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A CULTURA DO TOMATEIRO (Licopersicum esculentum Mill. ) INTRODUÇÃO • Família da Solanáceas : batata , berinjela, a pimenta e o pimentão •Consumida em todo o mundo; • Principal hortaliça produzida no Brasil; • No Brasil: a produção se concentra nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás (80% do volume comercializado). •PRODUTIVIDADE: 50.000 KG/HA – 90.000 KG/HA ORIGEM • Apesar de ser popular na Itália, o tomate não é originário da Europa, e sim das Américas. • Origem: América Andina; • Quando os espanhóis chegaram à América, o tomate já era utilizado no México e em vários locais da América Central e do Sul • Denominações: O fruto era chamado pelos indígenas mexicanos de tomati ou jitomate. • Século XVI : introduzido na Europa através da Espanha (1523 e 1554) • Inicio era cultivado como uma planta ornamental, pois acreditavam ser uma planta tóxica; • Século XIX: difundiu-se e ampliou-se na Europa para consumo alimentar ASPECTOS BOTÂNICOS • FAMÍLIA: SOLANACEAE • GÊNERO: Lycopersycon • ESPÉCIE: Lycopersicon esculentum Mill. DESCRIÇÃO DA PLANTA • PORTE : Arbustivo, Anual , Rasteira, Semi- ereta ou Ereta • RAIZ: Pivotante, (50cm de profundidade) • CAULE: Ereto a Prostado (2-4 m de altura) • FOLHAS: ALTERNADAS, COMPOSTAS , (15-50 cm de comprimento e 10-30 cm de largura) INFLORESCÊNCIA FLORES: HERMAFRODITAS, INFLORESCÊNCIA TIPO RACIMO, AUTÓGAMAS; RACIMO: tipo de inflorescência em que os pedicelos das flores se inserem em diversos níveis no eixo comum, a ráquis, atingindo diferentes alturas FRUTOS /SEMENTES FRUTO: BAGA CARNOSA, 2 – 12 LÓCULOS, EXOCARPO – MESOCARPO – ENDOCARPO; SEMENTES:, PEQUENAS,COLORAÇÃO MARROM-CLARA (50-200 SEM./FRUTO). HÁBITOS DE CRECIMENTO DETERMINADOS: • Cessam o desenvolvimento após o florescimento; • Frutificação Concentrada em 2-3 semanas; • Conseguem manter-se por si mesmas antes de virarem arbustos e elas naturalmente direcionam a energia para os frutos, sem exigirem muita intervenção. INDETERMINADOS: • Continuam com o Desenvolvimento após a floração; • Permitem colheitas prolongadas; • Folhagem Abundante; • Crescem como vinhas, elas devem ser tutoradas para que cresçam subindo em estacas e devem ser podadas (BESBROTA) para crescerem de maneira correta. HÁBITO DE CRESCIMENTO VALORES NUTRICIONAIS • Rico em vitaminas (A, B e C), minerais, aminoácidos essenciais, ferro e fósforo, açucares e fibras; • Tomate amarelo é rico em vitamina A; • Tomate vermelho é rico em licopeno; • Licopeno é uma substância carotenóide que dá a cor avermelhada ao tomate, melancia, goiaba, entre outros alimentos. É um antioxidante que, quando absorvido pelo organismo, ajuda a impedir e reparar os danos às células causados pelos radicais livres. • Consumo in natura ou industrializado VALORES NUTRICIONAIS CLIMA • Adapta-se melhor em clima tropical de altitude. Regiões serranas e de planalto, com altitudes superiores a 1.000 m; • Também desenvolve-se em clima subtropical ou temperado, seco com luminosidade elevada; • O ataque de pragas e doenças está diretamente ligado ao clima; • A tomaticultura é problemática em climas tropicais úmidos: Temperatura elevada + umidade = doença. CLIMA TEMPERATURA: • Tem efeito marcante desde a germinação até a colheita; • T° na faixa de 20 a 25 °C favorece a germinação; • T° na faixa