Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Universidade Federal de Vic¸osa Centro de Cieˆncias Exatas e Tecnolo´gicas Departamento de Matema´tica 2a Prova - MAT241 - Ca´lculo III - 21/10/2017 Nome: Matr´ıcula: Turma: Turma 1 Turma 2 Turma 5 Edson Sandro Sandro Seg 16 - 18 Qua 14 - 16 Ter 16 - 18 Qui 14 - 16 Sex 16 - 18 Sex 14 - 16 Em todas as questo˜es justifique suas respostas. Boa Prova! Questa˜o 1: Seja f uma func¸a˜o definida por f(x, y) = √ y2 − 4x2 − 16. (a) (7 pontos) Determine o domı´nio de f e esboce-o. (b) (6 pontos) Determine a equac¸a˜o do plano tangente ao gra´fico de f, no ponto P = (−2, 6, 2). (c) (7 pontos) Fac¸a um esboc¸o do gra´fico de f. (a) . Dom(f) = {(x, y) ∈ R2; y2 − 4x2 − 16 ≥ 0} = {(x, y) ∈ R2; y2 − 4x2 ≥ 16} = { (x, y) ∈ R2; y 2 42 − x 2 22 ≥ 1 } . x −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 y −4 4 (b) Uma vez que a func¸a˜o f e´ diferencia´vel em P = (−2, 6, 2), um vetor normal ao gra´fico de f neste ponto e´ dado por −→n = ( ∂f ∂x (−2, 6), ∂f ∂y (−2, 6),−1 ) . Note que ∂f ∂x (x, y) = 1 2 √ y2 − 4x2 − 16 · (−8x) = −4x√ y2 − 4x2 − 16 ∂f ∂y (x, y) = 1 2 √ y2 − 4x2 − 16 · (2y) = y√ y2 − 4x2 − 16 . Da´ı, −→n = (4, 3,−1) e a equac¸a˜o da plano tangente em P e´ dada por 〈(x+ 2, y − 6, z − 2), (4, 3,−1)〉 = 0 4x+ 3y − z = 8. (c) . Considerando z = f(x, y), obtemos z = √ y2 − 4x2 − 16 z2 = y2 − 4x2 − 16, z ≥ 0 −4x2 + y2 − z2 = 16, z ≥ 0. −x 2 22 + y2 42 − z 2 42 = 1, z ≥ 0. Logo, o gra´fico da func¸a˜o e´ a parte superior (z ≥ 0) de um hiperbolo´ide de duas folhas. 1 Questa˜o 2: Seja f uma func¸a˜o definida por f(x, y) = x3 cos(y) x2 + y2 se (x, y) 6= (0, 0) 0 se (x, y) = (0, 0) (a) (7 pontos) Mostre que f e´ cont´ınua em (0, 0). (b) (8 pontos) Calcule ∂f ∂−→u (0, 0), onde −→u = ( 2√ 5 , 1√ 5 ) . (c) (7 pontos) Calcule 〈∇f(0, 0),−→u 〉 . O resultado obtido neste item coincide com o resultado obtido no item anterior? (d) (8 pontos) A func¸a˜o f e´ diferencia´vel para (x, y) 6= (0, 0)? E para (x, y) = (0, 0)? Justifique. (a) Uma vez que −1 ≤ cos(y) ≤ 1 e 0 ≤ x 2 x2 + y2 ≤ 1, para qualquer (x, y) 6= (0, 0), seque que −1 ≤ x 2 cos(y) x2 + y2 ≤ 1, para qualquer (x, y) 6= (0, 0). Da´ı, segue que, para (x, y) 6= (0, 0), a func¸a˜o f e´ o produto de uma func¸a˜o limitada por uma func¸a˜o que tende a zero quando (x, y) tende a (0, 0). Logo, lim (x,y)→(0,0) x3 cos(y) x2 + y2 = lim (x,y)→(0,0) x · x 2 cos(y) x2 + y2 = 0 = f(0, 0). Portanto, f e´ cont´ınua em (0, 0). (b) Vamos calcular tal derivada