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Gestao da Cadeia de Suprimentos Aula 1

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GESTÃO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS 
AULA 1
Prof. Nelson Tadeu Galvão 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Caros alunos, sejam bem-vindos à nossa primeira aula de Gestão da 
Cadeia de Suprimentos! 
Nesta disciplina vamos aprender, inicialmente, os conceitos básicos 
necessários para que possamos compreender o funcionamento de uma Cadeia 
de Suprimentos. Vamos, também, aprender como são estruturadas 
organizacionalmente as empresas e depois trataremos dos fornecedores, das 
cadeias produtivas, dos canais de distribuição e, finalmente, das cadeias de 
suprimentos. 
Todos temas de grande importância para nossa disciplina. É importante 
que você tente compreender bem esses conceitos iniciais para compreender 
melhor os assuntos que vêm depois, pois buscamos fazer com que a 
compreensão da disciplina se dê pelo entendimento de todos os temas que serão 
estudados. 
Iniciemos nossos estudos conhecendo o professor Nelson Tadeu Galvão 
e a proposta que ele trouxe para esta disciplina! Acesse a videoaula disponível 
no material on-line! 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Em tempos remotos, a logística era ineficiente e muitas pessoas eram 
obrigadas a morar em locais próximos às fontes de alimentos. Mas com o passar 
dos anos, as técnicas de produção e o processo de entrega dos produtos aos 
consumidores foram se aperfeiçoando, possibilitando às pessoas que vivem em 
locais distantes da fonte das mercadorias um consumo de itens em maiores 
quantidades e com um abastecimento constante ao longo do tempo. 
A Cadeia de Suprimentos vem de encontro à necessidade das 
empresas e clientes, pois o cliente é a principal razão de existir da empresa. 
O gerenciamento de toda a cadeia – desde os fornecedores, passando pela 
produção, chegando à expedição – prevendo e organizando a logística reversa 
faz todo o sentido para organizar suas atividades com foco voltado para o 
cliente. 
 
 
3 
A competição no mercado global tende a não ocorrer mais entre 
empresas, mas, sim, entre cadeias de suprimento. Numa era de concorrências 
entre redes, apenas as organizações que melhor se estruturarem, coordenarem 
e gerirem os relacionamentos com os parceiros de rede receberão as devidas 
recompensas. Na medida em que aumenta a concorrência, as empresas 
precisam reforçar seus referenciais mercadológicos envolvendo a Cadeia de 
Suprimentos, tornando-a flexível diante do mercado. 
Assim, a gestão da Cadeia de Suprimentos consiste numa série de 
aproximações utilizadas para integrar eficazmente fornecedores, fabricantes e 
lojas, para que a mercadoria seja produzida e distribuída nas quantidades ideais, 
na localização certa e no tempo correto, com o objetivo de satisfazer o nível de 
serviço e diminuir os custos ao longo do sistema (SIMCHI-LEVI; SIMCHI-LEVI; 
KAMINSKY, 2003, p. 1). 
Serão esses os assuntos que estaremos estudando nessa disciplina, a 
começar pelos conceitos básicos que lhe permitirão compreender toda essa 
integração da Cadeia de Suprimentos para torná-la mais competitiva num 
mercado global. 
Acesse a videoaula disponível no material on-line! 
TEMA 1 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
O que é uma estrutura organizacional? 
Vamos, então, conhecer esse assunto: 
É a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando a 
alcançar os objetivos e resultados estabelecidos. É a forma pela qual as 
atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. 
Benefícios de uma estrutura organizacional adequada: 
 Identificação das tarefas necessárias; 
 Organização das funções e responsabilidades; 
 Informações, recursos e feedbacks aos empregados; 
 Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; 
 
 
4 
 Condições motivadoras. 
Toda empresa possui dois tipos básicos e fundamentais de estrutura: a 
formal e a informal. Conheça melhor cada uma delas: 
Estrutura formal é aquela deliberadamente planejada e formalmente 
representada, em alguns de seus aspectos, pelo organograma. 
 Ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades 
 É estável 
 Está sujeita a controle 
 Está na estrutura 
 Líder formal 
 É representada pelo organograma da empresa e seus aspectos 
básicos 
 Reconhecida juridicamente de fato e de direito 
 É estruturada e organizada 
Estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é 
estabelecida ou requerida pela estrutura formal. São relacionamentos não-
documentados e não-reconhecidos oficialmente entre os membros de uma 
organização, que surgem inevitavelmente em decorrência das necessidades 
pessoais e grupais dos empregados. 
A estrutura organizacional tem algumas características, vamos a elas: 
 Não é estática; 
 É representada graficamente pelo organograma; 
 É dinâmica; 
 Deve ser delineada de forma a alcançar os objetivos institucionais; 
 Deve ser planejada. 
 
