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Aula 1 Conhecendo o CFP e o CRP

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Conhecendo o CFP e o CRP
DISCIPLINA: CIÊNCIA E PROFISSÃO
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Conselho Federal de Psicologia - CFP
“É uma autarquia (forma de governo em que um indivíduo ou grupo tem poder absoluto) de direito público, com autonomia administrativa e financeira, cujos objetivos, além de regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional, como previsto na Lei 5766/1971, regulamentada pelo Decreto 79.822, de 17 de junho de 1977,  deve promover espaços de discussão sobre os grandes temas da Psicologia que levem à qualificação dos serviços profissionais prestados pela categoria à sociedade”. 
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Composição
O Plenário do CFP é formado por nove membros efetivos e nove membros suplentes, eleitos por maioria de votos, em escrutínio secreto, na Assembleia dos Delegados Regionais.
O CFP possui, em sua composição os seguintes membros: Presidente; Vice-Presidente; Secretário; Tesoureiro; cinco secretários regionais (um por região geográfica); e Secretário de Orientação e Ética;
O Conselho deve reunir-se em reunião plenária, pelo menos uma vez por mês, para deliberar sobre assuntos de interesse da categoria.
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Plenário
O Plenário é um órgão deliberativo do Conselho Federal de Psicologia formado pelo conjunto de seus conselheiros.
O órgão  é responsável, entre outras atribuições:
Pela aprovação do plano de ação da gestão;
pela aprovação da realização de inquéritos sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais de Psicologia;
pela proposta de criação e extinção de cargos do CFP;
pela criação de Grupos de Trabalho.
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Processos éticos 
Acontecem ainda, no mesmo período das reuniões plenárias, as plenárias de julgamentos de processos éticos. Consiste em sessão restrita em que só participam os conselheiros e as partes.
Seu objetivo é analisar recursos das partes interessadas e verificar a decisão proposta pelo Regional, podendo manter sua decisão ou reformá-la.
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Comissões Permanentes
Comissão de Direitos Humanos, criada pela Resolução CFP nº 11/1998 tem como atribuições: 
incentivar a reflexão sobre os direitos humanos inerentes à formação, à prática profissional e à pesquisa em Psicologia; 
intervir em todas as situações em que existam violações dos direitos humanos que produzam sofrimento mental; 
participar de todas as iniciativas que preservem os direitos humanos na sociedade brasileira; apoiar o movimento internacional dos direitos humanos;  
lutar contra todas as formas de exclusão que violem os direitos humanos e provoquem qualquer tipo de sofrimento mental.
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Comissão de Análise sobre Título Especialistas - 
criada pela Resolução CFP nº 014/200, revogada pela Resolução CFP nº 013/2007: para fins de concessão de credenciamento de cursos de especialista e análise de recursos sobre títulos de especialistas. Essa comissão também tem a responsabilidade de subsidiar o plenário do CFP para as diversas demandas relacionadas ao tema “Especialidades em Psicologia”.
Especialidades reconhecidas pelo CFP atualmente: 
Psicologia Escolar/Educacional:
Atua no âmbito da educação formal realizando pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva ou corretiva em grupo e individualmente. 
Envolve, em sua análise e intervenção, todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino- aprendizagem. (características do corpo docente, do currículo, das normas da instituição, do material didático, do corpo discente e demais elementos do sistema)
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Psicologia Escolar/Educacional:
 Em conjunto com a equipe, colabora com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais
 No âmbito administrativo, contribui na análise e intervenção no clima educacional, buscando melhor funcionamento do sistema que resultará na realização dos objetivos educacionais. 
Participa de programas de orientação profissional com a finalidade de contribuir no processo de escolha da profissão e em questões referentes à adaptação do indivíduo ao trabalho. 
