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Projeto de Trabalho SAP Filosofia e Lógica

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Uma análise filosófica das ações, intenções e valores da empresa SAP
Filosofia, ética e lógica organizacional
Turma 21
Daniel Saraiva Motta - 8966541
Felipe Ewerton de Oliveira Rodrigues – 8966090
Melissa Wu - 
12 de Setembro de 2017
1. Introdução, justificativa e objetivos
A ética é um campo do conhecimento que possui uma série de escolas. Dentre elas, quatro foram escolhidas para serem abordadas na pesquisa: Ética das virtudes; utilitarismo; egoísmo ético; e ética do dever. O objetivo deste trabalho é questionar suas ações e intenções da empresa SAP com base nas escolas de pensamento abordadas nesta pesquisa, afim de avaliar a aderência das ações com os valores que a empresa se propõe a seguir. Para isso, adotamos como metodologia a análise qualitativa, baseada em uma pesquisa explicativa, utilizando dados secundários.
A filosofia consiste em não aceitar as coisas, ideias, fatos, valores, acontecimentos como naturais, óbvios e evidentes. Ela estimula os seres humanos a não aceitar imediatamente as coisas, sem maiores considerações. A filosofia surge quando os seres humanos começam a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam as crenças cotidianas (Chaui, 2010). Nesse sentido, o estudo sobre a empresa SAP busca questionar suas ações e intenções com base nas escolas de pensamento abordadas em aula.
As quatros escolas selecionadas pertencem ao campo da ética. Esta última pode ser definida como: estudo dos valores morais ou virtudes, de relações entre diversas esferas, como a relação entre vontade e paixão, vontade e razão; finalidades e valores da ação moral; ideias de liberdade, responsabilidade, dever, obrigação, dentre outras (Chaui, 2010).
O grupo optou pela empresa SAP pelo fato da companhia representar a revolução tecnológica atual e também possuir inúmeras iniciativas de cunho social. A SAP, na condição de líder de mercado no ramo de softwares aplicativos empresariais, ajuda as organizações a enfrentarem os efeitos danosos da complexidade, além de conseguirem gerar novas oportunidades de inovação e crescimento, fornecendo vantagem competitiva frente à concorrência. Sua visão é melhorar a vida das pessoas através do oferecimento de soluções simples para conectar as pessoas e a tecnologia em tempo real. Sua proposta é repensar os negócios e a vida das pessoas de modo a gerar um impacto global positivo e significativo. Esse impacto ocorre em diversas esferas: econômica, social e ambiental².[1: https://www.sap.com/brazil/about.html² https://www.sap.com/corporate/en/vision-purpose.html]
A parte 1 deste trabalho consiste em uma introdução ao tema e justificativa, com um breve levantamento sobre a teoria usada e algumas informações sobre a empresa. Na parte 2, é apresentada uma breve revisão teórica. Na parte 3 consta a metodologia de pesquisa. Na parte 4 são apresentados os objetivos da pesquisa. Por fim, na parte 5 estão as referência bibliográficas.
2. Revisão Teórica
2.1. Ética das Virtudes
A Ética das Virtudes vem do filósofo Aristóteles, com raízes vindas da Grécia antiga. Aristóteles afirmou que a virtude é um traço de caráter manifestado no agir habitual. O “habitual” é importante. Consiste em uma teoria focada mais no caráter do que nas ações. Com maior interesse nas questão de saber quais ações estão corretas ou erradas e a virtude pensa assim sobre as diversas formas de trabalhar essas questões, pensando assim sobre o gênero de pessoa que deveremos ser, que ações devemos tomar, quais as qualidades que tornam a vida boa e quais os vícios e qualidades negativas que devemos evitar (Anna, 2006).
Existem algumas características gerais da ética das virtudes, que são: (1) uma ação é correta se é feita de acordo com o que o virtuoso faria em uma determinada situação; (2) a ideia de “bondade” precede a concepção de “correção moral”: o que importa é a bondade do caráter; (3) as virtudes são como bens intrínsecos: são boas em si mesmas, tendo valor em si mesmas, não sendo bens meramente instrumentais; (4) alguns bens intrínsecos são próprios do agente: são bons para mim, tendo, consequentemente, valor adicional; (5) agir corretamente não pressupõe a maximização do bem. Ética das virtudes (Oakley, 1996).
2.2. Utilitarismo
O utilitarismo é um tipo de ética normativa com origem nas obras dos filósofos e economistas ingleses do século XVIII e XIX, Jeremy Bentahm e John Stuart Mill. Esta ética prevê que uma ação é moralmente correta se e somente se, tender a promoção da felicidade e, se torna condenável quando tende a produzir a infelicidade. Visto que, considerar-se-á não apenas a felicidade do provocador ou agente da ação, mas também a de todos os indivíduos afetados por ela (Siegler;J., Schulz; A, 2009). Assim, pode-se definir o utilitarismo pelo “Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar”.
Para Aristóteles, nossas atividades e nossas obras tendem sempre para um fim, que é o bem. Há uma hierarquia entre os fins; o fim último é o Soberano Bem, que é da alçada da Política, ciência suprema. O fim da Política é o bem da cidade, com o qual se identifica o bem do indivíduo. Tal bem é a felicidade, a mais desejável de todas as coisas. A ética, então, é uma ciência prática, cuja razão de ser é nos tornar melhores (Corbiser, 1991, p. 246).
