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PORTUGUÊS, CRASE, REGENCIA, ACENTUAÇÃO, INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS,

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PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1
 
 
 
 
Aula 07 
Correspondência oficial. Adequação da linguagem ao tipo de 
documento. Adequação do formato do texto ao gênero. 
 
 Olá, pessoal! 
A teoria desta aula engloba um extrato do Manual de Redação da 
Presidência da República, para que você tenha em mão um material claro, 
efetivo e que englobe o que realmente cai na prova. Você vai perceber ao 
longo da aula que algumas vezes são cobradas as expressões literais deste 
manual. Por isso evitei colocar considerações minhas, mas um retrato fiel 
sobre o que esse manual expõe. 
 
1. O que é Redação Oficial???? 
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o 
Poder Público redige atos normativos e comunicações. 
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do 
padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e 
uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, 
que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou 
fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a 
publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda 
administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração 
dos atos e comunicações oficiais. 
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja 
redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A 
transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, 
são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal 
não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, 
necessariamente, clareza e concisão. 
Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, 
concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas 
devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais 
e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. 
A identificação das características específicas da forma oficial de redigir 
não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação ou existência 
de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e 
pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve 
ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do 
jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. 
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à 
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com 
Português para Agente Administrativo PF 
(teoria e questões comentadas) 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 2
impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz 
da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da 
correspondência particular, etc. 
Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, 
passemos à análise pormenorizada de cada uma delas. 
1.1. A Impessoalidade 
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para 
que haja comunicação, são necessários: 
a) alguém que comunique; 
b) algo a ser comunicado; e 
c) alguém que receba essa comunicação. 
No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público 
(este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, 
Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do 
órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o 
conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros 
Poderes da União. 
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos 
assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: 
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora 
se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de 
determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a 
comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite 
que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração 
guardem entre si certa uniformidade; 
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas 
possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido 
como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um 
destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; 
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo 
temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem 
respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom 
particular ou pessoal. 
1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais 
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e 
expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses 
atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui 
entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a 
conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que 
só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O 
mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de 
informar com clareza e objetividade. 
As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser 
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse 
objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
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grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação 
restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem 
sua compreensão dificultada. 
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada 
e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata 
qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros 
elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., 
para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já 
a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior 
vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. 
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo 
com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos 
nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões 
extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de 
estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, 
há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a 
finalidade com que a empregamos. 
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por 
sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem 
o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele 
em que 
a) observam-se as regras da gramática formal, e 
b) emprega-se um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do 
idioma. 
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na 
redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, 
morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das 
idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a 
pretendida compreensão por todos os cidadãos. 
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de 
expressão, desde que não sejaconfundida com pobreza de expressão. De 
nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem 
rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios 
da língua literária. 
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial 
de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações 
oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, 
ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso 
não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de 
linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser 
evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. 
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a 
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos 
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil 
entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o 
cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros 
órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
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1.3. Formalidade e Padronização 
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a 
certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de 
impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa 
formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao 
correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma 
autoridade de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à 
polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a 
comunicação. 
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária 
uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é 
natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O 
estabelecimento desse padrão exige que se atente para todas as 
características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos 
textos. 
1.4. Concisão e Clareza 
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto 
oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações 
com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é 
fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se 
escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa 
releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições 
desnecessárias de ideias. 
O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao princípio de 
economia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras 
para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como 
economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens 
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se 
exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada 
acrescentem ao que já foi dito. 
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de 
alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas 
podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas 
existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma 
ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser 
dispensadas. 
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se 
definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo 
leitor. No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende 
estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem: 
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que 
poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; 
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento 
geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a 
gíria e o jargão; 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
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c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível 
uniformidade dos textos; 
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que 
nada lhe acrescentam. 
É pela correta observação dessas características que se redige com 
clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. A 
ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais 
provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. 
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil 
compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser 
desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos 
em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os 
tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. 
Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das 
siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser 
dispensados. 
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são 
elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não 
se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. 
“Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, 
pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. 
CNJ – 2013 – Analista Judiciário 
Nos itens seguintes, são apresentadas propostas de trechos de 
correspondências oficiais. Julgue-os quanto à correção gramatical e à 
adequação às normas de redação oficial. 
Questão 1: No que pertine aos problemas tratados na reunião hora em 
comento, informamos que as providências necessárias já foram tomadas. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque não existe o verbo “pertine”. 
Existe, sim, o substantivo “pertinência” e o adjetivo “pertinente”. Em lugar 
desse verbo, poder-se-ia inserir “concerne”: “No que concerne aos 
problemas”. 
Gabarito: E 
 
Questão 2: Dadas a funcionalidade, a relevância e as características gerais 
do software de registro de ocorrências via Web, manifestamos o interesse 
desta instituição em implementá-lo. 
Comentário: A afirmativa está correta, porque está de acordo com os 
padrões gramaticais e com os princípios da correspondência oficial, como 
linguagem objetiva, clara e formal. Note o particípio “Dadas” no plural 
concordando com os três elementos a que se refere: “a funcionalidade, a 
relevância e as características gerais”. 
Gabarito: C 
 
CNJ – 2013 – Técnico Judiciário 
Nos itens a seguir, são apresentadas propostas de trechos de 
correspondências oficiais. Julgue-os quanto à correção gramatical e à 
adequação às normas de redação oficial. 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
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Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 6
Questão 3: Encaminhamos cópia do Processo n.º 20100.001100/2012-15 
para que sejam adotadas as providências por parte dessa Coordenação, nos 
termos do despacho do Diretor-Geral. 
Comentário: A afirmativa está correta, porque está de acordo com os 
padrões gramaticais e com os princípios da correspondência oficial. Note o 
pronome “dessa” utilizado para reforçar que a Coordenação é o destinatário. 
Gabarito: C 
 
Questão 4: Tendo em vista a proximidade das esperadas festas de 
comemoração do aniversário de 50 anos da nossa instituição, tenho o prazer 
de informar que este setor terá seu horário de atendimento reduzido em 
função da necessidade dos preparativos da referida festa. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque vimos no item 1.1 que deve 
haver umtratamento impessoal aos assuntos que constam das comunicações 
oficiais Assim, não pode haver expressões que denotem impressões 
individuais de quem comunica. Assim, a expressão “tenho o prazer de 
informar” não é impessoal e descaracteriza a formalidade do texto. 
Gabarito: E 
 
