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DEPOSITOS DE MAGNESITA HADEANO-ARQUEANO ARQUEANO (Cont.) Nucleos continentais pequenos, pequenas margens continentais. Agregação de massas siálicas ao final (Pangea 1??) Espessura crustal discutível, mais fina. Conceito de litosfera e astenosfera diferente do atual. Crosta mais plagioclásica. Magmatismo abundante, rico em Mg e pobre em K. Várias defecções de litotipos; Sedimentação: grauvacas e turbiditos abundantes. Quartzitos de diversas origens. Rochas carbonáticas (MgO>CaO) raras; Terrenos gnáissico-migmatitico-granodioriticos (tonalitos) em domos e ovóides. Granulitos e greenstone belts. Metalogenia de siderófilos. Fe, Cr, Ni, Cu (Terrenos de alto grau) e Au, Cr, Ni, Cu-Pb-Zn, Fe em Terrenos de baixo grau EVOLUÇÃO DOS CONTINENTES Evolução da Atmosfera e Biosfera Dióxido de carbono Metano Oxigênio 4.5 3.5 Elevada presença de dióxido de carbono compensa o Sol jovem e fraco Primeiras formas de vida microscópica começam a consumir dióxido de carbono Metanógenos começam a expelir grandes quantidades de gás Surgem as bactérias produtoras de oxigênio Oxigênio começa a aparecer na atmosfera Tempo (bilhões de anos atrás) 2.5 1.5 0.5 0 C o n c e n tr a ç ã o R e la ti v a Eras glac iais mundiais DEPÓSITOS DE MAGNESITA- Introdução A magnesita » seja como mineral acessório seja sob forma de corpos de pequeno tamanho sem interesse econômico, encontra- se dentro de uma variedade de ambiente geológico, cuja idade varia do Arqueano ao Fanerozóico. Ambientes atuais - » depósitos lacustres de clima árido (Tuz Golu, Turquia) e a depósitos parálicos salinos a hipersalinos (Coorong, Austrália; Sebkha El Melah, Tunísia, etc). Os maiores depósitos de magnesita » são encontrados em terrenos proterozóicos e paleozóicos. Eles são menos abundantes nos terrenos de idade arqueana e pós-paleozoica. . Magnesita Recente Sebkha El Melah, Tunisia Sebkha El Melah, Tunisia Do ponto de vista econômico, existem dois grandes tipos de depósitos: os depósitos tipo Kraubath os depósitos tipo Veitsch Magnesitas tipo Kraubath Estão associadas a complexos ultramáficos sob forma de veios ou stockworks e corpos irregulares associados a fraturas e falhas. A espessura dos veios varia de alguns centímetros a 45metros, enquanto seu comprimento varia de alguns metros a centenas de metros. A magnesita apresenta uma granulação fina, cor branca leitosa e, em geral, maciça. Origem é discutida entre duas possibilidades: uma de origem hidrotermal, ligada a fluidos ascendentes, onde soluções aquosas de temperatura moderada e baixa salinidade, ricas em CO2, alteram as rochas ultramáficas por reações de hidratação e carbonatação (metassomatose da sílica dos minerais ferromagnesianos por CO2); origem supergênica ligada a soluções descendentes ricas em CO2 atmosférico (condições de baixa temperatura), esta última mais aceita, sobretudo em função dos estudos isotópicos de carbono e oxigênio que vem favorecendo esta última hipótese. Magnesitas tipo Krabauth Mg2SiO4 + 2H2O → 2Mg(OH)2aq+ SiO2aq 2Mg(OH)2aq + 2CO2→ 2MgCO3 + 2H2O 2Mg2SiO4 + CO2 + 2H2O » Mg3Si2O5(OH)4 + MgCO3 Magnesita em filão em serpentinitos (Dep. Ioguslávia) Magnesita do tipo Veitsch (É dominantemente de origem sedimentar e forma os principais depósitos de magnesita, respondendo por mais de 90% da produção de magnesita mundial Ambiente de formação (marinho confinado ou parálico associada a dolomitos, calcários, folhelhos, arenitos, conglomerados e, não raramente, rochas meta-vulcânicas básicas) Deformação e Metamorfismo Levemente ou fortemente deformados, com grau de metamorfismo variando de muito baixo, passando pelo fácies xisto-verde, até anfibolito alto. MAGNESITAS DO ESTADO DO CEARÁ Five important magnesite deposits and small occurrences in the state of Ceará form a sequence of lenses that extend, discontinuously, for over 140km. Mapa Geológico da Faixa Móvel Orós Ambiente de deposição da magnesita da F.M.ORÓS Dimensão e forma dos corpos mineralizados Aspecto Textural Fig. Cristais de magnesita com núcleo contendo microinclusões de pirita (cristais opacos), de origem sedimentar, sugerindo microambientes ricos em matéria orgânica (bactérias sulfato- redutoras) no ambiente Cristais ovóides de magnesita deformados sob forma de sigmóide, imersos em uma matriz rica em talco