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NUTRIÇÃO PARA ATLETAS
Os principais fundamentos que devem ser levados em consideração
 para a prescrição correta de um esquema nutricional 
FA C U L DA D E
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
 Já é de conhecimento da maioria das pessoas que os cuidados com a Nutrição são 
determinantes para o melhor desempenho em qualquer a�vidade �sica. Ocorre que para que um 
atleta tenha uma dieta adequada e balanceada, é preciso orientação de um profissional 
habilitado da área de Nutrição. Afinal, a reeducação alimentar deve ser fundamentada no 
conhecimento cien�fico para que seja benéfica e completa. 
 Neste e-book, a Nutricionista Renata Pires Do�o, Coordenadora de Cursos de 
Especialização em Nutrição da Faculdade UnYLeYa, traz os principais fundamentos que devem 
ser levados em consideração para a prescrição correta de um esquema nutricional para atletas.
1
FA C U L DA D E
CARBOIDRATOSCARBOIDRATOS
 Em 1920, Krogh e Lindhardt analisaram a percepção do 
esforço dos atletas subme�dos a uma dieta rica em carboidratos 
em comparação a uma dieta rica em lipídios.
 Já em 1924, Levine e colaboradores testaram o consumo 
de carboidratos durante a maratona de Boston, constatando a 
prevenção da hipoglicemia severa.
Christensen, em 1932, realizou o primeiro experimento que 
mostrou como a intensidade modula a u�lização dos 
carboidratos como fontes de energia.
 Em 1985, a ingestão média de carboidratos em atletas 
americanos era cerca de 41% das necessidades energé�cas.
 Kazapi e Zeni (1998) verificaram que os atletas de natação 
da cidade de Florianópolis consumiam carboidratos abaixo do 
recomendado tanto para a população de sedentários como para 
os pra�cantes de esporte.
 Como já se sabe, o glicogênio é a forma de depósito de 
carboidratos em animais, mas esse depósito é muito pequeno. 
Nos músculos, a reserva de carboidratos fica entre 300g a 400g. 
No �gado, há uma pequena reserva de cerca de 80g a 90g, e a 
glicose circulante, não ultrapassa 20g de carboidratos. Podemos 
então perceber que os estoques de glicogênio muscular e 
hepá�co, além da glicose circulante, representam cerca de 
1.800Kcalorias, um nível que seria insuficiente para suportar o 
gasto calórico de um indivíduo adulto sedentário num período 
de 24h. Como seria então para um atleta? Eles têm de ser 
repostos ao longo do dia, ao longo dos treinos, antes, durante e 
após os esportes.
 A seguir, resumimos as principais recomendações quanto 
à distribuição percentual dos macronutrientes na dieta de 
despor�stas e atletas, incluindo não só os carboidratos, mas as 
proteínas e as gorduras, além dos micronutrientes: vitaminas, 
minerais e fibras.
1. Recomendações nutricionais gerais para atletas
2
FA C U L DA D E
3
1. Recomendações nutricionais gerais para atletas
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL IDEAL DE MACRONUTRIENTES 
NA DIETA DE DESPORTISTAS
CARBOIDRATOS
LÍPIDEOS
PROTEÍNAS
VITAMINAS / MINERAIS
FIBRAS TOTAIS
ÁGUA
55% – 60% 
20% – 30% 
0,8 a 1,2g/Kg 
(Tabelas DRI) 
25 a 38g/dia 
2,5 - 3,5 L/dia 
FA C U L DA D E
1. Recomendações nutricionais gerais para atletas
4
As recomendações dieté�cas de carboidratos são:
 » Pessoas que treinam intensamente em dias sucessivos requerem de 
60% – 70% do total energé�co (COYLE, 2004).
 » Pessoas que se exercitam regularmente devem consumir de 55% – 
60% do total energé�co (ADA, 2000).
 Assim, toda pessoa que pra�ca esportes deve comer alimentos 
fontes de carboidratos antes e após os treinos. Se os treinos durarem 
mais que 2 horas, também há a necessidade de se ingerir alimentos 
fontes desse nutriente durante o esporte, que podem ser levados em 
sachês contendo carboidratos de fácil digestão na forma de gel ou, 
ainda, em barras ou como bebidas, todas específicas para atletas.
