do julgador.
 
MANDATO JUDICIAL 
• O mandato é o contrato mediante o qual se outorga a 
representação voluntária do cliente ao advogado para que este 
possa atuar em nome daquele, em Juízo ou fora dele.
• A procuração é o instrumento do mandato, onde são 
explicitados os poderes da representação.
• O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem 
procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15 
(quinze) dias, prorrogável por igual período. 
• Renúncia: O advogado pode renunciar ao mandato 
judicial, sempre que julgar conveniente ou por imperativo ético, 
como por exemplo: 
 
a) Se o cliente tiver omitido a existência de outro advogado já 
constituído; 
b) Se sobrevier conflito de interesses entre seus clientes, 
devendo optar por um dos mandatos, resguardando o sigilo 
profissional. 
• Impõe-se o dever de renúncia, sempre que o advogado 
sentir faltar-lhe a confiança do cliente. Implica a omissão do 
motivo, e continuidade da responsabilidade pelo prazo de 10 
(dez) dias. Não exclui os danos causados dolosa ou 
culposamente aos clientes ou a terceiros. 
• Revogação: De iniciativa do cliente, porém, não o 
desobriga ao pagamento das verbas honorárias contratadas, 
bem como não retira o direito do advogado de receber o quanto 
lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, 
calculada proporcionalmente, em face do serviço efetivamente 
prestado. 
 
DEVERES DO ADVOGADO DEVIDO A OUTORGA DO 
MANDATO JUDICIAL
• Advogados de uma mesma sociedade não podem 
representar em Juízo clientes com interesses opostos;
• Sobrevindo conflitos de interesse, deverá optar por um 
dos mandatos;
• Resguardar sigilo profissional ao atuar contra ex-clientes 
ou ex-empregador;
• Abster-se de advogar contra a ética, moral, ou ato jurídico 
no qual tenha colaborado ou orientado. 
• Deve declarar seu impedimento ético quando tenha sido 
convidado pela outra parte;
• É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo 
como patrono e preposto do empregador ou cliente;
• O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo 
decurso de tempo, desde que permaneça a confiança recíproca 
entre o outorgante e o seu patrono no interesse da causa. 
 
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
• Conceito: Significa a remuneração pecuniária pelos 
serviços prestados por aqueles que exercem profissão liberal.
• Previsão Legal: Artigos 22 a 26 do Estatuto e Artigos 35 a 
43 do Código de Ética. 
• Tipos de Honorários: são três tipos de honorários: 
1. Convencionados – São aqueles contratados por escrito entre advogado/cliente. Também são 
considerados convencionados os honorários ajustados verbalmente, em presença de testemunhas, 
porém esta hipótese depende de arbitramento, para que os honorários possam ser executados;
2.Arbitrados judicialmente – Os honorários serão fixados por arbitramento judicial, quando não forem 
convencionados previamente. Neste caso, há o limite mínimo que é a tabela organizada pelo Conselho 
Seccional da OAB; 
3.De sucumbência – São aqueles em que a parte vencida deve pagar a parte vencedora. Pertence 
exclusivamente ao advogado, podendo ser acumulado com os honorários contratados.
• O vínculo existente entre advogado e cliente é uma obrigação de meios, daí a recomendação de 
sempre que possível ser feito contrato escrito;
• Quando o advogado é indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, este tem 
direito à honorários fixados pelo Juiz;
• Na falta de estipulação ou acordo de honorários, estes serão fixados por arbitramento judicial;
• Salvo estipulação em contrário, os honorários deverão ser cobrados da seguinte forma: 1/3 no 
início; 1/3 na decisão de primeira instância; 1/3 no final;
• Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao 
advogado, podendo requerer que o precatório seja expedido em seu favor;
• A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular são 
títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência;
• A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha 
atuado o advogado;
• O acordo feito pelo cliente e a parte contrária, salvo aquiescência do advogado, não prejudica os 
honorários;
• Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo:
a) Do vencimento do contrato, se houver; 
b) Do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
c) Da ultimação do serviço extrajudicial; 
d) Da desistência ou transação; 
e) Da renúncia ou revogação do mandato; 
• Os honorários de sucumbência não excluem os 
contratados, porém, devem ser levados em conta na 
contratação;
• A compensação ou o desconto dos honorários nas verbas 
recebidas, somente com a autorização do cliente;
• Outras despesas, indiretas, devem constar do contrato;
• Os honorários profissionais devem ser fixados com 
moderação levando-se em conta: 
 a) A relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das 
questões versadas; 
b) O trabalho e o tempo necessários; 
c) A possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em 
outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; 
d) O valor da causa, a condição econômica do cliente e o 
proveito para ele resultante do
serviço profissional; 
e) O caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a 
cliente avulso, habitual ou permanente; 
f) O lugar da prestação dos serviços, fora ou não do domicílio 
do advogado; 
g) A competência e o renome do profissional; 
h) A praxe do foro sobre trabalhos análogos. 
• O artigo 20 do Código de Processo Civil, estabelece uma 
proporção variável de 10% a 20%,sobre o valor da 
condenação, portanto, no caso de honorários por sucumbência, 
o Juiz deve observar os seguintes critérios:
a) O grau do zelo do profissional; 
b) O lugar da prestação de serviços; 
c) A natureza e a importância da causa, o trabalho realizado 
pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
• A celebração de convênio jurídico para prestação de serviços com redução dos valores 
estabelecidos na tabela implica captação de clientes ou causa, salvo se a necessidade dos 
carentes puder ser demonstrada antecipadamente ao Tribunal de Ética e Disciplina;
• Os honorários da assistência judiciária, não podem ter seus valores alterados, mas a verba 
da sucumbência pertence ao advogado;
• O advogado deve evitar o aviltamento dos valores dos serviços profissionais, para tanto deve 
seguir a tabela da OAB;
• O crédito por honorários não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer título de crédito de 
natureza mercantil, é vedada a tiragem de protesto;
• Havendo necessidade de arbitramento judicial dos honorários, o advogado deve ser 
representado por um colega.
 
DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
 
Conceito: Entidade coletiva de organização, meios e 
racionalização, para permitir a atividade associativa de 
profissionais, que distribuem e compartilham tarefas, receitas e 
despesas, quando atingem um nível de complexidade que 
ultrapassa a atuação individual.
A sociedade de advogados desenvolve atividades-meio e não 
atividades-fim de advocacia.
Finalidade: É a de regular e disciplinar relações recíprocas 
entre advogados, no que pertine fundamentalmente a vida 
administrativa e financeira do grupo.
- Os advogados podem se reunir em sociedades civil de 
prestação de serviços;
- Adquire personalidade jurídica com seu registro feito no 
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede; 
- As procurações devem ser outorgadas individualmente aos 
advogados e indicar a sociedade de que façam parte; 
- Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de 
advogados;
- Não podem representar clientes de interesses opostos; 
- Não podem ter atividades mercantis; 
- No nome da sociedade deve constar, pelo menos, o nome de 
um dos advogados;
- É possível manter o nome de sócio falecido, desde que 
prevista tal possibilidade no ato constitutivo;
- O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível 
com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no 
registro da sociedade;
- O registro civil das pessoas jurídicas e as juntas comerciais 
estão proibidas de procederem ao registro de qualquer 
sociedade que inclua a atividade de advocacia;
- A responsabilidade civil dos sócios pelos danos que a 
sociedade coletivamente, ou cada sócio ou advogado 
empregado individualmente, causarem, por ação ou omissão no 
exercício da advocacia, é solidária, subsidiária e ilimitada, 
independentemente do capital individual integralizado, sem 
prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam 
incorrer; 
- Os bens individuais de cada sócio respondem pela totalidade 
dessas obrigações;
 
DO ADVOGADO EMPREGADO 
Conceito: É o profissional assalariado na qualidade de 
advogado.
- A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a 
isenção técnica nem reduz a independência profissional 
inerentes à advocacia; 
- Não está obrigado à prestação de serviços profissionais de 
interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de 
emprego; 
- A jornada de trabalho é de 4 (quatro) horas diárias e de 20 
(vinte) horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou 
em caso de dedicação exclusiva;
- As horas extras são remuneradas por um adicional de 100%; 
- As horas noturnas (vinte horas de um dia até as cinco horas do 
dia seguinte) são remuneradas por um adicional de 25%; 
- Os honorários de sucumbência são devidos aos advogados 
empregados. 
 