e clorita ferromagnesiana Aspecto Textural Aspecto textural Contato das Magnesitas com os dolomitos Estruturas Estruturas tipicamente sedimentares: A - laminação e/ou estratificação cruzada; B-laminação horizontal; C- marcas de ondas; D- Estratificação palissádica; E – macro e micro-fósseis F- estromatólitos Estromatólitos Estromatólitos (Fotos de Sandra Guimarães) Composição Mineralógica da magnesita e rochas encaixantes Composição Mineralógica –Rochas encaixantes Geoquimica CaO- calcário dolomito MgO-magnesita SiO2+Fe2O3+FeO Al2O3 SiO2 Fe2O3 MnO CaO MgO Distribuição Geográfica Distribuição cronoestratigráfica e reservas Fatores responsáveis pelas variações da abundância da magnesita no decorrer do tempo geológico 1- A evolução da hidrosfera :→Carbonatos pré- cambrianos eram sobretudo químicos e/ou bioquímicos. Tornam-se organogênicos no Fanerozóico. Água dos mares pré-cambrianos + rica em Mg2+ que nos mares fanerozóicos ` Teor de SO4 + baixo que no Fanerozóico 2- A evolução da atmosfera PCO2 - + abundante na atmosfera arqueana ↓paralelamente com o ↑ do Oxigênio Temperatura + elevada; 3- As variações climáticas 4- A evolução dos continentes Distribuição da série carbonatada, evaporítica e silicatada magnesiana no decorrer do tempo Parâmetros formadores da sequência carbonatica magnesiana A COMPOSIÇÃO E A CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO A RAZÃO Mg2+/Ca2+ PCO2 Os Compostos Orgânicos O pH O Eh A Temperatura A Influências de Águas Continentais A salinidade A COMPOSIÇÃO E A CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO E A INFLUÊNCIA DE ÁGUAS CONTINENTAIS A RAZÃO Mg2+/Ca2+ A RAZÃO Mg2+/Ca2+ e PCO2 PCO2 Diminui com o aumento do O2 Produto de solubilidade dos carbonatos ´calcicos cresce com a pCO2, enquanto da dolomita e magnesita diminui; A variação sincrônica de pCO2 e da razão Mg/Ca indica que a evolução da sequencia carbonática magnesiana foi sobretudo controlada por processos químicos e /ou bioquimicos Outros fatores interviram na formação dos carbonatos magnesianos: 1-Latitude dos continentes –controlada pela Deriva dos continentes 2-Ambiente tectônico Os Compostos Orgânicos A precipitação dos carbonatos está relacionada com o aumento do pH do meio aquático sob ação dos fenômenos : 1- Fotossíntese CO2 + H2O →CH2O + O2 UV 2- Eutrofisação (excesso de sais minerais que provoca a proliferação do fitoplancton) 3- atividade bacteriana (consumo da matéria orgânica por bactérias sulfato-redutoras nos meios redutores – resultado-aumenta o pH e favorece a carbonatogênese) O pH e o Eh Salinidade vs Mg/Ca A Temperatura Modelos Genéticos 1-Formação singenética relacionada a deposição de magnesita sob condições evaporítica ou durante transformação diagenética de um protolito magnesiano 2-Formação epigenética que envolve substituição metassomática/hidrotermal de dolomito duranteum evento termal, envolvendo localmente tectônica de empurrão e metamorfismo Modelo Genético 1-Formação singenética e 2- Epigenética ou metasomatica –CaMg(CO3) 2 + Mg 2+ →MgCO 3 +Ca 2+ FATORES PRÓ A FORMAÇÃO DAS MAGNESITAS METASSOMÁTICAS Observa-se ao nível de amostras ou mesmo de afloramento, substituições mais ou menos tardias de dolomita por magnesita ; A produção experimental de magnesita abaixo de T<50oC nunca foi obtita. Em contrapartida ela é facilmente formada em temperaturas mais altas (120o a 450oC). Isso é sintetizado no diagrama T vs Ca2+/(Ca2+ +Mg2+); As magnesitas naturais atuais de origem sedimentar ou de outro tipo são pouco expressivas, o que aparentemente não justificaria sua comparação com os grandes depósitos do passado. Entretanto, o simples fato de estar havendo a formação de magnesita em ambinetes naturais atuais encontra-se em oposição questão anterior. A granulometria espática é frequentemente mais grossa que a dos dolomitos, o que sugeriria um processo de substituição. Entretanto, podem ser encontrado o inverso, pelo menos em certos jazimentos (ex. Pacios, Espanha) O tipo de magnesita associado às formações evaporíticas é sempre de granulometria fina ou média. 6- Na Natureza atual, a precipitação dos carbonatos acontece normalmente sob forma de carbonatos metaestáveis (hidromagnesita, nesquehonita) e não sob a forma a de magnesita, embora isso não seja a regra.
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