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Aula Segunda Fase da Industrialização (1840 1895)

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Segunda Fase da Industrialização (1840-1895)
Componentes Centrais
Crescimento da capitalização
Apogeu do Ciclo Ferroviário (primeiro UK depois mundo)
Expansão do Comércio Internacional com inclusão de novas áreas e novos produtos.
Expansão dos fluxos financeiros e populacionais
Perda da centralidade econômica da Inglaterra e ascensão dos “Late Commers”
Mudanças de paradigmas tecnológicos e “segunda revolução industrial“
Segunda Fase da Industrialização (1840-1895)
Produtos que mais que triplicaram suas exportações pela Inglaterra: carvão, ferro e aço.
A “Revolução do Vapor” : locomotiva e depois barco a vapor (1880). Mudanças em alguns sentidos mais radicais que a revolução industrial do algodão no padrão de vida das populações urbanas: dimensão de organização empresarial, velocidade de sofisticação e desenvolvimento tecnológico (telégrafo). 
Necessidade de transporte duvidosa
 Duas “manias ferroviárias” 1835-37 e 1845-47. A segunda muito maior que a primeira. 
O “boom” ou a “bolha ferroviária” e a racionalidade da expansão ferroviária: origens industriais nas minas de carvão x expansão posterior. Monopólios dos canais e eficiência para transporte a granel. 
A questão da demanda efetiva e o novo horizonte de negócios. Empréstimos para América do Sul e EUA (1820)
Empréstimos para os primeiros estágios da expansão ferroviária nos EUA.
Aumento do emprego nas minas de carvão: de 200.000 em 1850 para 500.000 em 1880.
Impactos no movimento sindical: além do número concentração local.
Mudanças tecnológicas na produção de aço. Conversor Bessemer 1850, Siemens-Martin 187º. Substituição do ferro pelo aço. 
Ambos setores que exigiam não muita especialização da mão de obra ajudaram a eliminar o desemprego rural.
Indústria de Bk iria ocupar trabalhadores mais especializados
Acumulação de Capital
In Britain, for example, the transition from a pre-industrial to an industrial society was neither sudden nor did it involve any dramatic rise in the rate of capital accumulation. Most of the upward shift in the level of national investment associated with the industrial revolution in Britain seems to have occurred in the four decades between the mid-1830s and the mid-1870s, when capital formation rose from some 7–8 per cent of national product in the early 1830s to perhaps 14 per cent in the 1870s. This upsurge in the rate of capital accumulation was the result of heavy investment in domestic railways, the coal, iron and textile industries, shipping and its ancillaries, such as docks and harbours, plus substantial investment overseas.
Expansão Ferroviária Sec XIX
Construção Ferroviária
Reino Unido
Europa(incl. UK)
EUA
RM
1840-50
6.000
13.000
7.000
1850-60
4.000
17.000
24.000
1.000
1860-70
5.000
31.000
24.000
7.000
1870-80
2.000
39.000
51.000
12.000
(milhas)
Produção de Ferro Gusa, Aço e Carvão (em 1.000t)
Efeitos da Expansão Ferroviária
Surgimento da grande rede de negócios internacionais com a formação da Divisão do Trabalho Internacional. 
Organização e escala (ver slide seguinte)
Tecnologias/ Bk Estrutura produtiva completa.
Do ponto de vista tecnológico, as inovações do ciclo ferroviário não se diferenciavam expressivamente daquelas do ciclo têxtil, pois apareciam como simples desdobramentos dos avanços alcançados durante a Revolução Industrial. As inovações mais importantes, como a própria estrada de ferro e, após 1850, o navio a vapor e os novos processos de fabricação do aço, surgiam como adaptações ou transformações de produtos e processos que não implicavam ruptura radical com a tecnologia da Revolução Industrial.