de 18 a 25 °C ajuda no crescimento vegetativo; • O tomateiro é exigente em termoperiodicidade diária, na floração e a frutificação são beneficiadas: • T° diurna amenas – 18 a 25 °C • T° noturnas menores – 13 a 24 °C • T° excessivas, diurnas ou noturnas, constituem fator limitante, prejudicando a frutificação e o pegamento dos frutos (abortamento). • T° amenas diurnas favorecem a polinização e a produtividade; CLIMA TEMPERATURA: • T° baixas retardam a germinação das sementes, a emergência das plântulas e o crescimento vegetativo; • A qualidade dos frutos é sensivelmente afetada pela temperatura, especialmente a coloração, e o licopeno (pigmento responsável pela cor vermelha) tem sua formação inibida sob temperaturas elevadas. • Por outro lado, sob temperaturas elevadas continua a formação do pigmento caroteno (cor amarela); • Os extremos térmicos , nos dois sentidos, ocasionam a queda de frutinhos e flores e a incidência de outras anomalias fisiológicas. CLIMA TEMPERATURA: T° < 13 °C • Metabolismo alto, folhas endurecidas, coloração púrpura (igual deficiência de P), baixa germinação; T° < 8 °C • A planta paralisa o crescimento, porém tem volta; T° < 3 °C • A planta morre (forma cristais de gelo dentro das células) T° > 30 °C • A planta não desenvolve bem. Fica mais leve, peso seco baixo, folhas e caules finos, internódios mais espaçados (alongamento celular), inserção da 1ª penca mais alta, perda de coloração da folha. CLIMA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA FECUNDAÇÃO T° < 13 °C = Estigma não receptivo (queda de flor); • Queda de flor por baixa T° - visível a partir de 3 dias. T° < 13 °C = Pólen inviável – não há fecundação (queda de flores): • A queda de flores ocorre pela constância de baixas temperaturas por dias ou por várias horas. T° constante > 30 °C = O estigma cresce acima do cone estaminal – não ocorre a polinização. T° = ou > 35 °C = Pólen inviável ou o estigma cresce muito. CLIMA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA FECUNDAÇÃO PODE ACONTECER: • O pólen estar viável, cair no estigma, formar o tubo polínico e por temperatura alta morrer. Com isso, ocorreu o estímulo e o ovário se desenvolve. • Teremos: frutos ocos (sem sementes), leves, angulosos, sem ou com poucas sementes. CLIMA COMO IDENTIFICAR PROBLEMAS DE TEMPERATURA A CAMPO? Observar sempre de forma uniforme, ou seja, observar sempre a mesma posição, em todas as plantas. Ex: Verificar problemas nas primeiras pencas, ou só no meio da planta, ou no ponteiro. CLIMA FOTOPERÍODO • O tomateiro e indiferente ao fotoperíodo. PLUVIOSIDADE EXCESSIVA • Favorece o desenvolvimento de doenças fúngicas e bacterianas nas folhas, raízes e frutos. GRANIZO E GEADA • Altamente prejudiciais GRANIZO CULTIVARES Condições locais, de mercado e objetivo da produção; Ciclo: 95 a 125 dias; Resistência ou tolerância a pragas e doenças; Coloração: vermelha (indústria) e variável (in natura); Formato e tamanho do fruto. GRUPOS CONFORME CARACTERÍSTICAS DO FRUTO AS CULTIVARES (VARIEDADES) SÃO CLASSIFICADAS EM DIVERSOS GRUPOS GRUPOS 1. Grupo Santa Cruz: Consumo in natura; Plantas altas e crescimento indeterminado; Frutos alongados ou arrendodados; 2 a 4 lóculos; Peso: 80 a 220g; Saladas e molhos. GRUPOS 2. Grupo Salada Tomate-caqui, tomate-maçã ou tomatão; Frutos arredondados, achatados no ápice e