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DIVISÃO PHAEOPHYTA PHAIO = pardo PHYTON = planta PHAEOPHYTA = PHAEOPHYCEAE = FUCOPHYCEAE DIVISÃO PHAEOPHYTA KELPS- ALGAS GIGANTES Império: Eukaryota (31.150) (35.095) Reino: Chromista (12.737) (17.212) Filo: Ochrophyta (11.908) (13.235) Classe: Phaeophyceae (1.812) (1.836) – 18 ordens Ordem: Dyctiotales (237) (242) Ordem: Ectocarpales (687) (696) Ordem: Fucales (525) (526) Ordem: Laminariales (128) (129) Ordem: Ralfsiales (41) (54) Ordem: Sphacelariales (81) (83) DIVISÃO PHAEOPHYTA ALGABASE 2012/2014 DIVISÃO PHAEOPHYTA • Cerca de 250 gêneros e 1.836 espécies. • Preferencialmente marinhas, habitando mesma região das algas vermelhas poucas espécies de água doce. • Chamadas de algas pardas ou marrons presença de grandes quantidades de fucoxantina nos cloroplastos. • Formas microscópicas (1mm) até formas gigantes (50 metros) “kelps”, principalmente gêneros Laminaria e Macrocystes. • Grande especialização morfológica de células e tecidos e estruturas especializadas floema e xilema???? • Grande biomassa nos ambientes temperados, frios e polares completo domínio do substrato (Fucus) – florestas de Laminaria e Macrocystis DIVISÃO PHAEOPHYTA • Espécies microscópicas vivendo dentro do tecidos de outras algas endófitas. Não há formas coloniais. • Elevada taxa de produtividade primária 1kg C m2/ano. • Podem viver até 15 anos Macrocystis. • Acentuada importância econômica alginato, alimentação humana – fazendas marinhas. • Fonte de biomoléculas – polissacarídeos sulfatados, polifenois, taninos etc. CARACTERISTICAS BÁSICAS 1 – Organismos eucarióticos. 2 – Presença das clorofilas a, c1 e c2. 3 – Carotenóides carotenóides: carotenos (-caroteno) e xantofilas (fucoxantina). 4 – Substância de reserva: laminarana (-1,3-glucano) armazenado em vacúolos especiais e manitol (açúcar- álcool) produto da acumulado da fotossíntese. 5 – Parede celular celulose, alginato (ácido manurônico + ácido gulurônico) e fucoidina (-1,2- fucose sulfatada). 6 – Presença de flagelos nas células reprodutivas: gametas e esporos. OCORRÊNCIA • Menores em número, tipos e tamanho em águas tropicais do que em ambientes frios. • Gênero Sargassum presente em grande abundância, flutuando no Mar dos Sargaços. • Habitam profundidades de até 200 metros. • Espécies ocorrem em ambientes estuarinos apenas 5 gêneros e poucas espécies de água doce. • Maior abundância da ordem Laminariales no Hemisfério Norte Fucales no Hemisfério Sul. • Em regiões frias e águas transparentes podem ser observadas em profundidades de mais de 120m Laminaria rodriguez e L. ochroleuca – Mar Mediterrâneo. • Diretamente relacionada com a turbidez da água: Mar do Norte, litoral da Holanda pequena biomassa. OCORRÊNCIA • Limite de ocorrência de Laminarias até 0,6% da luz que incide na superfície do oceano. • Uma única espécie ocorre no litoral brasileiro regiões frias do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Laminaria abyssalis = Laminaria brasiliensi Taxonomy of the southwestern Atlantic endemic kelp: Laminaria abyssalis and Laminaria brasiliensis (Phaeophyceae, Laminariales) are not different species Phycological Research, 2012 •Em ambientes tropicais não encontramos grandes biomassas – espécies de pequeno porte exceto Sargassum. •Não há registro da ocorrência de algas pardas em ambientes de água doce no Brasil. MORFOLOGIA • Na sua grande maioria são plantas macroscópicas. • Não existem formas coloniais, nem unicelulares (exceto gametas e esporos). • Formas mais simples epífitas microscópicas. • Formas mais complexas dezenas de metros – Macrocystis. • Talo multicelular com estruturas bastantes complexas. 