Entretanto, a construção ferroviária, que representava a nova fronteira de acumulação, exigiu o abandono das formas tradicionais de organização das empresas, e as companhias ferroviárias assumiram a forma de sociedade anônima. Assim, as estradas de ferro, dadas suas características técnicas e econômicas, demandavam vultosos recursos financeiros centralizados, numa escala incompatível com as disponibilidades dos capitalistas individuais. Mas mesmo esse capital da construção ferroviária aparecia como um simples desdobramento do antigo capital em funções, pois as ações e os papéis das companhias eram vendidos em bolsa e comprados por capitalistas já estabelecidos.
Ciclo Ferroviário e Ciclo Financeiro
Bancos e outros agentes ingleses forneciam diretamente empréstimos a longo prazo ao exterior ou então ofereciam na Bolsa de Londres diferentes papéis e títulos estrangeiros. Esse fluxo de capitais britânicos destinava-se principalmente ao financiamento da construção ferroviária e das obras de infra-estrutura, o que servia de apoio às atividades de exportação dos países receptores de capitais. Os investimentos externos funcionavam ainda como alavanca para a exportação de meios de produção da indústria britânica.
"Londres tornou-se o grande centro financeiro do mundo, fornecendo créditos a curto prazo a importadores estrangeiros ou britânicos, a tomadores de empréstimos ultramarinos que necessitassem dos recursos para atender a um temporário excesso de obrigações estrangeiras contra créditos estrangeiros, e fornecendo, pela atividade de levantamento de capital das casas de emissão de títulos, empréstimos em esterlinos para as necessidades externas de capital de longo prazo" (Ellsworth, 1976, p.197)
Impactos Sócio-Econômicos
Ascenção definitiva burguesa. Financeirização, empresas de capital aberto, nascimento do capital rentista. Afirmação do capitalismo aos olhos dos próprios trabalhadores. 
Forte reação anti-sindical. Reações fortes dos trabalhadores inicialmente ainda não convencida da permanência da nova ordem industrial. Lei das dez horas de 1847 (Semana Inglesa). Mudanças das formas de extração do excedente do trabalho: passagem do extensivo (horas de trabalho) para Intensivo (produtividade). Inspetores Fabris.
Leis de 1871/75 deram status legal aos sindicatos.
Reformas eleitorais a partir de 1867. Uma certa adesão dos trabalhadores ao sistema.
Desaceleração pós 1870
De 1873 a 1896 a Inglaterra passa por um período cujo nome histórico é Grande Depressão, mas que, eftivamente, não se caracterizou como tal. Houve uma desaceleração do crescimento, uma redução de preços, e uma mudança na posição relativa da Inglaterra dentro da economia mundial. 
Efeito diversos sobre indústria e agricultura. Efeitos de inquietação em várias partes do mundo.
Esgotamento da fronteira tecnológica, paradigma gerencial/estrutura produtiva e de comércio exterior. Saída pelo Imperialismo. 
Razões das Migrações
Empurrando:
Crescimento populacional no campo, tamanho da propriedade abaixo de um mínimo de eficiência (novas culturas importadas).
Primeiro industrialização menos acelerada depois não a ponto de absorver a mão de obra que sobrava do campo.
Entrada nos mercados dos novos produtores mais eficientes fora da Europa.
Puxando:
Novas oportunidades. Salários reais mais altos, subsídios à imigração. 
Mobilidade Populacional
Enfraquecimento da Hegemonia Inglesa
Na primeira metade do século XIX o país produzia 2/3 do carvão mundial, metade do ferro e 5/7 do pequeno suprimento de aço, metade da produção de tecidos de algodão e 40% dos produtos metalúrgicos.
Em 1870 possuía apenas 1/4 ou 1/5 da energia mecânica do mundo produzia menos da metade do aço
Em 1890 tanto os EUA como a Alemanha ultrapassaram a Grã-Bretanha na produção do aço.
Forte integração com o comércio internacional, tanto do ponto de vista das compras externas como da venda no mercado internacional. 
Havia uma grande complementariedade da economia inglesa como os países da periferia. Limitações de expansão do mercado doméstico. Aumento de importância dos “invisíveis”.
Exemplos: algodão dos EUA, lã Austrália, nitrato e cobre Chile, guano Peru, vinho Portugal.. Depois Argentina (carne e grãos, Nova Zelândia e Dinamarca (laticínios)..