 
 
5 
E essas são as departamentalizações da Estrutura Organizacional: 
 Linear (com ou sem staff) 
 Funcional 
 Clientes 
 Produtos 
 Territorial 
 Por projetos 
 Matricial 
Componentes da estrutura organizacional 
A estrutura organizacional tem sempre três componentes: 
Sistema de responsabilidade: 
Responsabilidade é a obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma 
coisa por outrem. 
 Quando um subordinado assume determinada obrigação, deve 
prestar contas à pessoa que lhe atribuiu a responsabilidade. 
 A responsabilidade não se delega. 
Sistema de autoridade: 
 Departamentalização; 
 Linha e assessoria; 
 Atribuições das unidades organizacionais. 
 
 
6 
 
 
 
 
Sistema de Comunicações 
O sistema de comunicação é a rede por meio da qual fluem as 
informações que permitem o funcionamento da estrutura de forma integrada e 
eficaz, na qual deve ser considerado: 
 O que deve ser comunicado? 
 Como deve ser comunicado? 
 Quando deve ser comunicado? 
 De quem deve vir a informação? 
 Para quem deve ir a informação? 
 
 
7 
 Por que deve ser comunicado? 
 Quanto deve ser comunicado? 
Façamos a leitura do texto a seguir para conhecer os diversos tipos de 
estrutura organizacional: 
http://www.adminconcursos.com.br/2014/07/estruturas-
organizacionais.html 
Organograma 
Organograma é a representação gráfica e abreviada da estrutura 
organizacional. Ele tem como finalidade representar: 
 Os órgãos componentes da empresa; 
 Tanto quanto possível, de forma geométrica, as funções 
desenvolvidas pelo órgão; 
 As vinculações e/ou relações de interdependência entre os órgãos; 
 Os níveis administrativos que compõem a organização; 
 A via hierárquica. 
Conhecer como está estruturada uma empresa organizacionalmente é 
possível através da leitura do seu organograma, pois ele é a ferramenta que 
representa o mapa da organização. 
Para conhecer os modelos de estrutura organizacional com suas 
vantagens e desvantagens assista ao vídeo a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=bml0YAKBPK8 
E, claro, não deixe de assistir à videoaula correspondente a este tema que 
está disponível no material on-line! 
 
TEMA 2 - FORNECEDORES 
Você já deve ter ouvido por diversas vezes falar de fornecedor, mas o 
que é, afinal, um fornecedor? 
 
 
8 
O fornecedor é a pessoa ou a empresa que abastece outra empresa ou 
comunidade. O termo deriva do verbo fornecer, que faz referência a prover ou 
providenciar o necessário para um determinado fim. 
 
Por exemplo: “Estamos sem papel: por favor, chame o fornecedor para 
trazer várias resmas”, “O João está à procura de um novo fornecedor de matérias 
primas, pois o seu atual não está em conformidade”. 
Os fornecedores devemrespeitar os prazos e as condições de entrega 
dos seus produtos ou serviços para evitar conflitos com a empresa que 
abastecem. Na maior parte dos casos, estas empresas têm de ter um 
departamento de suporte ou de atenção técnica, já que as interrupções do 
serviço causam grandes problemas ao cliente. 
Fornecedor não é apenas quem produz ou fabrica, industrial ou 
artesanalmente, em estabelecimentos industriais centralizados ou não; 
também é fornecedor quem vende. 
 
