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PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 07 Correspondência oficial. Adequação da linguagem ao tipo de documento. Adequação do formato do texto ao gênero. Olá, pessoal! A teoria desta aula engloba um extrato do Manual de Redação da Presidência da República, para que você tenha em mão um material claro, efetivo e que englobe o que realmente cai na prova. Você vai perceber ao longo da aula que algumas vezes são cobradas as expressões literais deste manual. Por isso evitei colocar considerações minhas, mas um retrato fiel sobre o que esse manual expõe. 1. O que é Redação Oficial???? Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. A identificação das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação ou existência de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com Português para Agente Administrativo PF (teoria e questões comentadas) PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 2 impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc. Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uma delas. 1.1. A Impessoalidade A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 3 grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) observam-se as regras da gramática formal, e b) emprega-se um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não sejaconfundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 4 1.3. Formalidade e Padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. 1.4. Concisão e Clareza A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de ideias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem: a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão; PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 5 c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam. É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensados. A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. CNJ – 2013 – Analista Judiciário Nos itens seguintes, são apresentadas propostas de trechos de correspondências oficiais. Julgue-os quanto à correção gramatical e à adequação às normas de redação oficial. Questão 1: No que pertine aos problemas tratados na reunião hora em comento, informamos que as providências necessárias já foram tomadas. Comentário: A afirmativa está errada, porque não existe o verbo “pertine”. Existe, sim, o substantivo “pertinência” e o adjetivo “pertinente”. Em lugar desse verbo, poder-se-ia inserir “concerne”: “No que concerne aos problemas”. Gabarito: E Questão 2: Dadas a funcionalidade, a relevância e as características gerais do software de registro de ocorrências via Web, manifestamos o interesse desta instituição em implementá-lo. Comentário: A afirmativa está correta, porque está de acordo com os padrões gramaticais e com os princípios da correspondência oficial, como linguagem objetiva, clara e formal. Note o particípio “Dadas” no plural concordando com os três elementos a que se refere: “a funcionalidade, a relevância e as características gerais”. Gabarito: C CNJ – 2013 – Técnico Judiciário Nos itens a seguir, são apresentadas propostas de trechos de correspondências oficiais. Julgue-os quanto à correção gramatical e à adequação às normas de redação oficial. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 6 Questão 3: Encaminhamos cópia do Processo n.º 20100.001100/2012-15 para que sejam adotadas as providências por parte dessa Coordenação, nos termos do despacho do Diretor-Geral. Comentário: A afirmativa está correta, porque está de acordo com os padrões gramaticais e com os princípios da correspondência oficial. Note o pronome “dessa” utilizado para reforçar que a Coordenação é o destinatário. Gabarito: C Questão 4: Tendo em vista a proximidade das esperadas festas de comemoração do aniversário de 50 anos da nossa instituição, tenho o prazer de informar que este setor terá seu horário de atendimento reduzido em função da necessidade dos preparativos da referida festa. Comentário: A afirmativa está errada, porque vimos no item 1.1 que deve haver umtratamento impessoal aos assuntos que constam das comunicações oficiais Assim, não pode haver expressões que denotem impressões individuais de quem comunica. Assim, a expressão “tenho o prazer de informar” não é impessoal e descaracteriza a formalidade do texto. Gabarito: E Questão 5: Solicito verificar a viabilidade de novo espaço para os ensaios do nosso Coro Sinfônico, os quais ocorrem segundas e quartas, das 19h às 22h. O espaço onde o Coro ensaia atualmente estará em reforma durante o primeiro semestre de 2013. Comentário: A afirmativa está correta, porque a linguagem está de acordo com a norma culta e com a formalidade que a correspondência oficial exige. Você poderia ter sentido a necessidade de uma preposição antes do adjunto adverbial de tempo “segundas e quartas” Veja: “...os quais ocorrem às segundas e quartas, das 19h às 22h...” “...os quais ocorrem nas segundas e quartas, das 19h às 22h...” Porém, o adjunto adverbial de tempo, em determinados casos, pode dispensar a preposição. Isso é muito visto em estruturas como: Segunda-feira, irei ao trabalho. Na segunda-feira, irei ao trabalho. Esta noite, tive um sonho lindo. Nesta noite, tive um sonho lindo. Gabarito: C Questão 6: SEGER-ES – 2013 – Analista do Executivo Com relação ao tipo de linguagem adequado a um expediente oficial, assinale a opção correta. A O redator de um expediente oficial deve utilizar todos os recursos convenientes para que o texto seja compreendido. Na hipótese de o destinatário da comunicação oficial ser pessoa com baixo grau de escolarização, por exemplo, pode-se empregar linguagem coloquial. B Os textos oficiais devem ser redigidos conforme a norma padrão da língua, isto é, devem primar pelo preciosismo, por meio do emprego de linguagem rebuscada e polida. C O tipo de linguagem empregado em comunicações oficiais é denominado PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 7 padrão oficial de linguagem. D Em geral, a linguagem empregada em comunicações oficiais deve ser própria do meio em que circula, isto é, restrita aos seus usuários. E O emprego imotivado de linguagem técnica deve ser evitado em correspondências oficiais. Comentário: