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Aula 03 Helmintos gastrointestinais de cães e gatos

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Doenças Parasitárias
Olá alunos, na aula de hoje vamos abordar os principais helmintos gastrointestinais de cães e gatos!
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=Jecm_A5TRRk – Toxocaríase canina
https://www.youtube.com/watch?v=PlLZxNNpACA – Ciclo T. canis
https://www.youtube.com/watch?v=vFSCBoZASPQ – Ciclo Ancylostoma caninum
https://www.youtube.com/watch?v=yTwab0RKd8s – Ciclo de vida Dypilidium caninum
Helmintos gastrointestinais de cães e gatos:
Toxocariose:
Pertencentes à classe Nematoda, ordem Ascaridida e família Ascarididae, espécie: Toxocara canis, Toxocara cati e Toxocara leonina. Toxocara canis
Características: 
Se localizam no intestino delgado de seus hospedeiros e se nutrem de produtos pré-digeridos como aminoácidos, vitaminas e oligoelementos. Tornando o hospedeiro carente desses produtos.
Ciclo Biológico: As fêmeas fazem a postura dos ovos contendo apenas uma célula e com casca espessa para resistir ao meio ambiente. Os ovos saem nas fezes e forma-se L1 e L2 dentro do ovo. O hospedeiro definitivo se infecta de 4 maneiras: via oral (horizontal ou direta), via transplacentária e via transmamária (vertical ou indireta) e via hospedeiros paratênicos (ingestão de roedores, répteis e pássaros).
*Toxocara cati só infecção transmamária.
Migração Larval: 
Pela migração traqueal as larvas chegam até os pulmões através da circulação, rompem os alvéolos e migram para a traqueia, onde são deglutidas, então, chegando ao intestino delgado (mais comum em filhotes).
Pela migração somática as larvas chegam a outros tecidos através da circulação, onde se incistam e tornam-se larvas infectantes inibidas (mais comum em animais com mais de 2 meses).
Sinais Clínicos: quando a infecção pré-natal é muito grande, pode haver a morte do animal, pois a migração das larvas causa lesões hepáticas e focos pneumônicos. Em infecções maciças podem ocorrer obstruções no sistema digestório. Vômitos e diarréia podem ser observadas pela ação irritante dos adultos na mucosa gástrica e intestinal. 
Adultos podem penetrar nos canais biliares ou pancreáticos, levando aos quadros agudos e às vezes fatais. 
Competição alimentar ocorre devido à sua ação espoliadora de aminoácidos essenciais, vitaminas e sais minerais levando ao enfraquecimento. 
Sinais neurológicos vão desde irritação, até crises convulsivas, e estão associadas com as toxinas parasitárias de vermes vivos ou mortos, irritação das terminações nervosas intestinais e sensibilização do SNC pelas larvas erráticas. 
Toxocara cati
Características diferenciais: Não ocorre infecção transplacentária. 
Grande quantidade de larvas fazem migração traqueal até em adultos. 
A transmissão transmamária é a maior via de infecção em filhotes. Os hospedeiros definitivos são as galinhas, minhocas, baratas e camundongos.
Toxocara leonina: 
Características diferenciais: Têm maior importância em animais adultos. 
Possui o ciclo mais simples entre os acarídeos de carnívoros. Especificidade pelo hospedeiro é baixa (infectam muitas espécies de canídeos e felídeos domésticos e silvestres). Raramente ocorre ciclo pulmonar e não há migração somática nem a transmissão transmamária ou transplacentária. 
Ovo é maior e a parede é lisa (não mamilonada).
Toxocara leonina
Ciclo Biológico: ingestão de ovos contendo L2, chegando até a parede intestinal, tem a transformação para L3 (agora na luz do intestino). E posteriormente há a transformação de L4 para L5 e para adulto (de 30 a 45 dias). Ou HI infecta-se com ovo contendo L2, onde vão até o intestino delgado e ganham a circulação sanguínea, incistando-se na musculatura, pulmões e outros tecidos, onde então é ingerido pelo HD. 
Patogenia: 
Pneumonia (pela imigração).
Encarceramento das alças intestinais (pelo retroperistaltismo). 
Sintomas: 
Diarréia, perda de peso, vômitos, convulsões e ascite (baixa nas proteínas plasmáticas) 
Diagnóstico: 
Sintomas associados ao encontro de ovos típicos nas fezes ou parasitos nas fezes e vômitos. 
Período pré patente: 2 a 3 meses (não se encontram ovos nas fezes e animais podem ter os sintomas). 
Coproparasitológico, método de flutuação (técnica de Willis Mollay).
Profilaxia: 
Exames parasitológicos regularmente, administração de anti-helmínticos regularmente, higiene dos canis, evitar umidade no ambiente (viabilidade dos ovos), tratamento de cadelas prenhas antes e depois do parto, combate aos Hospedeiros paratênicos. 
Controle: 
Recém nascidos: tratar os filhotes com 2 semanas (repetir após 2-3 semanas), tratar a cadela simultaneamente e tratar os filhotes novamente aos 2 meses. 
Cães recém adquiridos: administrar 2 doses com intervalo de 14 dias. 
Fêmeas prenhas: tratar 3 semanas antes do parto.
Tratamento:
Pirantel: 15mg/kg (gatos) e 20-30mg/kg (cães) V.O. 
Piperazina: 100 – 250 mg/kg V.O.
Mebendazole: 20mg/kg V.O. a cada 24 horas por 3 dias.
Fembendazole: 50mg/kg V.O. a cada 25 horas por 3 dias. 
*Benzimidazóis: utilizado para cadelas prenhas, mas não utilizar em início de gestação. 
Diclorvós: 100mg/kg V.O.
Selamectina (avermectina)
Dietilcarbamazina: 25-100mg/kg V.O.
*Combinações: Praziquantel (para platelmintos) + Pirantel (para nematódeos) (Drontal)
Ancylostomose: 
Pequeno estrongilídeo, pertencente à classe Nematoda, ordem Strongylida e à família Ancylostomidae, espécie Ancylostoma caninum, Ancylostoma braziliense e Ancylostoma duodenale.
Características: Se localizam no intestino delgado de carnívoros (A. caninum e braziliense) e de humanos e cães (A. duodenale). 
Ancylostoma caninum e braziliense: larva migrans cutânea (bicho geográfico).
 