Não é fácil a escolha de um fornecedor, pois sua escolha pode depender 
de diversos aspectos individuais, tais como: 
• Pontualidade nas entregas 
• Qualidade do produto 
• Preços competitivos 
• Antecedentes estáveis 
• Bons serviços prestados 
• Cumprimento de promessas e prazos 
• Apoio técnico 
• Informação no acompanhamento dos produtos 
O que você busca quando assume o papel de comprador? Em suas 
compras as empresas têm os mesmos objetivos, que, basicamente, se resumem 
 
 
9 
em conseguir tudo ao mesmo tempo: qualidade, quantidade, prazo de entrega 
e preço. 
Uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais 
importante refere-se ao fornecedor certo. Um bom fornecedor é aquele que tem 
a tecnologia para fabricar o produto na qualidade exigida, tem a capacidade de 
produzir as quantidades necessárias e ainda pode administrar seu negócio com 
eficiência suficiente para ter lucros e, ainda assim, vender um produto a preços 
competitivos. 
Segundo BERTAGLIA (2006) o processo de seleção de fornecedor não é 
simples. Para a seleção de fornecedores existem critérios que têm deixado de 
ser somente aqueles básicos. 
Entenda melhor os fatores que influenciam na seleção de um fornecedor: 
 Habilidade técnica 
O fornecedor possui habilidade técnica para produzir ou fornecer o 
produto desejado? 
 Capacidade produtiva 
A produção deve ser capaz de satisfazer às especificações do produto de 
forma consciente, produzindo, ao mesmo tempo, o menor número possível de 
defeitos. 
 Confiabilidade 
Ao selecionar um fornecedor, é desejável que ele seja um fornecedor 
confiável, reputado e financeiramente sólido. 
 Pós-venda 
Se o produto tem natureza técnica ou provavelmente necessitará de 
peças de reposição ou apoio técnico, o fornecedor deve ter um bom serviço de 
atendimento pós-venda. 
 Localização do fornecedor 
Algumas vezes é necessário/recomendável que o fornecedor esteja 
próximo do comprador, ou pelo menos mantenha um estoque local. 
 
 
10 
 Preço 
O fornecedor deve ser capaz de oferecer preços competitivos, não 
significando, necessariamente, que seja o menor preço. 
Na avaliação de fornecedores potenciais, alguns fatores são quantitativos, 
e é possível atribuir um valor monetário a eles. Outros fatores são qualitativos e 
sua determinação exige ponderação. Geralmente, são determinados de forma 
descritiva. 
A seguir vamos ver os métodos de classificação, que podemos utilizar 
para combinar esses dois fatores principais (quantitativos e qualitativos), 
auxiliando o comprador a selecionar o melhor fornecedor: 
 
Não se esqueça de continuar a leitura do livro de apoio desta disciplina, o 
“Supply Chain – Uma visão gerencial”, de Luiz Fernando Rodrigues Campos. 
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/524.php 
O vídeo a seguir ajudará a esclarecer melhor alguns pontos sobre esse 
assunto, então não deixe de assistir! 
https://www.youtube.com/watch?v=3zwLm-yOhVo 
Agora, preste atenção nas considerações que serão feitas pelo professor 
Nelson sobre o assunto deste tema! Assista à videoaula disponível no material 
on-line. 
 
TEMA 3 - PROCESSOS PRODUTIVOS 
Vamos saber agora o que é um processo produtivo: 
Segundo HARRINGTON (1993, p. 10): 
 
 
11 
“Processo é qualquer atividade que recebe uma entrada (input), agrega-
lhe valor e gera uma saída (output) para um cliente interno ou externo, fazendo 
uso dos recursos da organização para gerar resultados concretos”. 
Por sua vez, HAMMER e CHAMPY (1994 apud GONÇALVES, 2000, p. 
2), afirmam que: “um processo é um grupo de atividades realizadas numa 
sequência lógica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor 
para um grupo específico de clientes”. 
Da mesma forma CHARLENE e MURRAY (1994) partem da premissa de 
que todo processo é uma série de etapas que transformam o resultado ou o 
produto à medida que este percorre a sequência de tarefas ou funções. 
Desse modo, depreende-se que não há como desenvolver um produto ou 
serviço sem que os mesmos passem por algum tipo de processo em sua 
fabricação. Isto está de acordo com GRAHAM e LEBARON (1994 apud 
GONÇALVES, 2000), quando afirmam que todo trabalho importante realizado 
em quaisquer empresas fazem parte de algum processo. 
A seguir, vamos descrever os tipos de processos, pois são 
determinantes para a proposta de estudo realizada. Vamos lá? 
Tipos de processos em manufatura 
Cada tipo de processo em manufatura faz com que a empresa siga uma 
linha de ação diferente para organizar as atividades das operações. Como já 
mencionamos, existem cinco tipos de processos de manufatura, descritos e 
explicados a seguir: 
Processos de projeto 
É característico dos processos de projetos o baixo volume e um grau 
elevado de customização. Para RITZMAN e KRAJEWSKI (2007) o processo de 
projeto é uma sequência de operações e o processo envolvido em cada uma 
delas é únicos, feitos especificamente para atender aos pedidos dos clientes, 
tornando cada projeto único (embora alguns possam parecer similares). 
Processos de jobbing 
Da mesma forma dos processos de projeto, apresentam variedade alta e 
volume baixo. Porém, no primeiro os recursos transformadores são dedicados 
 
