Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NADSON LUIZ SOUZA SILVA CONTROLADORIA INSTRUMENTO DE GESTÃO NAS EMPRESA DE GRANDE PORTE VITORIA DA CONQUISTA – BA 2014 2 NADSON LUIZ SOUZA SILVA CONTROLADORIA INSTRUMENTO DE GESTÃO NAS EMPRESAS DE GRANDE PORTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Independente do Nordeste de Vitória da Conquista – BA. Orientador: Romar Souza Barros VITORIA DA CONQUISTA - BA 2014 3 NADSON LUIZ SOUZA SILVA Controladoria Instrumento de Gestão nas Empresas de Grande Porte Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis apresentado a Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Aprovado em ___/___/___ BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Prof. Titulo______________________________________________ Orientador ______________________________________________________ Prof. Titulo______________________________________________ 2° Membro ______________________________________________________ Prof. Titulo______________________________________________ 3° Membro 1 CONTROLADORIA INSTRUMENTO DE GESTÃO NAS EMPRESAS DE GRANDE PORTE Nadson Luiz Souza Silva 1 Romar Souza Barros 2 RESUMO A empresa, considerada como um sistema aberto e dinâmico e que se relaciona com seu ambiente, absorvendo e fornecendo recursos, tem se mantido em constante transformação. A controladoria é o setor responsável pelo plano, preparação, execução e controle das estratégias que direcionam os elementos operacionais, em conformidade com os fundamentos estratégicos. O procedimento de gestão serve de reforço ao processo de tomada de decisão, realizando-se através dos seguintes passos: definição estratégica, planejamento, execução e controle. Nesta perspectiva, este estudo tem como alvo avaliar a atuação do setor da controladoria no processo de gestão das empresas de grande porte. Para atingir o objetivo, proposto utilizou-se de pesquisas bibliográficas complementando suas informações através de artigos publicados em bancos de dados de faculdades disponíveis pela rede mundial de computadores, assim como livros e artigos científicos de Contabilidade e Controladoria. Sendo assim, será elaborada uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, a partir de fontes primárias e secundárias já elaboradas, fornecendo subsídios para sustentação e argumentação do assunto a ser apresentado. Palavra-Chave: Controladoria, Processo de Gestão, Mensuração Contábil. ABSTRACT The company, considered as an open and dynamic system and that relates to your environment by absorbing and providing resources, has remained in constant transformation. The comptroller is responsible for plan preparation, implementation and control strategies that drive operational elements, in accordance with the strategic foundations sector. The management procedure serves to reinforce the decision making process, taking place through the following steps: strategy definition, planning, control and execution. In this perspective, this study is aimed to 1 Graduando do curso de ciências contábeis, Faculdade Independente do Nordeste- FAINOR/ E-mail: nadsoncontabeis@hotmail.com 2 Docente, graduado em ciências contábeis pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB realizou MBA em Auditoria Fisco Contábil pela Fundação Visconde de Cairu, MBA em Gestão Financeira: Controladoria e Auditoria pela FGV Faculdade Getúlio Vargas em convênio com o Ohio University (EUA), possui formação técnica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica em eletrônica aplicada à informática. E – mail: romar_barros@hotmail.com 2 evaluate the performance of the sector in the process of controlling the management of large companies. To achieve the goal, we used the proposed library research complementing your information through articles published in databases of colleges available through the World Wide Web, as well as books and papers of Accounting and Controlling. So, will develop a qualitative exploratory research from primary and secondary sources already developed, supporting and sustaining arguments of the issue being presented. keywords: Control, Management Process, Measurement Book. 