 Vale a pena ressaltar que não se deve pra�car esporte sem 
comer, isto é, em jejum, sob a alegação que ajudaria a emagrecer e 
perder a gordura acumulada. Este é um engano terrível come�do por 
pessoas desinformadas, pois os estudos cien�ficos comprovam que é 
exatamente a ingestão correta de alimentos ricos em carboidratos 
antes, durante e após o esporte que garante a preservação das 
proteínas do organismo.
 Se a quan�dade de carboidratos consumida for insuficiente, as 
proteínas são u�lizadas como fonte de energia, além das gorduras, o 
que levaria a pessoa a uma perda de massa muscular e a outros 
problemas como: deficiência no crescimento, caso não seja ainda 
adulto, falta de reparação e regeneração de células e tecidos gastos no 
dia, deficiências na formação de hormônios, entre outros.
Exemplo de um desjejum saudável feito cerca de 30 a 45 minutos antes 
de pra�car esportes:
 » 150ml de iogurte desnatado 0% de gordura.
 » 2 a 3 torradas ou bolachas cream crackers, ou água e sal, ou água.
 » 1 pedaço de fruta macia sem cascas ou bagaços (bananinha-
maçã ou banana-prata ou ½ maçã ou ½ pera etc.)
Ou um shake feito com:
 » 150ml de leite desnatado ba�do com 2 colheres de sopa cheias 
de Farinha Láctea ou Neston + 1 banana pequena (maçã ou prata).
FA C U L DA D E
5
 Os lipídeos são as gorduras responsáveis pelo armazenamento de energia. Devem 
par�cipar com cerca de 20% a 30% do total energé�co da dieta de atletas ou despor�stas. Para 
alguns autores, como Kazapi e Tramon�, a dieta de atletas não deve exceder 20% a 25% do valor 
calórico total oferecido, sendo que 3% das calorias totais dos adultos, atleta ou não, devem ser 
dos ácidos graxos essenciais: Linoleico (ômega 6) e Linolênico (ômega 3), o que não é di�cil de 
conseguir nas dietas saudáveis e balanceadas.
 Além disso, há a recomendação de consumir na dieta 1/3 de cada �po de ácido graxo, 
buscando obter deles um equilíbrio para a saúde e para o metabolismo energé�co:
10% saturados, 10% poli-insaturados, 10% monoinsaturados.
Em relação ao colesterol, recomenda-se sempre ingestão igual ou menor que 
100mg/1.000Kcalorias da dieta.
 Outros estudos comprovam que podem ocorrer efeitos nega�vos no perfil lipídico 
sanguíneo quando a dieta oferece menos de 15% de energia lipídica. Portanto, não há mo�vo para 
uma dieta, mesmo para atletas de força, com menos de 20% de lipídeos.
 Quanto ao armazenamento de gorduras no organismo: 1o no tecido adiposo na forma de 
triglicerídeos, sendo esta reserva aproximadamente de 50.000 a 60.000 Kcalorias em todo o 
organismo. Em 2o lugar como triglicerídeos intramusculares, na forma de glóbulos na fibra 
muscular, colocando esta fonte de energia bem próxima dos locais de oxidação. Eles contribuem 
com cerca de 3.000 Kcalorias, quan�dade está bem superior aos carboidratos, que dariam, no 
máximo, 1.800 Kcalorias.
 Exercícios de resistência/endurance aumentam a oxidação das gorduras, pois desenvolvem 
um metabolismo mais eficiente para a obtenção de energia via aeróbica, aumentando o número 
de mitocôndrias musculares. Com isso, os atletas de resistência sentem menos fadiga, menos 
alteração no metabolismo energé�co e uma redução na u�lização do glicogênio, que vem 
acompanhado de aumento da u�lização de gorduras.
 Vários estudos foram feitos nas úl�mas décadas, com a finalidade de descobrir recursos 
dieté�cos para o�mizar a oxidação de lipídios no exercício �sico, como a ingestão de triacilglicerol 
de cadeia longa (TCL), que, se ingerido cerca de 1 a 4h antes do exercício, traria bene�cios teóricos 
como a redução do catabolismo do glicogênio muscular e o aumento da capacidade de 
endurance. Contudo, Ivy et al. (1980) e Satabin, et al. (1987) confirmaram efeitos nega�vos na 
ingestão suplementar de TCL.
LIPÍDEOSLIPÍDEOS
FA C U L DA D E
PROTEÍNASPROTEÍNAS
 Argumenta-se que a proteína é u�lizada apenas em um grau limitado como combus�vel 
energé�co duranteo exercício (apenas 5% a 10 % da energia total).