Ciclo Biológico: Os ovos saem nas fezes e com condições ideais de desenvolvimento há liberação de L1, L2 e L3. Isso ocorre em 5 dias e a L3 vai ao hospedeiro definitivo por 4 vias (oral, cutânea, transmamária e transplacentária).
*A. braziliense não tem transmissão transplacentária. 
1) Oral: o hospedeiro definitivo ingere a L3 no ato de se lamber e essa penetra nas glândulas gástricas e intestinais, faz muda para L4 e quando chega ao lúmen vai a adulto, que se fixam na mucosa do intestino delgado. É o ciclo direto.
2) Percutânea: as larvas penetram na pele do hospedeiro definitivo e migram pelos vasos sanguíneos ou linfáticos indo ao coração e depois ao pulmão e então atingem os alvéolos (vai a L4) e os perfuram voltando então à glote e sendo redeglutidas. No tubo digestivo ocorre a penetração nas glândulas gástricas ou intestinais (vai a L5) e quando chega ao lúmen viram adultos e ficam fixados na mucosa do intestino delgado. Esses adultos são mais resistentes. Larvas podem ficar nos tecidos somáticos (aproximadamente 240 dias). As larvas saem no terço final da gestação (baixa resistência das fêmeas).
Patogenia: 
A Forma Larval causa eritema, edema e dermatite. Faz a migração pulmonar, causando bronquite, alveolite (pequenas hemorragias) podem ocasionar infecções secundárias, assim, levando a uma pneumonia.
 