 
12 
exclusivamente para um determinado produto, enquanto que no processo de 
jobbing os recursos são compartilhados entre todas as unidades. “Os processos 
de jobbing produzem mais itens e, usualmente, menores do que os processos 
de projeto, o grau de repetição é baixo” (SLACK e STUART, 2007, p. 130). 
Processos em lotes ou bateladas 
Esse processo é frequentemente confundido com jobbing, porém, os 
processos em lote não têm o mesmo grau de variedade. “A diferença 
fundamental é que os volumes são maiores porque produtos ou serviços iguais 
ou similares são fornecidos repetidamente” (RITZMAN e KRAJEWSKI, 2007, p. 
33). De acordo com MOREIRA (2000), na produção em lotes, é necessário o uso 
de equipamentos diferenciados e a sua própria adaptabilidade exige uma mão 
de obra especializada, devido às constantes mudanças de calibragens, 
ferramentas e acessórios. 
Processos de produção em massa 
São aqueles que fabricam um alto volume de produtos, porém com 
pequena variedade. “Esses processos tendem a ser altamente automatizados e 
a produzir produtos com elevado grau de padronização, sendo qualquer 
diferenciação pouco ou nada permitida” (MOREIRA, 2000, P. 11). 
Processos contínuos 
São, muitas vezes, associados a tecnologias relativamente inflexíveis, de 
capital intensivo e com fluxo altamente previsível. Conforme RITZMAN e 
KRAJEWSKI (2007, p. 33) “são o extremo da produção em grande volume e 
padronizada com fluxos de produção em massa, sendo que a operação ocorre 
vinte e quatro horas por dia, para maximizar a utilização e evitar interrupções 
onerosas”. 
Tipos de processos em serviços 
Há três tipos de processos de serviços: 
Serviços profissionais 
Serviços como estes proporcionam altos níveis de customização e o 
processo todo é em virtude de atender e satisfazer as necessidades individuais 
dos consumidores. Tal relação com o cliente indica, porém, um alto tempo de13 
pessoal desperdiçado no escritório e da linha de frente no atendimento aos 
clientes. Serviços profissionais são baseados em pessoas, as quais buscam 
melhorar a prestação de serviço e, não, o que é fornecido. “Esses esquemas 
oferecem serviços especializados e um elevado grau de contato com o cliente” 
(GAITHER e FRAZIER, 2002, p.117). 
Serviços em massa 
Ao contrário dos serviços profissionais, são baseados em equipamentos 
e não em pessoas, sendo que provavelmente tenha uma divisão do trabalho 
precisamente definida e normalmente com suas tarefas preestabelecidas. 
SILVESTRO (1999, apud SAKURADA; MIYAKE, 2009) relata que a formatação 
deste tipo de serviço se apoia num elevado grau de padronização e rotinização, 
baseado em pesquisas sobre expectativas dos clientes. 
Lojas de serviços 
O serviço é prestado por meio de combinações de atividades do pessoal 
do escritório e da linha de frente, e a ênfase passa a ser no produto e no processo 
de produção. Conforme CORRÊA e CAON (2002, apud SAKURADA; MIYAKE, 
2009) são definidas como intermediário entre Serviços Profissionais e Serviços 
de Massa. Para SLACK e STUART (2007, p. 132) “são caracterizadas por níveis 
de contato com o cliente, customização, volume de clientes e liberdade de 
decisão do pessoal”. 
Por conta dessa variedade de tipos de processo, tanto na manufatura 
como nos serviços, é necessária atenção no momento de escolher o mercado 
de atuação, pois, primeiramente, é necessário compreender certas 
especificidades, como afirma HARRINGTON (1993, p. 135), “precisamos 
compreender claramente várias características de processo, [...] como fluxo, 
eficácia, eficiência, tempo de ciclo e custo”. 
Quanto maior a capacidade dos gestores de entenderem os processos 
empresariais, maior a chance de aperfeiçoá-los. Qualquer processo pode ser 
modificando a fim de aumentar a eficácia da organização, buscando ampliar o 
número de clientes satisfeitos e impulsionar as vendas. 
 