 Na verdade, elas são u�lizadas para proporcionar os blocos formadores de aminoácidos 
para síntese tecidual, mas estudos demonstram que há aumento da concentração de ureia 
plasmá�ca, o que está acoplado a uma elevação dramá�ca da excreção de nitrogênio no suor, 
evidenciando o aumento da u�lização de proteína durante o exercício. Esses estudos também 
mostram que essa u�lização é maior em estados de depleção de glicogênio. Isso enfa�za o papel 
importante dos carboidratos como poupadores de proteínas e demonstra a importância da 
manutenção desses estoques durante o exercício.
6
CICLO DA ALANINA
 Os aminoácidos dentro do músculo são transformados em glutamato e, a seguir, em 
alanina. A alanina liberada pelos músculos a�vos é transportada até o �gado, onde é desaminada 
(processo em que se re�ra da molécula o nitrogênio, restando o esqueleto de carbono). O 
esqueleto de carbono restante é transformado em glicose (gliconeogêse) e, posteriormente, 
lançado no sangue e transportado até os músculos a�vos. 
 Os fragmentos de carbono provenientes dos aminoácidos que formam a alanina podem 
ser oxidados, a seguir, para a obtenção de energia dentro da célula muscular específica. Após 4 
horas de exercício con�nuo de baixa intensidade, a produção hepá�ca de glicose derivada da 
alanina pode ser responsável por 45% da glicose total liberada pelo �gado. A energia derivada 
desse ciclo pode atender de 10% a 15% da necessidade total do exercício. 
FA C U L DA D E
7
PROTEÍNAS E EXERCÍCIOS
 As proteínas são os materiais que desempenham o 
maior número de funções nas células de todos os seres 
vivos. Por um lado, fazem parte da estrutura básica dos 
tecidos (músculos, tendões, pele, unhas etc.) e, por outro, 
desempenham funções metabólicas e reguladoras 
(assimilação de nutrientes, transporte de oxigênio e de 
gorduras no sangue, desa�vação de materiais tóxicos ou 
perigosos etc.).
 A ideia de que atletas precisam de uma dieta rica em 
proteína para construir e reparar os músculos é muito bem 
aceita, e também há evidências de que as necessidades 
proteicas estejam aumentadas em pra�cantes de a�vidade 
�sica. Os músculos são cons�tuídos basicamente de 
proteínas e seu envolvimento é fundamental para o 
desempenho em todos os esportes. Constatou-se, 
também, o fato de que o exercício regular acarreta 
numerosos efeitos específicos no metabolismo proteico do 
organismo. 
 A oxidação de proteína contribui com cerca de 5% da 
produção de energia durante o exercício prolongado, o que 
é menos do que 10%-15% em repouso, porém a taxa 
absoluta de degradação proteica durante o exercício é 
aumentada devido ao elevado turnover de energia. Isto leva 
ao aumento das necessidades mínimas proteicas diárias, 
mas esse aumento pode ser alcançado se uma dieta 
balanceada for consumida para atender ao aumento do 
gasto energé�co diário. 
 A principal contribuição das proteínas dieté�cas 
consiste em fornecer aminoácidos para vários processos 
anabólicos. A proteína representa de 12% a 15% da massa 
corporal. O conteúdo proteico do músculo esquelé�co, que 
é aproximadamente 65% da proteína total do organismo, 
pode ser dras�camente aumentado com a aplicação de 
exercícios. Há evidências de que à medida que o exercício 
progride, aumenta a quan�dade de ureia plasmá�ca no 
suor. Dessa forma, há desintegração proteica durante o 
exercício.
FA C U L DA D E
8
RECOMENDAÇÕES DE PROTEÍNAS PARA
PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA E ATLETAS
 A prá�ca regular de exercícios pode aumentar a necessidade de proteínas e aminoácidos. Esse 
aumento, causado pelo treinamento, pode ocorrer de forma direta, devido às mudanças do metabolismo 
de aminoácidos, ou indireta, como resultado do consumo insuficiente de energia, como citado 
anteriormente.
 Pesquisas indicam que, quando a ingestão energé�ca é adequada, a ingestão proteica de 1,2 – 
1,4g/kg/ dia seria o adequado para indivíduos que pra�cam exercícios de resistência moderada e 
regularmente (5 a 6 vezes por semana durante 1 hora). Já atletas de resistência de elite devem consumir 
1,6g/kg/ dia de proteínas. Os indivíduos que pra�cam a�vidades de modo recrea�vo (4 a 5 vezes por 
semana durante 30 minutos com intensidade inferior a 55% do VO2max) devem ingerir a mesma 
quan�dade recomendada para indivíduos sedentários de 0,8g a 1,2g/kg/dia.
