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TIPOS DE ESTUDOS Prof. Simone Gonzaga TIPOS DE ESTUDOS Estudos descritivos: Relato de caso Série de casos Estudos analíticos: Transversal Caso-controle Coorte Estudos de intervenção: Ensaio clínico Revisões sistemáticas e metanálises TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Estudos Descritivos informam sobre a distribuição de um evento na população, em termos quantitativos: Incidência ou Prevalência Estudos Analíticos estudos comparativos que trabalham com “hipóteses” - estudos de causa e efeito, exposição e doença TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Epidemiologia Descritiva: possibilita a caracterização da doença/agravo no: Tempo: curso da epidemia/doença, o tipo de curva e período de incubação (tendência histórica) Lugar: extensão geográfica do problema Pessoa: grupo de pessoas, faixa etária, exposição aos fatores de risco RELATO DE CASOS •Apenas um ou número pequeno de pacientes •Um hospital ou serviço de saúde •Ausência de grupo de comparação •Descrição inicial (às vezes fundamental) de novas doenças ou associações. TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS relato de um caso ou mais com detalhes de características clínicas e laboratoriais. Exemplo: descrição de série de casos de ocorrência de síndrome de Dumping em indivíduos submetidos a cirurgia bariátrica por meio de by- pass em Y de roux. TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Observacionais X Experimentais •Observacionais –O investigador observa, sem interferir •Experimentais –O investigador intervém Estudos analíticos Pressupõem a existência de um grupo de referência, o que permite estabelecer comparações. TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Estudo Transversal [causa e efeito] ou [exposição ao fator e doença] são investigados ao mesmo tempo. Na análise de dados é que se saberá quem são os “expostos” e “não- expostos” e quem são os “doentes” e sadios”. Planejamento em saúde. Exemplo clássico: migração e doença mental Estudos transversais Vantagens: •Medem prevalência •Doenças comuns •Úteis para planejamento de saúde •Rápidos e baratos Desvantagens: Relação temporal entre exposição e doença CASO-CONTROLE X COORTE • Diferença fundamental: característica que identifica os indivíduos que participarão da investigação (seleção) ✓ Estudos de coorte: Exposição ✓ Estudos caso-controle: Doença •Exemplo: exposição a R-X e risco de leucemia -Coorte: indivíduos identificados a partir da exposição ou não a R-X -Caso-controle: indivíduos identificados a partir de ter ou não leucemia ESTUDOS DE COORTE RETROSPECTIVO X PROSPECTIVO •Até recentemente -Coorte = estudo prospectivo -Caso-controle = estudo retrospectivo •Coorte retrospectiva (histórica) -participantes identificados segundo características/exposição no passado •Coorte prospectiva -participantes identificados segundo características/exposição atual ESTUDOS DE COORTE Vantagens •Possível estudar várias doenças •Possível estudar exposições raras •Informação sobre exposição pouco sujeita a viéses •Pode-se calcular incidência Desvantagens •Freqüentemente demoram vários anos •Não adequados para doenças raras •Pode-se estudar poucas exposições •Logisticamente difíceis •Perda de indivíduos TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Estudos de Caso-Controle - a investigação parte do “efeito” para chegar às “causas” pesquisa etiológica, retrospectiva, de trás para frente, após o fato consumado; as pessoas são escolhidas porque tem uma doença (os casos) e as pessoas comparáveis sem a doença (os controles) são investigadas para saber se foram expostas aos fatores de risco. Exemplo - Surto de diarréia em General Salgado e via de transmissão - Água da rede pública e o agente etiológico - Cyclospora cayetanensis ESTUDOS CASO-CONTROLE VANTAGENS • Possível estudar vários fatores de risco • Possível estudar doenças raras • Em geral não requer grande no. de indivíduos • Relativamente rápido • Relativamente barato ESTUDOS CASO-CONTROLE DESVANTAGENS • Seleção de controles: difícil • Não adequado para exposições raras • Cálculo de incidência e prevalência: não possível 1)Comparabilidade de populações (alocação aleatória): receber ou não a intervenção é decidido de forma aleatória. 2)Comparabilidade de tratamento (placebo): os participantes não são capazes de distinguir se estão recebendo a intervenção ou não. 3)Comparabilidade de avaliação (cegamento): as pessoas que avaliam os pacientes não sabem se estes pertencem ao grupo que está recebendo a intervenção ou não. ESTUDOS EXPERIMENTAIS TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Estudos Experimentais - ensaios clínicos randomizados parte da “causa” para o “efeito”, os participantes são colocados aleatoriamente nos grupos - de estudo e de controle; realiza-se a intervenção em apenas 1 dos grupos (vacina, medicamentos, dietas, etc..- o outro grupo recebe placebo); Compara-se os dois grupos OBS: São estudo de intervenção - os participantes são submetidos à condições artificiais TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Viés Metodológico - sinônimo de erro sistemático, vício, tendenciosidade, desvio Viés de seleção - erros referentes à escolha da população/pessoas. Viés de aferição - erros na coleta, nos formulários, nas perguntas, despreparo dos entrevistadores. Viés de confundimento - interações entre variáveis, outras associações, análise estatística inadequada.
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