A Forma Adulta causa anemia microcítica e hipocrômica (pela hematofagia do parasito). Espoliação da mucosa e perda de ferro (diminuição da hematopoiese). Hipoproteinemia (causando uma ascite) e imunossupressão. 
Sinais Clínicos: 
Prurido, eritema principalmente no abdômen, mucosas pálidas, anorexia, diarreia escura, desidratação, emagrecimento, edema e ascite. 
Diagnóstico: 
Coproparasitológico pelo método de flutuação (técnica de Willis Mollay). 
Ovo elíptico com blastômeros internos.
Tratamento: 
Nitroscanato: 50mg/kg V.O. dose única 
Pirantel: 15mg/kg 
Disofenol: 7,5mg/kg S.C. dose única 
*Utilizado para hematófagos e não é recomendado no final da gestação (causa aborto), e tomar cuidado com animais de pelagem clara (causa manchas).
Profilaxia: 
Tratamento dos animais. Exames coproparasitológicos de rotina e desinfecção ambiental.
Tricuriose: 
Parasita pertencente à classe Nematoda, ordem Enoplida, família Trichuridae e espécie Trichuris vulpis. 
Características: 
Localizado no intestino grosso (ceco).
Ciclo Biológico:Os ovos saem nas fezes e no meio ambiente passam a ovos larvados (L1). O ovo é ingerido diretamente pelo hospedeiro definitivo e a L1 é liberada no intestino delgado e penetra na mucosa cecal e só sai quando adulto ou pode penetrar nas vilosidades do intestino delgado e ir a L4 e na luz vira adulto, e esse se instala no ceco. *OBS: não há L5
 
Patogenia: 
Possuem glândulas esofagianas, as quais secretam substância histolítica, causando a liquefação dos tecidos para posterior nutrição. 
Pode ocorrer a infecção bacteriana secundária. 
*Não são hematófagos.
Sinais Clínicos: 
Pouco evidentes, infecções elevadas (anemia e baixo nível de hemoglobina), diarreia, presença de muco nas fezes e perda de peso.
Diagnóstico: 
Coproparasitológico pelo método de flutuação (técnica de Willis Mollay). 
Ovos em forma de “barril”.
Tratamento: 
Pirantel 
Benzimidazóis
 Ovo bioperculado de Trichuris vulpis.
Capilariose:
Pertencente à classe Nematoda, ordem Enoplida, família Capillariidae e espécie Capillaria plica e Capillaria hepatica.
Características: Localiza-se no rim e na bexica (C. plica) e no fígado (C.hepatica). 
*Capillaria plica tem a minhoca como HI, não apresenta significado patogênio e é raro em gatos.
Ciclo Biológico: Os ovos saem nas fezes morulados e no ambiente se tornam larvados (L1). Os ovos são ingeridos pelo hospedeiro definitivo em alimentos contaminados e a L1 é liberada no tubo digestivo e penetra na mucosa fazendo as mudas para L2, L3, L4 e adulto e vai ao órgão alvo ou fica no intestino delgado.
*OBS: C. hepática: os ovos não saem nas fezes, pois eles ficam retidos no fígado e a contaminação se dá através do carnivorismo ou da morte do animal. 
As fêmeas adultas vivem no parênquima hepático do hospedeiro, onde fazem a postura, porém os ovos somente são liberados do fígado em duas ocasiões:
 
Quando ocorre a digestão do fígado parasitado no trato digestivo do predador carnívoro, o qual eliminará os ovos nas fezes.
Quando ocorre a morte do hospedeiro e a consequente decomposição da carcaça e do fígado, com a liberação dos ovos no meio externo. 
*Em humanos a enfermidade é menos frequente, na maioria dos casos, o prognóstico é desfavorável e a infestação frequentemente fatal.
Patogenia: Reação granulomatosa no fígado (pela presença de ovos). Cirrose hepática (em roedores).
Diagnóstico: 
Necropsia. 
Pode-se achar ovos nas fezes, mas só se tiver ocorrido infecção recente.
Profilaxia: 
Evitar que caninos e felinos comam suas fezes ou de outros animais.
Impedir a ingestão de roedores. 
Higiene ambiental.
Tratamento: 
Não existe.
Dioctophyma renale:
Pertencente à classe Nematoda, ordem Enoplida, família Dioctophymatidae e espécie Dioctophyma renale. 
Características: Localiza-se nos rins (mais no direito), cavidade pleural ou abdominal.
 
Ciclo Biológico: ovos são eliminados pela urina, entre 1 a 7 meses ovos com L1 na água, ingestão pelo hospedeiro intermediário (minhoca), chegando até L4, há a ingestão do HI pelo hospedeiro paratênico (bagre, acará ou rã) o qual é ingerido pelo HD. As larvas L4 chegam até o duodeno, onde atravessam a parede intestinal, chegando à cavidade abdominal, encaminhando-se para a região renal e penetrando no rim, formando então L5. 
 ovo de Dioctophyma renale. 
Patogenia: 
Destruição do parênquima renal e hipertrofia do rim oposto. Peritonite.
Aderências. Destruição do parênquima hepático, nódulos com ovos no fígado. 
Parasitos na cavidade pleural – considerado ectópico.
Sinais Clínicos: 
Disúria (dificuldade para urinar), hematúria retenção da urina, dor intensa na região renal, emagrecimento, caquexia, fase final (uremia com estomatite) e morte.
 