direcional pela definic¸a˜o, uma vez que na˜o sabemos se a func¸a˜o e´ ou na˜o diferencia´vel em (0, 0). Observe que o vetor −→u e´ um vetor unita´rio. Assim, ∂f ∂−→u (0, 0) = limt→0 f(t · −→u )− f(0, 0) t = lim t→0 f ( 2t√ 5 , t√ 5 ) t = lim t→0 8t3 5 √ 5 cos ( t√ 5 ) t2 t = lim t→0 8 5 √ 5 cos ( t√ 5 ) = 8 5 √ 5 . (c) Neste caso, e´ necessa´rio o ca´lculo das derivadas parciais na origem. Desta forma, ∂f ∂x (0, 0) = lim t→0 f(t, 0)− (0, 0) t = lim t→0 t3 t2 t = lim t→0 ��t3 ��t3 = 1 ∂f ∂y (0, 0) = lim t→0 f(0, t)− (0, 0) t = lim t→0 0 t = 0. Logo, 〈∇f(0, 0),−→u 〉 = 〈 (1, 0), ( 2√ 5 , 1√ 5 )〉 = 2√ 5 . Observe que 〈∇f(0, 0),−→u 〉 6= ∂f ∂−→u (0, 0). (d) Para (x, y) 6= (0, 0) as derivadas parciais sa˜o dadas por ∂f ∂x (x, y) = (x2 + y2)3x2 cos(y)− x3 cos(y) · 2x (x2 + y2)2 = 3x4 cos(y) + 3x2y2 cos(y)− 2x4 cos(y) (x2 + y2)2 = (x4 + 3x2y2) cos(y) (x2 + y2)2 ∂f ∂y (x, y) = (x2 + y2)(−x3 sen(y))− x3 cos(y) · 2y (x2 + y2)2 = −x 3(x2 + y2) sen(y) + 2x3y cos(y) (x2 + y2)2 . Para (x, y) 6= (0, 0), as derivadas parciais de f sa˜o cont´ınuas, pois sa˜o quocientes de func¸o˜es cont´ınuas e possuem denominadores na˜o nulos. Logo, f e´ diferencia´vel em R2 \ {(0, 0)}. A func¸a˜o f na˜o e´ diferencia´vel em (0, 0). De fato, se f fosse diferencia´vel em (0, 0), dever´ıamos ter 〈∇f(0, 0),−→u 〉 = ∂f ∂−→u (0, 0), para qualquer −→u 6= −→0 , fato que na˜o ocorre. Logo f na˜o e´ diferencia´vel em (0, 0). 2 Questa˜o 3: Fac¸a o que se pede em cada item. (a) (10 pontos) Mostre que a func¸a˜o f dada por f(x, y) = ln(x2 + y2) + 2 arctg (y x ) satisfaz a equac¸a˜o de Laplace ∂2f ∂x2 (x, y) + ∂2f ∂y2 (x, y) = 0. (b) (15 pontos) Seja f(x, y) uma func¸a˜o que possui derivadas parciais de primeira ordem cont´ınuas. Se F (u, v) = f(x(u, v), y(u, v)), com x(u, v) = 3 cos(u) e y(u, v) = 4u sen(v). Determine ∂F ∂u (pi 2 , pi 2 ) e ∂F ∂v (0, 2pi) , sabendo que ∂f ∂x (3, 0) = 3pi, ∂f ∂x (0, 2pi) = 0, ∂f ∂y (3, 0) = pi e ∂f ∂y (0, 2pi) = 4pi. (a) Temos ∂f ∂x (x, y) = 1 x2 + y2 · 2x+ 2 1 1 + ( y x )2 · (− yx2) = 2xx2 + y2 − 2y ��x2 x2+y2 ��x2 = 2x− 2y x2 + y2 ∂2f ∂x2 (x, y) = ∂ ∂x ( ∂f ∂x ) (x, y) = (x2 + y2) · 2− (2x− 2y) · 2x (x2 + y2)2 = −2x2 + 2y2 + 4xy (x2 + y2)2 ∂f ∂y (x, y) = 1 x2 + y2 · 2y + 2 1 1 + ( y x )2 · ( 1x ) = 2y x2 + y2 − 2 x x2+y2 x2 = 2y x2 + y2 + 2 x · x 2 x2 + y2 = 2x+ 2y x2 + y2 ∂2f ∂x2 (x, y) = ∂ ∂x ( ∂f ∂y ) (x, y) = (x2 + y2) · 2− (2x+ 2y) · 2y (x2 + y2)2 = 2x2 − 2y2 − 4xy (x2 + y2)2 . Desta forma, observe que ∂2f ∂x2 (x, y) + ∂2f ∂y2 (x, y) = 