SIGILO PROFISSIONAL 
• O sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o 
seu respeito, salvo grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou 
quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em 
defesa própria, tenha de revelar segredo, porém sempre restrito 
ao interesse da causa.
• O sigilo deve ser guardado mesmo em depoimento 
judicial, sobre o que saiba em razão de seu ofício, cabendo-lhe 
recusar-se a depor como testemunha em processo no qual 
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com 
pessoa de quem seja ou tenha sido advogado, mesmo que 
autorizado ou solicitado pelo constituinte.
• O sigilo é tão importante, que mesmo as comunicações 
epistolares (cartas) entre advogados e clientes, estão gravadas 
pelo segredo, não podendo ser reveladas à terceiros.
 
DA PUBLICIDADE 
Previsão Legal: Artigos 28 a 34 do Código de Ética e 
Disciplina.
- A divulgação das atividades do advogado devem ser feitas de 
maneira moderada, sendo que a propaganda deverá conter o 
nome completo do advogado, seu número de inscrição na OAB, 
podendo fazer a referência a especialização técnica, títulos, 
horário de expediente;
- O anúncio de advogado não pode conter referência, direta ou 
indireta, a qualquer cargo ou função pública ou relação de 
emprego capaz de facilitar a captação;
- Anúncios em placas devem ser discretos, não podendo incluir 
fotos ou logotipos incompatíveis com a sobriedade da profissão, 
nem valores dos serviços;
 
Quanto a publicidade o advogado deverá observar: 
- Mencionar o nome completo do advogado e OAB; 
- Poderá fazer referência a títulos ou qualificações profissionais 
(referentes à profissão de advogado, conferidos por 
universidades ou instituições de ensino superior reconhecidas);
- Mencionar endereço, horário de expediente e meios de 
comunicação; 
- O uso das expressões escritório de advocacia ou sociedade 
de advogados deve estar acompanhado do número do registro 
na OAB ou do nome e do número de inscrição dos advogados 
que o integrem. 
 
Na publicidade é vedado: 
a) A veiculação pelo rádio e televisão e denominação de 
fantasia; 
b) O envio de boletins informativos e comentários sobre 
legislação a quem não os tenha solicitado;
c) Mencionar qualquer cargo ou função, símbolos incompatíveis 
com a sobriedade, sendo proibido o uso de símbolos oficiais, 
inclusive da OAB; 
d) Referências a valores dos serviços, tabelas, gratuidade ou 
forma de pagamento, termos (slogan), bem como menção à 
estrutura, tamanho, qualidade da sede social;
e) Mala direta, ou seja, a remessa de correspondência à 
coletividade, salvo para comunicar à colegas e clientes a 
mudança de endereço; 
f) A indicação expressa do seu nome e escritório em partes externas de veículos ou a inserção de seu 
nome em anúncio relativo a outras atividades não advocatícias, faça delas parte ou não. 
 
O advogado deve abster-se de: 
a) Responder com habitualidade consulta sobre matéria jurídica, 
nos meios de comunicação social, com intuito de promover-se 
profissionalmente; 
b) Debater, em qualquer veículo de divulgação, causa sob seu 
patrocínio ou patrocínio de colega;
c) Abordar tema de modo a comprometer a dignidade da 
profissão e da instituição que o congrega;
d) Divulgar ou deixar que seja divulgado a lista de clientes e 
demandas;
e) Insinuar-se para reportagens e declarações públicas. 
•A divulgação pública pelo advogado, de assuntos técnicos 
ou jurídicos em razão do exercício profissional como advogado 
constituído, deve limitar-se a aspectos que não quebrem ou 
violem o segredo ou o sigilo profissional. 
 
DOS DIREITOS DO ADVOGADO 
Previsão Legal: Artigos 6ºe 7º do Estatuto da OAB 
 
- Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, 
magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos 
tratar-se com consideração e respeito recíprocos. 
 
São direitos do advogado: 
a) Liberdade para exercer a profissão em todo território 
nacional; 
b) Inviolabilidade do advogado; 
c) Comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, 
mesmo sem procuração; 
d) Prisão especial; 
e) Livre acesso; 
f) Permanecer sentado ou em pé e retirar-se quando quiser; 
g) Dirigir-se diretamente aos magistrados, independentemente 
de horário previamente marcado; 
h) Sustentar oralmente as razões de recurso; 
i) Usar da palavra em qualquer Juízo ou Tribunal; 
j) Reclamar, contra inobservância de preceito de lei; 
k) Falar sentado, ou em pé, em Juízo ou Tribunal; 
l) Examinar quaisquer autos, que não estejam sujeitos a sigilo; 
m) Examinar quaisquer autos de flagrante e de inquérito; 
n) Ter vista dos processos judiciais; 
o) Retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração; 
p) Ser publicamente desagravado, quando ofendido no 
exercício da profissão ou em razão dela; 
q) Usar os símbolos privativos da profissão; 
r) Recusar-se a ser testemunha em processo ou sobre fato 
relacionado com pessoa da qual tenha funcionado como 
advogado; 
s) Retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão 
para ato judicial, após trinta minutos do horário designado, 
mediante comunicação protocolizada em Juízo. 
 