Diagnóstico: 
Sinais clínicos. Pesquisa de ovos na urina (só se estiverem presentes no rim o macho e a fêmea). Radiografia e Ultrassonografia. 
Tratamento: 
Apenas cirúrgico.
Cestódeos de cães e gatos:
Dipilidose:
 
Pertencem à classe Cestoda, ordem Cyclophyllidae, família Dipelididae e espécie Dypilidium caninum. 
Características: 
Hospedeiros Definitivos são caninos e felinos e os intermediários são os insetos. Se localizam no intestino delgado do animal. Animal com reflexo de “arrastar a bunda no chão”, causado pelo movimento das proglotides.
 
Ciclo Biológico: proglótides grávidas são eliminadas espontaneamente ou com fezes, liberando as cápsulas ovígeas contendo ovos. Insetos se alimentam destas fezes com ovos. Estes ovos se transformam em cisticerco no inseto e o animal (HD) ingere o inseto e se contamina.
 Ovo de Dypilidium caninum.
Patogenia: 
Inflamação da mucosa intestinal, com elevado grau de infecção pode causar obstrução.
Sinais Clínicos: 
Normalmente cursa de forma assintomática, diarréia, cólica, alterações no apetite, perda de peso, alterações de comportamento e ataques epileptiformes.
 
Diagnóstico: 
Coproparasitológico pelo método de sedimentação, pesquisa de proglótides nas fezes.
Profilaxia: 
Controle de insetos.
Tratamento para Cestódeos: 
Praziquantel: 5mg/kg ou 10mg/kg 
Fembendazole: 50mg/kg por 3 dias 
Nitroscanato: 50mg/kg *para Echinococcus granulosus usar 100mg/kg e repetir a dose em 48 horas.
Profilaxia Geral: 
Educação sanitária. Evitar a ingestão de vísceras contaminadas.Exames de fezes e tratamentos periódicos.
Difilobotríase e Esparganose:
Esses parasitas pertencem à classe Cestoda, ordem Pseudocyclophyllidae, família Diphyllobothriidae e espécie Diphyllobotrhium latum e Spirometra mansonoides. 
Características: 
Hospedeiros definitivos são os cães, felinos, suínos e homem (Diphyllobotrhium latum) e carnívoros, principalmente felinos (Spirometra mansonoides).
Os hospedeiros intermediários são peixes e microcrustáceos (Diphyllobotrhium latum) ou peixes e microcrustáceos (Spirometra mansonoides). São considerados os maiores parasitas intestinais do homem e sua localização é no intestino delgado.
Ciclo Biológico: Diphyllobotrhium latum: ovos são liberados pela proglótides e eliminados nas fezes do hospedeiro. Embriões nos ovos que formam coracídios que são ingeridos por crustáceos (Cyclops ou Diaptomus) formando então procercóides. Peixes ingerem o crustáceo que contém a larva, esta migra para o músculo do peixe formando plerocercóides. O peixe é ingerido pelo HD. 
*D. latum parasita peixes de água doce ou que passam parte de seus ciclos de vida na água doce: salmão, truta e robalo.
*Os copépodes (pequenos crustáceos) existem nos lagos e rios do Brasil, bastando as fezes com os ovos para iniciar o ciclo 
Ciclo Biológico Spirometra mansonoides: semelhante ao do Diphyllobotrhium latum, mas o animal que ingere o crustáceo é anfíbio e não peixes. 
Patogenia Diphyllobotrhium latum:
Anemia, em algumas situações secreta substâncias tóxicas (causa lise das hemácias). 
Patogenia Spirometra mansonoides:
Anemia (deficiência de B12)
 
