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Diagnóstico municipal de Matão

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Universidade Federal de São Carlos
Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia – CCET
Departamento de Engenharia Civil
 Urbanização e Desenvolvimento Regional
Diagnóstico Municipal de Matão
Profª Drª Carolina Maria P. de Castro
Gabriela da Cruz Evangelista	RA: 492493
Livia Emi Yamashita	RA: 413828
Mariana de Almeida Motta Rezende	RA: 492418
São Carlos
Maio de 2016
INTRODUÇÃO
Este diagnóstico do município de Matão tem por objetivo sistematizar e produzir conhecimento sobre essa cidade, identificando as suas características em si e suas reações e fluxos de serviços, pessoas, produtos etc. Além disso, também analisa a função do município de Matão na Região Administrativa Central do Estado de São Paulo (Região de Governo de Araraquara e de São Carlos), onde está inserido.
Figura 1 – Região Administrativa Central
Fonte: IGC
	Como se pode perceber na Figura 1, como Matão está inserido no estado de São Paulo, a cidade mais influente no município de Matão é a grande metrópole nacional de São Paulo. 
	Segundo estudos do IPEA/ NESUR, a chamada deseconomia de aglomeração explica os investimentos no interior, em detrimento dos investimentos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), embora o poder decisório ainda se concentre na capital. Entretanto, algumas regiões interioranas já apresentam sua própria dinâmica econômica e de infraestrutura. Neste trabalho, primeiramente apresentou-se o município e, posteriormente, relacionou-se suas características com suas atividades econômicas e de produção.
APRESENTAÇÃO DO MUNICÍPIO
Por volta de 1880, na região entre as nascentes do rio Itaqueri, em terras de José Inocêncio da Costa, começaram a chegar no local colonizadores vindos de municípios vizinhos, formando o Arraial do Senhor Bom Jesus das Palmeiras.
Em 1892, constituiu-se uma Comissão Diretora composta por moradores da região, sob a presidência do Juiz de Direito da Comarca de Araraquara, que visava arrecadar fundos para a aquisição de uma determinada área e convidar pessoas interessadas em construir casas nos lotes a serem concedidos. 
Essa Comissão, levantando recursos, adquiriu de José Inocêncio da Costa dez alqueires de terras, doando-as para a fundação da nova povoação. Entre 1893 e 1894, ergueu-se uma Capela dedicada ao Senhor Bom Jesus das Palmeiras, nome que se estendeu à Vila recém fundada.
Em 1897, com o afluxo de interessados e a construção de casas residenciais, de comércio e indústria, o povoado acabou por ganhar a condição de Distrito de Paz pertencente ao município de Araraquara. O Distrito recebeu o nome de Matão por Lei Estadual nº 499, de 07 de maio de 1897, em decorrência da exuberância de matas que existiam no local. 
Em 1898, chegavam ao Distrito os trilhos da Estrada de Ferro Araraquara. Neste ano, através de projeto apresentado e defendido pelo então Deputado Estadual Dr. Francisco de Toledo Malta, Matão foi elevado a categoria de Município pela Lei Estadual nº 567, de 27 de agosto de 1898, desmembrando-se de Araraquara. 
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Matão foi dividido em três Distritos de Paz: o da Sede, o de Dobrada e o de São Lourenço do Turvo, pelas Leis nº 1.295 e 1.299 de 27 de dezembro de 1911. A partir deste ano foi iniciada a luta pela emancipação judiciária.
De acordo com a Lei Estadual nº 9.073, de 31 de março de 1938, o Município de Matão pertencia ao termo judiciário de Araraquara, da comarca de Araraquara, e permanecia com os mesmos três Distritos. Já a partir da Lei Estadual nº 9.775, de 30 de novembro de 1938, o Município de Matão pertencia apenas ao termo judiciário da comarca de Araraquara.
Com a Lei Estadual nº 8.092, de 28 de fevereiro de 1964, desmembra-se do Município de Matão o Distrito de Dobrada. Assim, o município é, desde então, constituído de dois Distrito: Matão e São Lourenço do Turvo, tendo atualmente como divisas os Municípios de Taquaritinga, Dobrada, Motuca, Araraquara, Nova Europa, Gavião Peixoto, Tabatinga e Itápolis. 
O município localiza-se na região Central do Estado de São Paulo, a 555 metros de altitude, na latitude 21°36'00" sul e na longitude 48°22'00" oeste. Sua população, aferida pelo IBGE em 2015, era de aproximadamente 81.439 habitantes, distribuídos em 524,899km² de área, da qual aproximadamente 98,2% é urbana.