Observações: O advogado tem imunidade profissional 
(ausência de criminalidade, por não haver contrariedade a 
direito, que caracteriza o ilícito), e esta imunidade profissional 
não exclui a punibilidade ético-disciplinar do advogado, porque 
cabe a ele o dever de tratar os membros do Ministério Público e 
da Magistratura, com consideração e respeito recíprocos. 
 
• Apenas a OAB tem competência para punir o excesso do 
advogado, por suas manifestações, palavras e atos, no 
exercício da advocacia, e que poderiam tipificar crime contra a 
honra. 
 
• Excluem-se da imunidade profissional as ofensas que 
possam configurar crime de calúnia (imputação falsa e 
maliciosa feita ao ofendido, de crime que não cometera), bem 
como o crime de desacato (art. 331 do CP) 
 
DEVERES DO ADVOGADO 
 Previsão Legal: Artigo 2ºdo Código de Ética e Disciplina. 
 
São deveres do advogado: 
a) Preservar a honra, a nobreza e a dignidade da profissão; 
b) Atuar com destemor, independência, boa-fé, honestidade, 
decoro, veracidade, lealdade e dignidade; 
c) Velar por sua reputação pessoal e profissional; 
d) Aperfeiçoamento pessoal e profissional; 
e) Contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito 
e das leis; 
f) Estimular a conciliação entre os litigantes; 
g) Aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial; 
h) Deverá abster-se de: 
- Utilizar-se de influência em seu favor ou de seu cliente; 
- Patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à 
advocacia; 
- Vincular o seu nome à empreendimentos de cunho duvidoso; 
- Entender-se diretamente com a parte adversa que tenha 
patrono constituído; 
- Emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a 
honestidade e a dignidade da pessoa humana. 
 i) Pugnar pela solução dos problemas da cidadania. 
 
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS 
Previsão Legal: Artigos 27 à 30 do Estatuto da Advocacia. 
 
INCOMPATIBILIDADE – É a proibição total do exercício da 
advocacia. A proibição pode ser permanente (ex: magistratura) 
ou temporária (ex: secretário de Estado), dependendo do 
exercício ou natureza do cargo ou função. A incompatibilidade é 
sempre total e absoluta, tanto para a postulação em Juízo como 
para a advocacia extrajudicial. Apenas cessa a 
incompatibilidade quando deixar o cargo, por aposentadoria, 
morte, renúncia ou exoneração. A incompatibilidade permanece 
mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo 
temporariamente. 
 
São oito as hipóteses de incompatibilidade: 
 
1) Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder 
Legislativo e seus substitutos legais – Esta primeira hipótese de 
incompatibilidade refere-se a cargos de Presidente da 
República, Governador de Estado e Prefeito Municipal, e seus 
respectivos Vices, e aos membros da Mesa do Congresso 
Nacional, Senado Federal, Câmara dos Deputados, 
Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais. Quanto aos 
substitutos legais dos titulares (vices ou suplentes), independe 
de que estejam no efetivo exercício, em substituição dos 
cargos; 
 
2) Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério 
Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos Juizados 
Especiais, da Justiça de paz, bem como de todos os que 
exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação 
coletiva da administração pública direta ou indireta – Esta 
hipótese alcança todos os que tenham função de julgamento, 
não apenas os magistrados e os membros do Ministério 
Público. 
 
Observação: Estão excluídos da incompatibilidade os membros 
da Justiça Eleitoral e os respectivos Juízes suplentes não 
remunerados, segundo o STF. Os Juízes leigos dos Juizados 
Especiais também foram excepcionados desta espécie de 
incompatibilidade por força de expresso mandamento legal, 
contido no artigo 7º da Lei 9.099/95. Não se incluem nas 
incompatibilidades os Conselhos e órgãos julgadores da OAB, 
porque esta não integra a administração pública direta ou 
indireta; 
 
3) Ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da 
Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e 
em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço 
público – Esta terceira hipótese refere-se a cargos e funções de 
direção em órgãos ou entidades vinculados à Administração 
Pública. O cargo pode ser de direção, assessoramento superior, 
coordenação, superintendência, gerência, administração, mas, 
haverá de deter poder de decisão relevante que afete direitos e 
obrigações de terceiros. 
 