1 - TALO FILAMENTOSO Unisseriado, ereto, ramificado ou não, partindo de uma porção prostrada. Ectocarpus sp MORFOLOGIA 2 - TALO PSEUDOPARENQUIMATOSO Agregação de filamentos ramificados que parecem tecidos verdadeiros. MORFOLOGIA 3 - TALO PARENQUIMATOSO As células podem se dividir em vários planos formando um verdadeiro tecido. Existe diferenciação entre médula e cortex. A medula é incolor enquanto que o cortex é pigmentado devido a presença dos cloroplastos. Corte transversal – Laminaria sp. Algas pardas brasileiras MORFOLOGIA Esta é a divisão onde observamos o maior desenvolvimento morfológico e estrutural, apresentando diferenciação de tecidos – transportes de metabólitos oriundos da fotossíntese – plantas de grande porte. Apresentam em algumas espécies um talo bastante elaborado, com estruturas semelhantes a folhas, raízes, flores e frutos – Sargassum. MORFOLOGIA As algas pardas de grande porte apresentam rizóides (apressórios) bem desenvolvidos para fixação e porções dilatadas no talo (“flutuadores”) para permitir o movimento do talo e manter a planta ereta no meio marinho. FLUTUADORES Essas estruturas contêm nitrogênio, oxigênio, dióxido e monóxido de carbono. Isto permite que as lâminas estejam próximas a superfície para captação da luz. Nereocystis luetkeana - Alasca Ascophyllum nodossum Laminaria e Ascophyllum Durvillaea antarctica – Cabo Horn, Chile, Nova Zelândia, Antártida. Postelsia sp Laminaria digitata Fucus vesiculosus Fucus serratus Alaria sculenta Laminaria saccharina Hormosira Costaria Desmarestia Ralfsia MORFOLOGIA DO TALO PARENQUIMATOSO As células podem se dividir em vários planos, formando um verdadeiro tecido. A haste ou estipe e a lâmina (Laminariales) possuem a mesma anatomia diferenciando apenas na forma cilíndrica ou elíptica do haste e a forma achatada da lâmina. Meristema tecido caracterizado pela ativa divisão de suas células, e que produz as novas células necessárias ao crescimento da planta. Meristoderme camada de células superficiais (epiderme) que apresenta ativa divisão celular. Células meristemáticas células com ativa divisão celular. TIPOS MORFOLOGIA DO TALO PARENQUIMATOSO A epiderme (meristoderme – camada de células com ativa divisão) é composta de células meristemáticas, contendo os cloroplastos, sendo separadas das células filhas que formarão o córtex. Secção de lamina (esquerda) e da porção central da haste (direita) de uma Laminaria. (cx) córtex (hy) hifas (me) medúla (mr) meristoderme (hf) hifas trombetas – células filtradoras – semelhante ao floema das Angiospermas. LÂMINA HASTE Hifas são células alongadas originadas do autocrescimento das células do córtex gerando células finas e geralmente ramificadas. Hifas de trombetas – estreitamento no centro e na região do septo permanecem no mesmo tamanho células filtradoras: transporte ativo de produtos da fotossíntese – principalmente manitol. Ducto de mucilagem (setas pretas) OC = franja do cortex externo S = filtro em fileiras radiais na parte externa da medula. Hy = células filtradoras na medula IC = Centro do cortex M = meristoderme Md = medula parte basal estocagem ápice da planta nutrientes regiões de crescimento taxa de fluxo depende do tipo de célula As células filtradoras da parte externa da medula possuem uma calosidade/placa (peneira) com paredes grossas. Esta morfologia é também encontrada em tubos filtradores de membros das plantas com flores semelhanças com o floema das Angiospermas. Estudos de fisiologia mostraram que o açúcares (manitol) produzidos pela fotossíntese são conduzidos por essas células consequentemente elas possuem funções fisiológicas!?!?! Células filtradoras com paredes grossas As células são capazes de conduzir manitol rapidamente – 60 cm/h – das lâminas na superfícieaté regiões pobremente iluminadas do estipe (haste) e apressório. Ocorre