Os periféricos estavam inseridos no ritmo de comércio da Inglaterra. 
1846 – 1873 Período de criação de hegemonia liberal
que entretanto foi o único de colaboração entre os países. Os late comers estavam entrando num processo de rápida industrialização e precisavam importar o mais que pudessem. Tanto isso é verdade que na década de 60 mais da metade dos investimentos ingleses se dirigiam para EUA e Europa e antes da primeira guerra esse valor cai para 25%. 
Esta é a fase da forte expansão do comércio. Entre 1800 e 1830 o comércio internacional cresceu cerca de 30% enquanto entre 1840 e 1870 QUINTUPLICOU.
Os periféricos estavam inseridos no ritmo de comércio da Inglaterra. 
Exemplo da Integração/Competição
Divisão do trabalho e Antes 1870: algodão/EUA, lã Austrália, guano Peru, nitratos e cobre Chile, Vinho (Portugal). Depois Argentina (trigo e carne) Nova Zelânida (laticínios e carne) Dinamarca (laticínios). 
Protecionismo 
A questão dos termos de troca e uma aparente contradição da deterioração destes como um fator de dinamismo do comércio inglês.
O barateamento dos custos de produção via transportes mas o barateamento dos custos de produção só aparecem depois de 1870.
 Era do protecionismo nos late comers, com exceção do período 1860-1875.
Adoção do padrão ouro em 1870 
Transporte Marítimo a Vapor
Later, the introduction of the compound engine, which significantly reduced coal consumption, and the conversion from iron to steel in ship-building that took place in the 1880s, made possible a continuous increase in the carrying capacity of the steamship and so increased its competitive power further. From 27m. tons in 1873, the amount of total world freight carried in steamships rose to 63m. tons in 1898, while the steamship proportion of the total world shipping tonnage grew from just over 12 per cent in 1870 to almost two-thirds of the total in 1900. This decline [in reight rates] took place in two phases: between 1815 and 1851, and between 1870–3 and 1908–9. In the first period of decline, freight rates were particularly affected on outward cargoes (from Europe and the United Kingdom), on the Baltic and Mediterranean routes, and on the North Atlantic run. The causes of the decline in freight rates at this time included technological improvements in sailing-ship design and construction, the increased utilization of ships that resulted from improvements in cargo handling and dock facilities, the reduction of time in ballast, and increased knowledge, particularly of winds and currents. In the second period, the greatest decline occurred in the freight rates on long hauls. In bringing about this fall in rates, the steamship exercised a decisive influence, although the performance of sailing-ships continued to improve well into the last quarter of the nineteenth century. This lowering of transport costs was of vital significance for the growth of world trade, especially after 1870.
Enfraquecimento da Hegemonia Inglesa
Crescimento das Exportações para Colônias e Subdesenvolvidos
Em 1840 35% das exportações da indústria algodoeira era exportada para a América Latina
Índias Orientais (Índia e Extremo Oriente) 22% em 1840, 31% em 1850 e 605 depois de 1873. Só a Índia algo entre 40 e 45%
“ o excedente inglês começou a vincular-se cada vez mais com o mundo subdesenvolvido, e principalmente o império formal e/ou informal 
Exportação de Capital
Antes de 1840 a exportação de capital para o Império e a A.L. era apenas de créditos oficiais. 
Por volta de 1850 Europa e EUA recebiam cerda de metade desse capital. Entre 1860 e 1890 cai sensivelmente de 25 para 8%.
À A.L cresce muito na década de 1880, cerca de 20%.
O maior crescimento ocorre nas possessões brancas (Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul) passam de 12% na década de 60 para 30% na de 80.