Observação: São excluídos da hipótese legal os cargos ou 
funções diretivos de natureza burocrática ou interna, ou que 
assessorem, informem ou instruam processos para decisão de 
autoridade superior. Também estão excluídos as funções afetas 
à administração acadêmica diretamente relacionada ao 
magistério jurídico, ex: coordenador de cursos jurídicos, chefes 
de Departamento de Direito, diretores de centros de ciências 
jurídicas ou de faculdades de direito. 
 
4) Ocupantes de cargos ou funções vinculados diretamente ou 
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que 
exercem serviços notariais e de registro – Esta hipótese legal 
incompatibiliza os titulares de serviços auxiliares da Justiça, 
envolvendo qualquer serventuário da Justiça, pouco importando 
a forma de provimento ou o órgão do Poder Judiciário, incluído 
a Justiça Eleitoral e a Trabalhista. 
 
5) Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
indiretamente a atividade policial de qualquer natureza - 
Abrange osperitos criminais, os médicos-legistas, os 
despachantes policiais, os dactiloscopistas, os guardas de 
presídios. Estão incompatibilizados também, todos aqueles que 
prestem serviços, sob qualquer forma ou natureza, aos órgãos 
policiais (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Estadual, 
Polícia Ferroviária Federal e Estadual, Polícia Civil, Polícia 
Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal), mesmo que 
empregados de empresas privadas. 
 
6) Militares de qualquer natureza, na ativa – É imprescindível 
que seja militar da ativa, ex: Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, 
integrantes das Forças Armadas (Exército, Marinha e 
Aeronáutica). Mesmo os militares da ativa, quando em serviços 
burocráticos continuam incompatíveis. 
 
7) Ocupantes de cargos ou funções que tenham competência 
de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e 
contribuições parafiscais – A sétima hipótese envolve os cargos 
e funções relacionadas com a receita pública. Ex: Fiscais de 
rendas, auditores fiscais, agentes tributários, fiscais de receitas 
previdenciárias. 
 
8) Ocupantes de funções de direção e gerência em instituições 
financeiras, inclusive privadas – Os dirigentes e gerentes de 
instituições financeiras públicas ou privadas, desfrutam de um 
enorme potencial de captação de clientela, mercê de um poder 
decisório que pode influir profundamente na economia das 
pessoas, tais como: Conceder empréstimos ou aprovar projetos 
financeiros. 
 
IMPEDIMENTO – É a proibição parcial do exercício da 
advocacia. 
São impedidos de exercer a advocacia: 
1) Os servidores da administração direta, indireta e fundacional, 
contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja 
vinculada a entidade empregadora (exceto os docentes dos 
cursos jurídicos) – O impedimento limita-se à Fazenda Pública 
que remunera o servidor, também advogado. O advogado que 
mantenha vínculo funcional com qualquer entidade da 
Administração Pública direta ou indireta fica impedido de 
advogar contra não apenas o órgão ou entidade, mas contra a 
respectiva Fazenda Pública (União, Estado-membro ou o 
Município). 
 
2) Membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, 
contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações 
públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias 
ou permissionárias de serviço público – Os parlamentares 
municipais, estaduais ou federais, que não sejam membros ou 
suplentes das mesas diretoras, estão impedidos de advogar 
contra ou a favor de qualquer entidade da Administração 
Pública direta ou indireta municipal, estadual ou federal, não 
apenas contra a respectiva Fazenda Pública, enquanto 
perdurarem seus mandatos. 
EFEITOS NO PROCESSO JUDICIAL: O Supremo Tribunal 
Federal manifesta entendimento em considerar que o ato 
praticado por advogado, em causa própria, sujeito a 
impedimento, é passível de anulabilidade, sanável por 
ratificação. As hipóteses de incompatibilidade causariam 
nulidade insanável dos atos praticados pelo profissional, 
enquanto que as de impedimento seriam sanáveis. 
 
INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES 
Previsão Legal das Infrações Disciplinares: Artigo 34 do 
Estatuto da OAB. 
- As infrações disciplinares caracterizam-se pela conduta 
negativa, pelo comportamento indesejado, que devem ser 
reprimidos. As infrações disciplinares são apenas as indicadas 
no Estatuto, estando vedadas as interpretações extensivas ou 
analógicas. 
- Cometem infrações disciplinares os que estão inscritos na 
OAB. Para os não inscritos, aplica-se a legislação penal 
comum, por se tratar de exercício ilegal da profissão. 
 