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho visa analisar as ferramentas de controladoria que são utilizadas na gestão das grandes empresas. O complexo mundo empresarial formou-se com base no desenvolvimento das empresas e vem sofrendo mutações contínuas, às vezes com maior ou menor intensidade. Para enfrentar tais situações, as empresas precisam utilizar determinados conceitos e técnicas que possibilitem o controle dos seus desempenhos. O modelo de controle constitui a natureza multi-divisional do processo de controle e, a coincidência do mesmo com o processo de planejamento. É esta coincidência que autoriza que os métodos de planejamento e controle sejam integrados exclusivamente, assim focalizando os objetivos da organização e as metas derivadas destes objetivos. O sistema de gestão econômico refere-se ao processo de planejamento, execução e controle operacional das atividades. É estruturado com base na obrigação da empresa, em suas crenças e valores, em sua filosofia administrativa e em um planejamento estratégico que busca em última instância o melhor desempenho econômico da corporação. O modelo de mensuração identifica mensura e reporta os resultados das atividades, por áreas de responsabilidade, diferenciando os efeitos operacionais dos financeiros, apurando as margens de contribuição e, reconhecer que o valor econômico de uma entidade aumenta ou diminui, dependendo do valor que o mercado atribui para seus ativos. 3 Nesse contexto, pretende-se responder o seguinte questionamento: Na pratica como funciona a controladoria como instrumento de gestão nas grandes empresas? Este estudo tem como objetivo avaliar o desempenho do setor de controladoria no procedimento de gestão de empresas de grande porte. A relevância da análise é o de auxiliar o Controle, verificando se a Controladoria está atuando de forma a dar suporte informacional ao planejamento e controle da empresa. 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 Papel da Controladoria A controladoria surgiu no início do século XX, a partir das novas necessidades de geração de informações para a tomada de decisão dos gestores das grandes corporações norte americano. Com o desenvolvimento vertical, diversificado, e a internacionalização destas empresas, fez-se necessário um controle central de todos os comércios, relacionando as subsidiárias e/ou filiais com sua matriz. No Brasil, estima-se que a controladoria surgiu na década de 60, juntamente com a disposição das multinacionais norte-americanas no país. A função básica da Contabilidade é fornecer informações úteis a todos os seus usuários (IUDÍCIBUS, 2000). Porém, a empresa é um sistema aberto (PADOVEZE, 2007, p.15) e interage com o ambiente externo. Por isso cada uma das variáveis ambientais representa um usuário da informação contábil o qual possui diferentes necessidades informacionais. Para atender aos diversos usuáriosem um ambiente marcado por constante mudança a contabilidade evoluiu e a partir dessa evolução se desenvolveu a Controladoria (MARTIN, 2002). De acordo com Jordan, Neves & Rodrigues (2003, p 431), dentre os vários aspectos relativos à evolução da controladoria nas organizações, destaca-se “a passagem de uma exigência de racionalidade técnico-econômica para uma dimensão mais psicossocial e de uma concepção instrumental a uma concepção de motivação e coordenação de atividades em estruturas de gestão descentralizada”. 4 Conforme Garcia (2010, p. 2), a controladoria é responsável pela “preparação e implementação de um sistema integrado de informações operacionais e financeiras para, a partir das demonstrações contábeis geradas e aprimoradas em uma estrutura sólida de controles internos, suprir os gestores com ferramentas de diagnóstico e controle gerencial”. Segundo Morante e Jorge (2008, p. 1), A controladoria é “um departamento criado no exterior e originado pelas multinacionais para o Brasil, é reconhecidamente um órgão de seriedade capital para a sobrevivência, crescimento e consolidação das corporações.” Os autores em foco ainda afirmam que a importância desta nova área consagra tanto sob ponto de vista da verificação e cumprimento dos requisitos pré-estabelecidos para a existência de governança corporativa adequada, quanto para a realização e execução das necessidades de planejamento e controle dos negócios. De maneira