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3 
 
 
 
 Revista Filosofia Capital 
 ISSN 1982 6613 Vol. 6, Edição 13, Ano 2011 
Revista Filosofia Capital – RFC ISSN 1982-6613, Brasília, vol. 6, n. 13, p. 03-12, jul/2011. 
 
A CONCEPÇÃO DE CHARLES TAYLOR DE UMA 
ÉTICA DA AUTENTICIDADE UNIDA A UMA 
POLÍTICA DO RECONHECIMENTO 
 
CHARLES TAYLOR THE CONCEPTION OF AN 
ETHICS OF AUTHENTICITY UNITED FOR A 
POLICY OF RECOGNITION 
 
 
MORAIS, Alexander Almeida
1
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este artigo tem como objetivo explicitar a teoria de uma ética da autenticidade unida com uma 
política do reconhecimento como uma alternativa de resolução dos problemas morais e 
políticos do mundo contemporâneo. 
 
Palavras-chave: Charles Taylor, autenticidade, reconhecimento. 
 
 
ABSTRACT 
 
This paper aims to explain the theory of an ethics of authenticity together with a politics of 
recognition as an alternative to solve the moral and political problems in the contemporary 
world. 
 
Keywords: Charles Taylor, authenticity, recognition. 
 
 
1 Graduado em Filosofia e Mestrando do Mestrado em Ética e Epistemologia pela Universidade Federal do Piauí. Bolsista da 
CAPES. Email: alexalmeida19_20@yahoo.com.br. 
 
 
 
 
 Revista Filosofia Capital 
 ISSN 1982 6613 Vol. 6, Edição 13, Ano 2011 
Revista Filosofia Capital – RFC ISSN 1982-6613, Brasília, vol. 6, n. 13, p. 03-12, jul/2011. 
implícitas em nossas reações. Não 
mais podemos argumentar sobre elas 
quando assumimos uma instância 
neutra e tentamos descrever os fatos 
tais como são independentemente 
dessas reações, como fizemos nas 
ciências naturais desde o século XVII. 
É claro que existe uma objetividade 
moral. A evolução da introvisão moral 
requer com frequência que 
neutralizemos algumas de nossas 
reações. Mas isso ocorre para que as 
outras possam ser identificadas, 
percebidas e descobertas por meio de 
ciúmes mesquinhos, egoísmo ou 
outros sentimentos indignos. Nunca se 
trata de prescindir por inteiro de 
nossas reações (TAYLOR, 1997, pp. 
20, 21). 
 
Este tipo de ontologia acima exposto 
implica na adoção por parte de Taylor de 
uma concepção realista da moral, onde os 
valores têm uma objetividade independente 
da mera projeção de meus desejos e 
inclinações, isto porque eles funcionam 
como padrões qualitativos de avaliação de 
minha conduta: 
 
Falei no parágrafo anterior de nossas 
que elas têm em comum com questões 
morais, e o que merece o termo vago 
envolverem o que denominei alhures 
discriminações acerca do certo ou 
errado, melhor ou pior, mais elevado 
ou menos elevado, que são validadas 
por nossos desejos, inclinações ou 
escolhas, mas existem independentes 
destes e oferecem padrões pelos quais 
podem ser julgados. Assim, embora 
possa não ser julgado um lapso moral 
o fato de eu levar uma vida que na 
verdade não vale a pena nem traz 
realização, descrever-me nesses 
termos é, de certo modo, condenar-me 
em nome de um padrão, independente 
de meus próprios gostos e desejos, 
que eu deveria reconhecer (TAYLOR, 
1997, pp. 16, 17). 
 
Taylor usa aqui a sua teoria das 
avaliações fortes para mostrar que parte de 
nossos desejos e aspirações estão 
associados a uma determinada 
paradigma de avaliação de nossos desejos e 
das ações deles decorrentes. Estas 
hierarquia de bens e até formular uma idéia 
indivíduo em si mesmo, mas já estão postos 
pelas formas avaliativas na cultura de 
determinada comunidade: 
 
O que venho chamando de 
configuração incorpora um conjunto 
crucial de distinções qualitativas. 
Pensar, sentir, julgar no âmbito de tal 
configuração é funcionar com a 
sensação de que alguma ação ou 
modo de vida ou modo de sentir é 
incomparavelmente superior aos 
outros que estão mais imediatamente 
ao nosso alcance (...) E é esse o ponto 
em que a incomparabilidade vincula-
se ao 
têm existência independente de nossos 
desejos, inclinações ou escolhas, de 
que representam padrões com base 
nos quais são julgados esses desejos e 
escolhas. Há obviamente duas facetas 
interligadas do mesmo sentido de 
valor superior. Os bens que merecem 
nossa reverência também têm de 
funcionar em algum sentido como 
padrões para nós (TAYLOR, 1997, 
pp. 35, 36). 
 