Questão 5: Solicito verificar a viabilidade de novo espaço para os ensaios do 
nosso Coro Sinfônico, os quais ocorrem segundas e quartas, das 19h às 22h. 
O espaço onde o Coro ensaia atualmente estará em reforma durante o 
primeiro semestre de 2013. 
Comentário: A afirmativa está correta, porque a linguagem está de acordo com 
a norma culta e com a formalidade que a correspondência oficial exige. Você 
poderia ter sentido a necessidade de uma preposição antes do adjunto 
adverbial de tempo “segundas e quartas” Veja: 
“...os quais ocorrem às segundas e quartas, das 19h às 22h...” 
“...os quais ocorrem nas segundas e quartas, das 19h às 22h...” 
 Porém, o adjunto adverbial de tempo, em determinados casos, pode 
dispensar a preposição. Isso é muito visto em estruturas como: 
Segunda-feira, irei ao trabalho. Na segunda-feira, irei ao trabalho. 
Esta noite, tive um sonho lindo. Nesta noite, tive um sonho lindo. 
Gabarito: C 
 
Questão 6: SEGER-ES – 2013 – Analista do Executivo 
Com relação ao tipo de linguagem adequado a um expediente oficial, assinale 
a opção correta. 
A O redator de um expediente oficial deve utilizar todos os recursos 
convenientes para que o texto seja compreendido. Na hipótese de o 
destinatário da comunicação oficial ser pessoa com baixo grau de 
escolarização, por exemplo, pode-se empregar linguagem coloquial. 
B Os textos oficiais devem ser redigidos conforme a norma padrão da língua, 
isto é, devem primar pelo preciosismo, por meio do emprego de linguagem 
rebuscada e polida. 
C O tipo de linguagem empregado em comunicações oficiais é denominado 
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padrão oficial de linguagem. 
D Em geral, a linguagem empregada em comunicações oficiais deve ser 
própria do meio em que circula, isto é, restrita aos seus usuários. 
E O emprego imotivado de linguagem técnica deve ser evitado em 
correspondências oficiais. 
Comentário: A alternativa (A) está errada. Realmente um expediente oficial 
deve ser compreendido pelo destinatário, mas não se deve usar linguagem 
coloquial para tal. 
 A alternativa (B) está errada, pois, conforme o sétimo parágrafo do item 
1.2, de “nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem 
rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem 
próprios da língua literária.” 
 A alternativa (C) está errada, pois, conforme o oitavo parágrafo do item 
1.2, “não existe propriamente um ‘padrão oficial de linguagem’; o que há é o 
uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais”. 
 A alternativa (D) está errada, pois, conforme o segundo parágrafo do 
item 1.2, “há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados 
grupos”. 
 A alternativa (E) é a correta, pois, conforme o nono parágrafo do item 
1.2, a “linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a 
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado”. Assim, entendemos que, 
para haver o uso da linguagem técnica, deve haver uma motivação, uma 
necessidade. Portanto, a afirmativa está correta, pois o uso imotivado da 
linguagem técnica, isto é, sem motivo, desnecessário, deve ser evitado em 
correspondências oficiais. 
Gabarito: E 
 
Questão 7: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
Considerando os princípios da impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão 
e uso de linguagem formal, constantes do Manual de Redação da 
Presidência da República, assinale a opção que apresenta um trecho 
adequado para compor um documento oficial. 
A É com grande honra e satisfação, que comunico que V. Exa. será 
agraciada, pelo Presidente desta Instituição com a Medalha de 
Condecoração. 
B Venho por meio deste solicitar autorização para realização do seminário 
sobre o tabagismo no salão de reuniões nos dias 27 e 28 de março. 
C A senadora saudou a presidenta da República, em seu discurso, e solicitou 
sua intervenção no seu Estado, mas isso não surpreendeu-a. 
D Solicitamos a prorrogação do estágio da estudante de administração 
alocada nesta Seção por mais um semestre, tendo em vista que a mesma 
tem desempenhado as atividades dela com extrema eficiência. 
E O cancelamento de reunião deverá ser imediatamente comunicado à 
Secretaria do Gabinete. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque a expressão “com grande 
honra e satisfação” tem tom particular, pessoal, o que fere a impessoalidade. 
Além disso, não pode haver vírgula entre a locução verbal da voz passiva 
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“será agraciada” e seu agente da passiva “pelo Presidente desta Instituição”. 
 A alternativa (B) está errada, porque a expressão “Venho por meio 
deste” é prescindível, por não ser essencial para a informação. Assim, tal 
expressão fere a concisão. Note que, se o remetente tivesse usado “Solicito 
autorização para realização do seminário sobre o tabagismo no salão de 
reuniões nos dias 27 e 28 de março”, a informação seria transmitida com mais 
objetividade. 
 A alternativa (C) está errada, porque os pronomes “sua” e “seu” causam 
ambiguidade, ferindo a precisão de linguagem, isto é, a clareza. Além disso, o 
advérbio “não” é palavra atrativa e força a próclise: “não a surpreendeu”. 
Observação: O pronome “a” contextualmente se refere à presidenta, por isso 
não o citei como possível ambiguidade. 
 A alternativa (D) está errada, porque o pronome “dela” é prescindível, 
por não ser essencial para a informação. Assim, tal expressão fere a concisão. 
Além disso, deve-se evitar o uso do pronome demonstrativo de reforço 
reflexivo “mesmo” com valor substantivo. Construções, como “o mesmo”, “ a 
mesma”, ferem a formalidade exigida na correspondência oficial. 
 A alternativa (E) é a correta, pois a frase encontra-se no padrão formal 
de linguagem, com a devida clareza e objetividade. 
Gabarito: E 
 
Questão 8: Polícia Civil ES / 2012 / Inspetor 
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, os expedientes 
oficiais têm como finalidade informar com clareza e objetividade. Para atender 
a essa finalidade, foi estabelecido um padrão oficial de linguagem, chamado 
de linguagem burocrática. 
Comentário: Vimos nos parágrafos anteriores que a linguagem burocrática 
deve ser evitada. Ela deve ser simples, clara e impessoal. 
Gabarito: E 
 