A alternativa (A) está errada. Realmente um expediente oficial deve ser compreendido pelo destinatário, mas não se deve usar linguagem coloquial para tal. A alternativa (B) está errada, pois, conforme o sétimo parágrafo do item 1.2, de “nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária.” A alternativa (C) está errada, pois, conforme o oitavo parágrafo do item 1.2, “não existe propriamente um ‘padrão oficial de linguagem’; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais”. A alternativa (D) está errada, pois, conforme o segundo parágrafo do item 1.2, “há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos”. A alternativa (E) é a correta, pois, conforme o nono parágrafo do item 1.2, a “linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado”. Assim, entendemos que, para haver o uso da linguagem técnica, deve haver uma motivação, uma necessidade. Portanto, a afirmativa está correta, pois o uso imotivado da linguagem técnica, isto é, sem motivo, desnecessário, deve ser evitado em correspondências oficiais. Gabarito: E Questão 7: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa Considerando os princípios da impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal, constantes do Manual de Redação da Presidência da República, assinale a opção que apresenta um trecho adequado para compor um documento oficial. A É com grande honra e satisfação, que comunico que V. Exa. será agraciada, pelo Presidente desta Instituição com a Medalha de Condecoração. B Venho por meio deste solicitar autorização para realização do seminário sobre o tabagismo no salão de reuniões nos dias 27 e 28 de março. C A senadora saudou a presidenta da República, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Estado, mas isso não surpreendeu-a. D Solicitamos a prorrogação do estágio da estudante de administração alocada nesta Seção por mais um semestre, tendo em vista que a mesma tem desempenhado as atividades dela com extrema eficiência. E O cancelamento de reunião deverá ser imediatamente comunicado à Secretaria do Gabinete. Comentário: A alternativa (A) está errada, porque a expressão “com grande honra e satisfação” tem tom particular, pessoal, o que fere a impessoalidade. Além disso, não pode haver vírgula entre a locução verbal da voz passiva PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 8 “será agraciada” e seu agente da passiva “pelo Presidente desta Instituição”. A alternativa (B) está errada, porque a expressão “Venho por meio deste” é prescindível, por não ser essencial para a informação. Assim, tal expressão fere a concisão. Note que, se o remetente tivesse usado “Solicito autorização para realização do seminário sobre o tabagismo no salão de reuniões nos dias 27 e 28 de março”, a informação seria transmitida com mais objetividade. A alternativa (C) está errada, porque os pronomes “sua” e “seu” causam ambiguidade, ferindo a precisão de linguagem, isto é, a clareza. Além disso, o advérbio “não” é palavra atrativa e força a próclise: “não a surpreendeu”. Observação: O pronome “a” contextualmente se refere à presidenta, por isso não o citei como possível ambiguidade. A alternativa (D) está errada, porque o pronome “dela” é prescindível, por não ser essencial para a informação. Assim, tal expressão fere a concisão. Além disso, deve-se evitar o uso do pronome demonstrativo de reforço reflexivo “mesmo” com valor substantivo. Construções, como “o mesmo”, “ a mesma”, ferem a formalidade exigida na correspondência oficial. A alternativa (E) é a correta, pois a frase encontra-se no padrão formal de linguagem, com a devida clareza e objetividade. Gabarito: E Questão 8: Polícia Civil ES / 2012 / Inspetor Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, os expedientes oficiais têm como finalidade informar com clareza e objetividade. Para atender a essa finalidade, foi estabelecido um padrão oficial de linguagem, chamado de linguagem burocrática. Comentário: Vimos nos parágrafos anteriores que a linguagem burocrática deve ser evitada. Ela deve ser simples, clara e impessoal. Gabarito: E Questão 9: Correios – 2011 – nível superior Nas correspondências oficiais, a informação deve ser prestada com clareza e concisão, utilizando-se o padrão culto da linguagem. Comentário: Vimos que a linguagem da correspondência oficial prima pela clareza, concisão, com uso do padrão culto. Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C Questão 10: EBC – 2011 – Nível Superior Nos textos de correspondência oficial, recomenda-se, para facilitar a compreensão da mensagem, o emprego de períodos pouco extensos e escritos em linguagem formal e culta. Comentário: O uso de frases curtas evita a prolixidade e ajuda na objetividade, concisão e simplicidade na linguagem. Além disso, a linguagem formal e a norma culta são características essenciais da correspondência oficial. Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 9 Questão 11: TRE - MT / 2009 / Médio Algumas medidas de modernização judicial têm auferido bons resultados em diferentes regiões brasileiras. No Rio Grandedo Sul, por exemplo, o tribunal de justiça implantou um sistema de certificação eletrônica de atos processuais praticados por seus desembargadores. Por meio desse sistema, os trâmites dos processos digitais adquirem autenticidade com certificados ICP- Brasil, fornecidos por empresas do ramo da informática. Nesse sentido, os sistemas digitais de envio de documentos têm sido cada vez mais utilizados em âmbito brasileiro, mormente após a edição da Medida Provisória n.º 2.200/2001, que inseriu em nosso ordenamento jurídico o sistema de certificação digital de documentos eletrônicos. Juliana Silva Valis. Internet: <www recantodasletras.uol.com.br> (com adaptações). Devido à existência de impessoalidade, clareza, seleção lexical e estruturas sintáticas, o texto está apropriado para compor uma correspondência oficial. Comentário: Note que no texto não há expressões que denotem impressões pessoais do autor. Também não se encontram no texto palavras ou expressões com duplo sentido. Assim, a seleção das palavras privilegiou a clareza, a impessoalidade e a norma culta. Gabarito: C Questão 12: PCES / 2010 / Superior A redação oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição (...). Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Manual de Redação da Presidência da República. 2.a ed. 2002, p. 4. Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca das normas que regem a redação de correspondências oficiais. O uso do padrão culto da linguagem em um texto oficial reduz o tempo despendido com sua revisão, que passa a ser dispensável. Comentário: A revisão é vital para se manter a correção gramatical e a formalidade do texto oficial. Por isso, não é dispensável. Gabarito: E Questão 13: DPU / 2010 / Médio As opções que se seguem apresentam propostas de trechos de parecer. Assinale a opção cujo texto corresponde ao que preceituam as normas de redação oficial. A Nossos estudos técnicos demonstram que a crônica do jogo no Brasil é repleta de exemplos que desaconselham a legalização, como a violência das gangues que controlam ele, lavagem de dinheiro e cooptação de autoridades para fazerem vista grossa diante das ilegalidades. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 10 B Acreditamos que o poder do dinheiro sujo e nojento do jogo não tem limites. Por sua vez, as instituições, seus órgãos e funcionários não são impermeáveis à corrupção que contamina o sistema administrativo. Isso é uma pena. C Observa-se que desde os anos 90, quando os caça-níqueis e os bingos invadiram as cidades, não faltam episódios para mostrar a vulnerabilidade dos agentes do poder público ao canto da sereia que ecoa dos cofres emporcalhados da jogatina. D É incontável o número de policiais canalhas, trapaceiros e vagabundos (inclusive de altos escalões) em todo o país, ligados à contravenção à bandidagem. E Os envolvidos no jogo não hesitam em apelar para a violência e a eliminação física. Além disso, o secretário nacional antidrogas da Presidência da República identifica nos equipamentos eletrônicos de jogos de azar uma forma de legalização do dinheiro do narcotráfico internacional. Comentário: A banca cobrou nossa atenção quanto à preservação da norma culta, o padrão formal e a impessoalidade. Na alternativa (A), perceba que o verbo transitivo direto “controlam” não admite o objeto direto representado pelo pronome “ele”. O objeto direto deve ser representado pelo pronome oblíquo átono “o”. Como o verbo termina em “m”, esse pronome recebe a consoante “n”: controlam-no. Além disso, a expressão “vista grossa” é própria da linguagem coloquial, por isso transmite subjetividade e informalidade, sendo contrário aos princípios da correspondência oficial. Nas alternativas (B), (C) e (D), as expressões “dinheiro sujo e nojento” e “Isso é uma pena”; “canto da sereia” e “emporcalhados”; “canalhas, trapaceiros e vagabundos” e “bandidagem” são próprias da coloquialidade, informalidade e subjetividade. Por isso, não são admitidos em textos de correspondência oficial. Perceba que a alternativa (E) possui um texto claro, formal e correto gramaticalmente. Por tudo isso, pode fazer parte de um texto de correspondência oficial. Gabarito: E SERPRO / 2010 / Médio As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, devem obedecer a determinadas regras de forma: além das exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Manual de Redação da Presidência da República. 2.ª ed., 2002, p. 10 (com adaptações). Julgue os itens seguintes com relação à redação de correspondências oficiais. Questão 14: A linguagem formal é requerida na redação oficial como forma de se denotar impessoalidade e transmitir informações com clareza. Comentário: Quando se usa a linguagem coloquial, informal, é normal a transmissão de uma proximidade própria de pessoas conhecidas, amigas. Justamente isso é condenável na correspondência oficial, pois a impessoalidade tem por base a formalidade e a preservação da norma culta. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 11 Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C Questão 15: Termos empregados em linguagem técnica bem como expressões da oralidade devem ser evitados em textos oficiais, uma vez que, nesses textos, a compreensão e a formalidade são requisitos primordiais. Comentário: Vimos na teoria expressa anteriormente que a linguagem técnica pode ser usada, desde que seja elemento fundamental para a compreensão da informação, para que se evite a falta de clareza e se preserve a impessoalidade. Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C Questão 16: TCU / 2010 / Superior Respeita os quesitos de clareza, objetividade e uso do padrão culto da língua portuguesa o seguinte parágrafo em um documento oficial. Comentário: Veja que o verbo “Tratam” é transitivo indireto e o pronome “se” é o índice de indeterminação do sujeito. Assim, esse verbo obrigatoriamente se flexionará no singular (Trata-se). Além disso, o particípio “denunciadas” não possui referente no contexto, pois anteriormente a ele não há palavra no feminino e plural. Ele deve concordar no feminino e singular (denunciada), pois se refere ao substantivo “construção”. Como não há clareza e preservação da norma culta, a questão está errada. Gabarito: E Questão 17: SERPRO / 2010 / Superior Os princípios que regem a redação de correspondências oficiais favorecem a existência de uma única interpretação para o texto do expediente, assim como asseguram a impessoalidade e uniformidade no trato dos assuntos concernentes aos órgãos governamentais. Comentário: A interpretação única pode ser resumida pela palavra clareza. Além disso, realmente o texto deve se pautar na objetividade, impessoalidade e uniformidade (padrão formal). Por isso, a questão está correta. Gabarito: C Questão 18: O nível de linguagem utilizado em atos e expedientes oficiais encontra justificativa no seu caráter público e no fim a que eles se destinam, além da obrigatoriedade de que sejam inteligíveis para qualquer público. Comentário: Releia o primeiro e segundo parágrafo do item 1.2 (A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais). A questão cobrou literalmente o que ali está escrito:“A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses Tratam-se de irregularidades referentes à execução do convênio 333- 44/08, tendo por objeto a construção de um ginásio de esportes na cidade de XXYYY, que vem sendo insistentemente denunciadas na mídia impressa e televisiva sem que os poderes municipais tomem providências. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 12 atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro.”. Por isso, a questão está correta. Gabarito: C Questão 19: Um texto de redação oficial deve ser redigido com vistas a evitar a prolixidade. Comentário: A prolixidade é o contrário da concisão. Prolixo é a característica do falar demasiado, com número excessivo de palavras. Por isso deve ser evitada na correspondência oficial, que requer objetividade, clareza e concisão. Esta última é entendida como a exploração do máximo de informação com o mínimo de palavras. Por isso, a questão está correta. Gabarito: C Questão 20: PM - DF / 2009 / Superior Todos os seres humanos necessitam de segurança. Todos os seres humanos têm o direito de serem protegidos do medo, de todas as espécies de medo. O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise. Temos medo do abandono, de passar necessidade e privações, medo das agressões, da doença, da morte. Uma sociedade que se funde no “espírito de solidariedade” procurará construir modelos de convivência que afastem o medo do horizonte permanente de expectativas. Em uma sociedade fraterna, o homem não será lobo do outro homem. Nossa Constituição determina que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Será exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Internet: <www.dhnet.org.br> (com adaptações). A primeira pessoa do plural, expressa em “Temos” (linha 7) e “Nossa” (linha 13), confere ao texto um nível de subjetividade impróprio para o emprego em correspondências oficiais. Comentário: Não há subjetividade no texto, pois não há marcação de impressões pessoais. Na realidade, o uso da primeira pessoa do plural fez com que entendêssemos que o autor se inseriu no grupo. Gabarito: E Questão 21: SEDUES / 2010 / Médio Fragmento do texto: O Brasil deve investir em pesquisa e desenvolvimento, para alcançar PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 13 níveis mais altos de produtividade e de competitividade e desenvolver produtos inovadores que ampliem ou criem mercados com rapidez. O tema “inovação” vem ocupando espaço cada vez maior no planejamento das políticas públicas e na preocupação do empresariado, mas o Brasil ainda ocupa posição muito desfavorável nesse requisito quando comparado com outros países. Entre 48 países, o Brasil ficou na 42.ª posição em inovação, de acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Está na frente de México, África do Sul, Argentina, Índia, Letônia e Romênia. Pela clareza, objetividade e impessoalidade, esses dois parágrafos poderiam compor adequadamente uma correspondência oficial. Comentário: Perceba que esses dois parágrafos não possuem ambiguidade, nem marcas de impressão pessoal. Portanto, a linguagem é adequada à correspondência oficial. Gabarito: C Questão 22: SEDUES / 2010 / Médio Fragmento do texto: O impacto da demanda chinesa nos preços das matérias-primas foi talvez o principal fator da notável transformação das contas externas brasileiras, o que, por sua vez, abriu caminho para o crescimento. Uma eventual mudança para pior no quadro da expansão chinesa seria danosa para a economia global e para o Brasil em particular. A China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava. A expressão “o resto do mundo patinhava” está adequada para ser utilizada em uma correspondência oficial. Comentário: A expressão “o resto do mundo patinhava” transmite uma imprecisão por meio das palavras em negrito. Assim, não há clareza, por isso é inadequada à correspondência oficial. Gabarito: E Questão 23: PCES / 2010 / Médio Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar- se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da Presidência da República, 2002), o item a seguir apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. Vimos informar aos usuários do nosso sistema que, conforme a legislação em vigor sobre o tema, o plano de saúde XYZ sofrerá reajuste de 10% a partir do mês de dezembro de 2010. Comentário: Perceba que o texto não possui marcas de impressões pessoais, nem ambiguidade. Por isso utiliza linguagem adequada à correspondência oficial. Gabarito: C Questão 24: TCE-AC / 2009 / Superior Respeita as normas gramaticais e o padrão estabelecido para documentos PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 14 oficiais o seguinte parágrafo de um regimento: 1.º – Não serão admissíveis a reiteração de pedidos, salvo se fundados em novas provas. Comentário: O sujeito é a expressão “a reiteração de pedidos”, por isso o verbo deve ficar no singular (Não será admissível). Gabarito: E Questão 25: Correios – 2011 – nível superior O emprego da linguagem técnica, com a utilização de termos específicos de determinada área do conhecimento, deve ser privilegiado em expedientes destinados a órgãos públicos. Comentário: Os termos técnicos podem ser utilizados quando realmente forem necessários, pois a correspondência oficial deve primar pela linguagem simples e objetiva. Assim, o erro foi afirmar que “O emprego da linguagem técnica (...) deve ser privilegiado...” Gabarito: E Questão 26: TJ - RR / 2006 / Superior Na época atual, embora a avareza ou o ócio devam continuar merecendo a nossa condenação, no seio dos detentores da riqueza (ou dos que se proponham a alcançá-la), há uma figura digna de ser exaltada: o empresário. Pela razão muito simples de que agora estamos diante de uma sociedade de abundância (ao contrário da sociedade primitiva, vitimada pela escassez) e a única maneira de a imensa maioria ter acesso à variada gama de bens e serviços disponíveis na sociedade é por intermédio do emprego. E ainda que a busca da riqueza pelo empresário não vise diretamente ao bem- estar geral, ao propiciar novos empregos, ele está desempenhando função primordial na economia. Antonio Paim. Op. cit., p.290 ( com adaptações). O emprego de “nossa” (linha 2) e de “estamos” (linha 4) confere subjetividade ao texto, tornando a linguagem nele utilizada inadequada para documentos oficiais. Comentário: O fato de se estar utilizando pronome e verbo em primeira pessoa do plural não quer dizer que haja subjetividade. Na