As avaliações fortes são 
imprescindíveis para a constituição de 
nossa narrativa pessoal, ou seja, são 
responsáveis pela maneira como nos 
autocompreendemos e compreendemos os 
outros. Mas como recebemos as 
configurações morais pelas quais 
orientamos nossas vidas e que utilizamos 
como elementos essenciais para definir 
nossa identidade? Só podemos nos 
autocompreender e compreender os outros 
pela dimensão inerentemente expressivista 
 
 
 
 Revista Filosofia Capital 
 ISSN 1982 6613 Vol. 6, Edição 13, Ano 2011 
Revista Filosofia Capital – RFC ISSN 1982-6613, Brasília, vol. 6, n. 13, p. 03-12, jul/2011. 
reconhecimento aparece na esfera pública 
na luta por direitos iguais entre os povos, na 
luta dos grupos minoritários contra a 
discriminação e na militância das 
feministas. 
Taylor discute que a noção moderna 
de reconhecimento põe em relevo a 
estrutura dialógica dos processos de 
constituição da identidade humana. Esta 
estrutura tem sido negligenciada pela 
filosofia contemporânea, dado seu caráter 
fundamentalmente monológico. Esta 
filosofia, que está centrada na noção de 
dignidade (diante do desgaste da ideia de 
honra que pertencia às sociedades 
tradicionais) tem desenvolvido uma política 
do universalismo da igualdade entre todas 
as pessoas (a Declaração dos Direitos 
Humanos é um exemplo dessa postura), na 
qual a igual dignidade dos cidadãos se tem 
resolvido em uma política cujos conteúdos 
tem sido a igualação de direitos e 
privilégios por meio da lei (TAYLOR, 
2000, p. 250). 
Entretanto, concomitantemente a esse 
tipo de política acima mencionado, também 
se desenvolveu no mundo contemporâneo 
uma política da diferença, que por vezes 
entra em conflito com a da política da 
igualdade universal. A política da diferença, 
em face da discriminação histórica de 
grupos minoritários ou marginalizados, 
prega que não é possível uma ideal de 
igualdade universal dado as discrepâncias 
sociais e econômicas em que se encontram 
as diversas classes sociais de nossa 
sociedade, o que implica que os grupos 
desfavorecidos historicamente lutam com 
desvantagens frente aos grupos dominantes. 
Entre aqueles que defendem a política da 
diferença estão os que apregoam políticas 
de discriminação reversa oferecendo 
(através de cotas) as pessoas de grupos 
marginalizados oportunidades mais 
favoráveis ao ingresso em Universidades ou 
em vagas para emprego. 
Na opinião de Taylor, as duas 
políticas acima mencionadas se forem 
defendidas de forma unilateral, não 
resolvem os problemas que permeiam nossa 
sociedade contemporânea. Tal 
unilateralidade das duas posturas políticas 
não consegue articular os elementos 
constitutivos de valor que subjaz cada uma 
delas. Entre estes elementos de valor está o 
ideal de individualidade e do respeito igual 
dos indivíduos, bem como dos grupossociais: 
 
Assim, essas duas modalidades de 
política, ambas baseadas na noção de 
respeito igual, entram em conflito. 
Para uma delas, o princípio do 
respeito igual requer que tratemos em 
as pessoas de uma maneira cega às 
diferenças. A intuição fundamental de 
que os seres humanos merecem esse 
respeito concentra-se naquilo que é o 
mesmo em todos. Para a outra, temos 
de reconhecer e mesmo promover a 
particularidade. A reprovação que a 
primeira faz à segunda é 
simplesmente que ela viola o 
principio de não-discriminação. A 
reprovação que a segunda faz à 
primeira é a de que ela nega a 
identidade ao impor às pessoas uma 
forma homogênea que é infiel a elas 
(TAYLOR, 2000, p. 254). 
 
Diante de tal unilateralidade dessas 
duas políticas, Taylor procura encontrar na 
concepção de uma política do 
reconhecimento a saída para uma 
reelaboração da esfera pública que dê conta 
de atender as demandas que dizem respeito 
ao ideal de igualdade das democracias 
modernas e ao reconhecimento das 
idiossincrasias e especificidades das várias 
tradições culturais e das múltiplas formas 
de identidades constituídas historicamente. 
A política do reconhecimento evitaria o 
perigo de cairmos em universalismo da 
dignidade fundado apenas no direito, que 
pode mascarar diferenças e explorações que 
subjazem nossas sociedades. Diante da 
postulação do mundo moderno da 
dignidade fundada no direito, Taylor 
procura articular a noção de dignidade a

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