Questão 9: Correios – 2011 – nível superior 
Nas correspondências oficiais, a informação deve ser prestada com clareza e 
concisão, utilizando-se o padrão culto da linguagem. 
Comentário: Vimos que a linguagem da correspondência oficial prima pela 
clareza, concisão, com uso do padrão culto. Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 10: EBC – 2011 – Nível Superior 
Nos textos de correspondência oficial, recomenda-se, para facilitar a 
compreensão da mensagem, o emprego de períodos pouco extensos e escritos 
em linguagem formal e culta. 
Comentário: O uso de frases curtas evita a prolixidade e ajuda na 
objetividade, concisão e simplicidade na linguagem. 
 Além disso, a linguagem formal e a norma culta são características 
essenciais da correspondência oficial. 
 Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
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Questão 11: TRE - MT / 2009 / Médio 
 Algumas medidas de modernização judicial têm auferido bons resultados 
em diferentes regiões brasileiras. No Rio Grandedo Sul, por exemplo, o 
tribunal de justiça implantou um sistema de certificação eletrônica de atos 
processuais praticados por seus desembargadores. Por meio desse sistema, os 
trâmites dos processos digitais adquirem autenticidade com certificados ICP-
Brasil, fornecidos por empresas do ramo da informática. Nesse sentido, os 
sistemas digitais de envio de documentos têm sido cada vez mais utilizados 
em âmbito brasileiro, mormente após a edição da Medida Provisória n.º 
2.200/2001, que inseriu em nosso ordenamento jurídico o sistema de 
certificação digital de documentos eletrônicos. 
Juliana Silva Valis. Internet: <www recantodasletras.uol.com.br> (com adaptações). 
Devido à existência de impessoalidade, clareza, seleção lexical e estruturas 
sintáticas, o texto está apropriado para compor uma correspondência oficial. 
Comentário: Note que no texto não há expressões que denotem impressões 
pessoais do autor. Também não se encontram no texto palavras ou 
expressões com duplo sentido. Assim, a seleção das palavras privilegiou a 
clareza, a impessoalidade e a norma culta. 
Gabarito: C 
 
Questão 12: PCES / 2010 / Superior 
 A redação oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão 
culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. 
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição (...). Sendo a 
publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração 
pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e 
comunicações oficiais. 
Manual de Redação da Presidência da República. 
2.a ed. 2002, p. 4. Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). 
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item 
seguinte, acerca das normas que regem a redação de correspondências 
oficiais. 
O uso do padrão culto da linguagem em um texto oficial reduz o tempo 
despendido com sua revisão, que passa a ser dispensável. 
Comentário: A revisão é vital para se manter a correção gramatical e a 
formalidade do texto oficial. Por isso, não é dispensável. 
Gabarito: E 
 
Questão 13: DPU / 2010 / Médio 
 As opções que se seguem apresentam propostas de trechos de parecer. 
Assinale a opção cujo texto corresponde ao que preceituam as normas de 
redação oficial. 
A Nossos estudos técnicos demonstram que a crônica do jogo no Brasil é 
repleta de exemplos que desaconselham a legalização, como a violência 
das gangues que controlam ele, lavagem de dinheiro e cooptação de 
autoridades para fazerem vista grossa diante das ilegalidades. 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
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B Acreditamos que o poder do dinheiro sujo e nojento do jogo não tem 
limites. Por sua vez, as instituições, seus órgãos e funcionários não são 
impermeáveis à corrupção que contamina o sistema administrativo. Isso é 
uma pena. 
C Observa-se que desde os anos 90, quando os caça-níqueis e os bingos 
invadiram as cidades, não faltam episódios para mostrar a vulnerabilidade 
dos agentes do poder público ao canto da sereia que ecoa dos cofres 
emporcalhados da jogatina. 
D É incontável o número de policiais canalhas, trapaceiros e vagabundos 
(inclusive de altos escalões) em todo o país, ligados à contravenção à 
bandidagem. 
E Os envolvidos no jogo não hesitam em apelar para a violência e a 
eliminação física. Além disso, o secretário nacional antidrogas da 
Presidência da República identifica nos equipamentos eletrônicos de jogos 
de azar uma forma de legalização do dinheiro do narcotráfico internacional. 
Comentário: A banca cobrou nossa atenção quanto à preservação da norma 
culta, o padrão formal e a impessoalidade. 
 Na alternativa (A), perceba que o verbo transitivo direto “controlam” 
não admite o objeto direto representado pelo pronome “ele”. O objeto direto 
deve ser representado pelo pronome oblíquo átono “o”. Como o verbo termina 
em “m”, esse pronome recebe a consoante “n”: controlam-no. Além disso, a 
expressão “vista grossa” é própria da linguagem coloquial, por isso transmite 
subjetividade e informalidade, sendo contrário aos princípios da 
correspondência oficial. 
 Nas alternativas (B), (C) e (D), as expressões “dinheiro sujo e nojento” 
e “Isso é uma pena”; “canto da sereia” e “emporcalhados”; “canalhas, 
trapaceiros e vagabundos” e “bandidagem” são próprias da coloquialidade, 
informalidade e subjetividade. Por isso, não são admitidos em textos de 
correspondência oficial. 
 Perceba que a alternativa (E) possui um texto claro, formal e correto 
gramaticalmente. Por tudo isso, pode fazer parte de um texto de 
correspondência oficial. 
Gabarito: E 
 
SERPRO / 2010 / Médio 
 As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, devem 
obedecer a determinadas regras de forma: além das exigências de 
impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa 
formalidade de tratamento. 
Manual de Redação da Presidência da 
República. 2.ª ed., 2002, p. 10 (com adaptações). 
Julgue os itens seguintes com relação à redação de correspondências oficiais. 
Questão 14: A linguagem formal é requerida na redação oficial como forma 
de se denotar impessoalidade e transmitir informações com clareza. 
Comentário: Quando se usa a linguagem coloquial, informal, é normal a 
transmissão de uma proximidade própria de pessoas conhecidas, amigas. 
Justamente isso é condenável na correspondência oficial, pois a 
impessoalidade tem por base a formalidade e a preservação da norma culta. 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
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 Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 15: Termos empregados em linguagem técnica bem como 
expressões da oralidade devem ser evitados em textos oficiais, uma vez que, 
nesses textos, a compreensão e a formalidade são requisitos primordiais. 
Comentário: Vimos na teoria expressa anteriormente que a linguagem 
técnica pode ser usada, desde que seja elemento fundamental para a 
compreensão da informação, para que se evite a falta de clareza e se preserve 
a impessoalidade. 
 Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 16: TCU / 2010 / Superior 
Respeita os quesitos de clareza, objetividade e uso do padrão culto da língua 
portuguesa o seguinte parágrafo em um documento oficial. 
 