também translocação lateral, partes externas para internas, em algas muito espessas. MORFOLOGIA DO TALO PARENQUIMATOSO Laminaria sp - secção transversal da haste. C = canais de mucilagem CS = células secretoras M = meristoderme CO = córtex. Presente em algumas espécies de Laminarias – sistema interconectado de canais de mucilagem no córtex – alinhados com células secretoras que produzem fucoidina (fucose sulfatada – componente da parede celular). CANAIS DE MUCILAGEM APRESSÓRIOS O sistema de fixação nas algas pardas é bastante desenvolvido, principalmente para as espécies que habitam ambientes extremos alta ação das ondas. Os apressórios são derivados de células rizóidais a forma do apressório favorece a estratificação das algas em ambiente com grande impacto das ondas e fortes correntes. Postelsia Nereocystis Macrocystis CRESCIMENTO O crescimento ocorre de diferentes formas. divisões simples de células vegetativas presença de regiões específicas de crescimento denominadas de meristemas (região meristemática) ativa divisão celular. 1 - CRESCIMENTO INTERCALAR OU DIFUSO Quase todas as células podem se dividir e contribuir para o crescimento da alga. O crescimento pode ocorrer em qualquer parte do talo. Ex. Ectocarpales. 2 - CRESCIMENTO TRICOTÁLICO Neste tipo de crescimento as divisões celulares estão localizadas na base de um ou vários filamentos. Ex. Sphacelariales, Dictyotales, Fucales. CRESCIMENTO 3 - CRESCIMENTO APICAL – MERISTEMA APICAL Uma única célula apical que se divide repetitivamente transversalmente – filamento unisseriado. Outras espécies o meristema apical é composto de uma ou mais células que podem se dividir em várias direções gerando um talo tridimensional cilíndrico, forma de fita ou denso e ramificado. Ex. Padina – uma extensa fileira de células apicais (meristema marginal). CRESCIMENTO Crescimento apical em Dictyota apresentando a ramificação do talo. CRESCIMENTO 4 – MERISTEMA INTERCALAR Nas grandes laminarias encontramos uma região tipicamente de meristema intercalar localizada entre a haste e a(s) lamina(s), que geram tecidos em duas direções, proporcionando o crescimento do talo. CRESCIMENTO Este tipo de tecido também encontrados nas ordens Fucales e Laminariales, que consiste de uma região meristemática denominada de meristoderme, que aumenta o diâmetro da planta. As células da meristoderme sofrem divisões em 3 planos, contribuindo para o aumento do diâmetro do talo. 5 – MERISTODERME Laminarias podem viver de 2 a 7 anos e as lâminas podem permanecer por até 6 meses. Isto possibilita a regeneração das lâminas várias vezes durante a vida da planta importância na coleta dessas algas para extração de alginato. Estágios de crescimento de Chorda filum (fase esporófita). O crescimento começa com divisão celular difusa (não localizada) (a e b) seguido de um estágio de atividade meristemática basal - tricotálico (região sombreada) (c,d) culminando no desenvolvimento de meristemas intercalares bem definidos (região sombreada) (e,f). CRESCIMENTO TRICOTÁLICO MERISTEMA INTERCALAR CRESCIMENTO DIFUSO Desenvolvimento de meristema intercalar em Chorda filum, mostrado em secção longitudinal (desenho superior) e em secção transversal (desenho inferior). Células meristemáticas (sombreadas) são diferenciadas das células iniciais. ORGANIZAÇÃO CELULAR Diagrama de uma célula hipotética vista ao microscópio eletrônico. ce: envelope do cloroplasto cen: centríolos cer: membrana do retículo endoplasmático que envolve o cloroplasto d: dictiossomo (corpo de Golgi) er: retículo endoplasmático f: fibrilas de DNA m: mitocôndria nu: nucléolo p: pirenóide ps: vesícula do pirenóide v: vacúolo. PAREDE CELULAR • Constituída basicamente por três partes: • componente fibrilar rígido composto