 
 
14 
Vamos assistir ao vídeo a seguir, que fala sobre os conceitos de 
processos produtivos: 
https://www.youtube.com/watch?v=DVwnEkCaois 
Agora, confira a videoaula do Prof. Nelson sobre processos produtivos 
para complementar seu estudo! Acesse o material on-line. 
TEMA 4 - CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
Um canal de distribuição corresponde a uma ou mais empresas ou 
indivíduos que participem do fluxo de produtos e serviços, desde o produtor até 
o cliente ou usuário final. Consiste, portanto, no caminho percorrido pela 
mercadoria, desde o produtor até os importadores e usuários finais. A escolha 
do canal de distribuição adequado é essencial para o êxito na atividade 
exportadora. 
Qualquer que seja o tipo de distribuição escolhido, é fundamental que o 
seu trabalho seja organizado conforme: 
 O volume de vendas a realizar de acordo com o potencial de 
mercado dos segmentos atendidos; 
 A adequação dos níveis de estoque dos distribuidores para a 
tender à demanda de seus mercados; 
 A qualidade e frequência da assistência aos seus clientes; 
 O número ideal de distribuidores para cada área de mercado. 
 
Decisões sobre os Canais de Distribuição 
Distribuidor é um termo genérico que inclui todos os tipos de 
intermediários que compram e vendem por sua conta e risco, em oposição ao 
agente comissionado, que como o próprio nome indica, só trabalha mediante 
comissionamento nos negócios. 
 
 
15 
Dessa maneira, incluem-se na denominação genérica de distribuidor os 
atacadistas, os varejistas, revendedores, importadores e distribuidores que 
estocam produtos do fabricante e prestam assistência técnica ao comprador. 
 
A franquia é uma forma de comércio sob licença em que o franqueado 
trabalha com a marca, as mercadorias e até o design de lojas fornecidos pelo 
licenciador. Utilizando intermediários para distribuir os produtos, empresários 
conseguem atingir os clientes de maneira mais precisa e lucrativa. 
Principais intermediários 
Conheça alguns exemplos dos principais intermediários atuantes em um 
canal de distribuição: 
Varejista 
Realiza a venda de bens e/ou serviços diretamente ao cliente final. Ex.: 
supermercado, papelaria, farmácia, bazar, loja de calçados etc. 
Atacadista 
Compra e revende mercadorias para varejistas, outros comerciantes, 
estabelecimentos industriais, institucionais e comerciais. Não vende em 
pequenas quantidades para clientes finais. Ex.: atacadista farmacêutico que 
vende apenas para farmácias. 
Distribuidor 
Vende, armazena e dá assistência técnica em uma área geográfica 
delimitada de atuação e, na maioria das vezes, busca atender demandas mais 
regionalizadas. Ex.: distribuidora de vinhos. 
Agentes e Corretores 
Agentes (relações de longo prazo) e Corretores (relações de curto 
prazo) são pessoas jurídicas comissionadas contratadas para vender produtos 
de uma empresa. Ex.: representantes de venda, corretores imobiliários, 
corretores de seguros etc. 
 
 
 
16 
Sistema de Administração de Varejo 
O varejo é uma atividade que envolve a venda de mercadorias ou serviços 
diretamente ao consumidor final. Os estabelecimentos varejistas podem ser 
classificados entre: 
Varejo de autosserviço 
Muito utilizado para os bens de conveniência, o sistema foi introduzido 
pelos supermercados, progredindo para drogarias, vendas automáticas através 
de máquinas, etc. 
Varejo de autosseleção 
O cliente completa a sua transação através do balconista e se dirige ao 
caixa para efetuar o pagamento. 
Varejo de serviço completo 
O cliente recebe toda a série de informações acerca do produto. Há 
grande variedade de serviços e a força de merchandising é grande. Ex.: lojas de 
departamentos e de especialidades. 
Você conhece a classificação das lojas por tipo de produto? Vamos 
conhecer: 
Supermercado 
Caracteriza-se por 
vendas em larga escala, 
custo baixo, baixa 
margem, alto volume de 
vendas, autosserviço. 
Lojas de 
conveniência 
Comercializa 
alimentos, 
refrigerantes, pilhas, 
cigarros etc. 
Combinação de loja 
Superloja e 
hipermercado: maior 
que um supermercado 
convencional. 
Ex: Makro. 
 