na base; + de 4 lóculos Frutos com 250 a 500g; Coloração vermelho ou rosado; Crescimento indeterminado ou determinado; Saladas e lanches. GRUPOS 3.Grupo Saladinha Frutos de tamanho menores; Frutos de formato globular achatado, pluriloculares, cor vermelho intensa, 150 a 250g; Crescimento determinado ou indeterminado; Saladas. GRUPOS4. Grupo Italiano Mais recente cultivar; Frutos biloculares, alongados e pontiagudos; Polpa espessa, vermelha intensa, firme e saborosa; Crescimento determinado ou indeterminado; Molhos e saladas. GRUPOS 5. Grupo Cereja Frutos pequenos 2-3 cm de diâmetro; Frutos com 10 a 30g, biloculares, cor vermelha; Crescimento indeterminado; Aperitivos, saladas, etc. ESCOLHA DO CULTIVAR CARACTERÍSTICAS PARA ESCOLHA DO CULTIVAR DE CADA GRUPO: • A resistência a doenças, a pragas, à podridão apical e à rachadura; • A produtividade; • A qualidade dos frutos; • A capacidade de adaptação às condições locais de clima; • Menor exigência de fertilizantes; • O manejo da planta. CULTIVARES SAKATA CULTIVAR GOLDEN CARINA CARACTERÍSTICAS • Planta de médio vigor • Média de início de colheita: 105 DAS • Alto nível de resistência a bacterioses em campo • Alto pegamento de frutos • Peso médio de frutos: 200g • Alto nível de resistência a manchas e rachaduras nos frutos VANTAGENS • Segurança em períodos chuvosos • Plantas rústicas com alto pegamento de frutos • Alta qualidade e atratividade na comercialização CULTIVARES SAKATA CULTIVAR VALERIN CARACTERÍSTICAS • Planta de médio vigor • Média de início de colheita: 105 DAS • Peso médio de frutos: 240g • Alto nível de resistência a manchas e rachaduras VANTAGENS • Alto nível de resistência ao Geminivírus e ao Vira-Cabeça • Mais de 90% da colheita com classificação AA • Plantas vigorosas, com frutos grandes da base ao ponteiro • Atratividade diferenciada na comercialização CULTIVARES SAKATA CULTIVAR GISLANI CARACTERÍSTICAS • Planta de alto vigor • Média de início de colheita: 115 DAS • Alto pegamento de frutos • Frutos com alta firmeza e elevado pós-colheita • Peso médio de frutos: 230g VANTAGENS • Planta rústica com bom pegamento de frutos • Alto nível de resistência ao Geminivírus • Resistente ao Fusarium 3 CULTIVARES SAKATA CULTIVARES SAKATA CULTIVAR GRAZIANNI CARACTERÍSTICAS • Plantas de médio vigor • Plantas compactas • Média de início de colheita: 115 DAS • Alto pegamento de frutos • Entrenódios curtos • Peso médio de frutos: 190g VANTAGENS • Alto nível de resistência ao Vira-Cabeça, Geminivírus e Fusarium 3 • Ótima performance em cultivo protegido e campo aberto CULTIVAR MARIATY CULTIVAR MARIATY CARACTERÍSTICAS • Planta compacta de médio vigor • Ciclo precoce, com média de colheita de 105 DAS • Alta firmeza de frutos • Peso médio de frutos: 170g • Alto nível de resistência à Vd raça 1, Fol raças 1 e 2, Mi raças 1, 2, 3 e 4 e Mj (nematoides), Ss e ToSRV (Geminivírus) VANTAGENS • Atratividade diferenciada na comercialização: frutos padronizados com coloração vermelha intensa • Alta resistência ao Geminivírus CULTIVAR HEAVEN CULTIVAR HEAVEN CARACTERÍSTICAS • Plantas de alto vigor • Média de início de colheita: 90 DAS • Alto pegamento e uniformidade de frutos • Brix médio: 9º • Peso médio de frutos: 15g • Alta firmeza e conservação pós-colheita • Alto nível de resistência à Fol raça 1, ToMV estirpe Tm1 e Ss VANTAGENS • Atratividade diferenciada na comercialização • Versatilidade para cultivo em estufa e campo aberto • Colheita prolongada, com manutenção do rendimento e qualidade PLANTIO DO TOMATE ESCOLHA DA ÁREA DE PLANTIO Lavoura extensiva – requisitos para a implantação • Na área, a cultura antecessora não pode ter sido uma solanácea; • Evitar solos de baixadas – pesados, úmidos (solo e ar) e quentes (abafados); • Protegido de ventos fortes – derrubada de estaleiros; ESCOLHA DA ÁREA DE PLANTIO NA ÁREA A CULTURA ANTECESSORA NÃO PODE TER SIDO UMA SOLANÁCEA. Solanáceas cultivadas: Berinjela, pimentão, jiló, fumo e batata Solanáceas nativas: Jurubeba , o juá e a maria- preta ESCOLHA DA ÁREA DE PLANTIO EVITAR SOLOS DE BAIXADAS: SOLOS PESADOS, ÚMIDOS E QUENTES (ABAFADOS) ESCOLHA DA ÁREA DE PLANTIO A LAVOURA DEVE ESTAR PROTEGIDA DE VENTOS FORTES: EVITAR DERRUBADA DE ESTALEIROS O SOLO E SEU PREPARO • Solo com boa textura e estrutura; • Solos leves, ricos em matéria orgânica, baixo índice de acidez e alta fertilidade; • Providenciar as correções com antecedência de 90 dias. Elevar o pH para 6,0 – 6,5; (CALCÁRIO DOLOMÍTICO) • Subsolar ou arar o solo, gradear e sulcar; • Adubar com antecedência de 7 – 10 dias. Se não chover irrigar a área para que ocorra a diluição do adubo, principalmente os sais, para não ocorrer fitoxidade; ÉPOCA DE PLANTIO Em ambiente controlado (estufas) : Ano todo. Objetivo : proteger contra o frio e a chuva. Essa tecnologia tem permitido aos agricultores do : • Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná colher tomate no inverno. • São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro durante o período chuvoso. ÉPOCA DE PLANTIO A campo • TEMP : 18 A 25 ̊C ; • Baixa umidade relativa do ar; • Baixo índice de chuva por 5 a 6 meses consecutivos; • Altitudes: • Locais com altitudes abaixo de 700 m evitar o plantio de primavera/verão; • Locais em torno de 700 m – o ano todo; • Locais de maior altitude evitar o plantio de outono /inverno MUDAS • Quando adquiridas, procurar um viveirista idôneo e que faça um bom tratamento fúngico e principalmente contra insetos vetores de viroses; • Quando produzidas na propriedade, da mesma forma, fazer um bom controle de pragas e doenças; • A muda produzida em bandeja de 128 células está pronta para o transplante com idade entre 20 e 30 dias, dependendo das condições climáticas no período de formação. TRANSPLANTE • Quando as mudas tiverem 4 a 6 folhas ; • Horas mais frescas do dia e solo úmido; • Selecionar as mudas sadias, uniformes, desenvolvidas, “curtas e grossas”; • Pode-se cobri-las com terra até na altura dos cotilédones; • Ao retirar da bandeja transplantar imediatamente para não haver o ressecamento; • Pulverizar no mesmo dia inseticida visando o controle preventivo da lagarta rosca, trips e pulgões; • Manter por duas semanas pulverizações freqüentes visando o controle de trips, pulgões, e mosca branca, transmissores de viroses. • Espaçamento varia com o cultivar e forma de tutoramento TRATOS CULTURAIS Tutoramento: SISTEMAS DE CULTIVOS • Necessidade de estacas de bambu • Pode ocorrer maior incidência de doenças pela formação de microclima • Desinfecção deficiente das estacas de bambu SISTEMAS DE CULTIVO • Maior custo de implantação (mourões de madeira) • Uso de fitilhos (apenas para uma safra) • Maior ventilação entre