de microfibrilas de celulose (-1,4-glicose) que forma o esqueleto da parede – menor constituinte (1 a 10% do peso seco). • componente amorfo que forma a matriz mucilaginosa onde as fibrilas estão imersas ácido algínico (alginato) polissacarídeo (ácido manurônico e gulurônico) e fucoidina polímero de fucose sulfatada. PAREDE CELULAR ÁCIDO ALGÍNICO – ALGINATO : (C6H8O6)n – PM 10-600 kDa • localizado na matriz intracelular (até 40%) conferindo flexibilidade prevenindo dessecação trocador de íons. • polímero hidrofílico formado de unidades de dois açúcares ácidos: ácido manurônico (M) e ácido gulurônico (G), unidos por ligações -1,4, por monômeros ou blocos, alternadamente. • relação 1:1 maioria das algas; varia com idade, espécie, tipo de tecido, localização geográfica e estações do ano. • encontrado na forma de seus sais (sódio, potássio, magnésio, cálcio) diferentes viscosidades – forma mais abundante Ca2+ grande importância econômica. PAREDE CELULAR FUCOIDINA – FUCANA-ASCOFILIANA – PM 20 kDa • polímero composto basicamente de fucose sulfatada unidas por ligações -1,2 pequenas quantidades de manômeros unidos por ligações -1,3 e -1,4 pode apresentar unidades de galactose, manose, xilose etc. • varia nas espécies, partes da planta e regiões. • pode estar envolvida no papel de fixação do zigoto e plantas germinativas no substrato. • importantes atividades biológicas. PAREDE CELULAR Algumas algas pardas podem apresentar calcificação, como espécies do gênero Padina, que possuem depósitos de CaCO3 na forma de cristais de aragonita em sua parede. CLOROPLASTOS • Forma discóide ou fita possuindo três tilacóides (estrutura membranosa). Uma célula pode conter um a vários cloroplastos – clorofilas e carotenóides fucoxantina. • Um a vários pirenóides (área protéica associada com a formação de produtos de reserva) em forma de pérola ligado ao lado interno do cloroplasto. • Possui um grau de organização maior do que nas rodófitas. Ectocarpus PIGMENTOS CLOROFILAS a, c1 e c2. C1 634, 583 e 440 C2 635, 586 e 452 A clorofila c, em suas duas formas absorve fortemente a luz azul e menos intensamente a luz vermelha quando comparadas as clorofilas a e b. PIGMENTOS COROTENÓIDES CAROTENOS principalmente -caroteno. XANTOFILAS fucoxantina, violaxantina, anteraxantina, neoxantina. • A fucoxantina e o -caroteno absorvem “in vivo” a luz na região do verde. • Função dos carotenóides proteção da região central das clorofilas contra foto-oxidação. SUBSTÂNCIA DE RESERVA LAMINARANA E MANITOL - Ocorrem no citoplasma e são formadas ao redor do pirenóide. 1 – LAMINARANA produto de reserva a longo prazo Polissacarídeo composto por unidades monoméricas de D-glicose, unidas ligações -1,3, e ligações -1,6 (3:1), formando 2 tipos (cadeias) - M e G, conforme o açúcar na porção redutora. Ocorre como líquido oleoso fora do cloroplasto, dentro de uma vesícula ao redor do pirenóide. CADEIA – G 16 a 31 resíduos – Glicose na porção redutora - Laminarana insolúvel CADEIA – M Manitol na porção redutora – Laminarana solúvel SUBSTÂNCIA DE RESERVA 2 – MANITOL açúcar-álcool produto acumulado da fotossíntese Manitol C6H8(OH)6 Presente em todas as algas pardas 25% do peso seco de algumas espécies no outono. Concentração varia com a salinidade. S A L I N I D A D E Esse mecanismo de osmorregulação previne a célula e de encolher em meio hipertônico. Ocorre tanto na presença como ausência da luz indicando que a fotossíntese não está envolvida nesse processo de osmorregulação. Esse mecanismo de osmorregulação previne a célula de inchar e estourar em meio hipotônico. COMPOSTOS DEBAIXO PESO MOLECULAR SACAROSE Glicerol C3H8(OH)6 Manitol C6H8(OH)6 Compostos de baixo PM manitol, sacarose, glicerol podem diminuir o ponto de congelamento