geral, é possível abranger que os autores têm dado relevância à controladoria, como importante ferramenta de assistência gerencial para a tomada de decisões, até visto que, esse é o ramo da Contabilidade que detêm informações sobre todo o processo dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. A controladoria é, reconhecidamente, um utensílio fundamental para a sobrevivência, crescimento e concretização das empresas, pois exerce o controle das atividades empresariais. Desse caráter, a missão da Controladoria é zelar pelo prosseguimento da empresa, assegurando a otimização de seus resultados, cujo desempenho fundamental consiste em assessorar as diversas gestões da empresa, fornecendo mensurações das atividades econômicas. Através dessa visão sistêmica, a controladoria deve agregar e transportar informações para promover o processo decisório. 2.2 Controle Interno Figueiredo, Caggiano (2004) despedem o controle das despesas administravas, que são despesas relativamente fixas, no curto prazo, a menos que alterações no grau de atividade se verifiquem. A aplicação cuidadosa dos métodos de controle de custos desenvolvidos nas atividades fabris ainda não é feito nas atividades administrativas. Os gestores certamente poderão argüir que as funções 5 administrativas não são susceptíveis a procedimentos de pesquisa para quantificação desses gastos. Para Peleias apud Jeronymo (2003), o controle interno é um conjunto de normas, procedimentos, instrumentos e ações adotados de forma sistemática pelas empresas, que devem estar em constante evolução, assegurando o atingi mento dos resultados conforme objetivos preestabelecidos, protegendo o patrimônio e garantindo transparências as operações. Esse conjunto deve garantir a eficiência operacional e permitir a melhoria dos processos operacionais e seus resultados. De acordo com Santos, Peres, Hernandez, Oliveira (2008), o controle interno é definido como: O controle interno é composto pela organização e pela coordenação dos métodos e conceitos implantados pela empresa para resguardar o patrimônio, seus recursos líquidos e operacionais, por meio de atividades de fiscalização e verificação da fidedignidade dos administradores e da precisão dos processos de manipulação de dados contábeis, promovendo, desta forma, a eficiência operacional e juntar às políticas e estratégias traçadas pela alta gestão. O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promoverem a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração. 2.3 Processo de Gestão O processo de gestão serve de suporte ao processo de tomada de decisão e realiza-se a partir das fases de planejamento, execução e controle. O Planejamento pode ser conceituado como um processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa (OLIVEIRA, 2008, p.4). Consiste em se programar antecipadamente àquilo que se deseja que aconteça na empresa, e como se fará para conseguir o desejado, enumerando as atividades e recursos necessários. Toda a organização se guiará pelo planejamento para alcançar os objetivos planejados. Para Caggiano e 6 Figueiredo (2006, p.43) o “Planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a habilidade com que essa função está sendo desempenhada determina o sucesso de todas as operações”. O Planejamento se dá por meio da reflexão e é dirigido para a tomada de decisão. Conforme definição de Larousse (1992), em seu Vocabulário da Língua Portuguesa, a palavra “gestão” deriva do latim gestione, e quer pronunciar ato de gerir, gerência e administração. Portanto, entende-se com o autor que gerir é fazer as ocorrências acontecer, o gestor é quem toma as decisões e dirige a empresa para que atinja seus objetivos. O modelo de gestão, por sua vez, origina-se das religiões e valores dos donos e principais executivos da empresa. As empresas encontram-se, hoje em dia, em um ambiente eficaz, competitivo e difícil e para que consigam progredir neste, torna-se necessário, segundo Catelli (2001) que tenham um processo de gestão estruturado na forma de revolução planejamento, execução e controle. Esse ciclo é notório como processo de gestão e tem como objetivo cobrir a eficácia empresarial. O produto do planejamento estratégico é a principal colocação gerencial que podem