0. (b) Primeiramente, observe que x (pi 2 , pi 2 ) = 0, y (pi 2 , pi 2 ) = 2pi, x (0, 2pi) = 3 e x (0, 2pi) = 0. Ale´m disso, ∂x ∂u = −3 sen(u), ∂x ∂v = 0, ∂y ∂u = 4 sen(v) e ∂y ∂v = 4u cos(v). Da´ı, pela regra da cadeia, ∂F ∂u (pi 2 , pi 2 ) = ∂f ∂x (0, 2pi) · ∂x ∂u (pi 2 , pi 2 ) + ∂f ∂y (0, 2pi) · ∂y ∂u (pi 2 , pi 2 ) = 0 · ( −3 sen (pi 2 )) + 4pi · ( 4 sen (pi 2 )) = 16pi. ∂F ∂v (0, 2pi) = ∂f ∂x (3, 0) · ∂x ∂v (0, 2pi) + ∂f ∂y (3, 0) · ∂y ∂v (0, 2pi) = 3pi · 0 + pi · (4 · 0 cos (2pi)) = 0. 3 Questa˜o 4: A superf´ıcie de um lago e´ representada por uma regia˜o D no plano xy, de modo que a profundidade (em metros) sob o ponto (x, y) e´ dada pela func¸a˜o f(x, y) = 100− x2 − y2 − 2x. (a) (8 pontos) Esboce a curva constitu´ıda pelos pontos cuja profundidade do lago coincida com a profundidade do ponto P = (3, 4). (b) (10 pontos) Um nadador esta´ nadando no lago e, num certo instante, se encontra no ponto Q = (−1, 2), e neste ponto, decide nadar na direc¸a˜o e sentido em que a profundidade cresce mais rapidamente. Depois de nadar 3 m na direc¸a˜o escolhida, quais as coordenadas do ponto R de sua nova localizac¸a˜o? (c) (7 pontos) No ponto R o nadador decide avaliar novamente a direc¸a˜o e sentido de maior crescimento da profun- didade e nadar 1 m nesta nova direc¸a˜o e sentido. Qual sera´ a nova posic¸a˜o do nadador? (a) . Uma vez que f(3, 4) = 100 − 32 − 42 − 2 · 3 = 69, a curva procurada tem equac¸a˜o 100− x2 − y2 − 2x = 69 x2 + y2 + 2x = 31 (x+ 1)2 + y2 = (4 √ 2)2, que e´ a equac¸a˜o de um c´ırculo centrado no ponto (−1, 0) e raio 4 √ 2. x −1 y P (b) Como a func¸a˜o f e´ diferencia´vel, e esta func¸a˜o representa a profundidade do lago, a direc¸a˜o e sentido de maior crescimento da profundidade e´ dada por ∇f(−1, 2). Uma vez que ∂f ∂x (x, y) = −2x−2 e ∂f ∂y (x, y) = −2y, segue que ∇f(−1, 2) = (0,−4). Uma vez que o nadador nadara´ 3 m, este devera´ nadar treˆs unidades na direc¸a˜o e sentido de um vetor unita´rio que tem a mesma direc¸a˜o e sentido de ∇f(−1, 2) = (0,−4). Assim, a nova posic¸a˜o do nadador devera´ ser R = Q+ 3 · (0,−1) = (−1,−1). (c) No ponto R encontrado anteriormente, o nadador devera´ tomar a direc¸a˜o e sentido do vetor gradiente de f em R. Assim, ∇f(−1,−1) = (0, 2). Como no item anterior, o nadador deve nadar uma unidade na direc¸a˜o e sentido de um vetor unita´rio que tem a mesma direc¸a˜o e sentido de ∇f(−1,−1) = (0, 2). Assim, a nova posic¸a˜o do nadador e´ S = R+ 1 · (0, 1) = (−1, 0). Boa Prova! 4
Compartilhar