realidade, o autor se insere no grupo. Portanto,é linguagem coerente com a correspondência oficial. Gabarito: E ANNEL / 2010 / Médio Questão 27: Considerando a redação de correspondências oficiais, julgue os próximos itens. A impessoalidade que deve caracterizar a redação oficial é percebida, entre outros aspectos, no tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um órgão público. Comentário: Veja que essa afirmação está implícita nas informações do item 1.1. Assim, entendemos que realmente a impessoalidade deve caracterizar a redação oficial, o tratamento dado ao destinatário não deve conter impressões PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 15 individuais e deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um servidor público, pois o destino das correspondências oficiais é o cidadão ou outro serviço público. Gabarito: C Questão 28: Embora 227 milhões de pessoas tenham conseguido sair das favelas, desde 2000, elas abrigam ainda 827,6 milhões de habitantes em todo o mundo. No Brasil, o número de moradores de favelas diminuiu 16%, passando de 31,5% da população para 26,4%, enquanto a média, nos países latino-americanos, é de 19,5%. Comentário: O texto está corretamente construído em linguagem culta, não havendo ambiguidade ou imprecisão. Por isso, está correta a questão. Gabarito: C 2. Pronomes de Tratamento Esses pronomes são empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou cerimoniosamente. Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). Já quanto aos adjetivos ou particípios de locuções verbais da voz passiva referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo. Refiro-me a Vossa Senhoria. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. O senhor e a senhora são empregados num tratamento formal; você e vocês, no tratamento familiar e amigável. Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase: Refiro-me à senhora Gioconda. Questão 29: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa Considerando a concordância dos pronomes de tratamento, uma comunicação PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 16 dirigida ao presidente do Senado Federal deverá ser redigida da seguinte maneira: Vossa Excelência será informado da tramitação do projeto em pauta. Comentário: A afirmativa está correta, porque o verbo deve se flexionar na terceira pessoa (“será”) para concordar com o pronome de tratamento. Como sabemos que o Senado Federal é presidido por um homem (“ao presidente do Senado Federal”), o particípio (“informado”) não concorda literalmente com a palavra feminina “Excelência”, mas com o sexo da pessoa a que ele se refere. Gabarito: C Questão 30: PCES / 2010 / Médio Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar- se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da Presidência da República, 2002), o item a seguir apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. Venho comunicar à Vossa Senhoria que nossa empresa não necessita mais dos seus serviços profissionais, e que, consequentemente, vai desligar você dos seus quadros funcionais dentro de trinta dias úteis, a contar da data desta carta. Comentário: O pronome de tratamento não admite artigo; por isso, deve-se retirar a crase antes do pronome “Vossa Senhoria”. Além disso, o pronome “você” não é próprio da formalidade da correspondência oficial e o pronome “seus” transmite ambiguidade; pois não se sabe se há referência a “você” ou a “empresa”. Gabarito: E Questão 31: PCES / 2010 / Superior A redação oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição (...). Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Manual de Redação da Presidência da República. 2.a ed. 2002, p. 4. Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item seguinte, acerca das normas que regem a redação de correspondências oficiais. É fundamental observar o emprego correto dos pronomes de tratamento em um expediente oficial, o que, somado a outros cuidados, imprime formalidade no tratamento de assuntos públicos. Comentário: A formalidade expressa em um documento oficial é justamente o cuidado no uso da linguagem, formatação do texto, impessoalidade, objetividade, clareza, concisão. Tudo isso é reforçado pelo correto emprego dos pronomes. Assim, a questão está correta. Gabarito: C PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 17 Questão 32: PCES / 2010 / Superior Os adjetivos referidos aos pronomes de tratamento concordam com o gênero do interlocutor. Comentário: Os adjetivos normalmente concordam com o núcleo do termo a que se refere. Assim, há construções como “Vossa Senhoria está cansada”; “Vossa Excelência está exausta”. Porém, quando o contexto nos informa se tratar de um gênero masculino, por motivo de clareza, deve o adjetivo concordar ideologicamente no masculino: “Senhor Delegado, Vossa Senhoria está cansado.”; “Vossa Excelência está exausto, Deputado”. Por isso, a afirmativa está correta. Gabarito: C 2.2. Emprego dos Pronomes de Tratamento O emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. Assim são de uso consagrado: Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado1; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores;Membros de Tribunais; Juízes; 1 Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 18 Auditores da Justiça Militar. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador, Questão 33: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa No que se refere às normas para elaboração de correspondência Oficial, em correspondências enviadas a deputado, juiz, embaixador e diretor-geral de agência reguladora, deve-se empregar o pronome de tratamento Vossa Excelência. Comentário: A afirmativa está errada, porque consta na relação vista anteriormente que o tratamento Vossa Excelência é empregado para deputado, juiz, embaixador; porém não há referência a diretor-geral de agência reguladora, o qual tem tratamento de Vossa Senhoria. Gabarito: E Questão 34: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa Em relação à correspondência oficial, em documentos endereçados a um ministro de Estado, deve-se empregar o vocativo Excelentíssimo Senhor Ministro. Comentário: A afirmativa está errada, porque o vocativo Excelentíssimo Senhor deve ser empregado