Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO FEDERAL MATO GROSSO Campus Cuiabá DISCIPLINA: Eletricidade Aplicada Saulo Augusto Ribeiro Piereti Graduado em Eng. Elétrica pela UFMT 2005 Mestre em Eng. Elétrica (SEP) pela USP 2007 Doutor em Eng. Elétrica (SEP) pela USP 2011 Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/2141158868960971 DOCENTE: TEMA: Circuito Resistivo Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso CIRCUITOS RESISTIVOS Condutor: são denominados condutores os matérias que permitem a passagem de uma corrente razoavelmente intensa com a aplicação de uma tensão razoável mente pequena. Além disso, os átomos dos matérias que são bons condutores possuem apenas um elétron na camada mais distante do núcleo, a camada de valência. Exemplos: Ouro, cobre, alumínio, etc. Isolante: os isolantes são matérias que possuem muito pouco elétrons livres, sendo necessária um tensão muito elevada para que eles sejam percorridos por uma corrente mensurável. Exemplos: Madeira, borracha, porcelana, etc. Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso CIRCUITOS RESISTIVOS O elemento de circuito mais simples é o resistor. Todo condutor elétrico exibe propriedades que são característica de um resistor. Quando a corrente flui em um condutor, elétrons que constituem a corrente colidem com o conjunto de átomos no condutor, ou seja, impede ou resiste ao movimento dos elétrons. Portanto o resistor é um elemento que possui uma resistência. Materiais mais utilizados: Ligas metálicas e compostos de carbônicos Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.1 Lei de OHM Georg Simon Ohm (1787-1845), através de experimentos, formulou a relação tensão-corrente para o resistor. Está formulação foi intitulada como “A Corrente Galvânica ou lei de OHM”, onde Georg chamava a unidade de resistência de OHM. A lei de OHM estabelece que a tensão sobre um resistor é diretamente proporcional à corrente que o atravessa, ou seja: onde R ≥ 0 é a resistência em ohms O símbolo usado para representar o ohm é a letra grega maiúscula Omega [Ω] CIRCUITOS RESISTIVOS v Ri V Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.1 Lei de OHM Exemplo: Se R=3[Ω] e v=6[V] no circuito da figura abaixo, qual é a corrente que percorre o circuito? Se o valor da resistência é mudado para 1[kΩ], qual seria a corrente? CIRCUITOS RESISTIVOS 6 2 3 vv Ri V i A R i A 336 6.10 61 10i mA Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.1 Lei de OHM Em corrente continua a resistência de um resistor é sempre constante, assim o resistor é um componente linear. Exemplo: gráfico: Exercício: Plote o gráfico da tensão em função da corrente quando a resistência for: (a) R=10[Ω] e (b) R=0,5[Ω]. CIRCUITOS RESISTIVOS Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.1 Lei de OHM Fazendo manipulações com a lei de OHM, temos: Lembrando que a potência é da por: Então: “Efeito Joule” ou Lembrando ainda que a velocidade com que uma energia é dissipada é a potência então: Nota: nos estudos da eletricidade a energia é representada pela letra “E” e sua unidade é o [Watts x Segundo]. CIRCUITOS RESISTIVOS P vi W [ ]; [ ]; [ ]v vv Ri V i A R R i 2P Ri W 2vP W R . [ ][ ]E P t J Ws Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.1 Lei de OHM Outra grandeza importante muito usada na análise de circuitos é conhecida como condutância dada em [siemens] representada pela letra [S], que é o inverso da resistência. Conclusões importantes: Um curto circuito é um condutor ideal entre dois pontos, e pode ser visto como uma resistência de zero ohm (corrente tende para o infinito e a tensão é zero). Um circuito aberto é uma interrupção do circuito pela qual nenhuma corrente pode circular (resistência infinita e tensão qualquer). CIRCUITOS RESISTIVOS 1 [ ]G siemens R [ ] 0 v vi A R 0[ ]v vi A R Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.1 Lei de OHM Exemplo: A tensão sobre um resistor de 10kΩ é 50V. Calcule (a) a condutância. (b) a corrente e (c) a potência mínima do resistor. Exemplo: A potencia instantânea absorvida por um resistor é p(t)=4.sen2.377.t [W]. Se a corrente é i(t)=40.sen.377.t [mA], calcule a tensão e resistência. CIRCUITOS RESISTIVOS 3 3 1 1( ) 0,1 10 10 ( ) 0,1 50 5 ( ) 50 5 10 0,25 a G mS R b i Gv mA c P vi W 2 3 3 4 377 100 377 40 10 377 100 377 2,5 40 10 377 p t sen t p t v t i t v t sen t V i t sen t v t sen t v t R i t R k i t sen t Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.1 Lei de