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Conteúdo Fertilizantes

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PARTE1
Visão Geral da Indústria de Fertilizantes
Os fertilizantes são compostos minerais ou orgânicos que visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência dos vegetais através de complementos aos nutrientes minerais encontrados no solo, indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento das plantas, os quais atuam no crescimento dos vegetais juntamente com a luz solar, gás carbônico e água. Eles são aplicados na agricultura com o intuito de repor a extração realizada pela cultura, bem como aumentar a produtividade.
Em média 70% das matérias-primas e dos produtos finais são importados e os principais custos são ligados à cadeia petroquímica e sofrem os efeitos dos preços do petróleo e do câmbio.
A indústria de fertilizantes destina-se basicamente à produção desses fertilizantes e está diretamente ligada à produção agrícola
A cultura que mais consome fertilizantes no Brasil é a soja, atingindo 35% do total entregue no País. Outras culturas, como milho, cana-de-açúcar, café e algodão totalizam 77% das vendas de fertilizantes no mercado brasileiro. 
Devido à alta concentração do consumo nesses alimentos, os fertilizantes são afetados quando a produção agrícola cai.
Quanto à segmentação por Estado brasileiro, nota-se a grande representatividade da Região Centro-Oeste, conforme mapa a direita: 
 OS setores correlad
Fontes:
http://www.heringer.com.br/heringer/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=2265
http://www.evef.com.br/artigos-e-noticias/agronegocio/338-o-mercado-de-fertilizantes-no-brasil-e-as-influencias-mundiais
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/setorial/informe-16AI.pdf
PARTE 2 
Como surge a demanda
	A demanda por fertilizantes está diretamente ligada à produção agrícola. O seu uso é fundamental para o aumento na produtividade na agricultura, viabilizando maior produção sem aumento na área plantada. Seu consumo no Brasil segue a seguinte estrutura:
	Vendas de fertilizantes por cultura – 2012
	Cultura
	Consumo
	 
	Uso
	Soja
	37,0%
	 
	Nutrição animal, 43% é exportada
	Milho
	18,1%
	 
	75% é voltado para nutrição animal
	Cana-de-açúcar
	14,5%
	 
	Açúcar é 75% exportado, o etanol é 90% consumido
	Café
	6,3%
	 
	Voltado ao consumo, 67% é exportado
	Algodão
	3,9%
	 
	65% é utilizado na indústria têxtil
	Arroz e feijão
	4,3%
	 
	Voltado para consumo doméstico
	Fonte: ANDA
	
	
	
	
	
	
	
	Elaborado pelos autores
	
	
	
	
	
