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Prof. Severino Rodrigues de Farias Neto Unidade Acadêmica de Engenharia Química Operações Unitárias I Dinâmica das partículas em meio fluido 20/02/2018 4 ( ) 3 p p f R d f d g u C E o valor de Cd? Partícula esférica • Au2 tem dimensão de força Ca = Fa / (½ Au 2) é adimensional Ca é uma função das propriedades do fluido (, m) e da partícula (s, dp e forma); Re,formadC f 10 Re d p C 0, 44dC 500Re4,0 p 510 x 2Re 500 p Regime Intermediário Regime Turbulento (Equação Newton) Coeficiente de Arraste Re p R f p f d u m (Re)fCd 24 Re d p C 4,0Re p Regime Laminar (Eq. de Stokes) Coeficiente de Arraste viscosidade domina inércia dominaStokes CRISE • Camada limite • Separação da camada limite • Turbulência na camada limite CRISE: Rugosidade da Partícula Camada Limite • Separação da camada limite Rugosidade da Partícula 8 Decantação Pode ser definido como sendo uma operação unitária que permite a separação dos constituintes sólido e fluido de uma suspensão, sob a ação de uma força propursora a aceleração da gravidade. 9 Decantação Clarificação do líquido Espessamento da suspensão 10 Decantação Objetivos Descontínuos Contínuos 11 Decantação 12 Decantação 13 Decantação 14 Decantação 15 Decantação Se colocarmos uma suspensão após a homogeneização em repouso, o processo de decantação inicia, pouco tempo depois é possível observar cinco zonas distintas: A - Líquido clarificado; B - Suspensão com a mesma concentração inicial; C - Zona de transição; D - Suspensão espessada na zona de compressão; E - Sólido Grosseiro 16 Decantação 22/02/2018 A - Líquido clarificado – para suspensões que decantam muito rapidamente esta camada poderá ficar turva durante certo tempo por causa das partículas mais finas que permanecem em suspensão. 17 B B B A AA D D D E E C C B – Suspensão com a mesma concentração inicial – A linha divisória entre A e B é geralmente nítida. Zonas de Decantação C – Zona de transição – a concentração da suspensão aumenta gradativamente de cima para baixo. A interface BC é geralmente nítida. D – Suspensão espessada na zona de compressão – a suspensão na forma de flocos encontram-se uns sobre os outros, sem contudo atingirem a máxima compactação, uma vez que existe líquido aprisionado entre os flocos. 18 B B B A AA D D D E E C C Zonas de Decantação E – Sólido grosseiro – sólido que decantou no início do ensaio e sua espessura não aumenta muito durante a decantação. 19 B B B A AA D D D E E C C Zonas de Decantação As dimensões das partículas influenciam na velocidade de decantação. 20 Tempo t0 Z0 Tempo t1 Z1 Tempo t2 Z2 Velocidade de Decantação Efeito da concentração de sólidos na suspensão. 21 C0 C1 C2 H Tempo C0 C1 C2 Velocidade de Decantação Principais métodos para o dimensionamento de decantadores: Método de Coe e Clevenger, Método de Kynch, Método de Talmadge e Ficht, Método de Roberts. 22 Dimensionamento Hipóteses adotadas: 1.a velocidade de decantação dos sólidos em cada zona é função da concentração local da suspensão. 2.as características essências do sólido obtido durante os ensaios de decantação descontínua não se alteram quando se passa para o equipamento de larga escala. Hipótese nem sempre verdadeira. 23 Método de Coe e Clevenger O método consiste em: 1. Parte-se de 1 litro com suspensão de sólidos de alimentação e determina-se a concentração e velocidade inicial de decantação; 2. Dilui-se a suspensão com água e determina-se novamente a velocidade de decantação inicial 3. Repete-se o procedimento até que se tenha dados suficientes para relacionar a velocidade de decantação com a concentração; 4. De posse desta relação, a área do decantador é calculada para as diversas concentrações. 