Portanto, o ser ético deve agir em busca da felicidade, onde seu nível mais alto de realização se dá através da busca do bem-estar coletivo. 
2.3. Egoísmo ético
O egoísmo ético defende que o nosso único dever é fazer o melhor para nós mesmos. Por vezes pode acontecer que o melhor para nós coincida com o melhor para os outros, mas o objetivo é sempre e unicamente a promoção do bem pessoal (James Rachels, 2004).
Enquanto teoria, o egoísmo ético defende que o altruísmo derrota a si mesmo, pois no fundo, o bem que pode ser feito aos outros deve ser apenas um meio para atingir um fim: o bem próprio. Nesse sentido, o filósofo Thomas Hobbes afirma a seguinte regra: devemos ajudar os outros para que eles nos ajudem, ou seja, ajudar os outros na medida em que isso traga vantagens para nós. Contudo, se aceitássemos o egoísmo ético como filosofia de vida, a relação estabelecidas entre o eu e o outros seria interesseira, hipócrita e dissimulada (James Rachels, 2004).
2.4. Ética do dever.
Segundo Kant, a intenção e o dever dependem do eu epistemológico, sendo este um aparelho cognitivo subjetivo e universal. Este mecanismo, possuído por todos os homens, é constituído por razão, entendimento e sensibilidade. Estes fatores levam o homem a sujeitar seu agir à razão prática, conferindo-lhe autonomia e dignidade (Herrero, J. F., 2001).
O imperativo categórico é uma fórmula voluntária racional que supera os interesses e impõe- se o ser moral, o dever. Portanto, uma ação torna-se correta quando é realizada pelo dever. Segundo Chauí (2000) “O imperativo categórico exprime-se numa fórmula geral: Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal. Em outras palavras, o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma.”
Assim, a moral de Kant é dita denteológica, pois é puramente constituída pela razão (Herrero, J. F., 2001). Dentre todas as coisas boas, a boa vontade, expressa pelo ser humano de acordo com sua capacidade de se autolegislar, apresenta-se como o ápice da moral, pois esta não possui um fator condicionante.
3. Metodologia
A abordagem adotada neste trabalho foi a pesquisa qualitativa, uma vez que não havia uma preocupamos com o aprofundamento na compreensão do grupo social e da organização, etc. (Gil, 1999). O objetivo era apenas salientar os aspectos dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana e das ações da empresa à luz dos conteúdos levantados na pesquisa (Polit, Becker e Hungler, 2004).
Nessa abordagem qualitativa, adotamos uma pesquisa explicativa devido a sua adequação aos objetivos do trabalho. Isso porque ela busca identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dosfenômenos, este tipo de pesquisa visa explicar o porquê das coisas através dos resultados oferecidos (Gil, 2007).
Por fim, neste estudo serão usados unicamente dados secundários. Sendo assim, a principal preocupação foi com relevância dessas fontes. Contudo, será levado em consideração os três pontos sugeridos pela literatura ao se coletar material histórico: a utilidade, a origem e o procedimento interpretativo (Gil, 1999).
4. Objetivos
Objetivo Geral: Analisar se as ações e intenções da empresa SAP aderem aos seus valores.
Objetivos específicos:
Fazer uma revisão teórica das principais escolas da ética
Fazer um levantamento das principais ações realizadas pela empresa
Fazer o levantamento dos valores da empresa SAP
Analisar quais ações estão ligadas a cada um dos valores da empresa
Analisar a motivação de cada um dos valores da empresa com base nas principais escolas revisadas na pesquisa
5. Bibliografia
Annas, J. Virtue ethics. In: Copp, D. (Ed.). The Oxford handbook to ethical theory. Oxford: Oxford University Press, 2006.
Aoakley, 1996, p. 129. Oakley, J. Varieties of virtue ethics. Ratio, Oxford, v. 9, 1996.
Chaui, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2010. Unidade 8, cap. 5. pp. 379-390.
Gil, Antonio Carlos. 1999. 264 Journal Of The American Medical Association Métodos E Técnicas de Pesquisa Social.
Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Herrero, F.J. A Ética de Kant, Revista de Filosofia V. 28 N. 90 pp. 17-36, 2001.
Janaína M. B. Siegler 1 Almiro Schulz. A Teoria ética utilitarista e seu impacto nos processos decisórios das instituições de ensino superior, Revista IDEA, 2009.
Rachels, James. Elementos da Filosofia Moral, Gradiva, 2004. 
Siegler, J., Schulz, A. A Teoria Ética Utilitarista e seu impacto nos processos decisórios das instituições de ensino superior. Revista Idea. V1 n1, 2009
Polit, D. F.; Beck, C. T.; Hungler, B. P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. Trad. de Ana Thorell. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Uma solução para viver melhor na amazônia. Disponível em: <http://www.aberje.com.br/revista/uma-solucao-para-viver-melhor-na-amazonia/> Acessado 28 de agosto de 2017.
SAP, sobre. Disponível em: <https://www.sap.com/brazil/about.html> Acessado 28 de agosto de 2017.
SAP, visão e propósito. Disponível em: <https://www.sap.com/corporate/en/vision-purpose.html> Acessado 28 de agosto de 2017.

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