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Universidade Federal de Vic¸osa Centro de Cieˆncias Exatas e Tecnolo´gicas Departamento de Matema´tica 2a Prova - MAT241 - Ca´lculo III - 20/05/2017 Nome: Matr´ıcula: Turma: Turma 1 Turma 2 Turma 3 Turma 4 Turma 5 Giovanni Je´ssyca Edson Sandro Edson Seg 08 - 10 Seg 16 - 18 Ter 14 - 16 Seg 10 - 12 Ter 08 - 10 Qua 10 - 12 Qui 14 - 16 Qui 16 - 18 Qui 08 - 10 Qui 10 - 12 Em todas as questo˜es justifique suas respostas. Boa Prova! Questa˜o 1: Considere a func¸a˜o f(x, y) = √ 4− x2 − y2. (a) (7 pontos) Determine o domı´nio de f e represente-o no plano xy. (b) (10 pontos) Fac¸a um esboc¸o do gra´fico de f. (c) (8 pontos) Encontre a equac¸a˜o do plano tangente ao gra´fico de f no ponto (1, 1, √ 2). (a) Dom(f) = {(x, y) ∈ R2; 4− x2 − y2 ≥ 0} = {(x, y) ∈ R2;x2 + y2 ≤ 4} x −2 −1 1 2 y −2 −1 1 2 0 (b) Considerando z = f(x, y), obtemos z = √ 4− x2 − y2 z2 = 4− x2 − y2, z ≥ 0 x2 + y2 + z2 = 22, z ≥ 0. Logo, o gra´fico da func¸a˜o e´ a metade da esfera, de centro (0, 0, 0) e raio 2, localizada acima do plano xy. y 1 2 3 z 1 2 3 x (c) Note que as derivadas parciais de f sa˜o dadas por ∂f ∂x (x, y) = 1 2 √ 4− x2 − y2 · (−2x) = −x√ 4− x2 − y2 ∂f ∂y (x, y) = 1 2 √ 4− x2 − y2 · (−2y) = −y√ 4− x2 − y2 . As derivadas parciais sa˜o cont´ınuas em todos os pontos do plano tais que x2 + y2 = 1, ou seja, f e´ diferencia´vel nestes pontos e em particular no ponto P0 = (1, 1, √ 2). Logo, um vetor normal ao gra´fico de f e´ −→n = ( ∂f ∂x (1, 1), ∂f ∂y (1, 1),−1 ) = ( − 1√ 2 ,− 1√ 2 ,−1 ) 6= −→0 . Logo, a equac¸a˜o do plano normal ao gra´fico de f no ponto P0 e´ dada por〈( x− 1, y − 1, z − √ 2 ) , ( − 1√ 2 ,− 1√ 2 ,−1 )〉 = 0 √ 2x+ √ 2y + 2z = 4 √ 2. 1 Questa˜o 2: Considere a func¸a˜o f(x, y) = x3 − y3 x2 + y2 , se (x, y) 6= (0, 0) 0, se (x, y) = (0, 0) (a) (7 pontos) A func¸a˜o f e´ cont´ınua em (0, 0) ? (b) (5 pontos) A func¸a˜o f e´ diferencia´vel fora da origem? Justifique. (c) (8 pontos) Determine fx(0, 0) e fy(0, 0). (d) (10 pontos) Verifique se f e´ diferencia´vel na origem. (a) Observe que lim (x,y)→(0,0) f(x, y) = lim (x,y)→(0,0) ( x3 − y3 x2 + y2 ) = lim (x,y)→(0,0) ( x · x 2 x2 + y2 − y · y 2 x2 + y2 ) = 0 = f(0, 0), uma vez que ∣∣∣∣ x2x2 + y2 ∣∣∣∣ ≤ 1 e ∣∣∣∣ y2x2 + y2 ∣∣∣∣ ≤ 1. Logo, f e´ cont´ınua em (0, 0). (b) Para justificar a diferenciabilidade de f fora da origem, vamos calcular suas derivadas parciais para (x, y) 6= (0, 0). ∂f ∂x (x, y) = (x2 + y2)3x2 − (x3 − y3)(2x) (x2 + y2)2 = x4 + 3x2y2 + 2xy3 (x2 + y2)2 ∂f ∂y (x, y) = (x2 + y2)(−3y2)− (x3 − y3)(2y) (x2 + y2)2 = −y4 − 3x2y2 − 2yx3 (x2 + y2)2 . Para (x, y) 6= (0, 0), as derivadas parciais sa˜o cont´ınuas, pois sa˜o quocientes de func¸o˜es cont´ınuas e denominadores na˜o nulos. Logo, f e´ diferencia´vel para (x, y) 6= (0, 0). (c) As derivadas parciais em (0,0) devem ser calculadas pela definic¸a˜o. Assim, ∂f ∂x (0, 0) = lim t→0 f(0 + t, 0)− f(0, 0) t = lim t→0 t3 − 03 t2 + 02 − 0 t = lim t→0 t3 t3 = 1 ∂f ∂y (0, 0) = lim t→0 f(0, 0 + t)− f(0, 0) t = lim t→0 03 − t3 02 + t2 − 0 t = lim t→0 −t3 t3 = −1. (d) Seja E(h, k) = f(0 + h, 0 + k)− f(0, 0)− h∂f ∂x (0, 0)− k∂f ∂y (0, 0) √ h2 + k2 = h3 − k3 h2 + k2 − h+ k √ h2 + k2 = = h3 − k3 − h(h2 + k2) + k(h2 + k2) h2 + k2√ h2 + k2 = kh2 − hk2 (h2 + k2)3/2 . Para decidir se f e´ diferencia´vel em (0, 0), devemos calcular o seguinte limite lim (h,k)→(0,0) E(h, k). Considere o seguinte caminho γ(t) = (t, 2t), t ∈ R. Assim, lim t→0 E(γ(t)) = lim t→0 (2t)(t)2 − (t)(2t)2 ((t2)2 + (2t)2)3/2 = lim t→0 2t3 − 4t3 (5t2)3/2 = lim t→0 −2t3 53/2t3 = − 2 (5)3/2 6= 0. Logo, f na˜o e´ diferencia´vel em (0, 0). 2 Questa˜o 3: A superf´ıcie de um lago e´ representada por uma regia˜o D no plano xy, de modo que a profundidade (em metros) sob o ponto (x, y) e´ dada pela func¸a˜o f(x, y) = √ 300− 2x2 − 3y2. (a) (10 pontos) Encontre a taxa de variac¸a˜o da profundidade do lago no ponto P = (2, 8), na direc¸a˜o e sentido do vetor −→v = (1, 1). (b) (10 pontos) Em que direc¸a˜o um bote em P = (2, 8) deve navegar para que a profundidade do lago diminua mais rapidamente? (a) A taxa de variac¸a˜o da profundidade sera´ dada por ∂f ∂−→v (2, 8). Observe primeiramente que o domı´nio de f e´ o seguinte conjunto Dom(f) = {(x, y) ∈ R2; 2x2 + 3y2 ≤ 300}. As derivadas parciais de f sa˜o dadas por ∂f ∂x (x, y) = 1 2 √ 300− 2x2 − 3y2 · (−4x) = −2x√ 300− 2x2 − 3y2 ∂f ∂y (x, y) = 1 2 √ 300− 2x2 − 3y2 · (−6y) = −3y√ 300− 2x2 − 3y2 . Assim, ∂f ∂x (2, 8) = −2.2√ 300− 2.22 − 3.82 = −4√ 100 = −2 5 e ∂f ∂x (2, 8) = −3.8√ 300− 2.22 − 3.82 = −24√ 100 − 12 5 As derivadas parciais de f sa˜o cont´ınuas em pontos do plano tais que 2x2 + 3y2 < 300, em particular no ponto P. Desta forma, f e´ diferencia´vel em todos os pontos do plano que satisfazem a desigualde anterior. Logo, ∂f ∂−→v (2, 8) = 〈 ∇f(2, 8), −→v ‖−→v ‖ 〉 = 1√ 2 〈( −2 5 ,−12 5 ) , (1, 1) 〉 = −14/5√ 2 = − 14 5 √ 2 = −7 √ 2 5 . (b) Como a func¸a˜o f descreve a profundidade do lago, a profundidade diminuira´ mais rapidamente na direc¸a˜o de−→u = −∇f(2, 8). Desta forma, −→u = −∇f(2, 8) = − ( −2 5 ,−−12 5 ) = ( 2 5 , 12 5 ) . 