apenas para Chefes de Poder. O vocativo adequado a um ministro de Estado é “Senhor Ministro”. Gabarito: E Questão 35: SESA - ES / 2011 / Superior Excelentíssimo Senhor Ministro é o vocativo adequado a ser empregado em documento oficial dirigido a um ministro de Estado e Vossa Excelência, o pronome de tratamento apropriado, devendo a forma verbal que com ele concorda estar flexionada na segunda pessoa do plural, como sinal de respeito à autoridade — Vossa Excelência conheceis bem o assunto. Comentário: O vocativo adequado é “Senhor Ministro” e o verbo deve se flexionar em terceira pessoa do singular: Vossa Excelência conhece bem o assunto. Gabarito: E Questão 36: PCES / 2010 / Superior Embaixadores, secretários de estado dos governos estaduais e auditores da justiça militar estão entre as autoridades que devem ser tratadas por Vossa PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 19 Excelência. Comentário: Releia a lista de autoridades. Todas elas estão previstas para cargos com tratamento de Vossa Excelência. Gabarito: C Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal, (...) No envelope, deve constar do endereçamento: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 12345-000 – Curitiba. PR Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnífico Reitor, (...) Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre, (...) Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...) Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 20 para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos. Questão 37: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa Apesar de menos usuais, ilustríssimo e digníssimo são pronomes de tratamento aceitos em comunicações oficiais. Comentário: A afirmativa está errada, porque vimos anteriormente que em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD). Além disso, fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Gabarito: E Questão 38: Polícia Civil ES / 2012 / Inspetor As autoridades que devem ser tratadas por Vossa Excelência incluem os juízes, procuradores, reitores e ministros de Estado. Comentário: São tratados como “Vossa Excelência” os juízes e ministros de Estado, como “Vossa Magnificência” os reitores e “Vossa Senhoria” os procuradores. Gabarito: E Questão 39: STM / 2011 / Superior No item a seguir, é apresentado um trecho de correspondência oficial. Julgue- o com relação à língua portuguesa padrão e à forma e ao estilo requeridos na redação oficial. Senhor Coronel José Silva, Vossa Senhoria está convidado a comparecer ao ato solene em 30 de janeiro de 2010. Comentário: O erro está na falta da formalidade. O vocativo, na correspondência oficial, deve ficar em linha superior ao texto e não na própria linha do texto. Perceba que não há erro na concordância em “está convidado”, mesmo com o pronome de tratamento no feminino. Essa concordância é possível, porque a locução se refere a alguém do sexo masculino. Gabarito: E Questão 40: EBC – 2011 – Nível Superior O item a seguir apresenta trecho de texto. Julgue-o com relação à língua portuguesa padrão e à forma e ao estilo requeridos para a redação de correspondência oficial. Senhor Ministro, Em complemento às informações transmitidas no último telegrama, informamos a Vossa Excelência que a reforma no setor de telecomunicações terá início às 7 h 30 min da próxima segunda-feira e deverá se estender por duas semanas. Nesse ínterim, as salas anexas ao setor ficarão disponíveis para a execução das atividades laborais. Comentário: O texto está escrito de acordo com a norma culta. Note que a abreviatura “h” e “min” representam “horas” e “minutos”, respectivamente. Verifique também que antes do pronome de tratamento não pode haver crase (“informamos a Vossa Excelência”), o que foi muito bem observado no PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br21 texto. A linguagem do texto preservou a formalidade, a objetividade, a clareza e a impessoalidade, as quais são características fundamentais numa correspondência oficial. Portanto, a questão está correta. Gabarito: C Questão 41: EBC – 2011 – Nível Superior O item a seguir apresenta trecho de texto. Julgue-o com relação à língua portuguesa padrão e à forma e ao estilo requeridos para a redação de correspondência oficial. Ilustríssimos Senhores, Dirigimos-nos a esta secretaria afim de solicitar a divulgação dos resultados institucionais obtidos no triênio 2008-2010. Comentário: O texto não está escrito de acordo com a norma culta. O verbo “Dirigimos”, em contato com o pronome oblíquo “nos”, deve perder o “s”: “Dirigimo-nos”. Como o documento é endereçado a uma secretaria com um receptor com quem se fala, o pronome demonstrativo a ser usado é “essa”. Há no texto uma oração subordinada adverbial de finalidade reduzida de infinitivo. Assim, a locução prepositiva correta deve ser “a fim de”. Além disso, não se usa o tratamento “ilustríssimo” a autoridades que não possuam o tratamento de “Vossa Excelência”. Portanto, o ideal seria: “Senhor (Fulano de Tal), Dirigimo-nos a essa secretaria a fim de solicitar a divulgação dos resultados institucionais obtidos no triênio 2008-2010.” Portanto, a questão está errada. Gabarito: E 2.2. Fechos para Comunicações O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. O tratamento “Senhor” deve ser seguido do nome da autoridade, quando esta não tiver tratamento de Vossa Excelência. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 22 Questão 42: CNJ – 2013 – Técnico Judiciário A escolha do fecho a ser usado nas correspondências oficiais é determinada pela hierarquia que existe entre o destinatário e o remetente do documento. Comentário: A afirmativa está correta, porque realmente a escolha do fecho tem relação direta com a hierarquia entre o destinatário e o remetente: a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Gabarito: C Questão 43: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa No que se refere às normas para elaboração de correspondência Oficial, apesar da recomendação para que se empreguem os fechos Atenciosamente e Respeitosamente, nas redações oficiais, admite-se também o uso de Cordialmente, Saudações e Com meus cumprimentos, se o conteúdo do documento for solene. Comentário: A afirmativa está errada, porque o Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial. As expressões “Cordialmente”, “Saudações” e “Com meus cumprimentos” têm cunho pessoal e devem ser evitadas. Gabarito: E Questão 44: ANTAQ / 2009 / Superior O fecho das comunicações é obrigatório em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da relação hierárquica existente entre o remetente e o destinatário. Comentário: O problema nesta questão é o uso da palavra categórica “qualquer”. Veremos adiante que alguns documentos não possuem fecho. Gabarito: E Questão 45: PCES / 2010 / Superior O fecho “Atenciosamente” deve ser empregado para saudar autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Comentário: Veja que a questão cobra literalmente o que está previsto na letra b do item 2.2 Fechos para as comunicações. Gabarito: C Questão 46: Previc / 2010 / Médio O seguinte fecho seria adequado a ofício destinado a servidor que ocupasse cargo de grau hierárquico equivalente ao ocupado pelo autor do documento, mas em órgão diverso. Com cordiais saudações, Fulano de Tal Comentário: Primeiro, o fecho de um documento padrão-ofício é “Respeitosamente” ou “Atenciosamente”. Além disso, a expressão “Com cordiais saudações” marca aspectos pessoais, subjetivos. Por isso, a questão está errada. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 23 Gabarito: E 2.3. Identificação do Signatário Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte: (espaço para assinatura) NOME Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (espaço para assinatura) NOME Ministro de Estado da Justiça Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. Questão 47: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa Em relação à correspondência oficial, nos documentos do padrão ofício, o signatário deve ser identificado pelo nome, seguido do nome da instituição. Comentário: A afirmativa está errada, porque o Manual estabelece que, excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, e não o nome da instituição. Gabarito: E Questão 48: Correios – 2011 – nível superior Como medida de proteção aos servidores da administração pública, a identificação do signatário é facultativa nos expedientes oficiais. Comentário: Vimos que, à exceção do Presidente da República, a identificação do signatário é obrigatória nos expedientes oficiais. Gabarito: E Questão 49: EBC – 2011 – nível superior Nas comunicações oficiais, com exceção das assinadas pelo presidente da República, devem constar nome e cargo da autoridade que as expede. Comentário: Veja que esta questão cobra literalmente o item 2.3: “Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura.” Assim, a questão está correta. Gabarito: C Questão 50: EBC – 2011 – nível superior Em documento destinado a governador ou a ministro de Estado, a cujos cargos correspondem o tratamento “Vossa Excelência”, deve-se tratá-los por “Senhor”. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 24 Comentário: A banca quis fazer subentender que em documento destinado a governador ou a ministro de Estado, a cujos cargos correspondem o tratamento “Vossa Excelência”, deve-se tratá-los pelo vocativo “Senhor”. A questão não foi clara quanto à especificação do vocativo, o que pode ter feito muita gente errar a questão, então tome cuidado, ok!! Se a questão já havia falado que os cargos de governador e ministro de Estado correspondem ao tratamento “Vossa Excelência”, fica subentendido que este pronome se encontra no corpodo texto, e o tratamento “Senhor” ficará no vocativo. Gabarito: C 3. O Padrão Ofício Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhanças. 3.1. Partes do documento no Padrão Ofício O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes: a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Exemplos: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita: Exemplo: Brasília, 15 de março de 1991. c) assunto: resumo do teor do documento Exemplos: Assunto: Produtividade do órgão em 2002. Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço. e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: – introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta; – desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 25 – conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto. Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos. Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte: – introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula: “Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.” ou “Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.” – desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. f) fecho; g) assinatura do autor da comunicação; e h) identificação do signatário. Questão 51: Previc / 2010 / Médio Dispensa-se a introdução, em um ofício, se o tema tratado já for de conhecimento do destinatário ou for de conhecimento do público em geral. Comentário: Veja na letra “e” (texto), do item 3.1 (Partes do documento no Padrão Ofício), que o expediente deve conter a introdução. Por isso, não é dispensável. Perceba que, mesmo sendo ofício de mero encaminhamento, a introdução deve ser inserida neste tipo de documento. Gabarito: E Questão 52: Correios – 2011 – nível superior Admite-se o uso de expressões de cunho pessoal na identificação nominal do signatário e do destinatário de correspondências oficiais. Comentário: As expressões de cunho pessoal não podem ocorrer na correspondência oficial. Gabarito: E PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 26 3.2. Forma de diagramação Os documentos do Padrão Ofício2 devem obedecer à seguinte forma de apresentação: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé; b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página; d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”); e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda; f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura; g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco; i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento; j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações; l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto; n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos; o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002” Questão 53: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa Os ofícios e memorandos não podem ser impressos em frente e verso, uma vez que é utilizado o papel timbrado. Comentário: A afirmativa está errada, porque vimos no item 3.2 (d) que o ofício poderá ser impresso em ambas as faces do papel. 