 
 
 
 
 
Comentário: Veja que o verbo “Tratam” é transitivo indireto e o pronome 
“se” é o índice de indeterminação do sujeito. Assim, esse verbo 
obrigatoriamente se flexionará no singular (Trata-se). Além disso, o particípio 
“denunciadas” não possui referente no contexto, pois anteriormente a ele não 
há palavra no feminino e plural. Ele deve concordar no feminino e singular 
(denunciada), pois se refere ao substantivo “construção”. Como não há 
clareza e preservação da norma culta, a questão está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 17: SERPRO / 2010 / Superior 
Os princípios que regem a redação de correspondências oficiais favorecem a 
existência de uma única interpretação para o texto do expediente, assim como 
asseguram a impessoalidade e uniformidade no trato dos assuntos 
concernentes aos órgãos governamentais. 
Comentário: A interpretação única pode ser resumida pela palavra clareza. 
Além disso, realmente o texto deve se pautar na objetividade, impessoalidade 
e uniformidade (padrão formal). Por isso, a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 18: O nível de linguagem utilizado em atos e expedientes oficiais 
encontra justificativa no seu caráter público e no fim a que eles se destinam, 
além da obrigatoriedade de que sejam inteligíveis para qualquer público. 
Comentário: Releia o primeiro e segundo parágrafo do item 1.2 (A 
Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais). A questão cobrou literalmente 
o que ali está escrito:“A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e 
expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses 
Tratam-se de irregularidades referentes à execução do convênio 333-
44/08, tendo por objeto a construção de um ginásio de esportes na cidade 
de XXYYY, que vem sendo insistentemente denunciadas na mídia 
impressa e televisiva sem que os poderes municipais tomem providências. 
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atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui 
entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a 
conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que 
só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O 
mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de 
informar com clareza e objetividade. 
 As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser 
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro.”. 
 Por isso, a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 19: Um texto de redação oficial deve ser redigido com vistas a 
evitar a prolixidade. 
Comentário: A prolixidade é o contrário da concisão. Prolixo é a característica 
do falar demasiado, com número excessivo de palavras. Por isso deve ser 
evitada na correspondência oficial, que requer objetividade, clareza e 
concisão. Esta última é entendida como a exploração do máximo de 
informação com o mínimo de palavras. Por isso, a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 20: PM - DF / 2009 / Superior 
 Todos os seres humanos necessitam de segurança. Todos os seres 
humanos têm o direito de serem protegidos do medo, de todas as espécies de 
medo. 
 O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no 
inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica, com destaque para a 
psicanálise. 
 Temos medo do abandono, de passar necessidade e privações, medo 
das agressões, da doença, da morte. 
 Uma sociedade que se funde no “espírito de solidariedade” procurará 
construir modelos de convivência que afastem o medo do horizonte 
permanente de expectativas. Em uma sociedade fraterna, o homem não será 
lobo do outro homem. 
 Nossa Constituição determina que a segurança pública é dever do 
Estado, direito e responsabilidade de todos. Será exercida para a preservação 
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações). 
A primeira pessoa do plural, expressa em “Temos” (linha 7) e “Nossa” (linha 
13), confere ao texto um nível de subjetividade impróprio para o emprego em 
correspondências oficiais. 
Comentário: Não há subjetividade no texto, pois não há marcação de 
impressões pessoais. Na realidade, o uso da primeira pessoa do plural fez com 
que entendêssemos que o autor se inseriu no grupo. 
Gabarito: E 
 
Questão 21: SEDUES / 2010 / Médio 
Fragmento do texto: 
 O Brasil deve investir em pesquisa e desenvolvimento, para alcançar 
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níveis mais altos de produtividade e de competitividade e desenvolver 
produtos inovadores que ampliem ou criem mercados com rapidez. 
 O tema “inovação” vem ocupando espaço cada vez maior no 
planejamento das políticas públicas e na preocupação do empresariado, mas o 
Brasil ainda ocupa posição muito desfavorável nesse requisito quando 
comparado com outros países. Entre 48 países, o Brasil ficou na 42.ª posição 
em inovação, de acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e 
o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Está na frente de México, África do 
Sul, Argentina, Índia, Letônia e Romênia. 
Pela clareza, objetividade e impessoalidade, esses dois parágrafos poderiam 
compor adequadamente uma correspondência oficial. 
Comentário: Perceba que esses dois parágrafos não possuem ambiguidade, 
nem marcas de impressão pessoal. Portanto, a linguagem é adequada à 
correspondência oficial. 
Gabarito: C 
 
Questão 22: SEDUES / 2010 / Médio 
Fragmento do texto: O impacto da demanda chinesa nos preços das 
matérias-primas foi talvez o principal fator da notável transformação das 
contas externas brasileiras, o que, por sua vez, abriu caminho para o 
crescimento. Uma eventual mudança para pior no quadro da expansão 
chinesa seria danosa para a economia global e para o Brasil em particular. A 
China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque 
conseguiu crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo 
patinhava. 
A expressão “o resto do mundo patinhava” está adequada para ser utilizada 
em uma correspondência oficial. 
Comentário: A expressão “o resto do mundo patinhava” transmite uma 
imprecisão por meio das palavras em negrito. Assim, não há clareza, por isso 
é inadequada à correspondência oficial. 
Gabarito: E 
 
Questão 23: PCES / 2010 / Médio 
 Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar-
se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, 
formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da Presidência da 
República, 2002), o item a seguir apresenta um fragmento de texto que deve 
ser julgado certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. 
Vimos informar aos usuários do nosso sistema que, conforme a legislação em 
vigor sobre o tema, o plano de saúde XYZ sofrerá reajuste de 10% a partir do 
mês de dezembro de 2010. 
Comentário: Perceba que o texto não possui marcas de impressões pessoais, 
nem ambiguidade. Por isso utiliza linguagem adequada à correspondência 
oficial. 
Gabarito: C 
 
Questão 24: TCE-AC / 2009 / Superior 
Respeita as normas gramaticais e o padrão estabelecido para documentos 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
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oficiais o seguinte parágrafo de um regimento: 
 1.º – Não serão admissíveis a reiteração de pedidos, salvo se fundados 
em novas provas. 
Comentário: O sujeito é a expressão “a reiteração de pedidos”, por isso o 
verbo deve ficar no singular (Não será admissível). 
Gabarito: E 
 
Questão 25: Correios – 2011 – nível superior 
O emprego da linguagem técnica, com a utilização de termos específicos de 
determinada área do conhecimento, deve ser privilegiado em expedientes 
destinados a órgãos públicos. 
Comentário: Os termos técnicos podem ser utilizados quando realmente 
forem necessários, pois a correspondência oficial deve primar pela linguagem 
simples e objetiva. Assim, o erro foi afirmar que “O emprego da linguagem 
técnica (...) deve ser privilegiado...” 
Gabarito: E 
 