3 Questa˜o 4: Seja f : R2 → R uma func¸a˜o dada por f(x, y) = xe ( − x22 − y 2 2 ) . (a) (15 pontos) Determine os pontos cr´ıticos de f e classifique-os. (b) (10 pontos) Determine F ′(2), sabendo que F (t) = f(x(t), y(t)), x(2) = 1, y(2) = −1, x′(2) = 4 e y′(2) = 1. (a) Utilizando as regras de derivac¸a˜o obtemos ∂f ∂x (x, y) = e ( − x22 − y 2 2 ) + x(−x)e ( − x22 − y 2 2 ) = (1− x2)e ( − x22 − y 2 2 ) ∂f ∂y (x, y) = x(−y)e ( − x22 − y 2 2 ) = (−xy)e ( − x22 − y 2 2 ) . Como f possui derivadas parciais em todo R2, os pontos cr´ıticos sa˜o tais que ∇f(x, y) = −→0 . Assim, devemos ter 1− x2 = 0 e −xy = 0. Logo, os pontos cr´ıticos sa˜o P1 = (−1, 0) e P2 = (1, 0). Classificaremos tais pontos cr´ıticos utilizando o Teste da Segunda Derivada. Para isso, necessitamos das derivadas parciais de ordem 2. ∂2f ∂x2 (x, y) = −2xe ( − x22 − y 2 2 ) + (1− x2)(−x)e ( − x22 − y 2 2 ) = (x3 − 3x)e ( − x22 − y 2 2 ) ∂2f ∂y∂x (x, y) = (1− x2)(−y)e ( − x22 − y 2 2 ) = y(x2 − 1)e ( − x22 − y 2 2 ) ∂2f ∂x∂y (x, y) = −y(e ( − x22 − y 2 2 ) − x2e ( − x22 − y 2 2 ) ) = y(x2 − 1)e ( − x22 − y 2 2 ) = ∂2f ∂y∂x (x, y) ∂2f ∂y2 (x, y) = −x(e ( − x22 − y 2 2 ) + y(−y)e ( − x22 − y 2 2 ) ) = x(y2 − 1)e ( − x22 − y 2 2 ) . Observe que todas as derivadas parciais de segunda ordem sa˜o cont´ınuas. Considerando A = ∂2f ∂x2 (x0, y0), B = ∂2f ∂y∂x (x0, y0) = ∂2f ∂x∂y (x0, y0) e C = ∂2f ∂y2 (x0, y0), com (x0, y0) ponto cr´ıtico tal que ∇f(x0, y0) = −→0 , temos AC −B2 = [ e ( − x22 − y 2 2 )]2 [ (x30 − 3x0)(−x0 + x0y20)− y20(x20 − 1)2 ] = e−x 2−y2 [(x30 − 3x0)(−x0 + x0y20)− y20(x20 − 1)2] . (i) No ponto P1 = (−1, 0), AC −B2 = e−1((−1 + 3)(1)− 0) = 2e−1 > 0. Ale´m disso, ∂2f ∂x2 (−1, 0) = 2e−1/2 > 0, o que caracteriza um ponto de mı´nimo local. (ii) No ponto P1 = (1, 0), AC −B2 = e−1((1− 3)(−1)− 0) = 2e−1 > 0. Ale´m disso, ∂2f ∂x2 (−1, 0) = −2e−1/2 < 0, o que caracteriza um ponto de ma´ximo local. (b) Primeiramente, observe que para t = 2, temos x = 1 e y = −1. Ale´m disso, ∂f ∂x (1,−1) = 0 e ∂f ∂y (1,−1) = e−1. Assim, pela regra da cadeia, F ′(2) = ∂f ∂x (1,−1) · x′(2) + ∂f ∂y (1,−1) · y′(2) = 0 · 4 + e−1 · e−1 · 1 = e−1. Boa Prova! 4
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