Analisa as características do indivíduo portador de necessidades especiais para orientar a aplicação de programas especiais de ensino. Realiza seu trabalho em equipe interdisciplinar, integrando seus conhecimentos àqueles dos demais profissionais da educação
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Psicologia Organizacional e do Trabalho:
Atua em atividades relacionadas a análise e desenvolvimento organizacional, ação humana nas organizações, desenvolvimento de equipes, consultoria organizacional, seleção, acompanhamento e desenvolvimento de pessoal, estudo e planejamento de condições de trabalho, estudo e intervenção dirigidos à saúde do trabalhador. 
Desenvolve, analisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde do trabalhador, observando níveis de prevenção, reabilitação e promoção de saúde. 
Desempenha atividades relacionadas ao recrutamento, seleção, orientação e treinamento, análise de ocupações e profissiográficas e no acompanhamento de avaliação de desempenho de pessoal, atuando em equipes multiprofissionais. 
Utiliza métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, testes, provas, dinâmicas de grupo, etc. para subsidiar as decisões na área de recursos humanos como: promoção, movimentação de pessoal, incentivo, remuneração de carreira, capacitação e integração funcional e promover, em conseqüência, a auto-realização no trabalho. 
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Psicologia de Trânsito:
Procede ao estudo no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos relacionados aos problemas de trânsito; 
realiza diagnóstico da estrutura dinâmica dos indivíduos e grupos nos aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais; 
colabora na elaboração e implantação de ações de engenharia e operação de tráfego; 
desenvolve ações sócio-educativas com pedestres, ciclistas, condutores infratores e outros usuários da via; 
desenvolve ações educativas com: diretores e instrutores dos Centros de Formação de Condutores, examinadores de trânsito e professores dos diferentes níveis de ensino
realiza avaliação psicológica em condutores e candidatos à carteira de habilitação; 
participa de equipes multiprofissionais no planejamento e realização das políticas de segurança para o trânsito
elabora laudos, pareceres psicológicos, relatórios técnicos e científicos
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Psicologia Jurídica:
Atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção, para possibilitar a avaliação das características de personalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis
Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças, aplicando métodos e técnicas psicológicas e/ou de psicometria, para determinar a responsabilidade legal por atos criminosos; 
atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para serem anexados aos processos, a fim de realizar atendimento e orientação a crianças, adolescentes, detentos e seus familiares
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Psicologia do Esporte:
A atuação do psicólogo do esporte está voltada tanto para o esporte de alto rendimento, ajudando atletas, técnicos e comissões técnicas a fazerem uso de princípios psicológicos para alcançar um nível ótimo de saúde mental, maximizar rendimento e otimizar a performance, quanto para a identificação de princípios e padrões de comportamentos de adultos e crianças participantes de atividades físicas.
Estuda, identifica e compreende teorias e técnicas psicológicas que podem ser aplicadas ao contexto do esporte e do exercício físico, tanto em nível individual – o atleta ou indivíduo praticante – como grupal – equipes esportivas ou de praticantes de atividade física. 
Sua atuação é tanto diagnóstica, desenvolvendo e aplicando instrumentos para determinação de perfil individual e coletivo, capacidade motora e cognitiva voltada para a prática esportiva, quanto interventiva atuando diretamente na transformação de padrões de comportamento que interferem na prática da atividade física regular e/ou competitiva.
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Psicologia Clínica: 
Atua na área específica da saúde, em diferentes contextos, através de intervenções que visam reduzir o sofrimento do homem, levando em conta a complexidade do humano e sua subjetividade. 
Estas intervenções tanto podem ocorrer a nível individual , grupal, social ou institucional e implicam em uma variada gama de dispositivos clínicos já consagrados ou a serem desenvolvidos, tanto em perspectiva preventiva, como de diagnóstico ou curativa. 
Sua atuação busca contribuir para a promoção de mudanças e transformações visando o benefício de sujeitos, grupos, situações, bem como a prevenção de dificuldades. 