do citoplasma evitando o congelamento da célula, além de servirem como reguladores da pressão osmótica celular. FISODOS – VESÍCULAS DE FUCOSANA Presentes no citoplasma de algumas algas pardas – ordem Fucales – contendo grandes quantidades de polifenóis e taninos. Taninos (fucosanas) – são polifenóis ácidos, incolores, de baixo peso molecular (500-3.000) quando oxidados resulta na formação de pigmento preto ou marrom denominado de FICOFAEÍNA (algas secas). Fucus vesiculosus: inibidores do crescimento de algas unicelulares. Maior rigidez as algas ao interagir com alginato – proteção contra a radiação UV. Além dos polifenóis podemos encontrar nas algas pardas compostos do tipo Terpenos podem estar associados a regulagem de endófitas e epífitas – resistência a herbivoria. FLAGELOS Entre as algas pardas não são encontradas células vegetativas móveis. Gametas e espóros 2 flagelos diferentes inseridos lateralmente ou subapicalmente um longo e outro curto. Estigma ou Mancha ocelar vermelha 40 a 80 grânulos de lipídios fotossensíveis movimentação do flagelo. REPRODUÇÃO 1 - VEGETATIVA Fragmentação (partição) do talo – divisão celular simples. Sphacelaria spp – estruturas especializadas propágulos. 2 - ASSEXUDA 3 - SEXUADA Meiósporos ou zoósporos produzidos em estrutura especializadas denominadas de órgãos uniloculares (apenas na geração esporófita) e pluriloculares Isogamia, Anisogamia e Oogamia – gametas produzidos em estrutura especializadas denominadas de órgãos pluriloculares. REPRODUÇÃO ÓRGÃO UNILOCULAR - estrutura constituída de um só compartimento. É formado por uma cela geralmente grande e esférica ocorrendo apenas no esporófito. Após meiose formam-se 4 ou mais esporos haplóides móveis, sempre múltiplos de 4 (meiósporos ou zoósporos). ÓRGÃO PLURILOCULAR - estrutura constituída de vários compartimentos (celas) contendo várias células reprodutivas. As células produzidas são móveis e derivadas de mitose. Quando ocorre no gametófito (n), funciona como gametângio produzindo células haplóides sexuais (gametas). Quando ocorre no esporófito (2n), funciona como esporângio, produzindo células diplóides assexuais (esporos). REPRODUÇÃO ÓRGÃO UNILOCULAR ÓRGÃO PLURILOCULAR REPRODUÇÃO Meiosporos são geralmente produzidos em esporângios uniloculares. Em algumas espécies 4 esporos por órgão tetrásporos. Podem continuar a se dividir gerando 16, 32, 64, 128 ou mais esporos haplóides dentro de uma mesmo unilóculo. Zoósporos são produzidos em esporângios uniloculares e pluriloculares. Gametas produzidos em gametângios pluriloculares cada câmara ou lóculo produz apenas um gameta. Ordem Laminariales Anterídeo anterozóide (espermatozóides) – ativo por 24 h. Oogônio ovo REPRODUÇÃO Em algumas ordens, Ectocarpales e Fucales, encontramos nas porções dilatadas das extremidades dos ramos, denominadas de receptáculos, cavidades especializadas denominadas de conceptáculos presença dos gametas masculino e feminino. REPRODUÇÃO Microscopia de corte transversal de conceptáculo de Fucus, apresentando oogônio e anterídio. Laminaria: interação causada pelo feromônio durante a reprodução sexual. Gametas femininos (ovos) liberados do oogônio (a) secretam um feromônio (pontos pretos) que induzem a liberação dos espermatozóides (b) do anterídio (c) e subseqüente atração pelo gameta feminino (d). AN = anterídio; EC = célula ovo; OO = oogônio; SZ = espermatozóide. FEROMÔNIOS hidrocarbonetos (ectocarpenos) de baixo peso molecular. REPRODUÇÃO A habilidade de duas algas pardas de efetuarem a atividade reprodutiva depende do sucesso da complementação de cinco estágios na reprodução: (1) reconhecimento do feromônio (2) reconhecimento do gameta (3) fusão do gameta (plasmogamia) (4) zigoto se transforma em esporos (5) meiose