Questão 26: TJ - RR / 2006 / Superior 
 Na época atual, embora a avareza ou o ócio devam continuar 
merecendo a nossa condenação, no seio dos detentores da riqueza (ou dos 
que se proponham a alcançá-la), há uma figura digna de ser exaltada: o 
empresário. Pela razão muito simples de que agora estamos diante de uma 
sociedade de abundância (ao contrário da sociedade primitiva, vitimada pela 
escassez) e a única maneira de a imensa maioria ter acesso à variada gama 
de bens e serviços disponíveis na sociedade é por intermédio do emprego. E 
ainda que a busca da riqueza pelo empresário não vise diretamente ao bem-
estar geral, ao propiciar novos empregos, ele está desempenhando função 
primordial na economia. 
Antonio Paim. Op. cit., p.290 ( com adaptações). 
O emprego de “nossa” (linha 2) e de “estamos” (linha 4) confere subjetividade 
ao texto, tornando a linguagem nele utilizada inadequada para documentos 
oficiais. 
Comentário: O fato de se estar utilizando pronome e verbo em primeira 
pessoa do plural não quer dizer que haja subjetividade. Na realidade, o autor 
se insere no grupo. Portanto,é linguagem coerente com a correspondência 
oficial. 
Gabarito: E 
 
ANNEL / 2010 / Médio 
Questão 27: Considerando a redação de correspondências oficiais, julgue os 
próximos itens. 
A impessoalidade que deve caracterizar a redação oficial é percebida, entre 
outros aspectos, no tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser 
sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um 
órgão público. 
Comentário: Veja que essa afirmação está implícita nas informações do item 
1.1. Assim, entendemos que realmente a impessoalidade deve caracterizar a 
redação oficial, o tratamento dado ao destinatário não deve conter impressões 
PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 
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individuais e deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja 
ele um cidadão ou um servidor público, pois o destino das correspondências 
oficiais é o cidadão ou outro serviço público. 
Gabarito: C 
 
Questão 28: Embora 227 milhões de pessoas tenham conseguido sair das 
favelas, desde 2000, elas abrigam ainda 827,6 milhões de habitantes em todo 
o mundo. No Brasil, o número de moradores de favelas diminuiu 16%, 
passando de 31,5% da população para 26,4%, enquanto a média, nos países 
latino-americanos, é de 19,5%. 
Comentário: O texto está corretamente construído em linguagem culta, não 
havendo ambiguidade ou imprecisão. Por isso, está correta a questão. 
Gabarito: C 
 
2. Pronomes de Tratamento 
Esses pronomes são empregados no trato com as pessoas, familiarmente 
ou cerimoniosamente. 
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam 
certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. 
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, 
ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira 
pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como 
seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa 
Excelência conhece o assunto”. 
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de 
tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu 
substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). 
 Já quanto aos adjetivos ou particípios de locuções verbais da voz passiva 
referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da 
pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, 
se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está 
atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa 
Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”. 
Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou 
complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois 
não admitem artigo. 
Refiro-me a Vossa Senhoria. 
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, 
vocês. O senhor e a senhora são empregados num tratamento formal; você e 
vocês, no tratamento familiar e amigável. 
Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, 
por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase: 
Refiro-me à senhora Gioconda. 
Questão 29: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
Considerando a concordância dos pronomes de tratamento, uma comunicação 
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dirigida ao presidente do Senado Federal deverá ser redigida da seguinte 
maneira: Vossa Excelência será informado da tramitação do projeto em pauta. 
Comentário: A afirmativa está correta, porque o verbo deve se flexionar na 
terceira pessoa (“será”) para concordar com o pronome de tratamento. Como 
sabemos que o Senado Federal é presidido por um homem (“ao presidente do 
Senado Federal”), o particípio (“informado”) não concorda literalmente com a 
palavra feminina “Excelência”, mas com o sexo da pessoa a que ele se refere. 
Gabarito: C 
 
Questão 30: PCES / 2010 / Médio 
 Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar-
se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, 
formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da Presidência da 
República, 2002), o item a seguir apresenta um fragmento de texto que deve 
ser julgado certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. 
Venho comunicar à Vossa Senhoria que nossa empresa não necessita mais 
dos seus serviços profissionais, e que, consequentemente, vai desligar você 
dos seus quadros funcionais dentro de trinta dias úteis, a contar da data desta 
carta. 
Comentário: O pronome de tratamento não admite artigo; por isso, deve-se 
retirar a crase antes do pronome “Vossa Senhoria”. Além disso, o pronome 
“você” não é próprio da formalidade da correspondência oficial e o pronome 
“seus” transmite ambiguidade; pois não se sabe se há referência a “você” ou a 
“empresa”. 
Gabarito: E 
 
Questão 31: PCES / 2010 / Superior 
A redação oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto 
de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. 
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição (...). Sendo a 
publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração 
pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e 
comunicações oficiais. 
Manual de Redação da Presidência da República. 
2.a ed. 2002, p. 4. Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). 
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item 
seguinte, acerca das normas que regem a redação de correspondências 
oficiais. 
É fundamental observar o emprego correto dos pronomes de tratamento em 
um expediente oficial, o que, somado a outros cuidados, imprime formalidade 
no tratamento de assuntos públicos. 
Comentário: A formalidade expressa em um documento oficial é justamente 
o cuidado no uso da linguagem, formatação do texto, impessoalidade, 
objetividade, clareza, concisão. Tudo isso é reforçado pelo correto emprego 
dos pronomes. Assim, a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
 
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Questão 32: PCES / 2010 / Superior 
Os adjetivos referidos aos pronomes de tratamento concordam com o gênero 
do interlocutor. 
Comentário: Os adjetivos normalmente concordam com o núcleo do termo a 
que se refere. Assim, há construções como “Vossa Senhoria está cansada”; 
“Vossa Excelência está exausta”. 
 Porém, quando o contexto nos informa se tratar de um gênero 
masculino, por motivo de clareza, deve o adjetivo concordar ideologicamente 
no masculino: 
“Senhor Delegado, Vossa Senhoria está cansado.”; 
“Vossa Excelência está exausto, Deputado”. 
 Por isso, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
2.2. Emprego dos Pronomes de Tratamento 
 O emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. 
Assim são de uso consagrado: 
 Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: 
a) do Poder Executivo; 
Presidente da República; 
Vice-Presidente da República; 
Ministros de Estado1; 
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; 
Oficiais-Generais das Forças Armadas; 
Embaixadores; 
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos 
de natureza especial; 
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; 
Prefeitos Municipais. 
b) do Poder Legislativo: 
Deputados Federais e Senadores; 
Ministros do Tribunal de Contas da União; 
Deputados Estaduais e Distritais; 
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; 
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. 
c) do Poder Judiciário: 
Ministros dos Tribunais Superiores;Membros de Tribunais; 
Juízes; 
 
1 Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos 
Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da 
Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União. 
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Auditores da Justiça Militar. 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes 
de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, 
seguido do cargo respectivo: 
Senhor Senador, 
Senhor Juiz, 
Senhor Ministro, 
Senhor Governador, 
Questão 33: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
No que se refere às normas para elaboração de correspondência Oficial, em 
correspondências enviadas a deputado, juiz, embaixador e diretor-geral de 
agência reguladora, deve-se empregar o pronome de tratamento Vossa 
Excelência. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque consta na relação vista 
anteriormente que o tratamento Vossa Excelência é empregado para 
deputado, juiz, embaixador; porém não há referência a diretor-geral de 
agência reguladora, o qual tem tratamento de Vossa Senhoria. 
Gabarito: E 
 