 Para quem está iniciando um programa de treinamento de força rigoroso, o consumo 
recomendado de proteínas é de 1,6-1,8g/kg/dia. Para atletas com longo período de treinamento e que 
precisam manter a massa muscular, diminui-se para 1,2g/kg/dia. Para indivíduos que estão treinando 
força e que não são atletas, a ingestão recomendada é de 0,9g/kg/dia. 
 Em relação ao Valor Calórico Total oferecido, as proteínas devem representar aproximadamente 
12% -15% (American College ou Sports Medicine, 2000).
 É importante ressaltar que a ingestão em excesso de proteínas não implica maior síntese proteica. 
Contudo, a síntese proteica aumenta durante aproximadamente 48h depois de uma sessão de exercício 
de força (PHILLIP, 2004). O aumento de massa magra, obviamente, é o resultado de um balanço 
nitrogenado posi�vo e crônico (TIPTON, 2003).
 As fontes de proteínas completas incluem ovos, leite, carnes, peixes e aves. Essas proteínas 
proporcionam a mistura ideal de aminoácidos essenciais entre as fontes alimentares, sendo classificadas 
como de alto valor biológico.
FA C U L DA D E
VITAMINAS E MINERAISVITAMINAS E MINERAIS
9
 As vitaminas e os minerais são nutrientes 
essenciais para o funcionamento do nosso 
corpo. Além de regular enzimas e hormônios, 
par�cipam da manutenção do ritmo cardíaco, da 
contração muscular, do funcionamento cerebral 
e do equilíbrio do organismo como um todo. São 
denominados de micronutrientes, pois suas 
quan�dades u�lizadas normalmente estão na 
faixa dos miligramas, ou microgramas.
 Dos 90 elementos existentes na Terra, 
reconhecem-se cada vez mais os minerais como 
essenciais à vida. 
 Alguns minerais podem ser destacados 
para pra�cantes de a�vidade �sica, visto que tal 
deficiência poderia prejudicar a saúde e o 
desempenho, quando não adequados e 
equilibrados na dieta.
CÁLCIO E FÓSFORO
Normalmente são apresentados e absorvidos juntos. 
Mantêm a integridade dos ossos e, portanto, a integridade 
para a locomoção, além de par�cipar da coagulação 
sanguínea, excitabilidade neuromuscular, controle da 
contração e relaxamento muscular (favorecendo câimbras), 
parte integrante da ATP e dos fosfolipídios etc.
MAGNÉSIO
Par�cipa do metabolismo energé�co, da síntese proteica, 
da contração muscular, em parceria com o cálcio, atua na 
taxa metabólica basal etc.
FA C U L DA D E
VITAMINAS E MINERAISVITAMINAS E MINERAIS
10
FERRO: O FERRO NA ALIMENTAÇÃO DE ATLETAS
 O ferro cumpre um importante papel no desempenho �sico de atletas e espor�stas em geral. 
Como componente da hemoglobina nas hemácias (células vermelhas do sangue), o ferro permite o 
transporte do oxigênio para o músculo durante o exercício, por isso está envolvido na geração desse gás 
tão importante no esporte, e assim atua diretamente no processo de produção de energia.
Diversas são as causas para a deficiência de ferro em atletas, e a mais frequente é a inadequada ingestão 
deste mineral na dieta. Isso quer dizer que a anemia poderia ser facilmente controlada pela maior 
ingestão de alimentos ricos em ferro. 
 Os atletas apresentam grande dificuldade em a�ngir as recomendações nutricionais de ferro, 
especialmente as mulheres, que têm de repor o ferro perdido por meio da menstruação. Um dos 
aspectos que determinam a baixa ingestão de ferro é ouso de dietas hipocalóricas (abaixo de 2.000 kcal) 
e também em decorrencia da alimentação vegetariana. 
 Além disso, a modalidade espor�va pra�cada também pode estar facilitando a perda de ferro, 
uma vez que esportes que exigem impacto constante com o solo, como a corrida, o basquete e o tênis, 
aumentam a chamada “hemólise por impacto”, que favorece a perda de sangue pelo trato 
gastrointes�nal.