do esporo. CICLO DE VIDA O ciclo de vida da feófitas é monofásico (haplobionte sem alternância de geração) ou difásico (diplobionte com alternância de gerações) isomorfica ou heteromórfica. Os ciclos de vida das algas pardas são representados por três tipos: 1 – Ciclo de Vida de Ectocarpus 2 – Ciclo de Vida de Laminaria 3 – Ciclo de Vida de Fucus CICLO DE VIDA DE ECTOCARPUS DIPLOBIONTE ISOMÓRFICO CICLO DE VIDA DE LAMINARIA DIPLOBIONTE HETEROMÓRFICO CICLO DE VIDA DE FUCUS HAPLOBIONTE (PSEUDO-DIPLOBIONTE) O talo 2N das Fucales é geralmente interpretado como esporófito, visto que o anterídio e o oogônio são considerados como modificações do esporângio unilocular (meiósporos). No lugar dos esporos serem liberados, eles permanecem dento do esporângio e se desenvolvem “in situ” em gametângios extremamente reduzidos. EVOLUÇÃO Fosséis mais antigos 7-10 milhões de anos Laminariales - Fucales Evidências estruturais derivadas da Classe Chrysophyceae – algas unicelulares ou coloniais flageladas, com coloração marrom – fucoxantina e clorofila c. ALGAS DOURADAS EVOLUÇÃO SEQUÊNCIA DO rRNA DIVISÃO TRIBOPHYCEAE algas verde-amarelas que apresentam clorofila a e c – fucoxantina ausente EVOLUÇÃO SEQUÊNCIA DO rRNA 18S OCHROMONAS CHRYSOPHYCEAE Evidências estruturais = algas unicelulares ou coloniais flageladas, com coloração marrom – fucoxantina e clorofila c. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA ACENTUADA IMPORTÂNCIA COMO ALIMENTO HUMANO países orientais Undaria - Wakame Laminaria - Kombu IMPORTÂNCIA ECONÔMICA ALGINATO • Os alginatos são sais de ácido algínico formados por longas cadeias de ácidos gulurônico e manurônico larga aplicação na indústria alimentícia, farmacêutica, têxtil, de cosméticos, papel, tinta, borracha etc. • 20-40% do peso seco de algumas algas pardas. • Regiões ricas em ácido manurônico blocos-M. • Regiões ricas em ácido gulurônico blocos-G. • Regiões contendo proporções iguais blocos-M-G. • Cada tipo de diferentes propriedades: blocos-M têm pouca afinidade por metais; bloco-G se liga a elementos alcalinos da terra; e blocos- M-G são solúveis a baixo pH. • A razão M:G 1:1 resulta em gel macio enquanto que em proporções menores que 1:1 formam géis com maior rigidez. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA Principais espécies produtoras Laminaria japonica Laminaria digitata Laminaria hyperborea Ascophyllum nodosum Ecklonia maxima IMPORTÂNCIA ECONÔMICA Macrocystis pyrifera IMPORTÂNCIA ECONÔMICA Floresta de Macrocystis pyrifera Floresta de Tropical COLETA MACROCYSTIS PIRIFERA Até 300 t dia. Manitol Biomoléculas - PS PRINCIPAIS ORDENS Classe: Phaeophyceae (1.836) Ordem: Dyctiotales (242) Ordem: Ectocarpales (696) Ordem: Fucales (526) Ordem: Laminariales (129) ALGABASE 2014 ORDEM ECTOCARPALES • A ordem Ectocarpales é considerada como a ordem mais primitiva das algas pardas. • O talo é composto de filamentos simples unisseriados, ramificados mas nunca unidos para formar um tecido pseudoparênquimatoso. Ectocarpus (Gr. ektos, externo + Gr. karpostroma, fruto) • Cosmopolita, crescendo fixas ao substrato e como epífitas de grandes algas. • Talo ereto, filamentoso, fixo ao substrato por massa rizoidal, abundantemente ramificado em todas as direções. Flora do Ceará Ectcarpus variabilis Ambas fases N e 2N são filamentosas filamentos 2N filamentos mais longos que nos filamentos N = diplobionte heteromórfico? As plantas diplóides produzem esporângio unilocular e plurilocular na mesma planta ou em plantas separadas . Ectocarpus silicosus ORDEM DICTYOTALES • Taloem forma de leque ou fitas ramificadas, parênquimatoso com duas, três ou mais camadas de células. • Crescimento apical Padina: meristema marginal. • Ciclo de vida é basicamente diplobionte