Atua no estudo, diagnóstico e prognóstico em situações de crise, em problemas do desenvolvimento ou em quadros psicopatológicos, utilizando, para tal, procedimentos de diagnóstico psicológico tais como: entrevista, utilização de técnicas de avaliação psicológica e outros.
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Psicologia Hospitalar: 
Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços de nível secundário ou terciário da atenção a saúde. 
Atua também em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa, visando o aperfeiçoamento ou a especialização de profissionais em sua área de competência, ou a complementação da formação de outros profissionais de saúde de nível médio ou superior, incluindo pós-graduação lato e stricto sensu. 
Atende a pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da comunidade dentro de sua área de atuação; membros da equipe multiprofissional e eventualmente administrativa, visando o bem estar físico e emocional do paciente; e, alunos e pesquisadores, quando estes estejam atuando em pesquisa e assistência. 
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Psicopedagogia:
Atua na investigação e intervenção nos processos de aprendizagem de habilidades e conteúdos acadêmicos.
 Busca a compreensão dos processos cognitivos, emocionais e motivacionais, integrados e contextualizados na dimensão social e cultural onde ocorrem. 
Trabalha para articular o significado dos conteúdos veiculados no processo de ensino, com o sujeito que aprende na sua singularidade e na sua inserção no mundo cultural e social concreto. Na relação com o aluno, o profissional estabelece uma investigação que permite levantar uma série de hipóteses indicadoras das estratégias capazes de criar a intervenção que facilite uma vinculação satisfatória ou mais adequada para a aprendizagem. 
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Psicomotricidade:
Atua nas áreas de Educação, Reeducação e Terapia Psicomotora, utilizando-se de recursos para o desenvolvimento, prevenção e reabilitação do ser humano. 
Participa de planejamento, elaboração, programação, implementação, direção, coordenação, análise, organização, supervisão, avaliação de atividades clínicas e parecer psicomotor em clínicas de reabilitação, nos serviços de assistência escolar, escolas especiais, hospitais associações e cooperativas; 
presta auditoria, consultoria, assessoria; dá assistência e tratamento especializado, visando a preparação para atividades esportivas, escolares e clínicas.
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Psicologia Social:
Atua fundamentado na compreensão da dimensão subjetiva dos fenômenos sociais e coletivos, sob diferentes enfoques teóricos e metodológicos, com o objetivo de problematizar e propor ações no âmbito social. 
Desenvolve atividades em diferentes espaços institucionais e comunitários, no âmbito da Saúde, Educação, trabalho, lazer, meio ambiente, comunicação social, justiça, segurança e assistência social.
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Neuropsicologia:
Atua no diagnóstico, no acompanhamento, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral. 
Utiliza instrumentos especificamente padronizados para avaliação das funções neuropsicológicas envolvendo principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas.
 Estabelece parâmetros para emissão de laudos com fins clínicos, jurídicos ou de perícia; complementa o diagnóstico na área do desenvolvimento e aprendizagem.
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Comissão Nacional de Credenciamento de sites, criada pela Resolução CFP nº 003/2000, revogada pela Resolução CFP nº 012/2005:  além de realizar avaliação dos sites que oferecem serviços de Psicologia, apresenta sugestões para o aprimoramento dos procedimentos e critérios envolvidos nesta tarefa e subsidia o Sistema Conselhos de Psicologia a respeito da matéria.
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Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, criada pela Resolução CFP nº 025/2001, revogada pela Resolução CFP nº 002/2003:  integrada por psicólogos convidados de reconhecido saber em testes psicológicos, tem como objetivo analisar e emitir parecer sobre os testes psicológicos encaminhados ao CFP, com base nos parâmetros definidos nesta Resolução, bem como apresentar sugestões para o aprimoramento dos procedimentos e critérios envolvidos nessa tarefa, subsidiando as decisões do Plenário a respeito da matéria.
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O CFP integra as seguintes entidades:
União LatinoAmericana de Entidades de Psicologia (Ulapsi) – articulação de entidades e psicólogos latino-americanos, criada para o trabalho conjunto em benefício dos povos.