gerar sucesso de todas as intervenções. Orienta – se futuro da empresa. Para Figueiredo e Caggiano (2006, p.233): O modelo de controle estabelece a natureza multi - divisional do processo de controle e a coincidência do processo de controle com o processo de planejamento. É esta coincidência que possibilita que os processos de planejamento e controle sejam integrados dentro de um único processo, focalizando os objetivos da organização e as metas derivadas destes objetivos. Conforme Oliveira, Peres Jr. e Silva (2002, p. 136), “gestão é um sistema de conjunto que viabilizam a administração da eficácia e da eficiência da organização rumo aos resultados pretendidos.” Segundo Nascimento e Reginato (2007, p. 45) “o sistema de gestão é um conjunto de elementos e princípios que guiam e facilitam a ação organizacional em cada fase da gestão para que a empresa alcance os seus objetivos.” Catelli, (1999) salientam que, a atual conjuntura econômica e social tem reforçado a necessidade das empresas incorporarem características que lhe permitam maior grau de flexibilidade e adaptação. 7 Catelli (1999) compreende que a fase de execução como uma das fases do processo de gestão. Os primeiros ainda destacam que, na fase de controle, os resultados abrangidos são transportados através de um sistema de feedback, que descreve aos responsáveis a ocorrência da organização em determinado tempo. Diante dos mencionados pode- se dizer que o sistema de gestão facilita a atuação organizacional, pois o mesmodefine e coloca a estrutura organizacional da empresa e a afinidade de interação de seus elementos, pois procura envolver a complexidade do sistema empresa, através das analogias ambientais. Assim, o princípio norteador da controladoria consiste em promover e orientar o processo de gestão. 2.4 Planejamento Estratégico Vários autores definem planejamento estratégico, em geral de forma similar, relacionando este com ordenação de idéias, conhecimento de pontos fortes e fracos, bem como objetivos e metas. Fischmann e Almeida (2009) definem planejamento estratégico como sendo uma técnica administrativa que utiliza a análise do ambiente para definir a direção que deve ser seguida pela empresa, de forma a fortalecer seus pontos fortes, diminuindo os riscos, com ações de longo prazo. A fase de planejamento estratégico requer definição das ações, ou seja, pensar antes de agir, e tem como premissa fundamental assegurar o cumprimento da missão e da continuidade da empresa. Figueiredo e Caggiano (2004) garantem que planejamento estratégico é um procedimento de reflexão que antecede a ação futura. O planejamento é orientado para a tomada de decisão, definindo-se o desempenho da organização em relação ao meio ambiente. Drucker (1977), em seu livro Introdução a Administração, guarda em um de seus capítulos um espaço para o tema em questão e, antes mesmo de definir o que é planejamento estratégico, ele define o que não é planejamento estratégico. Segundo ele: 8 Planejamento estratégico não é uma caixa de mágicas nem um amontoado de técnicas – quantificar não é planejar; Não é previsão – ele se faz necessário por não se ter a capacidade de prever; Não opera com decisões futuras. Ele opera com o que há de futuro nas decisões presentes; Ele não é uma tentativa de eliminar o risco. São fundamentais que os riscos assumidos sejam os riscos certos. Há muitas conceituações para planejamento estratégico. Segundo Kotler (1992, p.63), “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”. O objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de modo que gere lucros e crescimento satisfatórios. Já Drucker (1977) define Planejamento Estratégico como um processo contínuo, sistemático, organizado e capaz de prever o futuro, de maneira a tomar decisões que minimizem riscos. Outra conceituação interessante apresenta o planejamento estratégico “como um processo administrativo para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de fatores externos – não controláveis – e atuando de forma inovadora e diferenciada” (Oliveira – 2007) Independente do autor fica claro que o planejamento estratégico é um conjunto de ferramentas que por si só são insuficientes, mas quando é seguido de planejamentos táticos e operacionais, consiste em robusta ferramenta para programar o pensamento estratégico da organização. Na etapa do planejamento estratégico procura realizar a leitura dos cenários, a análise das variáveis ambientais do ambiente externo e do ambiente interno da empresa. Nesse processo, estabeleço e organizo a melhor estratégia dentro de uma aparição futura para a empresa, mantendo o equilíbrio eficaz das interações da empresa com suas variáveis ambientais. Oferecessem desse modo, os planejamentos estratégicos distinguem uma ferramenta gerencial interna, que promove orienta os gestores no cumprimento de suas atividades. 