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Saúde Coletiva I PROMOÇÃO DA SAÚDE Qual a diferença entre: Promoção da Saúde X Prevenção de doenças ? Qual a diferença entre: Promoção da Saúde X Prevenção de doenças ? Revisar: Níveis de Prevenção Leavell & Clark PREVENÇÃO O termo 'prevenir' tem o significado de "preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize" (Ferreira, 1986). A prevenção em saúde "exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença" (Leavell & Clarck, 1976: 17). As ações preventivas definem-se como intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações. A base do discurso preventivo é o conhecimento epidemiológico moderno; seu objetivo é o controle da transmissão de doenças infecciosas e a redução do risco de doenças degenerativas ou outros agravos específicos. PREVENÇÃO Segundo Leavell e Clark o processo da doença no homem depende das características dos agentes patológicos, das características do indivíduo e de sua resposta a estímulos provocadores da doença. Nem a doença nem a saúde são estáticas ou estacionárias, são um processo. História Natural das Doenças – Leavell e Clark, 1950 Inicial ou de susceptibilidade Fase patológica Pré-clínica ou clínica Incapacidade residual Promoção de saúde Proteção específica Diagnóstico e tratamento precoce Limitação do dano Reabilitação Primária Prevenção da ocorrência Secundária Prevenção da evolução Terciária Reabilitação 1º 2º 3º 4º 5º • A generalização do modelo preventivo, não considera as diferenças individuais e nem os modelos regionais (cultura, livre-arbítrio, dúvida se aquilo funciona mesmo, etc). Este modelo também se esbarra com alguns apontamentos éticos com relação à decisão e ao livre arbítrio humano. Por exemplo, um indivíduo pode ter descoberto a cura da Aids, mas não pode obrigar uma pessoa a aderir a este tratamento, isto é uma escolha exclusiva da pessoa. Isso mostra o quanto o campo da saúde envolve aspectos que vão alem do funcionamento do organismo biológico e do comportamento das doenças, mas que englobam ainda outras esferas do ser humano e da sociedade. PROMOÇÃO Promover' tem o significado de dar impulso a; fomentar; originar; gerar (Ferreira,1986). Promoção da saúde define-se, tradicionalmente, de maneira bem mais ampla que prevenção, pois refere-se a medidas que "não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais" (Leavell & Clarck, 1976: 19). As estratégias de promoção enfatizam a transformação das condições de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos problemas de saúde, demandando uma abordagem intersetorial Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem- estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global. CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS • I Conferência Internacional sobre promoção da saúde – Carta de Ottawa, Canadá, 1986 (conceito ampliado de saúde) CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS • II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde. Austrália, 1988 - Declaração de Adelaide sobre Políticas Públicas Saudáveis (Políticas Públicas Saudáveis, cidades saudáveis, intersetorialidade, responsabilização dos órgãos públicos) Elegeu como seu tema central as “políticas públicas saudáveis” que se caracteriza, pelo interesse e preocupação explícitos de todas áreas das políticas públicas em relação à saúde e à equidade e com o impacto de tais políticas sobre a saúde da população. Neste conceito pode-se identificar claramente os componentes de intersetorialidade e responsabilização do setor publico CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS • III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, Suécia, 1991 Declaração de Sundsval sobre Ambientes Favoráveis a Saúde (Tema: “Criação de ambientes saudáveis”) - ECO 92, Brasil, 1992 (ambiente) Foi a primeira a focar a interdependência entre saúde e ambiente em todos os seus aspectos. Tomando como tema os ambientes favoráveis ä saúde”a conferencia lançou uma declaração convocando as pessoas, as organizações e os governos a se engajarem no desenvolvimento de ambientes mais favoráveis à saúde. CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS • IV Conferência Internacional sobre Promoção da saúde Conferência de Jacarta, Indonésia, 1998 Declaração de Jakarta sobre Promoção da Saúde no Século XXI em diante (participação social, empoderamento) Foi a primeira a se realizar em um país em desenvolvimento e pretendeu ser uma atualização da discussão sobre um dos campos de ação definidos em Otawa: o