24 O valor máximo da área encontrada será aquela necessária para permitir a decantação em regime permanente de todo sólido alimentado no decantador. Na prática adota-se um coeficiente de segurança que pode exceder a 100%. Método de Coe e Clevenger • QA e CA são as vazões e concentrações da suspensão de alimentação. • QC e QE são as vazões volumétricas de líquido clarificado e de lama espessada. • CC e CE são as concentrações de líquido clarificado e de lama espessada. 25 QA, CA QE, CE QC Zona limite Sistema Método de Coe e Clevenger • Na zona limitante, encontram-se as vazão de suspensão, Q, e a concentração, C. •Para não haver partículas no vertedor de clarificado, a velocidade de ascensional do líquido nesta seção limite deverá ser menor que a velocidade de decantação das partículas correspondentes a concentração C. 26 QA, CA QE, CE QC Zona limite Sistema Método de Coe e Clevenger • Não havendo arraste de partículas para cima, todo sólido que chega na zona limite sairá necessariamente pelo fundo do decantador quando este opera em regime estacionário. • Logo, a diferença entre Q e QE será a vazão volumétrica de líquido que sobe pelo decantador nessa seção. 27 QA, CA QE, CE QC Zona limite Sistema Método de Coe e Clevenger • (Q – QE)/S será a velocidade ascensional do líquido nesta seção. • Portanto, esta velocidade deverá ser menor que a velocidade de decantação nessa zona. 28 QA, CA QE, CE QC Zona limite Sistema Método de Coe e Clevenger •A condição limite poderá ser escrita como: Portanto, Os balanços materiais de sólidos podem ser escritos como: Assim, Chega-se a equação da área de decantação 29 EQ Qu S EQ QS u A A E EQ C QC Q C A A A A E E Q C Q C Q e Q C C 1 1 A A E Q C C C S u Método de Coe e Clevenger Método de Kynch • Kynch desenvolveu um método de dimensionamento de decantadores que requer apenas um ensaio. • Ele demonstrou que a velocidade ascensional, v, depende apenas da concentração na zona limite. 30 • A massa de sólidos contido no recipiente no tempo t0 é igual a massa de sólidos em t1. 31 Tempo t0 Z0 Tempo t1 Z1 Tempo t2 Z2 0 1 2t t t m m m 0 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 Como, , então: t t t t t t t t t t t t t t t t c V c V c S z c S z S S c z c z Método de Kynch • O método consiste, basicamente, em medir as alturas entre as zonas de clarificado e de suspensão: 32 Tempo t0 Z0 Tempo t1 Z1 Tempo t2 Z2 q z to zo t1 z1 t2 z2 t3 z3 ... ... tn zn Método de Kynch • Cria-se a curva de decantação das alturas (Z) em função do tempo de decantação nesta cota (θ), Figura ao lado. • Traça-se uma tangente em um tempo (θ) qualquer e lê-se os valores de Zi e Z. 33 Zi Z q Método de Kynch • Repete-se o procedimento para diferentes tempos de decantação na cota Zi. • Com os valores de Z, Zi e θ determina- se os valores da velocidade e da concentração como segue: 34 iZ ZdZu dq q 0 0 i Z C C Z Zi Z1 q1 q2 Z2 q3 Z3 Zi Zi Método de Kynch • Com os resultados das concentrações e velocidades calculados, aplica-se o método de Coe e Clevenger para se determinar os valores das áreas, usando a equação ao lado. • Do gráfico de S em função de C, determina-se o valor máximo que irá corresponder ao valor da menor área que o decantador deverá ter. 35 1 1 A A E Q C C C S u Aplica-se o fator de segurança de 100%, ou seja, S = 2.Smáx Método de Kynch • Este é um método gráfico que permite localizar com exatidão o ponto crítico (início da zona de compressão), que às vezes é difícil de determinar pelos métodos anteriores. • Com os dados do ensaio de decantação traça-se um gráfico de Z - Zf versus θ em papel mono-log. 36 (Z – Zf) Método de Roberts 37 • A curva obtida mostra uma descontinuidade no ponto crítico, o que permite determinar θC com precisão. • Conhecido este valor, identifica o valor na curva de Z versus θ (Z – Zf) Método de Roberts 38 • Com o valor de θC traça-se uma tangente sobre a curva de Z versus