OHM Exemplo: Calcule a corrente e a potência entregue ao resistor abaixo. Nota: Quando a corrente elétrica entra no terminal positivo do resistor, ela e positiva, caso contrário é negativa. CIRCUITOS RESISTIVOS 6 6 100 25 5 10 100 25 10 2,5 vi uA R P vi mW Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff As leis de Kirchhoff envolvem conceitos básicos para a resolução e análise de circuitos elétricos, além disso é fundamental conhecer os elementos que formam um circuito elétrico, por exemplo: Ramo, Malha e Nó. Ramo: Qualquer parte de um circuito elétrico composta por um ou mais dispositivos ligados em série é denominado ramo. CIRCUITOS RESISTIVOS Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff As leis de Kirchhoff envolvem conceitos básicos para a resolução e análise de circuitos elétricos, além disso é fundamental conhecer os elementos que formam um circuito elétrico, por exemplo: Ramo, Malha e Nó. Nó: Qualquer ponto de um circuito elétrico no qual há a conexão de três ou mais ramos é denominado nó. CIRCUITOS RESISTIVOS Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff As leis de Kirchhoff envolvem conceitos básicos para a resolução e análise de circuitos elétricos, além disso é fundamental conhecer os elementos que formam um circuito elétrico, por exemplo: Ramo, Malha e Nó. Malha: Qualquer parte de um circuito elétrico cujos ramos formam um caminho fechado para a corrente é denominada malha. CIRCUITOS RESISTIVOS Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff Um circuito consiste em dois ou mais elementos de circuitos conectados através de condutores ideais. Um exemplo de um circuito contendo três nós é mostrado na figura abaixo. Nota: O nó “3” é necessário para interconexão de uma fonte independente de tensão e um resistor. CIRCUITOS RESISTIVOS Prof. Dr. Saulo PieretiInstituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff das correntes (LKC) A lei de Kirchhoff das correntes (LKC) estabelece que: A soma algébrica das correntes que entram em um nó é igual a zero. Por exemplo, as correntes que entram no nó da figura abaixo, são i1, i2, -13 e i4 (visto que i3 saindo é –i3 entrando). Portanto, a LKC para este caso é Pode-se falar também de forma equivalente a LKC que: A soma algébrica das correntes que saem de um nó é zero. CIRCUITOS RESISTIVOS 1 2 3 4 0i i i i Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff das correntes (LKC) Reescrevendo a equação acima temos: Onde i1, i2 e i4 estão entrado no nó e i3 está saindo. Dessea forma um outro enunciado para LKC é: A soma das correntes que entram em um nó qualquer é igual à soma das correntes que saem deste nó. A equação geral para LKC fica: CIRCUITOS RESISTIVOS 1 2 3 4 0i i i i 1 2 4 30i i i i 1 0 N n n i Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff das correntes (LKC) Exemplo: Calcule a corrente i na figura abaixo: CIRCUITOS RESISTIVOS 5 3 2 0 6 i i A Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff das tensões (LKT) A lei de Kirchhoff das tensões (LKT) estabelece que: A soma algébrica das tensões ao longo de qualquer percurso fechado é zero. Por exemplo, a aplicação deste enunciado no percurso fechado “abcda” da figura abaixo dá: CIRCUITOS RESISTIVOS 1 2 3 0v v v 1 0 N n n v O sinal algébrico de cada tensão foi tomado como positivo quando vai de – para + (do potencial mais baixo para o potencial mais elevado) e negativo quando vai de + para – (do potencial mais elevado para o mais baixo). A equação geral para LKC fica: Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff das tensões (LKT) Exemplo: Percorrendo o circuito da figura abaixo no sentido horário, calcule o valor da v. No sentido contrário: CIRCUITOS RESISTIVOS 15 10 2 0 3v v V 15 2 10 0 3v v V Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso 2.2 Leis de Kirchhoff das tensões (LKT) Exemplo: Percorrendo o circuito da figura abaixo no sentido horário, calcule o valor da v. Nota: a soma das tensões com uma polaridade é igual à soma das tensões com Polaridade oposta. Então uma outra forma de Representar a equação LKT para o circuito ao lado é: CIRCUITOS RESISTIVOS 10 2 15 15 2 10 3v v V Prof. Dr. Saulo Piereti Instituto Federal do Mato Grosso INTRODUÇÃO Referencia Bibliográfica: HILBURN J. L., JOHNSON D. E., JOHNSON J. R., Fundamentos de Análise de Circuitos Elétricos. 4ªed., Rio de Janeiro: LTC, 1994. BOYLESTAD, R. L. Introdução à Análise de Circuitos. Editora Pearson do Brasil, 10. ED., 2004
Compartilhar