as plantas • Controle fitossanitário mais eficiente TRATOS CULTURAIS • Amontoa; • Ajuda a raizes obter maior contato com o solo e evitar o acamamento; • Amarrio; • A medida que as plantas crescem, são amarradas nas estacas ou no arame. • Desbrota: • Eliminação dos brotos laterais (condução com uma ou duas hastes) • Poda ou Capação: • Cultivares de ciclo indeterminado; • Eliminação do broto terminal da haste; • Raleio de frutos: • Melhorar a qualidade e o tamanho dos frutos. • Rotação: - poaceas (pastagens, milho, cana-de-açúcar, sorgo, aveia, centeio, cevada). IRRIGAÇÃO - Leves e menos frequentes no estágio de crescimento daplanta: favorece o desenvolvimento melhor das raízes; - Leves e frequentes : fase de desenvolvimento do fruto: favorecem o desenvolvimento do fruto e aumento o teor de suco; - Período Crítico: início da floração até o inicio da maturação; - 20% de frutos maduros: paralisação; - 20mm (condições frescas) e 70mm (condições quentes e secas); - Superfície, aspersão ou gotejamento. IRRIGAÇÃO PREJUÍZOS DE UMA IRRIGAÇÃO EXCESSIVA: • Provoca crescimento exagerado da planta e retarda a maturação dos frutos; • Remove nutrientes, principalmente o nitrogênio, para longe do alcance das raízes; • Pode ocasionar a queda de flores; • Favorece a ocorrência da podridão apical, o aparecimento de doenças,caso o agente causador esteja no solo, e doenças de folha (principalmente se o sistema for de aspersão); • Aumenta os gastos com energia e mão·de·obra; e provoca maior desgaste do equipamento. PRAGAS E DOENÇAS PRAGAS • Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta); • -Mosca-branca (Bemisia argentifolii); • -Ácaro-do-bronzeamento (Aculops lycopersici); • -Larva-minadora (Liriomyza huidobrensis, L. trifolii, L. sativae); • -Tripes (Frankliniella spp. e Thrips spp.); • -Pulgões (Myzus persicae e Macrosiphum euphorbiae); • -Burrinho (Epicauta suturalis e E. attomaria). Traça do tomateiro Mosca branca Ácaro do bronzeamento Larva minadora Tripes Pulgões DOENÇAS - Pinta – preta: Alternaria solani; - Requeima: Phytophthora infestans; - Mancha – de – septória: Septoria lycopersici - Mancha –de – estenfílio: Stemphylium solani - Murcha – de – fusário: Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici - Murcha – de – verticílio: Verticillium albo-atrum - Podridão –de escleródio: Sclerotium rolfsii - Murcha – bacteriana: Ralstonia solanacearum DOENÇAS DOENÇAS MURCHA BACTERIANA AGENTE CAUSAL : Ralstonia solanacearum SINTOMAS • Inicia-se pela murcha das folhas mais velhas, culminando com a murcha geral da planta; • Rápida evolução dos sintomas ocasiona a morte da planta 2 a 4 dias após os sintomas iniciais; • A bactéria é capaz de penetrar no hospedeiro por qualquer ferimento ou abertura natural; • Após penetração, a bactéria coloniza os vasos lenhosos; • Dificulta o fluxo de seiva; CONTROLE PODRIDÃO MOLE (talo-oco) • AGENTE CAUSAL FUNGO : (Pectobacterium spp. (antiga Erwinia spp.)) • Doença muito comum em tomateiro; • Distribuição generalizada; • Sua ocorrência é dependente das condições ambientais e do estado nutricional das plantas. PODRIDÃO- MOLE (talo-oco) SINTOMAS • As folhas murcham e as mais velhas apresentam amarelecimento inicial; • O caule da planta apresenta-se externamente encharcado (desintegração da medula); • Pode ou não apresentar fendas onde escorre o