Canais de distribuição 
Os canais de distribuição têm como objetivo principal garantir a 
disponibilidade do produto para os clientes. 
Existem três formas básicas de distribuição: 
 
 
17 
Sistema de distribuição exclusiva: o próprio fabricante escolhe seus 
revendedores, autorizando-os a distribuir de forma exclusiva os produtos e 
controlando grande parte das atividades desses revendedores. Neste caso, o 
fabricante deve vender por meio de um ou de alguns intermediários. 
Normalmente, é o sistema utilizado quando a natureza do negócio precisa 
da lealdade do distribuidor. Um bom exemplo são as concessionárias de veículos 
autorizadas. Os intermediários podem ser representantes comerciais, que levam 
o produto aos pontos de venda ou às redes de lojas que tenham a exclusividade 
na distribuição do produto. 
Sistema de distribuição seletiva: ocorre quando o fabricante vende por 
meio de um grupo selecionado de intermediários. É utilizado quando a natureza 
do negócio precisa de valorização. Entende-se que os intermediários escolhidos 
são considerados os melhores para vender os produtos, com base em sua 
localização, reputação, carteira de clientes e outros pontos fortes. 
Sistema de distribuição intensiva: aplica a lógica de “quanto mais, 
melhor”. O fabricante vende por meio de tantos intermediários quantos forem 
possíveis. É utilizado quando tem que haver grande disponibilidade do produto 
em um grande número de pontos de venda. Essa popularização é saudável para 
produtosde alto consumo e pouco valor agregado. Um ótimo exemplo são os 
produtos de higiene e os alimentícios. 
Agora, em vez de fazer a leitura do livro de apoio desta disciplina, você 
deverá fazer uma leitura do capítulo “Projetando redes de distribuição e 
aplicações de e-business” do livro Gestão da Cadeia de Suprimentos – 
Estratégia, Planejamento e Operações, de autoria de Semil Chopra e Peter 
Meindl, disponível no portal ÚNICO! 
http://unico.facinter.br/ 
Vamos conhecer a logística de distribuição de uma grande empresa de 
cosméticos do Brasil? Assista ao filme e observe quantas coisas devem ser 
planejadas na distribuição de um produto ao mercado! 
https://www.youtube.com/watch?v=IN8V65El2XA 
Agora, assista à videoaula deste tema, disponível no material on-line! 
 
 
18 
 
TEMA 5 - CONCEITO DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS 
Neste tema você conhecerá alguns conceitos relacionados a cadeias de 
suprimentos (Supply Chain) dados por diversos autores, vamos a eles: 
“É o processo da movimentação de bens e informação desde o pedido 
do cliente através dos estágios de aquisição de matéria prima, 
produção até a distribuição dos bens para os clientes” (Rockford 
Consulting Group, 2001). 
“Uma rede de organizações conectadas e interdependentes, 
trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para 
controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas e 
informações dos fornecedores para os clientes finais”. 
(CHRISTOPHER, 2009) 
“Uma metodologia criada para alinhar todas as atividades de produção, 
armazenamento e transporte de forma sincronizada visando a 
obtenção na redução de custos, minimizar ciclos e maximizar o valor 
percebido pelo usuário final em busca de resultados superiores” 
(BOND, 2002) 
“Filosofia integradora para administrar o fluxo total de um canal de 
distribuição do fornecedor até o usuário final” (COOPER e M. ELLRAM, 
1993) 
“Um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de 
estoque etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo 
qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, 
aos quais se agrega valor ao consumidor” (BALLOU, 2006) 
 
Assim, podemos perceber que independentemente da variedade (e até da 
disparidade nas definições), a Cadeia de Suprimentos representa um conjunto 
de atividades que envolvem compra, armazenamento, transformação, 
embalagem, transporte, movimentação interna, distribuição e todo o suporte 
necessário para que tudo possa acontecer. 
 