Questão 34: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
Em relação à correspondência oficial, em documentos endereçados a um 
ministro de Estado, deve-se empregar o vocativo Excelentíssimo Senhor 
Ministro. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque o vocativo Excelentíssimo 
Senhor deve ser empregado apenas para Chefes de Poder. O vocativo 
adequado a um ministro de Estado é “Senhor Ministro”. 
Gabarito: E 
 
Questão 35: SESA - ES / 2011 / Superior 
Excelentíssimo Senhor Ministro é o vocativo adequado a ser empregado 
em documento oficial dirigido a um ministro de Estado e Vossa Excelência, o 
pronome de tratamento apropriado, devendo a forma verbal que com ele 
concorda estar flexionada na segunda pessoa do plural, como sinal de respeito 
à autoridade — Vossa Excelência conheceis bem o assunto. 
Comentário: O vocativo adequado é “Senhor Ministro” e o verbo deve se 
flexionar em terceira pessoa do singular: Vossa Excelência conhece bem o 
assunto. 
Gabarito: E 
 
Questão 36: PCES / 2010 / Superior 
Embaixadores, secretários de estado dos governos estaduais e auditores da 
justiça militar estão entre as autoridades que devem ser tratadas por Vossa 
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Excelência. 
Comentário: Releia a lista de autoridades. Todas elas estão previstas para 
cargos com tratamento de Vossa Excelência. 
Gabarito: C 
 
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo 
(DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto 
para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida 
evocação. 
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para 
particulares. O vocativo adequado é: 
Senhor Fulano de Tal, 
(...) 
No envelope, deve constar do endereçamento: 
Ao Senhor 
Fulano de Tal 
Rua ABC, no 123 
12345-000 – Curitiba. PR 
Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as 
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. 
É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. 
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título 
acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o 
apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem 
concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os 
bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais 
casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações. 
 Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por 
força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. 
Corresponde-lhe o vocativo: 
Magnífico Reitor, 
(...) 
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia 
eclesiástica, são: 
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo 
correspondente é: 
Santíssimo Padre, 
(...) 
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações 
aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: 
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou 
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, 
(...) 
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a 
Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima 
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para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é 
empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos. 
Questão 37: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
Apesar de menos usuais, ilustríssimo e digníssimo são pronomes de 
tratamento aceitos em comunicações oficiais. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque vimos anteriormente que em 
comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD). 
Além disso, fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as 
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. 
É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. 
Gabarito: E 
 
Questão 38: Polícia Civil ES / 2012 / Inspetor 
As autoridades que devem ser tratadas por Vossa Excelência incluem os 
juízes, procuradores, reitores e ministros de Estado. 
Comentário: São tratados como “Vossa Excelência” os juízes e ministros de 
Estado, como “Vossa Magnificência” os reitores e “Vossa Senhoria” os 
procuradores. 
Gabarito: E 
 
Questão 39: STM / 2011 / Superior 
No item a seguir, é apresentado um trecho de correspondência oficial. Julgue-
o com relação à língua portuguesa padrão e à forma e ao estilo requeridos na 
redação oficial. 
Senhor Coronel José Silva, Vossa Senhoria está convidado a comparecer ao 
ato solene em 30 de janeiro de 2010. 
Comentário: O erro está na falta da formalidade. O vocativo, na 
correspondência oficial, deve ficar em linha superior ao texto e não na própria 
linha do texto. Perceba que não há erro na concordância em “está convidado”, 
mesmo com o pronome de tratamento no feminino. Essa concordância é 
possível, porque a locução se refere a alguém do sexo masculino. 
Gabarito: E 
 
Questão 40: EBC – 2011 – Nível Superior 
O item a seguir apresenta trecho de texto. Julgue-o com relação à língua 
portuguesa padrão e à forma e ao estilo requeridos para a redação de 
correspondência oficial. 
 
Senhor Ministro, 
Em complemento às informações transmitidas no último telegrama, 
informamos a Vossa Excelência que a reforma no setor de telecomunicações 
terá início às 7 h 30 min da próxima segunda-feira e deverá se estender por 
duas semanas. Nesse ínterim, as salas anexas ao setor ficarão disponíveis 
para a execução das atividades laborais. 
Comentário: O texto está escrito de acordo com a norma culta. Note que a 
abreviatura “h” e “min” representam “horas” e “minutos”, respectivamente. 
 Verifique também que antes do pronome de tratamento não pode haver 
crase (“informamos a Vossa Excelência”), o que foi muito bem observado no 
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texto. 
 A linguagem do texto preservou a formalidade, a objetividade, a clareza 
e a impessoalidade, as quais são características fundamentais numa 
correspondência oficial. 
 Portanto, a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 41: EBC – 2011 – Nível Superior 
O item a seguir apresenta trecho de texto. Julgue-o com relação à língua 
portuguesa padrão e à forma e ao estilo requeridos para a redação de 
correspondência oficial. 
 
Ilustríssimos Senhores, 
Dirigimos-nos a esta secretaria afim de solicitar a divulgação dos resultados 
institucionais obtidos no triênio 2008-2010. 
Comentário: O texto não está escrito de acordo com a norma culta. O verbo 
“Dirigimos”, em contato com o pronome oblíquo “nos”, deve perder o “s”: 
“Dirigimo-nos”. 
 Como o documento é endereçado a uma secretaria com um receptor 
com quem se fala, o pronome demonstrativo a ser usado é “essa”. 
 Há no texto uma oração subordinada adverbial de finalidade reduzida de 
infinitivo. Assim, a locução prepositiva correta deve ser “a fim de”. 
 Além disso, não se usa o tratamento “ilustríssimo” a autoridades que 
não possuam o tratamento de “Vossa Excelência”. Portanto, o ideal seria: 
 
 “Senhor (Fulano de Tal), 
Dirigimo-nos a essa secretaria a fim de solicitar a divulgação dos resultados 
institucionais obtidos no triênio 2008-2010.” 
 Portanto, a questão está errada. 
Gabarito: E 
2.2. Fechos para Comunicações 
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de 
arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que 
vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da 
Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e 
uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos 
diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: 
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: 
 Respeitosamente, 
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: 
 Atenciosamente, 
 Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades 
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente 
disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. 
 
