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Strongyloides stercoralis CLASSIFICAÇÃO: Classe Nematoda / Ordem Rhabditorida / Família Strongyloididae / Gênero Strongyloides Espécie Strongyloides stercoralis MORFOLOGIA Fêmea partenogenética Mede 2,2 mm, corpo cilíndrico, filiforme, branco c/ extremidades afiladas. (Única encontrada no intestino) Fêmea de vida livre Mede 1,5mm Macho de vida livre Mede 0,7mm Larva rabditoide Mede 200μm Larva filarióide Mede 500μm HÁBITAT: Intestino delgado (duodeno e jejuno). CICLO BIOLÓGICO Tipo monoxênico Ciclo Loss (Direto por autoinfecção): Ovos nas fezes com liberação rápida das larvas → l. rabditoide torna-se l. filarióide ainda no corpo Ciclo Loss ( Direto por infecção externa): Ovos nas fezes → eclosão com liberação das l. rabditoides → larvas eliminadas nas fezes → torna-se l. filarióide no ambiente → penetração ativa pela pele. Ciclo Indireto: Larva rabditóide no ambiente em boas condições ambientais → transforma-se em macho/fêmea de vida livre → cópula → liberação de ovos embrionados contendo l. rabditoide → eclosão do ovo → transforma-se em l. filarióide → penetração pela pele TRANSMISSÃO Heteroinfecção (pele, mucosa bucal e esôfago). Autoinfecção externa ou exógena- Pele da região perineal. (Frauda, pouca higiene) Autoinfecção interna ou endógena- Intestino delgado ou grosso. (Intestino preso) IMUNIDADE ( Ag na fase larval estimula via clássica e via alternativa do complemento) Padrao Th2. Presença de imunoglobulinas: IgG, IgM, IgA e IgE. Imunidade celular: Th1, Th2, IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13 Induzindo as células B a produzir IgE e IgG4. O mecanismo T- independente estimula a produção pelos macrófagos de TNF-alfa, IL-1 e células inflamatórias inespecíficas, que auxiliam na eliminação das fêmeas-partenogenéticas (com produção de muco). Hiperiinfecção: Uso de corticoides suprime os mecanismos de inflamação, o que facilita a proliferação do parasita PATOGENIA Cutânea: Reinfecções - edema, eritema, prurido, pápulas hemorrágicas e urticária. Pulmonar: Passagem dos capilares para os alvéolos – hemorragias, petequiais e infiltrado inflamatório, tosse (expectoração), febre variável. Nos casos graves: edema pulmonar e insuficiência respiratória, broncopneumonia e Síndrome de Loefler (bronquite/ pneumonia e eosinofilia) Intestinal (Muito significativa em imunodeprimidos) - Presença de fêmeas mergulhadas na mucosa intestinal. Enterite catarral - Reação inflamatória com produção de muco Enterite edematosa - Processo inflamatório da mucosa (síndrome da má absorção) Enterite com ulceração - onde há um processo inflamatório com formação de úlceras e invasão bacteriana. SINTOMATOLOGIA Diarreia, fraqueza, emagrecimento, irritabilidade, insônia e dor no hipocôndrio direito, simulando uma úlcera gástrica. Infecção disseminada: Além do intestino e dos pulmões, são encontradas nos rins, fígado, vesícula biliar, coração, cérebro, pâncreas, tireoide, adrenais, próstata, glândulas mamárias e linfonodos. As alterações inflamatórias provocadas pelas larvas podem ser complicadas nos casos de invasão bacteriana secundária, podendo levar o paciente rapidamente à morte. → Complicações decorrentes de infecções bacterianas secundárias. DIAGNÓSTICO Clínico- Difícil de ser feito Laboratorial Parasitológico: Exame de fezes (Baerma e Morais) → termohidrotropismo Imunológico: RIFI, ELISA. → reação cruzada com ancilostomose e ascaridíase Hemograma completo: Na fase aguda, a taxa de eosinófilos pode ser elevada até 82%; na fase crônica diminui (8 a 15%), desaparecendo nos casos graves. PROFILAXIA - Utilização de calçados; Educação e engenharia sanitária; Melhoria da alimentação; Diagnosticar e tratar todas as pessoas parasitadas; Diagnosticar e tratar indivíduos com AIDS e Imunodeprimidos (uso profilático). EPIDEMIOLOGIA Presença de fezes de homens ou animais infectados, contaminando o solo; Presença de larvas infectantes originárias dos ciclos direto e de vida livre no solo Solo arenoso ou areno-argiloso, úmido, com ausência de luz solar direta; Temperatura entre 25°C e 30°C; Condições sanitárias e hábitos higiênicos inadequados Não utilização de calçados Contato com alimentos contaminados por água de irrigação poluída com fezes TRATAMENTO Tiabendazol: Atua sobre as fêmeas partenogenéticas Cambendazol: Atua sobre fêmeas partenogenéticas e larvas Albendazol: Atua sobre as fêmeas partenogenéticas e larvas Ivermectina: Formas graves e disseminada e pacientes com AIDS DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE S. stercoralis e Ancilostomídeos L. filarioide possui esôfago alongado e arredondado X L.rabditoide possui esôfago ondulado Rabditoide de Ss possui vestíbulo bucal longo e no terço posterior primórdio genital grande X Rabditoide de Anc. Possui vestíbulo bucal curto e no terço posterior primórdio genital pequeno Filarioide de Ss possui cauda entalhada X Filarioide de Anc. Possui cauda afilada
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