 
Whereas Britain seems to have held her own in textiles, chemicals and non-metalliferous materials, and raised her share of the world export trade in miscellaneous finished goods
(furniture, leather, rubber manufactures and so forth) and drink and tobacco products, the losses arose in iron and steel, in metal manufactures, and in transport equipment. When Britain’s export performance is examined in terms of the distribution of her exports between expanding, stable, and contracting commodity groups, a further weakness is uncovered. Britain was losing ground in commodity groups, such as machinery (including motor vehicles) and iron and steel, for which world demand was expanding most rapidly. On the other hand, her export expansion was occurring in those commodity groups (miscellaneous finished goods and drink and tobacco) for which world demand was declining. Her most important single export item, cotton goods, was also a commodity with a declining world market. As to the cause of Britain’s disappointing export performance, some changes in Britain’s overall shares of world trade in manufactures was to be expected, given the structural shifts in the commodity and area composition of trade noted earlier. Even so, the evidence suggests that Britain’s export losses were overwhelmingly due to a decline in her competitiveness in foreign markets.
Enfraquecimento da Hegemonia Inglesa
O caso da Índia
Além do comércio de tecidos de algodão a Índia possuía outra grande importância. O comércio superavitário com o extremo oriente baseado no comércio de ópio, produto sob monopólio estatal (quase a metade das importações da China em 1870).
Por outro lado a Índia tinha déficits com a Inglaterra (criados e mantidos para fins políticos) , com os Home Charges (pagamentos colonialistas da Índia) e a dívida Indiana pública.(p. 138)
Antes da I Guerra Mundial “a chave de todo o sistema de pagamentos da Grã Bretanha estava na Índia, uma vez financiava mais de dois quintos dos déficits totais da Grã-Bretanha
Início do Imperialismo em escala internacional provisão de matérias primas para o sustento do Império Britânico. 
Expansão do Capital Britânico
Proteção Tarifária Média para Produtos Manufaturados para alguns Países Selecionados (média ponderada; em pontos percentuais)
26
Comércio Internacional – Século XIX
27
(continuação)
29
Novas Tecnologias
O crescimento das próprias escalas das tecnologias antigas estimularam um padrão de avanço tecnológico mais intensivo em ciência.
Fortalecimento dos aspectos experimentais científicos e reforço de áreas do conhecimento como Eletromagnetismo e Química Orgância. 
Química e Elétrica forte relação com o avanço científico.
Relação mais com o tipo de produto e inserção na estrutura de demanda: bens de consumo duráveis. Padronização e produção contínua. 
Administração científica da organização da produção. Taylorismo
Concentração produtiva. 
Incapacidade “Tecnológica Britânica”
A Inglaterra fracassa em incorporar as novas fronteiras do desenvolvimento capitalista pesar de 
Química – Liderança tecnológica alemã mas algum pioneirismo inglês
Metal Mecânica – bk e bens de consumo duráveis. Continuidade da base tecnológica
Elétrica – conhecimento científico e incapacidade de fazer a transição tecnológica
Razões da “Decadência” Britânica
Explicações explicitamente Microeconômicas
Tecnológicas estruturais
Subjetivistas
Explicações Macro/Microeconômica 
Estruturais
Subjetivistas
Explicações de caráter comparativo
Estruturais
	Ano
	Ferro Gusa
	Aço
	Carvão
	1850
	2.250
	49
	49.000
	1880
	7.750
	1.440
	147.000
	
	1820
	1875
	1913
	1925
	1931
	1950
	Áustria
	R
	15-20
	18
	16
	24
	18
	Bélgica
	6-8
	9-10
	9
	15
	14
	11
	Dinamarca
	25-35
	15-20
	14
	10
	n.a.
	3
	França
	R
	12-15
	20
	21
	30
	18
	Alemanha
	8-12
	4-6
	13
	20
	21
	26
	Itália
	n.a.
	8-10
	18
	22
	46
	25
	Japão
	R
	5
	30
	n.a.
	n.a.
	n.a.
	Holanda
	6-8
	3-5
	4
	6
	n.a.
	11
	Rússia
	R
	15-20
	84
	R
	R
	R
	Espanha
	R
	15-20
	41
	41
	63
	n.a.
	Suécia
	R
	3-5
	20
	16
	21
	9
	Suíça
	8-12
	4-6
	9
	14
	19
	n.a.
	Reino Unido
	45-55
	0
	0
	5
	n.a.
	23
	Estados Unidos
	35-45
40-50
	44
	37
	48
	14

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