O tratamento “Senhor” deve ser seguido do nome da 
autoridade, quando esta não tiver tratamento de 
Vossa Excelência. 
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Questão 42: CNJ – 2013 – Técnico Judiciário 
A escolha do fecho a ser usado nas correspondências oficiais é determinada 
pela hierarquia que existe entre o destinatário e o remetente do documento. 
Comentário: A afirmativa está correta, porque realmente a escolha do fecho 
tem relação direta com a hierarquia entre o destinatário e o remetente: 
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: 
 Respeitosamente, 
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: 
 Atenciosamente, 
Gabarito: C 
 
Questão 43: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
No que se refere às normas para elaboração de correspondência Oficial, 
apesar da recomendação para que se empreguem os fechos Atenciosamente 
e Respeitosamente, nas redações oficiais, admite-se também o uso de 
Cordialmente, Saudações e Com meus cumprimentos, se o conteúdo do 
documento for solene. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque o Manual estabelece o 
emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de 
comunicação oficial. As expressões “Cordialmente”, “Saudações” e “Com 
meus cumprimentos” têm cunho pessoal e devem ser evitadas. 
Gabarito: E 
 
Questão 44: ANTAQ / 2009 / Superior 
O fecho das comunicações é obrigatório em qualquer tipo de documento oficial 
e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a 
depender da relação hierárquica existente entre o remetente e o destinatário. 
Comentário: O problema nesta questão é o uso da palavra categórica 
“qualquer”. Veremos adiante que alguns documentos não possuem fecho. 
Gabarito: E 
 
Questão 45: PCES / 2010 / Superior 
O fecho “Atenciosamente” deve ser empregado para saudar autoridades de 
mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. 
Comentário: Veja que a questão cobra literalmente o que está previsto na 
letra b do item 2.2 Fechos para as comunicações. 
Gabarito: C 
 
Questão 46: Previc / 2010 / Médio 
O seguinte fecho seria adequado a ofício destinado a servidor que ocupasse 
cargo de grau hierárquico equivalente ao ocupado pelo autor do documento, 
mas em órgão diverso. 
Com cordiais saudações, 
Fulano de Tal 
Comentário: Primeiro, o fecho de um documento padrão-ofício é 
“Respeitosamente” ou “Atenciosamente”. Além disso, a expressão “Com 
cordiais saudações” marca aspectos pessoais, subjetivos. Por isso, a questão 
está errada. 
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Gabarito: E 
 
2.3. Identificação do Signatário 
 Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas 
as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade 
que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação 
deve ser a seguinte: 
(espaço para assinatura) 
NOME 
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República 
 
(espaço para assinatura) 
NOME 
Ministro de Estado da Justiça 
 Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página 
isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase 
anterior ao fecho. 
Questão 47: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
Em relação à correspondência oficial, nos documentos do padrão ofício, o 
signatário deve ser identificado pelo nome, seguido do nome da instituição. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque o Manual estabelece que, 
excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as 
demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade 
que as expede, e não o nome da instituição. 
Gabarito: E 
 
Questão 48: Correios – 2011 – nível superior 
Como medida de proteção aos servidores da administração pública, a 
identificação do signatário é facultativa nos expedientes oficiais. 
Comentário: Vimos que, à exceção do Presidente da República, a 
identificação do signatário é obrigatória nos expedientes oficiais. 
Gabarito: E 
 
Questão 49: EBC – 2011 – nível superior 
Nas comunicações oficiais, com exceção das assinadas pelo presidente da 
República, devem constar nome e cargo da autoridade que as expede. 
Comentário: Veja que esta questão cobra literalmente o item 2.3: “Excluídas 
as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais 
comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as 
expede, abaixo do local de sua assinatura.” 
 Assim, a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 50: EBC – 2011 – nível superior 
Em documento destinado a governador ou a ministro de Estado, a cujos 
cargos correspondem o tratamento “Vossa Excelência”, deve-se tratá-los por 
“Senhor”. 
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Comentário: A banca quis fazer subentender que em documento destinado a 
governador ou a ministro de Estado, a cujos cargos correspondem o 
tratamento “Vossa Excelência”, deve-se tratá-los pelo vocativo “Senhor”. 
 A questão não foi clara quanto à especificação do vocativo, o que pode 
ter feito muita gente errar a questão, então tome cuidado, ok!! 
 Se a questão já havia falado que os cargos de governador e ministro de 
Estado correspondem ao tratamento “Vossa Excelência”, fica subentendido 
que este pronome se encontra no corpodo texto, e o tratamento “Senhor” 
ficará no vocativo. 
Gabarito: C 
 
3. O Padrão Ofício 
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do 
que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, 
pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão 
ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora 
busquemos as suas semelhanças. 
3.1. Partes do documento no Padrão Ofício 
 O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes: 
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o 
expede: 
Exemplos: 
Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME 
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à 
direita: 
Exemplo: 
Brasília, 15 de março de 1991. 
c) assunto: resumo do teor do documento 
Exemplos: 
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. 
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. 
 d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a 
comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço. 
e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de 
documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: 
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é 
apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: 
“Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, 
empregue a forma direta; 
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver 
mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos 
distintos, o que confere maior clareza à exposição; 
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– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a 
posição recomendada sobre o assunto. 
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que 
estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos. 
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a 
estrutura é a seguinte: 
– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o 
encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve 
iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, 
indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, 
origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo 
encaminhado, segundo a seguinte fórmula: 
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, 
encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do 
Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do 
servidor Fulano de Tal.” 
ou 
 “Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do 
telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do Presidente da 
Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de 
modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.” 
– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum 
comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar 
parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de 
desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. 
 
f) fecho; 
g) assinatura do autor da comunicação; e 
h) identificação do signatário. 
Questão 51: Previc / 2010 / Médio 
Dispensa-se a introdução, em um ofício, se o tema tratado já for de 
conhecimento do destinatário ou for de conhecimento do público em geral. 
Comentário: Veja na letra “e” (texto), do item 3.1 (Partes do documento no 
Padrão Ofício), que o expediente deve conter a introdução. Por isso, não é 
dispensável. Perceba que, mesmo sendo ofício de mero encaminhamento, a 
introdução deve ser inserida neste tipo de documento. 
Gabarito: E 
 
Questão 52: Correios – 2011 – nível superior 
Admite-se o uso de expressões de cunho pessoal na identificação nominal do 
signatário e do destinatário de correspondências oficiais. 
Comentário: As expressões de cunho pessoal não podem ocorrer na 
correspondência oficial. 
Gabarito: E 
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3.2. Forma de diagramação 
 Os documentos do Padrão Ofício2 devem obedecer à seguinte forma de 
apresentação: 
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no 
texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé; 
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á 
utilizar as fontes Symbol e Wingdings; 
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página; 
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em 
ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as 
distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”); 
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da 
margem esquerda; 
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 
cm de largura; 
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos 
após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal 
recurso, de uma linha em branco; 
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras 
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de 
formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento; 
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A 
impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações; 
 l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos 
em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; 
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text 
nos documentos de texto; 
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o 
arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de 
trechos para casos análogos; 
o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser 
formados da seguinte maneira: 
tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do 
conteúdo 
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002” 
Questão 53: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
Os ofícios e memorandos não podem ser impressos em frente e verso, uma 
vez que é utilizado o papel timbrado. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque vimos no item 3.2 (d) que o 
ofício poderá ser impresso em ambas as faces do papel. 
 