líquido contendo a bactéria; • Frutos perfurados por insetos permitem a infecção pela bactéria e se decompõe internamente; CONTROLE PINTA - PRETA Etiologia • Agente causal: Alternaria solani • Conídios são disseminados pelo vento e por insetos; • Germinação entre 6 a 34°C (35-45 min.); • Temperatura favorável entre 25 a 30°C; • Penetra diretamente através da cutícula ou da parede celular ; • Lesões visíveis em 2 a 3 dias após penetração PINTA-PRETA SINTOMAS NAS FOLHAS • Onde a doença é primeiramente detectada; • Lesões necróticas, pardo-escuras, bordos definidos, circulares no início e irregulares posteriormente; • Denominação Pinta-preta; • Diâmetro de 3 a 20 mm; • Quando a lesão atinge a nervura da folha, esta é destruída, interrompendo a circulação da seiva; • Com a seca das folhas pelo ataque severo, os frutos são expostos à queima pelo sol. PINTA-PRETA SINTOMAS NAS HASTES • Lesões são semelhantes às da folha; • Manchas marrons, arredondadas ou alongadas; • Caracterizam o Cancro-da-haste; • Tendem a circunscrever o órgão e pode provocar a morte do tecido; PINTA-PRETA SINTOMAS NOS FRUTOS • Lesões iniciam-se com a cor marrom ou preta; • Apresentam-se a partir das sépalas (região peduncular) ou na face inferior do fruto; • Causam podridão seca; • Conhecido como Mofo-preto; • Em condições de alta umidade, toda a lesão fica coberta pelas frutificações do patógeno. CONTROLE CONJUNTO DE MEDIDAS PREVENTIVAS DE CONTROLE • Tratamento de sementes com fungicidas (thiram, captan, etc.); • Rotação de culturas com gramíneas para reduzir inóculo; • Escolha do local para produção e instalação da cultura; • Pulverizações preventivas com fungicidas, como mancozeb, iprodione, cúpricos e outros. MURCHA-DE FUSÁRIO • AGENTE CAUSAL FUNGO: (Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici) • Doença de ataque a partir do sistema radicular; • Pelo seu aspecto destrutivo, só não é mais limitante devido a existência de diversas cultivares resistentes. MURCHA-DE FUSÁRIO • Disseminação através do movimento de solo; • Pode sobreviver em restos culturais ou por meio das estruturas de resistência (clamidósporos); • O tubo germinativo, sobre as raízes, penetra diretamente a superfície vegetal ou através de ferimentos; • Causam a degradação local da parede celular; • Também através da água de irrigação, mudas infectadas, etc. MURCHA-DE FUSÁRIO SINTOMAS NAS FOLHAS • O sintoma mais evidente é o amarelecimento das folhas, a partir das mais velhas; • Progride para as novas de forma rápida, normalmente seguido de murcha da planta; • Primariamente a murcha ocorre nos horários mais quentes do dia, até que se torne irreversível; • Os sintomas iniciais podem ser observados somente de um lado da planta. MURCHA-DE FUSÁRIO SINTOMAS NAS HASTES • Quanto se corta o caule de uma planta doente, pode-se observar o típico escurecimento dos vasos; • Avanço sistêmico do fungo através do xilema; • Evidência da presença do patógeno; • O escurecimento dos tecidos vasculares infectados é mais intenso na base do caule; • A planta quando infectada pode apresentar crescimento retardado. VIRA-CABEÇA • Ocorre em todas as regiões do país; • Acarreta enormes prejuízos econômicos; VIRA-CABEÇA AGENTE CAUSAL: Espécies dentro do gênero Tospovirus Pelo menos três espécies dentro do gênero Tospovirus: 1. Tomato Chlorotic Spot