Buscar

Resumo Direito Penal Aula 03 e 04 Tipicidade e Erro do Tipo Denis Pigozzi

Prévia do material em texto

Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Extensivo FDS| Disciplina: Direito Penal 
Aula: 03 e 04|Data: 12/08/2017 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
1. TIPICIDADE; 
2. ERRO DO TIPO; 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. TIPICIDADE 
 CONCEITO: 
 A tipicidade é elemento do fato típico; 
 Temos a tipicidade formal que é o enquadramento da conduta no tipo penal; 
 * Também temos a tipicidade material que é a lesão ou ameaça de lesão ao bem juridicamente tutelado. 
 IMPORTANTE: 
 O principio da insignificância ou da bagatela exclui a tipicidade material 
Exemplos: 
EX 1. Nos crimes tributários e previdenciários, de acordo com o STF, aplica-se esse princípio quando o valor 
sonegado for de até R$ 20.000,00 (Vinte mil reais); 
Ex 2: No crime de furto é aplicado quando o valor da coisa subtraída for de até 20% do salario mínimo, também se 
mostra necessário, para efeitos de aplicação desse principio que o agente tem a bons antecedentes; 
 Por fim, não se aplica o principio da insignificância no crime de roubo, por que a emprego de violência ou 
grave ameaça; 
 CRIME DOLOSO – art. 18º Inc. I do CP; 
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984). 
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de 
produzi-lo; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984); 
 CONCEITO: É a vontade de concretizar os elementos objetivos do tipo; 
 TEORIAS DO DOLO: 
I. Teoria da vontade: é querer produzir o resultado; 
II. Teoria da representação: é prever o resultado. 
III. Teoria do assentimento ou consentimento: DOLO: é assumir o risco de produzir o resultado 
 
 
 
Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
2 de 3 
 MATERIAL DE APOIO 
 EXAME DE ORDEM 
 
 CUIDADO: De acordo com o código penal foram adotadas as teorias da vontade (Dolo direto) e do 
assentimento; 
 
 CRIME CULPOSO – Art. 18º, Inc. II do CP; 
 
Art. 18 - Diz-se o crime. 
Crime culposo. 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, 
negligência ou imperícia(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
 
No crime culposo o agente não quer, nem assume o risco de produzir o resultado, mas a ele da causa pôr 
imprudência, negligencia ou imperícia; 
 
3. ELEMENTOS DO FATO TIPICO CULPOSO: 
I. Conduta voluntaria 
II. Resultado; 
III. Nexo causal; 
IV. Tipicidade: diz respeito à regra da excepcionalidade do crime culposo, do ART. 18º § único do código 
penal, ou seja, tem que ter expressado previsão legal para ter crime culposo; 
V. Previsibilidade objetiva: trata-se de uma perspicácia comum, normal dos homens, de prever o 
resultado. Com efeito, estão fora do tipo penal dos delitos culposos os resultados não abrangidos pela 
previsibilidade objetiva. Ou seja, os que não são alcançados pela previsão de um homem razoável. Tal 
resultado, portanto, só poderia ser evitado por um homem extremamente cuidadoso; 
VI. Quebra do dever objetivo de cuidado que se manifesta pela imprudência, ou imperícia. 
 OBS: A imprudência é a culpa de quem age dirigir em excesso de velocidade, já a negligencia é a culpa de 
quem se omite. Ex: Pneu careca. 
 Por sua vez, a imperícia é a culpa que se manifesta no desempenho de arte ou profissão; 
4. ESPECIE DE CULPA 
I. Culpa consciente: o agente prevê o resultado, mas confia sinceramente que não vai acontecer em razão 
de sua habilidade; 
 CUIDADO: Não confundir culpa consciente com dolo eventual. Em ambos o agente prevê o resultado. Na 
culpa consciente conforme já falado o agente confia sinceramente que o resultado não vai acontecer 
(Lembrar-se da questão do Wilson), ao passo ao que o dolo eventual o agente é indiferente com relação ao 
resultado. 
II. Culpa inconsciente: aqui o agente não prevê o resultado, que, entretanto era objetiva e subjetivamente 
previsível. 
EX: Indivíduo que atinge de forma involuntária a pessoa que passava pela rua, por que atirou um objeto pela janela, 
por acreditar que ninguém passaria aquele horário. 
III. Culpa impropria: trata – se na verdade de dolo, punido por razões de politica criminal a títulos de culpa, 
em face de ser a conduta realizada pelo agente, com amparo em erro inescusável, quanto à ilicitude do 
fato (Descriminantes putativos); 
OBS: Não existe compensação de culpa no direito penal. Por outro lado, se fala no direito penal em concorrência 
de culpas (duas ou mais pessoas agem de forma culposa dando causa ao resultado terceiro). 
 
2. ERRO DE TIPO 
 
 
 
Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
3 de 3 
 MATERIAL DE APOIO 
 EXAME DE ORDEM 
 
CONCEITO: No direito Penal existem dois tipos de erro: 
I. Erro de proibição: No erro de proibição, o agente sabe o que faz, pensa que sua conduta é licita, quando 
na verdade é probidade. 
Exemplo: Lembrar-se do holandês “Eslouw” 
OBS: Caso o erro de proibição seja inevitável, o agente ficará exemplo de pena. Agora caso seja evitável, será 
condenado com pena diminuída de 1/6 a 1/3. 
II. Erro de tipo 
Erro é a falsa percepção da realidade 
No erro de tipo o agente equivoca-se sob um dado da realidade que se encontra descrito em um tipo penal, Ex.: 
guarda chuva; show de roque. 
 
 
 ESPECIES DE ERRO DE TIPO 
I. Essencial, alia que pode ser. 
a. Incriminador: atinge elementares e circunstâncias, como nos exemplos já vistos. Qual será a 
consequência? Caso seja inevitável, insensível, escusável, haverá exclusão do dolo e da culpa, fato 
atípico. 
Por sua vez caso seja evitável, vencível ou inescusável, haverá exclusão do dolo, podendo o agente responder por 
crime e inimputável se previsto em lei. 
b. Erro de tipo essencial permissivo (discriminantes putativas) alia que terá as mesmas consequências 
conseguindo acima dados. 
II. Erro de tipo; Acidental alia que tem as seguintes espécies. 
 
a. ERRO SOBRE A PESSOA – Art. 20§ 3 – aqui o agente confunde uma pessoa pela outra. Na verdade o agente 
responde normalmente pelo crime levando se em consideração as qualidades da vitima que pretendia tingir 
e não as dá efetivamente acertada 
b. Erro na execução ou “aberratio ictus” – art. 73 cg, nesse caso o agente teve má pontaria e acertou uma 
pessoa ao invés da outra responde normalmente pelo crime, levando em consideração as qualidades da 
vitima que queria atingir. Caso seja atingido às duas pessoas responde pelos dois crimes em concurso 
formal 
c. Resultado diverso do pretendido ou “aberratio criminis – art. 74 do cp.”. Aqui houve má pontaria que fez 
com que o agente acertasse bem jurídico diverso do pretendido (queria acerta a coisa e acabou acertando 
a pessoa) responde pelo crime culposo. Caso o agente acerte a coisa e a pessoa responde pelos crimes de 
danos e ileso ou homicídio culposo em concurso formal

Continue navegando