Sinais Clínicos Diphyllobothium latum: 
Infecções leves são assintomáticos. Podem causar anemia, náuseas, vômitos, diarreia ou constipação, tosse e quando migra para o SNC causam ataques epileptiformes.
 ovo de Diphyllobothium latum
Formas Clínicas Spirometra mansonoides:
1-Ocular: edema periorbital, inflamação, exoftalmia, ulceração de córnea e lacrimejamento. 
2-Cerebral: fadiga, perda da memória, coma, febre, paresia – alguns casos se estendem ao cerebelo, a doença pode aparecer como uma massa hemorrágica no cérebro. 
3-Proliferativa (Spirometra proliferum): inicia com um tumor subcutâneo no pescoço, pele, músculos e órgãos internos (pulmões, abdome e cérebro).
Diagnóstico Diphyllobothium latum: 
História epidemiológica, coproparasitológico (5 à 6 semanas após a ingestão da larva plerocercóide) pelo método de sedimentação. 
Diagnóstico Spirometra mansonoides: 
Sinais clínicos, exames coproparasitológicos pelo método de sedimentação, necropsia, excisão dos nódulos (pesquisa de larvas plerocercóides).
Profilaxia Spirometra mansonoides:
Educação sanitária, evitar consumo de carne crua de rã, evitar a ingestão de águascontendo copépodos (zooplâncton para peixes).
Tratamento Diphyllobothium latum: 
Praziquantel: 10mg/kg VO dose única 
Niclosamida: 150mg/kg dose única 
Vitamina B12 
Profilaxia Diphyllobothium latum: 
Cozinhar bem alimentos advindos de mares, lagos ou rios. Manter a -20ºC durante 7 dias ou -35ºC durante 15 horas.
Trematódeos de Carnívoros 
Platinossomíase:
Pertencem à classe Trematoda, ordem Digenea, família Dicrocoeliidae e espécie Platynosomum fastosum. 
Características: 
Se localizam nos ductos biliares ou parênquima hepático.
Ciclo Biológico: o gato parasitado elimina para o meio ambiente ovos juntamente com suas fezes. Estes ovos são ingeridos por moluscos terrestres. O miracídeo sai pelo opérculo do ovo e penetra no tecido do molusco, desenvolve-se o esporocisto mãe, que originam vários esporocistos filhos migratórios, contendo cercárias. Os esporocistos filhos saem do molusco para o solo, onde são ingeridos por isópodos terrestres. Nestes isópodos ocorre a maturação da cercária para metacercária. Estes isópodos são ingeridos por vertebrados inferiores (como lagartixas e sapos); as metacercárias ficam encistadas na vesícula biliar e ducto biliar comum destes vertebrados, esperando pelo hospedeiro definitivo par completar o ciclo biológico.
Patogenia: 
Hepatomegalia, anemia, ascite
 
Sinais Clínicos:
Pouco evidentes, pode gerar uma inapetência, letargia e em casos graves anorexia, perda de peso.
Desenvolvimento anormal do pelo, vômitos, diarreia mucoide.
Diagnóstico: 
Muito difícil pela baixa concentração de ovos que saem pelas fezes. Coproparasitológico pelo método de sedimentação (formalina-éter)
Profilaxia: 
Exames coproparasitológicos periódicos.
Restrição de vertebrados inferiores dentro da residência. Controle das lagartixas.
Tratamento: 
A base de praziquantel (20mg/kg por via subcutânea, uma vez ao dia durante três dias), embora a cura depende da sua gravidade. A ação do Pranziquantel nos parasitas é desconhecida, mas como a droga é excretada pela bile, talvez os trematóides, assim como os cestóides percam a habilidade de resistir a digestão pelo hospedeiro.
Conclusão
As helmintíases nos cães e gatos são geradas por uma gama muito alta de parasitas, o controle do ambiente em que o animal vive e seu tratamento correto são fundamentais para o controle desses parasitas.
Questões
Entre na plataforma e responda a 3 perguntas, sendo duas objetivas e uma dissertativa sobre a aula, cada pergunta valendo 1,0 ponto.
*** Questões
1) O principal agente etiológico da Larva Migrans cutânea é:
a)	Leishmania brasiliensis.
b)	Echinococcus granulosus.
c)	Schistosoma mansoni.
d)	Ancylostoma braziliense.
e)	Plasmodium brasilianum.
2) Qual parasita que tem a pulga como hospedeiro intermediário?
a) Ancylostoma caninum
b) Dioctophyma renale
c) Dypilidium caninum
d) Diphyllobothium latum
3) Determine uma profilaxia geral para qualquer tipo de helmintíase.

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