2 O constante neste item aplica-se também à exposição de motivos e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem). 
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Gabarito: E 
 
Questão 54: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
As páginas de um ofício devem ser numeradas, inclusive a primeira, quando 
houver mais de uma. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque vimos no item 3.2 (c) que é 
obrigatório constar a partir da segunda página o número da página. 
Gabarito: E 
 
Questão 55: TRE - ES / 2011 / Superior 
O aviso, o memorando e o ofício são expedientes que podem apresentar uma 
diagramação comum, denominada padrão ofício. 
Comentário: Veja o que é informado no item 3- O Padrão Ofício: “Há três 
tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que 
pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, 
pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de 
padrão ofício.” Portanto, a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
3.3. Aviso e Ofício 
3.3.1. Definição e Finalidade 
Aviso e ofício são modalidadesde comunicação oficial praticamente 
idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido 
exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma 
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. 
Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da 
Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. 
3.3.2. Forma e Estrutura 
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, 
com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. 
Exemplos: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República 
Senhora Ministra 
Senhor Chefe de Gabinete 
 
 Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes 
informações do remetente: 
– nome do órgão ou setor; 
– endereço postal; 
– telefone e endereço de correio eletrônico. 
Questão 56: SEGER-ES – 2013 – Analista do Executivo 
A respeito da função das comunicações oficiais, tanto o aviso quanto o ofício 
abordam assuntos oficiais entre os órgãos da administração pública e entre os 
órgãos da administração pública e terceiros. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque não explorou a diferença 
fundamental entre aviso e ofício. No item 3.3.1, percebemos que ambos têm 
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da 
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Administração Pública entre si; mas somente o ofício aborda o assunto entre a 
administração pública e terceiros, isto é, com particulares. 
Gabarito: E 
Exemplo de Ofício 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[Ministério] 
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 
5 cm [Endereço para correspondência]. 
[Endereço - continuação] 
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] 
 
 
Ofício no 524/1991/SG-PR 
Brasília, 27 de maio de 1991. 
 
 
 
A Sua Excelência o Senhor 
Deputado [Nome] 
Câmara dos Deputados 
70.160-900 – Brasília – DF 
 
 
 
Assunto: Demarcação de terras indígenas 
 
 Senhor Deputado, 
 2,5 cm 
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama 
no 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas 
mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da 
República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de 
demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de 
fevereiro de 1991 (cópia anexa). 
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a 
necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – 
fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas 
regionais. 
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras 
indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que 
atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos 
deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e 
fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com 
o órgão federal ou estadual competente. 
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão 
encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. 
É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da 
sociedade civil. 
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio 
1,
5 
cm
 
3 cm 
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Questão 57: CNJ – 2013 – Técnico Judiciário 
O expediente adequado para a comunicação entre ministros de Estado é a 
mensagem. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque, conforme o item 3.3.1, a 
modalidade de comunicação oficial que é expedida exclusivamente por 
Ministros de Estado para autoridades de mesma hierarquia é o aviso, e não a 
mensagem. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 58: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa 
No que se refere às normas para elaboração de correspondência oficial, Aviso 
é o expediente adequado para a comunicação entre o gestor máximo de 
qualquer órgão da administração e outras autoridades de mesma hierarquia. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque o aviso é expedido 
exclusivamente por Ministros de Estado (e não pelo gestor máximo de 
qualquer órgão), para autoridades de mesma hierarquia. Lembre-se de que 
nem sempre os órgãos públicos têm como gestor máximo um ministro. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 59: TRE-MS – 2013 – Analista Judiciário 
No que se refere às comunicações oficiais, o Ofício é modalidade de 
comunicação que tem por finalidade o tratamento de assuntos oficiais entre 
órgãos da administração pública apenas. 
Comentário: A afirmativa está errada, porque o Ofício não é modalidade de 
comunicação apenas entre órgãos da administração pública, mas também com 
particulares. 
Gabarito: E 
 
 
3,5 cm 
 
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento 
estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da 
Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de 
todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, 
com a necessária transparência e agilidade. 
 
 Atenciosamente, 
 
 
[Nome] 
[cargo] 
 
 
 
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CNJ – 2013 – Analista Judiciário 
Ofício GC/EAS n.º 265 
 Brasília, 15 de janeiro de 2013. 
 
À Senhora 
Fulana de Tal 
Secretária de Gestão de Pessoas 
Setor de Autarquias Sul 
70000-000 — Brasília, DF 
 
Assunto: Certificados de especialização 
 
 Senhora Secretária, 
 
 Em resposta ao Ofício n.º 005/2012/SGP, de 30/11/2012, 
encaminhamos os Certificados de Especialização em Direito Público, bem 
como a relação dos servidores dessa Instituição que se matricularam no 
referido curso, mas não o concluíram. 
 
 Atenciosamente, 
 
 
José Sicrano 
Gerente de Capacitação 
Escola de Aperfeiçoamento de Servidores 
 
Para que o ofício hipotético acima esteja de acordo com os padrões 
estabelecidos no Manual de Redação da Presidência da República, 
Questão 60: o nome do órgão em que trabalha a pessoa que subscreve o 
documento deve ser retirado do espaço destinado à identificação do 
signatário, permanecendo, nesse espaço, apenas o nome e o cargo de quem 
assina o expediente. 
Comentário: Veja o que está previsto no item 2.3 Identificação do Signatário, 
visto anteriormente: “Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da 
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o 
cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura.” 
 Assim, a afirmativa está correta, pois o nome do órgão não deve constar 
na identificação do signatário. Conforme previsto no item 3.3.2, ele deve 
constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício. 
Gabarito: C 
 
Questão 61: o parágrafo e o fecho devem ser numerados. 
Comentário: A primeira parte da afirmação está correta, pois, conforme 
vimos no item 3.1 (e), os “parágrafos do texto devem ser numerados, exceto 
nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos”. 
Porém, o fecho não deve ser numerado, o que faz com que a afirmativa esteja 
errada. 
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Gabarito: E 
 
Questão 62: a identificação do tipo e do número do expediente deve ser 
alterada para: Ofício n.º 265/2013/GC-EAS. 
Comentário: Conforme

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