θ e identifica-se ZC e ZiC , para então se determinar os valores de uC e CC usando as equações: i C C C dZ Z Z u dq q 0 0 C iC Z C C Z Método de Roberts 39 • Com os valores de de uC e CC determina-se a área mínima do decantador usando a seguinte equação: 1 1 A A C E C Q C C C S u Método de Roberts 40 • Este método gráfico permite calcular diretamente a área mínima do espessador quando se conhece o ponto de compressão (PC ) na curva de decantação. • Faz-se o gráfico de Z em função de θ; • Identifica-se o valor de θE obtido pelo método de Roberts. Zi Z qC Método de Talmadge e Fitch 41 • Identifica-se a altura de espessamento, ZE; • E, finalmente, determina-se o valor do tempo de espessamento, θE; • Calcula-se, então, a área de decantação. Zi Z qC ZE qE Método de Talmadge e Fitch 42 • A área mínima pode ser calculada a partir das equações utilizadas anteriormente: 1 1 A A iC E iC Q C C C S u i E iC E Z Z u q 0 0iC iC Z C C Z Método de Talmadge e Fitch 43 • Substituindo as equações acima na expressão para o cálculo da área se • tem: 0 0 1 1 A A E iC iC E E Q C CZ Z Z S C Z q 0 0 0 0 A A E iC E iC E Z CQ C S Z Z C C Z Z q Método de Talmadge e Fitch 44 • Logo, a área mínima será calculada por: 0 0 E E Z C Z C Como, Logo, 0 0 min 0 0 0 0 iC EA A E iC E Z C Z CQ C S Z C Z C Z C q min 0 0 A A EQ CS Z C q Método de Talmadge e Fitch Dimensionamento de Espessadores V : Volume da suspensão com densidade média (ρm) VS : Volume do sólido com densidade (ρs ) (V-Vs) : volume do líquido com densidade (ρ) • ORGANIZAR Dimensionamento de Espessadores V : Volume da suspensão com densidade média (ρm) VS : Volume do sólido com densidade (ρs ) (V-Vs) : volume do líquido com densidade (ρ) Dimensionamento de Espessadores VS : Volume do sólido Vazão mássica do sólido : QA.CA, (t/h) Vazão volumétrica de sólido : QA.CA / ρS (m 3/h) Tempo de residência do sólido na zona de compressão : tE - tC Dimensionamento de Espessadores • Substituindo Vs na expressão do Volume do sedimentador. • Como H = V / S • Temos.... m s cE s AA tt CQ V )( Dimensionamento de Espessadores Vazão mássica do sólido : QA.CA Vazão volumétrica de sólido : QA.CA / ρS Tempo de residência do sólido na zona de compressão .. tE - tC área do sedimentador... S Densidades do sólido, líquido e média... (ρs, ρ, ρm) ... Dimensionamento de Espessadores Exemplo 01: Uma suspensão aquosa foi submetida a uma série de ensaios de decantação e foram obtidos os seguintes resultados : C g/L 265 285 325 415 465 550 u (cm/h) 10 8 6 3 2 1 Dimensionamento de Espessadores • Exemplo 01: Uma suspensão aquosa foi submetida a uma série de ensaios de decantação e foram obtidos os seguintes resultados : Calcular i) o diâmetro de um decantador com capacidade de processar uma vazão mássica de sólidos de 8 ton/h de uma suspensão contendo 236 Kg / m3. A lama deverá conter 550 Kg / m3 de sólidos. Usar o Método de Coe e Clevenger. ii) a altura do sedimentador se (te-tc)=8h e as densidades do sólido, da suspensão e da água são 1,40; 1,06 e 1,00 g/cm3, respectivamente. C g/L 265 285 325 415 465 550 u (cm/h) 10 8 6 3 2 1 • Resolução... Considerando o método de Coe e Clevenger... QA.CA = 8 ton / h CE = 0,550 ton / m 3 CA = 0,236 ton / m 3 u CC CQ S E AA 11 C t/m3 0,265 0,285 0,325 0,415 0,465 0,55 u (m/h) 0,1 0,08 0,06 0,03 0,02 0,01 S (m2) 156,4 169,1 167,8 157,7 132,9 0 O valor máximo obtido corresponde a área mínima que o decantador !!! Temos S = 169,1 m2 Logo o diâmetro do equipamentos será.. Aproximadamente...de 15,7 m e H = 1,1 m • Video no You Tube... • Determinación experimental de la velocidad de sedimentación • Exercício • Geankoplis Ex: 14.3.11 (Kynch + Talmadge e Fitch) (3.a Edição) • Material disponível no site www.enq.ufsc.br/muller Coeficiente de Arraste
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