isomórfico. • Fusão sexual é sempre oogâmica e o gameta masculino possui apenas um flagelo. • Basicamente de ambientes de águas tropicais e subtropicais, também em ambientes aquáticos temperados. • Algumas espécies exibem uma fluorescência verde-azulada quando submersas em seu habitat. • Principais gêneros encontrados na nossa região são: Dictyopteris, Dictyota, Padina, Lobophora, Spatoglossum, Stypopodium e Zonaria. ORDEM DICTYOTALES Dictyopteris • Plantas de cor marrom, muitas vezes iridescentes quando submersas. • Talo ereto achatado em forma de fita estreita, fixo ao substrato por uma massa rizoidal, ramificado dicotomicamente, com uma distinta nervura central e com crescimento por meristema apical. • Habitam a zona de meso e infra-litoral, formando tufos e até profundidades de até 30 metros. • Flora do Ceará: D. delicatula, D. justii, D. plagiogramma. D. plagiogramma - gametófita com anterídios (em branco) D.delicatula Dictyota - Gr. diktyotos, como uma rede ORDEM DICTYOTALES • Talo ereto achatado, em forma de fita estreita, fixo ao substrato por uma massa rizoidal. • Ramificações dicotômicas, sem nervura central e com crescimento com uma distinta célula apical. • Talo constituído por 3 camadas de células, sendo duas externas, epidermais, ricas em cromatóforos e uma interna grande, de células incolores. • Habita o meso e infra-litoral. Flora do Ceará Dictyota cervicornis Dictyota ciliolata Dictyota dichotoma Dictyota menstrualis Dictyota mertensii Dictyota ciliolata Dictyota dichotoma Dictyota cervicornis Dictyota humifusa ORDEM DICTYOTALES Padina (Gr. padinos, achatado) • Talo na forma de leque achatado crescimento por uma extensa fileira de células meristema marginal. • Muito comum em águas tropicais e subtropicais formando grandes populações em rochas em águas rasas até profundidades de 14 metros. • Talo pouco ou bastante incrustado com CaCO3 uma das poucas algas pardas que apresentam talo calcificado. • Duas espécies são encontradas em nosso litoral: P. vickersiae P. gymnospora. ORDEM DICTYOTALES Lobophora • Talo expandido na forma de ventarola fixos por rizóides basais. • Crescimento por uma margem de contínua de células apicais planas. • Planta de cor marrom escura, distintamente zonada, medindo de 2 a 4 cm. • Apenas uma espécie na flora local: Lobophora variegata (Pocockiella variegata). Possui moléculas com atividades biológicas fungicida, anti- bacteriana, anti-câncer. ORDEM DICTYOTALES Spatoglossum • Talo foliáceo, de cor marron-esverdeada - vários segmentos em forma de fita larga, ramificada dicotomicamente (20-30 cm). • Crescimento por meristema apical, com 4 a 5 camadas de células. • Habita nas poças do meso e infra-litoral. • Muda de cor após a morte passando a ter uma nítida coloração verde. Spatoglossum schroederiSpatoglossum pacificum ORDEM LAMINARIALES • As algas pertencentes a essa ordem são comumente conhecidas como “kelps”. • Geração esporófita macroscópica, com talo bastante largo, diferenciado lâmina, haste (estipe) e apressório. • Meristema intercalar localizado na junção da lâmina e da haste. • Geração gametófica microscópica filamentos unisseriados ramificados - poucas células. • Podem apresentar um longo período de vida-10 a 20 anos. • Maiores algas marinhas conhecidas. Espécies do gênero Macrocystis e Nereocystis, por exemplo, podem atingir mais de 50 metros de comprimento crescendo na costa nordeste da América do Norte • O papel ecológico dos “kelps” é similar ao das árvores em uma floresta terrestre, criando uma relação muito específica com a comunidade. ORDEM LAMINARIALES Família Alariaceae (21) 7 gêneros; Alaria (12); Undaria (4) Família Chordaceae (4) – 1 gênero: Chorda (2) Família Laminariaceae (60) 14 gêneros: Laminaria (25); Macrocystis (1); Saccharina (21); Postelsia (1); Nereocystis (1). Família Lessoniacae (31) 5 gêneros: Ecklonia (9); Egregria (3); Eisenia (7); Lessonia (11) ORDEM LAMINARIALES Alaria ORDEM LAMINARIALES Alaria ORDEM LAMINARIALES Undaria ORDEM LAMINARIALES Undaria pinnatifida - wakame ORDEM LAMINARIALES Chorda filum Alasca Trança de sereia ORDEM LAMINARIALES Laminaria • Plantas de grande porte características de águas frias. • Talo cartilaginoso, dividido em lâmina, haste e apressório. • Encontradas do Norte do Atlântico e oeste do Pacífico em profundidades de 8 a 30 m. • Excepcionalmente em águas quentes Brasil e Mediterrâneo (até 120 m de profundidade). • Ciclo de vida 12 a14 meses. Brasil - Laminaria abyssalis ORDEM LAMINARIALES Laminaria digitata – Irlanda do Norte SORO ORDEM LAMINARIALES Plantas secando para uso como cosmético -Namíbia Irlanda Hastes secas para produção de alginato. ORDEM LAMINARIALES Macrocystis • Existem apenas 4 espécies: M. angustifolia; M. intergrifolia; M. laevis; M. pyrifera. • São as maiores algas dentro da Divisão e todas as outras algas. • Habita profundidades menores que 40 m, <20°C, fundo rochoso e intensidade de luz no fundo de até 1%. ORDEM LAMINARIALES ORDEM LAMINARIALES Estágio gametófito (microscópico) Planta jovem ORDEM LAMINARIALES Time scale frond development illustrated from consecutive observations of one frond of an adult Macrocystis plant standing in a water depth of 20 m off La Jolla California. The senescent; mature, and youthful regions of the frond are shown but only some of the blades. ORDEM LAMINARIALES Saccharina ORDEM LAMINARIALES Ecklonia – África do Sul ORDEM LAMINARIALES Ecklonia – África do Sul Hastes sendo preparadas para processamento – Bamboo marinho Ecklonia – África do Sul ORDEM LAMINARIALES Postelsia palmaeformis ORDEM LAMINARIALES Nereocystis ORDEM LAMINARIALES Lessonia ORDEM FUCALES (526) • Habitam regiões de ambientes aquáticos temperados e frios. • Apenas um gênero representativo tropical Sargassum. • Espécies produzem somente um tipo de talo durante o ciclo de vida: o macrotalo. • Crescimento apical, atingindo entre 0,1 a 2 metros, a morfologia do talo varia enormemente entre os gêneros e mesmo entre espécies. • Todas espécies possuem ciclo de vida haplobionte maioria é oogâmica. • Anterídeo/oogônio em cavidades especializadas na superfície do talo, denominadas de conceptáculos algas como monécias (hermafroditas). partes posteriores do talo = receptáculos. • O talo 2N da Ordem Fucales é geralmente interpretado como sendo um talo esporófito devido o anterídio e o oogônio unilocular serem considerados como modificações do esporângio (meiosporos) unilocular. • Os meiósporos, ao invés de de serem liberados, permanecem dentro do esporângio e desenvolvem “in situ” em gametófitos masculinos e femininos. ORDEM FUCALES • Talo é altamente diferenciado, lembrando um arbusto terrestre, e, haste, eixos cilíndricos centrais, lâmina como folhas, vesículas de gás nos eixos da lâmina. • Presentes em regiões intertidal (entre-marés) e subtidal. • Formas flutuantes Mar dos Sargaços - habitadas por comunidades de organismos adaptados ao ambiente gerado pela flutuação das algas. • Biomassa formada exclusivamente por continua reprodução vegetativa. • Plantas com haste nunca foram encontradas e conceptáculos podem ser observados, mas não são funcionais. Flora do Ceará S. natans, S. vulgare, S. filipendula, S. cymosum. Sargassum (336 spp) ORDEMFUCALES Sargassum filipendula S. vulgare ORDEM FUCALES S. natans S. cymosum ORDEM FUCALES Fucus – 15 spp F. serratus Receptáculos com conceptáculos F. spiralis F. vesiculosos ORDEM FUCALES Ascophyllum nodosum alga macerada alginato Irlanda do Norte
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