reforço da ação comunitária. A conferencia reafirma a importância da participação popular e do empoderamento realçando a importância do acesso à educação e à informação. CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS • V Conferência Internacional – Cidade do México, 2000 (É recomendada a necessidade urgente de abordar os determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde, sendo preciso fortalecer os mecanismos de colaboração para a promoção da saúde em todos os setores e níveis da sociedade e colocar a promoção da saúde como prioridade fundamental das políticas e programas locais, regionais, nacionais e internacionais) • VI Conferência de Bangkok, Tailândia, 2005 (Abordou os determinantes da saúde em um mundo globalizado, através de intervenções efetivas do setor saúde para que mais avanços sejam obtidos na implementação das ações de promoção da saúde e complementou os valores e princípios da promoção da saúde) INFLUÊNCIA DOS DETERMINANTES SOCIAIS No SUS, a PNPS promove a identificação dos aspectos que determinam o processo saúde-doença nas regiões do país. Violência, desemprego, falta de saneamento básico, habitação inadequada, dificuldade de acesso à educação, fome, qualidade do ar, da água e do solo, urbanização desordenada, dificuldade de acesso a serviços de saúde, dentre outros. INFLUÊNCIA DOS DETERMINANTES SOCIAIS CIDADES SAUDÁVEIS “Aquela nas quais as politicas públicas são favoráveis à saúde”. “Cidade Saudável é aquela que articula um grande conjunto de seus atores sociais, ou seja, governo, partidos políticos, instituições públicas e privadas, sindicatos, associações, ONGs, famílias e indivíduos, objetivando a orientação de suas ações direcionadas à produção coletiva da saúde, que visa à construção de uma rede de solidariedade com o objetivo comum de melhorar a qualidade de vida da população da cidade” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1986). POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidadee riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. Objetivo geral POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE I – Incorporar e implementar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica; II – Ampliar a autonomia e a corresponsabilidade de sujeitos e coletividades, inclusive o poder público, no cuidado integral à saúde e minimizar e/ou extinguir as desigualdades de toda e qualquer ordem (étnica, racial, social, regional, de gênero, de orientação/opção sexual, entre outras); III– Promover o entendimento da concepção ampliada de saúde, entre os trabalhadores de saúde, tanto das atividades-meio, como os da atividades-fim; IV – Contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança das ações de promoção da saúde; Objetivos específicos POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE V – Estimular alternativas inovadoras e socialmente inclusivas/contributivas no âmbito das ações de promoção da saúde; VI – Valorizar e otimizar o uso dos espaços públicos de convivência e de produção de saúde para o desenvolvimento das ações de promoção da saúde; VII – Favorecer a preservação do meio ambiente e a promoção de ambientes mais seguros e saudáveis; VIII – Contribuir para elaboração e implementação de políticas públicas integradas que visem à melhoria da qualidade de vida no planejamento de espaços urbanos e rurais; IX – Ampliar os processos de integração baseados na cooperação, solidariedade e gestão democrática; X – Prevenir fatores determinantes e/ou condicionantes de doenças e agravos à saúde; XI – Estimular a adoção de modos de viver não-violentos e o desenvolvimento de uma cultura de paz no País; e XII – Valorizar e ampliar a cooperação do setor Saúde com outras áreas de governos, setores e atores sociais para a gestão de políticas públicas e a criação e/ou o fortalecimento de iniciativas que signifiquem redução das situações de desigualdade. Objetivos específicos POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Áreas específicas ... POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE • Alimentação saudável “A dieta é considerada como um dos fatores modificáveis mais importantes para o risco de doenças e agravos não transmissíveis (DANT)”. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de doenças coronarianas, 90% dos casos de diabetes tipo 2 e 30% dos casos de câncer poderiam ser evitados com mudanças factíveis nos hábitos alimentares, níveis de atividade física e uso de produtos derivados do tabaco”. POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE • Prática corporal/atividade física Segundo a Organização Mundial de Saúde, citada em INCA (2006), a prática de atividade física regular reduz o risco de mortes prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral, câncer de cólon e mama e diabetes tipo II. Atua na prevenção ou redução da hipertensão arterial, diminui o risco de obesidade, auxilia na prevenção ou redução da osteoporose, promove bem- estar, reduz o estresse, a ansiedade e a depressão. Especialmente em crianças e jovens, a atividade física interage positivamente com as estratégias para adoção de uma dieta saudável, desestimula o uso do tabaco, do álcool, das drogas, reduz a violência e promove a integração social. POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE • Prevenção e controle do tabagismo POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE • Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE • Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE • Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE • Promoção do desenvolvimento sustentável REVISANDO PROMOÇÃO..... TIPOS DE PREVENÇÃO PREVENÇÃO PRIMÁRIA A prevenção primária que se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos inclui: (a) promoção da saúde; (b) proteção especifica. PREVENÇÃO PRIMÁRIA (a)-Promoção da Saúde É feita através de medidas de ordem geral. - Moradia adequada. - Escolas. - Áreas de lazer. - Alimentação adequada. - Educação em todos dos níveis PREVENÇÃO PRIMÁRIA (a)-Proteção específica - Imunização; - Saúde ocupacional (é uma divisão da medicina preventiva que trata da saúde do trabalhador no ambiente do trabalho); - Higiene pessoal e do lar; - Proteção contra acidentes; - Aconselhamento genético; - Controle dos vetores. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA A prevenção secundária é realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, ao nível do estado de doença, e inclui: (a) diagnóstico; (b) tratamento precoce; (c) limitação da invalidez. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA Diagnóstico Precoce - Inquérito para descoberta de casos na comunidade; - Exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos; - Isolamento para evitar a propagação de doenças; - Tratamento para evitar a progressão da doença. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA Limitação da Invalidez - Evitar futuras complicações. - Evitar seqüelas. PREVENÇÃO TERCIÁRIA A prevenção terciária consiste na prevenção da incapacidade através de medidas destinadas à reabilitação. Assim, o processo de reeducação e readaptação de pessoas com defeitos após acidentes ou devido a seqüelas de doenças é exemplo de prevenção em nível terciário. PREVENÇÃO TERCIÁRIA - Reabilitação (impedir a incapacidade total); - Fisioterapia; - Terapia ocupacional - Emprego para o reabilitado. História Natural das Doenças – Leavell e Clark, 1950 Inicial ou de susceptibilidade Fase patológica Pré-clínica ou clínica Incapacidade residual Promoção de saúde Proteção específica Diagnóstico e tratamento precoce Limitação do dano Reabilitação Primária Prevenção da ocorrência Secundária Prevenção da evolução Terciária Reabilitação 1º 2º 3º 4º 5º Prevenção primária : 1º e 2º níveis de prevenção Prevenção secundária: 3º e 4º níveis de prevenção Prevenção terciária: 5º nível de prevenção EXERCÍCIO 1- Quais os níveis de prevenção de cada item? Reabilitação Proteção específica Limitação da incapacidade Diagnóstico precoce Promoção da saúde 2-Quais os níveis de prevenção de cada item? a.Imunização b.Fisioterapia c.Visitas periódicas ao dentista d.Alimentação adequada e.Moradia adequada f.Controle de vetores g.Exames periódicos h.Alimentação adequada i.Prótese parcial/total j.Fluoretação das águas l.Tratamento endodôntico Saúde pública é a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde física e mental e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade, para o saneamento do meio ambiente, o controle de infecções na comunidade, a organização de serviços médicos e paramédicos para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de doenças, e o aperfeiçoamento da máquina social que irá assegurar a cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado à manutenção da saúde. Assinale a opção cuja ação correspondaao nível secundário de prevenção de doenças, segundo o modelo descrito por Leavel & Clark. A. Saneamento básico. B. Imunização. C. Aconselhamento genético. D. Inquérito para detecção de casos na comunidade. E. Controle de vetores. ESTUDEM !
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