Previsão Legal das Sanções Disciplinares: Artigo 35 do 
Estatuto da OAB. 
 
As sanções disciplinares consistem em: 
a) Censura; 
b) Suspensão; 
c) Exclusão; 
d) Multa 
 
a) CENSURA - A censura é uma advertência escrita. É aplicável 
nos seguintes casos: 
- Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, 
por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos 
ou impedidos: 
- Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos 
estabelecidos no Estatuto da OAB; 
- Valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos 
honorários a receber; 
- Angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de 
terceiros; 
- Assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para 
fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha 
colaborado; 
- Advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-
fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça 
da lei ou em pronunciamento judicial anterior; 
- Violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
- Estabelecer entendimento com a parte adversa sem 
autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; 
- Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu 
patrocínio; 
- Acarretar, conscientemente, por ato próprio a anulação ou a 
nulidade do processo em que funcione; 
- Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos 
dez dias da comunicação ou renúncia; 
- Recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, 
quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria 
Pública; 
- Fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, 
alegações forenses ou relativas a causas pendentes; 
- Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou 
de julgado, bem como de depoimentos, documentos e 
alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou 
iludir o Juiz da causa; 
- Fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita 
deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; 
- Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação 
emanada do órgão ou autoridade a Ordem, em matéria da 
competência desta, depois de regularmente notificado; 
- Praticar,o estagiário, ato excedente de sua habilitação; 
- Violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; 
- Violação da preceito desta Lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. 
 
Observação: A censura pode ser convertida em advertência, em 
ofício reservado, sem registro nos assentamentos do inscrito, 
quando presente circunstância atenuante. 
 
b) SUSPENSÃO: É a interdição do exercício profissional, em 
todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze 
meses. É aplicável nos seguintes casos: 
- Prestar concursos a clientes ou a terceiros para realização de 
ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la; 
- Solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para 
aplicação ilícita ou desonesta; 
- Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, 
relacionados com o objetivo do mandato, sem expressa 
autorização do constituinte; 
- Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da 
parte adversa, por si ou interposta pessoa; 
- Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de 
quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele; 
- Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista 
ou em confiança; 
- Deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços 
devidos à OAB, depois de regulamente notificado a fazê-lo; 
- Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; 
- Manter conduta incompatívelcom a advocacia; 
- Reincidência em infração disciplinar. 
 
Observação: Nas hipóteses das infrações do advogado recusar-
se a prestar contas ao cliente e deixar de pagar as 
contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, a 
suspensão perdurará até que satisfaça integralmente a dívida, 
inclusive com correção monetária. 
 
Na hipótese do advogado incidir em erros reiterados que 
evidenciem inépcia profissional, a suspensão perdura até que 
preste novas provas de habilitação.
 
c) EXCLUSÃO: É a penalidade máxima aplicada ao advogado. 
É aplicável nos seguintes casos: 
- Aplicação por três vezes, de suspensão; 
- Fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para a inscrição 
na OAB; 
- Tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; 
- Praticar crime infamante; (Crime infamante é todo aquele que 
acarreta para seu autor a desonra, a indignidade e a má fama) 
Observação: Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão 
é necessária a manifestação favorável de dois terços dos 
membros do Conselho Seccional competente. 
 
d) MULTA: É uma sanção disciplinar acessória, que se acumula 
a outra sanção em caso de circunstância agravante. Não pode 
ser aplicada de modo isolado nem se refere especificamente a 
qualquer infração disciplinar. 
A multa varia entre: mínimo – O valor de uma anuidade; máximo 
– O décuplo de uma anuidade. 
 
É aplicável cumulativamente com a censura ou suspensão, em 
havendo circunstâncias agravantes. 
 
Observações: 
a) É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar 
requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face 
de provas efetivas de bom comportamento; 
b) Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o 
pedido de reabilitação depende também da correspondente 
reabilitação criminal; 
c) Fica impedido de exercer o mandato o profissional a quem 
forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou 
exclusão; 
d) A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares 
prescreve em cinco anos, contados da data da constatação 
oficial do fato. Com relação a processo disciplinar paralisado, o 
prazo da prescrição é de três anos.

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