9 2.5 Mensuração Contábil A mensuração contábil é um processo que objetiva demonstrar se o que foi inicialmente proposto no planejamento estratégico está sendo alcançado. Mensurar - determinar ou verificar: a extensão, grandeza, dimensão e avaliar a altura, comprimento, volume, valor, quantidade e a qualidade. Portanto, o termo mensurar, pode ser entendido como: determinar a medida de; avaliar o (a); quantificar o (a) etc.; processos, pessoas, coisas tangíveis e intangíveis, podem ser mensurados, depende para isso, de: objetivos, necessidades e desejos. A mensuração contábil na Gestão do Conhecimento é fundamental para que sejam diagnosticadas as competências essenciais e desse modo analisado o vínculo entre desenvolvimento de pessoas (competências humanas) e estratégias do negócio (competências empresariais). Por isso, é necessário que se realize uma reflexão cuidadosa sobre as reais competências empresariais, ou seja, aquelas que a diferenciarão da concorrência, assegurando à empresa vantagem competitivos e bons resultados (PRAHALAD e HAMEL, 1998). Além disso, a mensuração pode ajudar na minimização das possíveis lacunas existentes entre o que se fala e o que se compreende, pois baseados em suas experiências pessoais, tanto emissores quanto receptores, possuem histórias pessoais que determinam suas interpretações. Assim sendo, é importante que o gerador da informação a faça de forma objetiva e clara, usando todos os meios e canais de que dispõe para que se atinja o objetivo, qual seja converter conhecimento (TERRA, 2001). Segundo Riahi-Belkaoui (2004), o primeiro passo no processo de mensuração contábil consiste em identificar e selecionar os objetos, as atividades ou os eventos a serem mensurados, além dos atributos que possam ser de fato considerados relevantes para os usuários. Limitações na disponibilidade dos dados, bem como características específicas do ambiente, como a incerteza e a ausência de objetividade e verificabilidade, podem ocasionar restrições ao processo de mensuração. Martins (2000) destaca dois aspectos que caracterizam o processo de mensuração na Contabilidade e que exigem uma reflexão à luz da Teoria da Mensuração. O primeiro diz respeito ao fato de a avaliação contábil se realizar por meio de modelos que não são mais do que visões temporalmente diferentes de um 10 mesmo objeto: o patrimônio. É nesse contexto que se encontra, por exemplo, a diferença entre os conceitos de custo histórico e de custo corrente. O segundo aspecto é a constatação de que os diversos princípios e conceitos de avaliação patrimonial são totalmente complementares, visto que nenhum deles atende plenamente os critérios de utilidade, de qualidade e de abrangência das informações pretendidas pelos usuários. Por esse motivo, o autor acredita não existir um modelo que, sozinho, consiga se cercar de qualidades que satisfaçam a todos. Com esse novo desafio, as empresas percebem que há necessidade de acompanhar e avaliar cuidadosamente o seu desempenho junto ao mercado, sendo importante mensurar o retorno obtido com a Gestão do Conhecimento, para saber se o que foi proposto no planejamento estratégico está sendo alcançado. Essas preocupações incitam a superação dos modelos contábeis vigentes, por uma série de limitações que esses apresentam. 