Virus (TCSV); 2. Groundnut Ring Spot Virus (GRSV); 3. Impatiens Necrotic Spot Virus (INSV VIRA-CABEÇA • Disseminação ocorre somente pelo tripes, sendo conhecidas nove espécies vetoras; • Adquire o vírus durante o estádio larval e só o transmite após estádio adulto; • O período latente é de 4 a 10 dias após a aquisição; • A transmissão pelo tripes realiza-se durante sua alimentação superficial na epiderme foliar do hospedeiro. VIRA-CABEÇA SINTOMAS NAS FOLHAS • Cloroses acentuadas nas folhas jovens; • Paralisação no desenvolvimento da planta; • Em estádio avançado, as folhas apresentam-se distorcidas com áreas necróticas no limbo e pecíolo; • Em pouco tempo, todo o ponteiro pode necrosar e, com frequência, curvar-se para um dos lados; VIRA-CABEÇA SINTOMAS NOS FRUTOS Os frutos podem ser produzidos aparentemente sadios; Tamanhos menores; Frutos ainda não maduros, após infecção, podem desenvolver manchas anelares necróticas; Frutos maduros mostram-se vermelho-pálidos, comáreas amareladas com anéis concêntricos;; VIRA-CABEÇA CONTROLE PREVENTIVO • Rotação com espécies não-suscetíveis; • Escolha do local apropriado; • Eliminação de hospedeiros alternativos do vetor; • Plantio do tomateiro fora da época quente e úmida do ano, onde a incidência do vetor é maior; • Uso de mudas livres do vírus; • Aplicação regular de inseticidas granulados e sistêmicos; • Plantio de barreiras vivas com milho ou crotalária; NEMATÓIDES • M. incognita e M. javânica são os mais comuns; • A severidade de ataque dos nematóides depende muito da suscetibilidade da cultivar plantada, espécie/raça do nematóide, tipo de solo, etc. • A disseminação se dá pelo transporte de solo ou raízes contaminadas, como mudas, máquinas, implementos, etc.; • Sobrevivem na lavoura principalmente em plantas vivas, uma vez que são parasitas obrigatórios; • No entanto, ovos e larvas podem sobreviver por períodos prolongados na matéria orgânica e em camadas mais profundas; NEMATÓIDES SINTOMAS • As plantas atacadas caracterizam-se pelo baixo vigor e pouco desenvolvimento da parte aérea; • Tais sintomas são reflexos típicos da presença de galhas e de massas de ovos nas raízes; • As plantas inoculadas consequentemente apresentam um amarelecimento notável. NEMATÓIDES • Rotação de cultura; • Não realizar plantio sucessivo com batata, tomate, etc.; • Não plantar em áreas de conhecimento de infestação; • Fazer aração profunda e deixar o solo exposto ao sol; • Plantio de cultivares resistentes SISTEMA DE PRODUÇÃO Casas de Vegetação Túnel alto Fonte: ALFA AGROQUIMICOS Casa – de – vegetação Fonte: UEL Condições de campo Fonte: Globo Rural HIDROPONIA Fonte: euskonews Fonte:http://www.eafmuz.gov.br/modules/instituci onal/agricultura_n/tomate_juliano_2_jpg.jpg. COLHEITA, TRANSPORTE E PROCESSAMENTO Colheita em 110 a 120 dias após a germinação; Colheita manual: 1ª - 70 a 80% de frutos maduros e 2ª 15 dias após a primeira; Colheita mecanizada: automotrizes, 15 t/h. Colheita Manual Colheita Mecanizada Fonte: Embrapa TRANSPORTE Fonte: Embrapa PROCESSAMENTO Fonte: Embrapa CONSIDERAÇÕES FINAIS O tomate é uma das culturas mais comuns do mundo, sendo uma fonte importante de vitaminas e uma cultura comercial importante para pequenos agricultores e agricultores comerciais de escala média. OBRIGADO!!!!
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