	
	Os macronutrientes, utilizados em larga quantidade, sendo os principais: nitrogênio, fósforo e potássio, têm o seguinte papel:
Nitrogênio: a manutenção do crescimento da planta, a formação de aminoácidos e proteínas.
Fósforo: responsável por auxiliar as reações químicas que ocorrem nas plantas.
Potássio: é importante para a manutenção de água nas plantas, formação de frutos, resistência ao frio e às doenças. 
	O câmbio tem pouca influência sobre importação de matéria-prima, o que determina a essa é o nível de demanda interna no setor agrícola – demanda derivada (B2B). As vendas de fertilizantes estão concentradas no segundo semestre – 60% das vendas no período de plantio para a safra do verão.
	A alta dependência externa é preocupante em um setor estratégico para o agronegócio e para o país. Fica-se vulnerável a:
Variação nos preços externos
Oscilações na taxa de câmbio
Custo dos fretes 
Custos logísticos do Brasil (portos e estradas)
	Altos preços dos fertilizantes representam custos de produção expressivos para os produtores. Alguns produtos, como amônia, ácido sulfúrico e ácido nítrico, estão sujeitos a normas especiais de transporte.
Cadeia produtiva
Estado da arte da tecnologia
	A mistura NPK apresenta duas características relevantes: composição e granulação, para, respectivamente, adequar-se a cultura e facilitar a aplicação. O processo de mistura é feito de forma rudimentar e sem grande conteúdo tecnológico. É essa etapa apresenta mais empresas, mesmo assim, três concentrem grande parte da produção.
	A produção brasileira de produtos finais equivale à demanda dos agricultores, praticamente não há importação para estes produtos. Entretanto, 70% das matérias-primas e produtos intermediários são importados. O processo de mistura é feito na seguinte ordem:
	As matérias-primas são alimentadas em um tambor reativo (granulador), que agrega essas e forma as partículas granuladas.
	Após ser granulado, o produto passa por um processo de secagem e depois por um resfriador.
	Depois, o material é classificado por meio de peneiras e segue para os boxes de armazenamento.
	A finalidade de granular o produto é a de evitar o empedramento, porém também ajuda no escoamento e na aplicação no campo.
Fontes:
http://www.heringer.com.br/heringer/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=2265#4
http://www.economiaemdia.com.br/EconomiaEmDia/pdf/infset_fertilizantes.pdf
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/2657/1/BS%2024%20Fertilizantes_Uma%20Vis%C3%A3o%20Global%20Sint%C3%A9tica_P.pdf
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/2025/1/A%20ind%C3%BAstria%20qu%C3%ADmica%20e%20o%20setor%20de%20fertilizantes_P_A.pdf
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/1875/1/InformeSetorial-AI_n.16%2c%20jan.2010_final_A.pdf
PARTE 3
Principais produtores e exportadores e porque
A china é o principal produtor de fertilizantes, os seis principais tipos de fertilizantes são à base de: NPK, amônia, ácido sulfúrico, rocha fosfática, nesses 5 a China é o maior produtor, produz por volta de 30%, os outros dois, potássio e enxofre são dominados pela América do Norte, com 15% da concentração.
Eles também são os principais consumidores dos fertilizantes e produzem muito com o objetivo de ter sua autossuficiência desse insumo.
No Brasil (Gráfico a direita), os três grandes “players” são: 
1° Bunge-Fosfertil;(43%) 
2° Yara/trevo/fosfértil (15%)
3° Mosaic/cargil/fosfértil (14%)
5 forças de Porter
	5 Forças de Porter
	Potenciais entrantes
	A ameaça de novos entrantes é baixa, pois são necessários elevados investimentos iniciais, principalmente com tecnologia. As grandes empresas possuem grandes economias de escala e os custos de utilização dos canais de distribuição (Rodovias e hidrovias) são muito elevados.
	Poder de barganha dos fornecedores
	Rússia e china são os principais fornecedores das matérias primas necessárias para a produção dos fertilizantes, eles produzem em grandes quantidades e são muito organizados
	Poder de barganha dos compradores
	Os compradores apresentam alto poder de barganha, pois são concentrados e compram em grandes quantidades, os fertilizantes são padronizados e possuem pouca diferenciação.
	Ameaça dos substitutos
	Não existem substitutos diretos para os fertilizantes e sua ausência afeta diretamente a produtividade do setor agrícola. Portanto, a ameaça dos substitutos é baixa.
	Rivalidade entre os competidores
	Apesar de existir poucos “players” no mercado, há uma carência de investimentos no setor, os custos fixos são muito elevados, as barreiras a saída são elevadas e os fertilizantes são pouco diferenciáveis. Por isso, a rivalidade entre os competidores é alta.
Prova disso são as recentes fusões e aquisições de empresas no setor, com o objetivo de se fortalecer.
Fontes: 
Ministério da fazenda - Secretaria de acompanhamento econômico – SEAE. Assunto: panorama do mercado de fertilizantes. 
Depec – departamento de pesquisas e estudos econômicos, Fertilizantes – Bradesco, outubro de 2015
PARTE 5
Perspectivas com a Globalização
	O Brasil tanto importa matéria-prima de fertilizantes quanto possui industria insuficiente na área, tendo que recorrer aos mercados externos para atender o mercado interno.
	O preço do fertilizante é determinado pela cadeia petroquímica, forncedora da matéria-prima e pelo câmbio, já que a maior parte é importada, sua demanda basea-se na produção agrícola que é principalmente afetada peloclima e o câmbio.
	A cadeia de valor dos fertilizantes pode ser constituída pelas indústrias de mineração, química, agrícola e alimentícia*. O Brasil entra nessa cadeia com a mineração, sendo os principais participantes a Vale e a Petrobrás, e a agrícola, sendo o consumidor de fertilizante. Com isso podemos concluir que apesar de não participar muito no fertilizante em si, o país é integrado nessa cadeia.
* Alimentos industriais, não necessariamente há esse elo, podendo ser substituído por outros ou terminar na agrícola.
	A maior vendedora de fertilizantes prontos para o Brasil é a Rússia*, com 25,8% das importações. Ela também vende grande parte das matérias-primas sendo: 42% dos Nitrogenados, 20% dos fosfatados e 18% dos potássicos.
* China consome a própria produção, mas ela é ainda a segunda colocada.
	Com a desvalorização do real, houve um aumento do custo de importação como também houve um aumento da demanda interna. Esse cenário, entretanto, não foi neutro, mas sim positivo, pois o dólar valorizou 39,75% enquanto o Rublo Russo teve aumento de somente 27,29%, reduzindo o custo relativo do fertilizante.
	O aumento em ambas as moedas gera incentivos para a indústria nacional expandir, por um lado, a demanda aumentou, o que permite escolonar a produção; e por outro, o custo do produto importado está maior, aumentando a competitividade. O único problema é o aumento do custo das matérias-primas necessárias para produzir.
Fontes: 
Depec – departamento de pesquisas e estudos econômicos, Fertilizantes – Bradesco, outubro de 2015
Cotações entre 01/01/2015 e 06/11/2015 do Dólar e do Rublo Thomsin Reuters, attavés do Uou Economia

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