 Do ponto de vista nutricional, temos um grande problema para a�ngir as recomendações de ferro: 
apenas uma média de 10% do ferro ingerido será propriamente absorvida. As melhores fontes 
alimentares de ferro são as carnes vermelhas e o �gado. Frango e peixe também contêm quan�dades 
apreciáveis deste mineral, e alimentos como feijão, len�lha e espinafre apresentam boas quan�dades de 
ferro, porém não é muito bem absorvido nestes alimentos.
 A eficiência na absorção do ferro é determinada também pelos alimentos que são consumidos na 
mesma refeição. Por exemplo, os alimentos que contêm ácido ascórbico (vitamina C) são ó�mos 
“facilitadores” da absorção intes�nal do ferro. Dessa forma, sempre que um alimento fonte de ferro for 
ingerido, uma fruta ácida, rica em vitamina C, deve ser ingerida conjuntamente.
 No entanto, deve-se atentar para os alimentos que contenham fitatos e taninos (chás em geral; 
café; Coca-Cola), pois tais substâncias se ligam ao ferro, prejudicando a sua absorção. Alimentos que 
contenham cálcio também não são indicados para serem ingeridos com fontes de ferro. Isto porque 
ocorre a “união” entre os dois minerais, prejudicando a absorção de ambos. Os alimentos fontes de cálcio 
são, principalmente, os leites, queijos e seus derivados.
FA C U L DA D E
VITAMINAS E MINERAISVITAMINAS E MINERAIS
11
ZINCO: A IMPORTÂNCIA DO ZINCO PARA ATLETAS
 É notório que o exercício �sico traz muitos bene�cios e que é 
realizado por muitas pessoas como uma forma para se desenvolver uma 
melhor qualidade de vida, ou, em muitos casos, profissionalmente. 
Porém, os efeitos benéficos que o exercício �sico traz podem ser 
opostos caso uma associação adequada entre treino, descanso e 
alimentação não seja seguida, podendo trazer efeitos nega�vos. Com o 
exercício �sico, o metabolismo aeróbio é aumentado, elevando assim a 
produção de radicais livres e deixando as defesas naturais do organismo 
mais suscep�veis a doenças.
 Para combater os radicais livres, é essencial o consumo de 
an�oxidantes na dieta, que tem como função bloquear o efeito danoso 
dos radicais. Um importante micronutriente que atua contra os radicais 
livres (an�oxidante) é o zinco, um mineral presente em mais de 200 
enzimas diferentes, demonstrando, desse modo, a sua importância 
para o bom funcionamento do metabolismo, dos processos fisiológicos, 
do crescimento e do desenvolvimento. 
 O consumo maior de energia necessário para a prá�ca de 
a�vidade �sica não é garan�a do consumo adequado de zinco e o seu 
papel como an�oxidante pode ser prejudicado pela baixa ingestão 
desse nutriente na dieta. Dessa forma, a saúde e a performance do 
atleta podem sofrer alterações. 
 Nos alimentos, o zinco está presente em maiores quan�dades 
nas ostras (a maior fonte deste nutriente), seguidas das carnes 
vermelhas. Outros alimentos, como os ovos, a carne de frango, o leite e 
derivados, as frutas oleaginosas e os cereais integrais são, também, 
ó�mas fontes. A recomendação de zinco u�lizada é a mesma para a 
população em geral: 8mg/dia para mulheres e 11mg/dia para homens. 
FA C U L DA D E
12
SELÊNIO
 O selênio é um mineral essencial a várias espécies e ao homem. Suas funções só puderam ser 
descritas depois de demonstrada sua incorporação à enzima gluta�ona peroxidase.
 Entre suas funções, a mais importante é ser an�oxidante, além de ser necessária na produção de 
enzimas que neutralizam os radicais livres e protegem contra a peroxidação lipídica das membranas 
celulares.
 Alimentos fontes de selênio: castanha-do-Pará, �gado, frango, frutos do mar, atum, leite, cereais 
integrais, gema de ovo, brócolis, aipo, alho, cebola, cogumelos.Quanto à vitaminas, as quan�dades a 
serem ingeridas seguem as recomendações das DRIs, de forma geral.
 Estudos de consumo demostram que os atletas não apresentam ingestão abaixo da DRI, portanto, 
se esses indivíduos ingerirem uma dieta que apresente variedade de alimentos vegetais e animais, 
estariam a�ngindo a dose recomendada, não sendo necessária a suplementação.
 De forma diferente, megadoses de vitaminas eram recomendadas a determinados atletas. No 
entanto, o profissional nutricionista deve inves�gar a alimentação desses atletas, pois, se megadoses não 
melhoram, as deficiências, sim, atrapalham.