2.6 Modelo de Mensuração Trata-se do modelo relativo ao processo de mensuração física, monetária e de acumulação de resultados dos eventos, transações e atividades sobre os quais os gestores tomam suas decisões. Segundo Nakagawa (1993, p.38): A mensuração é a atribuição de números aos objetos e eventos em conformidade com alguma regra; a relevância e significância da mensuração dependem da perfeita correspondência entre os sistemas relacionais. Na terminologia da teoria da mensuração, denomina-se de sistema relacional empírico ao conjunto de objetos e eventos pertencentes ao mundo real, e ao conjunto numérico, pertencente ao mundo imaginário, denomina-sede sistema relacional numérico. As atividades empresariais são conduzidas pela ótica da racionalidade, no qual estabelece implicitamente que as transações/eventos sobre os quais se está decidindo ou executando, tenham seus atributos identificados e corretamente mensurados em termos de impactos econômicos. Para Santos (2005), o modelo de mensuração identifica mensura e reporta os resultados das atividades (receitas menos custos), por áreas de responsabilidade, diferenciando os resultados operacionais dos financeiros, apurando as margens de 11 contribuição e reconhecendo que o valor econômico de uma entidade aumenta ou diminui, dependendo do valor que o mercado atribui para seus ativos. De acordo com a visão de Guerreiro (1991) apud Santos (2005, p. 72-73), as premissas utilizadas pelo exemplo de mensuração da gestão para alcance de um conceito de lucro e de patrimônio, segundo critérios, são: O mercado é quem avalia o potencial de serviços dos ativos: Considerar o valor do dinheiro no período; A empresa tem de agir no sentido de continuidade; Na hipótese de descontinuidade, a empresa deve analisar os seus ativos a valores realização; Do ponto de vista econômico, potencial de serviços, serviços futuros, benefícios futuros dizem respeito ao montante de riqueza que o ativo pode gerar para a empresa; Na continuidade de suas operações, o potencial de serviço de cada natureza de ativo deve ser analisado por sua função dentro da empresa; O potencial de serviços do ativo não depende da forma como ele é financiado; Peleias (2002) determina que a mensuração seja um conjunto de regras, com o objetivo de embasar-se conceitualmente; e em termos de métodos, o processo de se conferir valores, ponderando as instáveis econômicas relevantes numa dada determinação o resultado gerado através dessa decisão. Dessa forma, entre os diversos conceitos de mensuração destacam-se: competência de períodos, reconhecimento de receitas das atividades pela a produção dos bens e serviços e não apenas no momento da venda, preços de transferências departamentais, custo de oportunidades dos recursos operacionais ativados, método de custeio variável, margem de contribuição, resultados operacionais segregados dos resultados inflacionários e dos resultados e dos resultados financeiros, resultados dos produtos e resultados dos centros de resultados, custos correntes de reposição, valores a vista, valor do dinheiro no tempo, custos e receitas controláveis, sistemas de padrões e análise de variações 12 orçamentárias, variação total, variação de ajuste de plano, variação de volume e variação de eficiência. 4 METODOLOGIA O trabalho utiliza-se de pesquisas bibliográficas complementando suas informações através de artigos publicados em bancos de dados de faculdades disponíveis pela rede mundial de computadores, assim como livros e artigos científicos de Contabilidade e Controladoria. Conforme Gil (1987), não há regras estáticas na realização das pesquisas bibliográficas, e sim alguns aspectos que são julgados importantes. Afirma Martins (2000, p.30) que “se constitui na busca de maiores informações sobre o assunto com a finalidade de formular problemas e hipóteses”. Sendo assim, será elaborada uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, fenomenológico. Foi desenvolvido através de fontes primárias e secundárias já elaboradas, fornecendo subsídios para sustentação e argumentação do assunto a ser discutido com base na definição desses três autores renomados entendeu que a Controladoria é um segmento da contabilidade com foco diretamente ligado ao processo decisório das empresas. Ou seja, a Controladoria tem atuação direta no processo de formação de resultados. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho demonstrou a necessidade de implementação do serviço de Controladoria para as empresas que ainda não utilizam este riquíssimo instrumento. Observou-se que a informação e o gerenciamento são fatores indispensáveis para a sobrevivência. A necessidade de crescimento e especialização demonstra que, cada vez mais, existe um maior número de empresas em plena expansão de conhecimento, com recursos compassivos altamente qualificados, que certamente 13 são fatores decisivos neste mundo competitivo, porque cada centavo economizado e a economizar é um lucro em potencial. Todas as atividades gerenciais e de controle são altamente prioritárias e torna-se cada vez mais relevante o para empresa. A qualificação é indispensável, bem como uma formação acadêmica continuada que assegure ao profissional de Controladoria a capacitação suficiente para análise e tomada de decisões. Concluiu-se que as empresas precisam de profissionais aptos para o processo decisório, interpretando as informações, analisando e tomando decisões, do chão de fábrica à alta administração, de maneira que a empresa caminhe para um processo de crescimento continuado e estabilizado. REFERÊNCIAS CATELLI, Armando (Coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. CATELLI, Armando (Coord). Controladoria. São Paulo: Atlas, 1999. DRUCKER, Peter F. Introdução à Administração. São Paulo: Pioneira, 1977. FISCHMANN, A. A.; ALMEIDA, M. I. R. Planejamento estratégico na prática. São Paulo: Editora Atlas, 2009. FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo césar. Controladoria: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo César. Controladoria: teoria e prática. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2006. FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo César. Controladoria – Teoria e Prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. GARCIA, Alexandre Sanches. Introdução à controladoria: Instrumentos básicos de controle de gestão das empresas. São Paulo: Atlas S.A., 2010 GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1987. 14 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000. JORDAN, Hugues; NEVES, João Carvalho e RODRIGUES, José Azevedo. 2003. O Controlo de Gestão: Ao serviços da Estratégia e dos Gestores. 5ª Edição. Lisboa: Áreas Editora, SA. JERONYMO, Maria Roseli. Estudo do Perfil, Papel e atuação do Controller nas empresas Piracicaba, Monografia, 2003. KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1992. LAROUSSE, Librarie, CULTURAL, Editora Nova. Dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Nova Cultura, 1992. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2 ed,. São Paulo: Atlas, 2000. MARTIN, Nilton Cano. Da contabilidade à controladoria: a evolução necessária. Revista Contabilidade & Finanças – USP, São Paulo, n.28, p.7-28, jan/abr.2002. MORANTE, Antonio Salvador; JORGE, Fauzi Timaco. Controladoria: Análise financeira, planejamento e controle orçamentário. São Paulo: Atlas S.A., 2008. NASCIMENTO, Auster Moreira, REGINATO, Luciane. Controladoria: um enfoque na eficácia organizacional. São Paulo: Atlas, 2007. NAKAGAWA, Masayuki. Introdução a Controladoria: Conceitos, Sistemas, Implementação. São Paulo: Atlas, 1993. OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2007. OLIVEIRA, Luis Martins de. PEREZ JR, HERNANDEZ. SILVA, SANTOS, Carlos Alberto dos. Controladoria Estratégica. São Paulo: 2008 OLIVEIRA, Djalma de Pinho R. Planejamento Estratégico.25ª. ed.São Paulo: Atlas. 2008. 331 p. OLIVEIRA, Luis Martins de; PEREZ JÚNIOR, José Hernendez; SILVA, Carlos Alberto dos Santos. Controladoria estratégica. São Paulo: Atlas, 2002. PADOVEZE. Clóvis Luiz. Análise das demonstrações financeiras. 2 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007. (BENEDITO, Gideon Carvalho de) 15 Prahalad, C. K.; Hamel, G. The core competence of the corporation. Harvard Business Review. May-June, 1990, p. 79-91. PELEIAS, Ivan Ricardo. Controladoria: gestão eficaz utilizando padrões. São Paulo: Saraiva 2002 RIAHI-BELKAOUI, A. Accounting Theory. 5.ed. London: Thompson Learning, 2004. SANTOS, R. V. Controladoria: uma introdução ao sistema de gestão econômica Gecon. Sao Paulo: Saraiva 2005. SANTOS, Roberto Vatan dos. Controladoria: Uma introdução do Sistema de Gestão Econômica (GECON) Monografia, primavera do Leste (MT), 2005. TERRA, J.C.C. Gestão do Conhecimento: o grande desafio empresarial. 3ª ed. São Paulo. Negócio Editora, 2001.
Compartilhar