2 O constante neste item aplica-se também à exposição de motivos e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem). PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 27 Gabarito: E Questão 54: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa As páginas de um ofício devem ser numeradas, inclusive a primeira, quando houver mais de uma. Comentário: A afirmativa está errada, porque vimos no item 3.2 (c) que é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página. Gabarito: E Questão 55: TRE - ES / 2011 / Superior O aviso, o memorando e o ofício são expedientes que podem apresentar uma diagramação comum, denominada padrão ofício. Comentário: Veja o que é informado no item 3- O Padrão Ofício: “Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício.” Portanto, a questão está correta. Gabarito: C 3.3. Aviso e Ofício 3.3.1. Definição e Finalidade Aviso e ofício são modalidadesde comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. 3.3.2. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: – nome do órgão ou setor; – endereço postal; – telefone e endereço de correio eletrônico. Questão 56: SEGER-ES – 2013 – Analista do Executivo A respeito da função das comunicações oficiais, tanto o aviso quanto o ofício abordam assuntos oficiais entre os órgãos da administração pública e entre os órgãos da administração pública e terceiros. Comentário: A afirmativa está errada, porque não explorou a diferença fundamental entre aviso e ofício. No item 3.3.1, percebemos que ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 28 Administração Pública entre si; mas somente o ofício aborda o assunto entre a administração pública e terceiros, isto é, com particulares. Gabarito: E Exemplo de Ofício [Ministério] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 5 cm [Endereço para correspondência]. [Endereço - continuação] [Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] Ofício no 524/1991/SG-PR Brasília, 27 de maio de 1991. A Sua Excelência o Senhor Deputado [Nome] Câmara dos Deputados 70.160-900 – Brasília – DF Assunto: Demarcação de terras indígenas Senhor Deputado, 2,5 cm 1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). 2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas regionais. 3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente. 4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade civil. 5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio 1, 5 cm 3 cm PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 29 Questão 57: CNJ – 2013 – Técnico Judiciário O expediente adequado para a comunicação entre ministros de Estado é a mensagem. Comentário: A afirmativa está errada, porque, conforme o item 3.3.1, a modalidade de comunicação oficial que é expedida exclusivamente por Ministros de Estado para autoridades de mesma hierarquia é o aviso, e não a mensagem. Gabarito: E Questão 58: TRE-MS – 2013 – Técnico Judiciário-Área Administrativa No que se refere às normas para elaboração de correspondência oficial, Aviso é o expediente adequado para a comunicação entre o gestor máximo de qualquer órgão da administração e outras autoridades de mesma hierarquia. Comentário: A afirmativa está errada, porque o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado (e não pelo gestor máximo de qualquer órgão), para autoridades de mesma hierarquia. Lembre-se de que nem sempre os órgãos públicos têm como gestor máximo um ministro. Gabarito: E Questão 59: TRE-MS – 2013 – Analista Judiciário No que se refere às comunicações oficiais, o Ofício é modalidade de comunicação que tem por finalidade o tratamento de assuntos oficiais entre órgãos da administração pública apenas. Comentário: A afirmativa está errada, porque o Ofício não é modalidade de comunicação apenas entre órgãos da administração pública, mas também com particulares. Gabarito: E 3,5 cm 6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade. Atenciosamente, [Nome] [cargo] PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 30 CNJ – 2013 – Analista Judiciário Ofício GC/EAS n.º 265 Brasília, 15 de janeiro de 2013. À Senhora Fulana de Tal Secretária de Gestão de Pessoas Setor de Autarquias Sul 70000-000 — Brasília, DF Assunto: Certificados de especialização Senhora Secretária, Em resposta ao Ofício n.º 005/2012/SGP, de 30/11/2012, encaminhamos os Certificados de Especialização em Direito Público, bem como a relação dos servidores dessa Instituição que se matricularam no referido curso, mas não o concluíram. Atenciosamente, José Sicrano Gerente de Capacitação Escola de Aperfeiçoamento de Servidores Para que o ofício hipotético acima esteja de acordo com os padrões estabelecidos no Manual de Redação da Presidência da República, Questão 60: o nome do órgão em que trabalha a pessoa que subscreve o documento deve ser retirado do espaço destinado à identificação do signatário, permanecendo, nesse espaço, apenas o nome e o cargo de quem assina o expediente. Comentário: Veja o que está previsto no item 2.3 Identificação do Signatário, visto anteriormente: “Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura.” Assim, a afirmativa está correta, pois o nome do órgão não deve constar na identificação do signatário. Conforme previsto no item 3.3.2, ele deve constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício. Gabarito: C Questão 61: o parágrafo e o fecho devem ser numerados. Comentário: A primeira parte da afirmação está correta, pois, conforme vimos no item 3.1 (e), os “parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos”. Porém, o fecho não deve ser numerado, o que faz com que a afirmativa esteja errada. PORTUGUÊS P/ PF-ADM (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 31 Gabarito: E Questão 62: a identificação do tipo e do número do expediente deve ser alterada para: Ofício n.º 265/2013/GC-EAS. Comentário: Conforme
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