 A deficiência das vitaminas A, E, Ác. Fólico, B6, B12 e C pode diminuir a função imune e a resistência 
corporal contra infecções (CALDER et al., 2002).
 Da mesma forma, o excesso dos minerais ferro e zinco também pode diminuir a capacidade de ação 
do sistema imune (CHANDRA, 1984; SHERMAN, 1992; GLEESON, 2000).
 Não há comprovação sobre os efeitos ergogênicos das superdosagens de vitaminas C e E.
 A ingestão de doses levemente acima das normais, porém associadas, dessas duas vitaminas, 
parece ser a prescrição dieté�ca mais adequada (NIEMAN, 2002). Seria 10-15mg de vitamina E, 65-
100mg de vitamina C.
 Estudos com megadoses de vitamina E, como a administração de 600mg de vitamina E cerca de 2 
meses antes do Ironman, apresentaram resultados indesejáveis: aumentou de estresse oxida�vo e da 
quan�dade de citocinas pró-inflamatórias em comparação com o grupo placebo (GLEESON, 2004).
 O ácido ascórbico (vitamina C) é encontrado em altas concentrações em leucócitos (GLEESON, 
2004). Contudo, as necessidades de vitamina C no esporte de alto rendimento merecem destaque. 
 A vitamina C oferece proteção contra a queda de imunidade provocada pelo cor�sol na a�vidade 
�sica. Também favorece a inibição do crescimento viral.
FA C U L DA D E
13
ÁGUA
 Os pra�cantes de a�vidade �sica devem se hidratar com sabedoria. É muito importante se 
manter hidratado ao pra�car esportes, mas deve-se saber o que tomar e em que momento. 
 A regra é simples: quem pra�ca esportes até 1 hora ou 1 hora e 15 minutos deve tomar 
apenas água bem fresca (com temperatura da geladeira: entre 4 e 6ºC), levando-a em garrafas 
térmicas para mantê-la fria, sempre tomando de 3 a 4 goles grandes a cada 15 ou 20 minutos.
 Quem pra�ca esportes entre 1 e 2 horas incompletas pode, além da água, tomar água de 
coco gelada como complemento isotônico para repor sais. Siga a mesma regra: de 3 a 4 goles a cada 
15 ou 20 minutos, pois é o tempo que o estômago esvazia para esses líquidos.
 Já quem pra�ca esportes de longa duração, na 1a hora, deve tomar somente água fria, mas a 
par�r da 2a hora deve tomar hidratantes com soluções semelhantes ao soro sanguíneo, que são as 
bebidas para atletas (�po Gatorade, Sport Drink etc.), sempre bem geladas, de 3 a 4 goles a cada 15 
ou 20 minutos. 
Renata Pires Dotto é nutricionista, mestre em Biociências pela UFMT, doutoranda em Ciências 
pela UNIFESP, e coordenadora de cursos de especialização em Nutrição na Faculdade UnYLeYa 
desde 2011. Possui experiência com Sequenciamento de Sanger e MLPA para diagnóstico 
molecular de Diabetes MODY.
RENATA PIRES DOTTO
FA C U L DA D E
Quem Somos
 A Faculdade UnYLeYa é uma instituição de ensino superior com 20 anos de 
tradição na oferta de cursos de Graduação e Pós-Graduação Distância. Com nota 
cinco no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e nota quatro 
no IGC (índice Geral de Cursos), a instituição propõe levar ensino de qualidade, 
com valores acessíveis a todos os cantos do país. 
 Entendendo a educação a distância como uma alternativa de ensino-aprendizagem, está amparada por uma equipe de docentes especializados que 
tem investido com competência na implementação de cursos de pós-graduação 
e graduação a distância de qualidade. O corpo docente é formado por mestres e 
doutores e a metodologia diferenciada possibilita total aproveitamento por 
parte dos estudantes. Todos os cursos são reconhecidos pelo MEC e 
contemplam as principais exigências do mercado de trabalho capacitando seus 
estudantes para o pleno desempenho de suas atribuições na carreira escolhida.
 Os cursos (Pós, Bacharelado, Tecnológico e Licenciatura) utilizam 
plataforma de ensino moderna e de fácil utilização, além de aplicativo para 
smartphones para que o estudante possa estudar onde e quando quiser. A 
tecnologia é a principal aliada da Faculdade UnYLeYa para formar 
profissionais com excelência.
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