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NOVAS MANIFESTAÇÕES CONTRATUAIS

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Novas Manifestações Contratuais
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Característica das novas manifestações contratuais, reflexo do consumo em massa, é a despersonalização do contratante, que pode ser observada em formas contratuais modernas, como o contrato de adesão e o contrato coletivo. 
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Mas, para promover proteção, uniformização e agilidade nas relações contratuais, outras figuras apareceram, tais como: o contrato-tipo; o contrato coativo; e o contrato dirigido ou regulamentado.
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Contratos com Cláusulas Predispostas
Modernamente nos deparamos com o automatismo contratual que deixa imperceptível o mecanismo da vontade, anteriormente um sustentáculo do contrato.
Cada vez mais o indivíduo contrata com um ente despersonalizado.
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Vive-se um momento de distanciamento dos princípios clássicos do Direito Contratual.
Entretanto, permanecem os princípios fundamentais.
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As regras de interpretação é que diferem.
O elemento objetivo do contrato se sobrepõe ao subjetivo.
Nesses contratos existe uma abstração das atitudes psíquicas de seus autores. (Juan Carlos Rezzónico) 
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 Despersonalização do contratante
A contratação em massa apresenta um consumidor anônimo, que nessa condição permanecerá, exceto se, tornar-se inadimplente.
O CDC conceitua consumidor:
	“É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.”
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 Contrato de adesão
O contrato de adesão não exprime espécie contratual, sua peculiaridade incide na formação do contrato.
O que fato deve ser observado é a padronização contratual, materializada nos formulários. 
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Segundo o artigo 54 do CDC, Contato de Adesão é:
"aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo".
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"Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.” (Código Civil)
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Art. 424. Nos contratos , são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio".
	(Código Civil)
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CDC Artigo 54 
 	§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato.
	§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
	§ 3° Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.
	§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
	§ 5° (Vetado).
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O CC apesar de ter estabelecido o princípio da interpretação mais favorável em favor da parte mais fraca da relação, materializando o princípio da equivalência contratual, e impondo nulidade às cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio, não se compara ao tratamento minucioso conferido pelo Código de Defesa do Consumidor ao contrato de adesão.
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O Código Civil optou pelo tratamento genérico, o que requer dos aplicadores do direito um trabalho hermenêutico mais acurado. 
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Qualquer interpretação sobre os preceitos normativos do contratos , com base no Código Civil, deverá, necessariamente, ser feita sem perder vista os outros princípios insertos na teoria geral dos contratos. 
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Contrato-tipo
O contrato-tipo pressupõe que as partes, em igualdade econômica, podem utilizar contrato com cláusulas predispostas. 
Contém o esquema concreto dos futuros contratos individuais, de forma que os contratantes nada mais têm a fazer do que subscrevê-los. Requer forma escrita.
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Os futuros contratantes pertencem a categorias contrapostas e organizadas de interessados, podendo ou não ser representadas por associações respectivas, como, por exemplo, o contrato estipulado entre um grupo de industriais e diversos fornecedores de matéria-prima (GOMES, 2001, p. 127).
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O contrato-tipo assemelha-se ao contrato de adesão pela sua forma, mas deste dinstingue-se porque suas cláusulas, embora, predispostas decorrem da vontade paritária das partes.
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Contrato Coletivo
É o instrumento normativo que resulta de uma negociação de âmbito mais amplo que o de uma categoria, podendo ser pactuado em um ou mais setores econômicos e profissionais, bem como em dimensão nacional.
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As associações e o sindicalismo assumem a rotina de estabelecer o relacionamento entre essas duas partes.
O contrato coletivo se perfaz pelo acordo de vontades de duas pessoas jurídicas de Direito Privado.
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Essa negociação coletiva possui caráter contratual.
Atingirá, tão somente, os filiados às entidades participantes.
É uma coletividade restrita.
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Contrato coativo
É o máximo em dirigismo contratual.
Não há o que se falar em autonomia da vontade.
Ex: contratos de fornecimento de água e luz.
A empresa de fornecimento de um desses serviços não pode negar-se a contratar com o usuário se este se sujeita as suas condições.
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O usuário não pode prescindir nem recusar serviços desta espécie.
É um negócio jurídico provido de regras de direito público.
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Contrato dirigido ou regulamentado
O Estado se imiscui nas relações privadas.
A lei determina o conteúdo contrato, limitando e delimitando a vontade dos contratantes ou de determinada classe de contratantes.
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Normas de ordem pública
Tabelamento de preços
Estado impõe preço mínimo e máximo
Legislação do Inquilinato e bancária

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