Fórum Nacional de Entidades da Psicologia no Brasil (FENPB) – conjunto de entidades representativas da Psicologia no Brasil.
Rede Latino Americana da Psicologia em Emergências e Desastres
O CFP também participa de diversos coletivos:  Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Conselho Nacional da Criança e do Adolescente,  Conselho Nacional de Saúde, Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT – CNCD (O Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais ) /LGBT , Conselho Nacional de Segurança Pública, Conselho Nacional de Assistência Social e Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas.
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Conselho Regional de Psicologia – CRP 06
Tem a finalidade de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de psicólogo, de acordo com o estabelecido na Lei Federal n° 5.766, de 20 de dezembro de 1971. 
Existem 19 Conselhos Regionais em todo o País, distribuídos por Estados ou regiões. O CRP SP mantém uma sede na capital e nove subsedes no interior: Assis, Baixada Santista e Vale do Ribeira, Bauru, Campinas, Grande ABC, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Vale do Paraíba e Litoral Norte. 
As metas e formas de trabalho do Conselho Federal (CFP) e dos Conselhos Regionais (CRPs) são pautadas pelas deliberações do Congresso Nacional de Psicologia, realizados a cada três anos, quando são aprovadas teses sobre a estrutura funcional dos Conselhos e os princípios que norteiam suas ações quanto aos exercícios, à formação e à ética profissional.
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Os CRPs possuem as seguintes instâncias:
Assembléia das Políticas Administrativas e Financeiras - APAF: 
Assembléia Geral: orçamento, valores de anuidade e taxas;
Plenário: julgamento de processos éticos e novos procedimentos administrativos;
Diretoria: Órgão executivo eleito anualmente pelo Plenário, composto por quatro conselheiros efetivos: presidente, vice-presidente,
secretário e tesoureiro.
Comissões Gestoras: Órgãos executivos responsáveis pelas gestões das subsedes. Seus componentes (coordenador, subcoordenador e membro) reúnem-se regularmente na sede do CRPSP para troca de experiência e planejamento do trabalho. Essa reunião é denominada Fórum de Gestores.
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Comissões Permanentes:
São responsáveis por orientar, fiscalizar e tramitar os processos éticos. São elas: Ética, Orientação e Fiscalização, Direitos Humanos, Avaliação dos Pedidos de Concessão de Registro de Especialista.
Comissões Temáticas: 
Tratam de assuntos do interesse da sociedade e da categoria, estando abertas à participação de todos os profissionais.
Grupos de Trabalho:
São criados para tratar de assuntos novos por períodos curtos.
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Eleições
Realizadas a cada três anos (sempre em 27/08);
Para concorrer: As chapas concorrentes nos pleitos do CRP SP devem ser compostas por 30 candidatos a conselheiros (15 efetivos e 15 suplentes). Esses candidatos devem estar devidamente registrados no CRP SP. Outras exigências: ser cidadão brasileiro, estar em dia com as obrigações eleitorais e militares, não ter débitos junto ao CRP SP até o ano das eleições e não apresentar, nos cinco anos anteriores, condenações e penas superiores a dois anos por infrações éticas.
O voto: É universal e obrigatório a todo profissional registrado no Conselho e em dia com sua anuidade, não sendo permitido votar por procuração. Os locais de votação são indicados antecipadamente pela Comissão Eleitoral.
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Segundo a Lei nº 4119 de 27/08/1962
§ 1º Constitui função privativa do Psicólogo e utilização de métodos e técnicas psicológicas com os seguintes objetivos:     
a) diagnóstico psicológico;
b) orientação e seleção profissional;
c) oritentação psicopedagógica;
d) solução de problemas de ajustamento.
§ 2º É da competência do Psicólogo a colaboração em assuntos psicológicos ligados a outras ciências.
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Referências
CFP: http://site.cfp.org.br/
CRP/SP: www.crpsp.org.br
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