 
19 
 
Nesse sentido, há várias vertentes que vêm trazer definições acerca do 
tema. Em algumas teorias, a cadeia é definida como a união da logística com o 
Marketing e operações de compra, enquanto em outras é explicada como sendo 
o processo de movimentação de bens e do pedido do cliente, passando pela 
aquisição de matéria-prima, pela produção até a sua distribuição. 
Observe Cadeia de Suprimentos do Walmart® na distribuição de fraldas 
descartáveis:
 
Complemente seus estudos assistindo ao vídeo a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=_mPCdicQpwU 
Para finalizar este tema, observe na videoaula disponível no material on-
line as explicações do professor Nelson sobre os conceitos empregados nos 
processos dentro da Cadeia de Suprimentos. 
 
 
 
 
20 
TROCANDO IDEIAS 
Busque conhecer o funcionamento da estrutura da Cadeia de 
Suprimentos da empresa que você trabalha, já trabalhou ou mesmo de uma 
empresa na sua cidade ou região e faça um relato das informações que você 
levantou, relatando-as no fórum da disciplina, disponível no AVA. 
Aproveite para conferir as contribuições de seu professor e de seus 
colegas de turma! 
 
NA PRÁTICA 
Case: Coca Cola 
Façamos a leitura do case da Coca-Cola®: 
http://www.coladaweb.com/administracao/canais-de-distribuicao 
Agora, analise o case a partir dos fatores importantes no sistema 
distributivo: 
• O número, o tamanho e a localização das unidades fabris e se estas 
atendem às necessidades de mercado; 
• A localização geográfica dos mercados e se os respectivos custos de 
abastecimento são compatíveis; 
• A frequência de compras dos clientes, o número e o tamanho dos 
pedidos; 
• O custo do pedido e o custo de distribuição se estes são compatíveis 
com o mercado; 
• Os métodos de armazenagem e seus custos; 
• Os transportes adotados se são adequados. 
 
SÍNTESE 
Nossa primeira aula está chegando ao fim. 
 
 
21 
Nesta aula vocês puderam conhecer os conceitos e informações básicas 
sobre cadeias de suprimentos. 
Começamos por discutir a estrutura organizacional das empresas. 
Depois, falamos sobre os fornecedores e os distribuidores. Tratamos, também, 
dos principais processos produtivos e concluímos apresentando o tema “Cadeia 
de Suprimentos”, para que pudéssemos entender o conceito e a integração dos 
componentes de uma cadeia. 
Vamos fechar nossa primeira aula com chave de ouro, recapitulando os 
conteúdos que estudamos até agora. 
Até a próxima aula! 
 
REFERÊNCIAS 
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais: uma introdução. Trad. 
Celso Rimoli, Lenita R. Esteves. São Paulo: Atlas, 1999. 
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de 
abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006. 
DIAS, M. COSTA, R. F. Manual do Comprador: conceitos, técnicas e 
práticas indispensáveis em um departamento de compras. Mario Dias, Roberto 
Figueiredo Costa. 2. Ed. – São Paulo: Edicta, 2003. 
LANGENDYK, A. Estratégias de logística em uma empresa do setor 
automobilístico: o caso da Volkswagen-Audi no período 1996-2001. 
Florianópolis, 2002. 192 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). 
Departamento de Qualidade e Produtividade, UFSC. 
MARTINS, R. Estratégia de compras na indústria brasileira de higiene 
pessoal e cosméticos: um estudo de casos. Dissertação (Mestrado) – Instituto 
Coppead, UFRJ, Rio de Janeiro, 2005. 
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais, uma 
abordagem logística: São Paulo: Atlas, 2000. 195 p. 
SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas 1999. 
 
 
 
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Outras fontes de pesquisa: 
Cadeia de Suprimentos. Disponível em: https://endeavor.org.br/cadeia-
de-suprimentos/. Acesso em: 07/04/2016. 
Canais de Distribuição. Disponível em: 
http://www.coladaweb.com/administracao/canais-de-distribuicao. Acesso em: 
07/04/2016. 
Canais de Distribuição: conceito. Disponível em: 
http://www.academia.edu/4554702/Canais_de_Distribui%C3%A7%C3%A3o_C
onceito. Acesso em: 07/04/2016. 
Os processos produtivos e as suas principais características. 
Disponível em: https://www.portal-gestao.com/item/6268-os-processos-
produtivos-e-as-suas-principais-caracter%C3%ADsticas.html. Acesso em: 
07/04/2016.

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