Figura 2 - Mapa político do município de Matão
Fonte: Humanitarian OpenStreetMap Team
O clima é predominante tropical, com verões quentes e chuvosos, e invernos frios e secos. A temperatura média é de 22°C, sendo que o mês mais quente é o de fevereiro (média de 25°C), e o mais frio julho (média de 18°C). A máxima absoluta registrada foi de 42,9°C, em outubro de 1944, e a mínima absoluta foi de -4,1°C, em julho de 1975. Temperaturas acima dos 40°C ocorrem esporadicamente em média a cada três anos.
A população residente no Município, segundo o Censo Demográfico de 2010 (IBGE), apresentou o contingente populacional de 76.786 habitantes, distribuídos em 38.753 mulheres e 38.033 homens.
A população urbana, de acordo com o mesmo Censo, era de 75.377 habitantes e a rural, de 1.409 habitantes, apresentando uma densidade demográfica de cerca de 150hab/km² (Figura 3). Segundo ainda o Censo de 2010, foram registrados no Município de Matão 23.730 domicílios ocupados, com uma média de 3,23 pessoas por residência, com uma taxa de urbanização de 98,2% (Figura 4).
Conforme resultados do Censo Agropecuário de 2006, a área cultivada no Município foi de 19.222 hectares de culturas temporárias; 8.971 hectares de culturas permanentes; 688 hectares de pastagens naturais; 1.470 hectares de pastagens artificiais (plantadas); 1.637 hectares de matas naturais e artificiais; 198 hectares de tanques, lagos, açudes e/ou áreas de águas públicas para exploração da aquicultura. O município apresenta um total de 232 hectares inaproveitáveis para a agricultura e formação de pastagens. 
Atualmente, a economia está sustentada em atividades agroindustriais, sendo as duas principais a produção de suco de laranja e a produção de açúcar e álcool. Também são referências e grandes empregadoras na cidade indústrias do setor metalúrgico. 
OBJETIVOS
O objetivo do presente diagnóstico foi o de estruturar e engendrar conhecimento sobre a rede urbana de Matão, realizando uma caracterização do município e de suas relações e fluxos de serviços, pessoas, produtos, etc, bem como dos traços definidores da hierarquia urbana local.
MÉTODO
O diagnóstico contemplou aspectos da urbanização e desenvolvimento regional, que foram desenvolvidos explorando:
(i) conceitos trabalhados na disciplina;
(ii) informações secundárias contendo levantamentos de dados estatísticos socioeconômicos do município, visando orientar a coleta de informações primárias;
(iii) informações primárias, que serão coletadas em visita ao município.
CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO
No presente diagnóstico foram analisados condicionantes naturais (clima, vegetação, hidrologia e relevo), sociais (população, emprego e renda), econômicos (agropecuária e indústria) e financeiros, bem como a infraestrutura urbana (transporte, saneamento e habitação). 
Considerou-se a dinâmica no tempo e no espaço que os indicadores obtidos permitiram registrar, o que incluiu uma avaliação da evolução do município no tempo; as dificuldades, limites e oportunidades observáveis; a evolução da inserção desta cidade em uma “divisão intrarregional do trabalho”; e uma avaliação sobre a capacidade local de retenção de excedente. 
Quanto à geografia física, verificou-se as alterações decorrentes da ocupação, nos vários períodos ao longo da história, e tentou-se associá-los às atividades econômicas predominantes em cada período, além das informações básicas.
5.1 Condicionantes naturais: clima, vegetação, hidrologia e relevo
A cidade de Matão tem um clima tropical, com muito mais pluviosidade no verão que no inverno. A temperatura média da cidade é de 21,6ºC, já a pluviosidade média anual é 1319mm.
Figura 3 - Gráfico climáticodo município de Matão
Fonte: Climate-data
Pelo gráfico, observa-se que o mês mais seco, o mês de agosto, a precipitação média é de 17mm. Já no mês mais úmido, janeiro, a precipitação média é de 248mm.
Figura 4 - Tabela climática
Fonte: Climate-data
	Pela tabela climática, percebe-se que o mês mais seco tem uma diferença de precipitação de 231mm em relação ao mês mais chuvoso, com as temperaturas variando de 5,8ºC em média durante o ano.
Figura 5 - Gráfico de temperatura do município de Matão
Fonte: Climate-data
Pelo gráfico de temperatura, pode-se ratificar que a temperatura média na cidade é de 21,6ºC.
Quanto à vegetação, a cidade de Matão apresenta 2239,7 ha de Floresta Estacional, 285,7 ha de Floresta Secundária e 6911,6 ha de Vegetação Ripária. 
No que se refere à hidrografia do município em estudo, o município de Matão pertence ao comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê – Batalha. 
Segundo a Prefeitura Municipal de Matão (Palácio da Independência), o principal corpo d’água do município de Matão é o Rio São Lourenço. Outros córregos deságuam em suas águas tais como: Córrego Cascavel, Curtume, Córrego do Leão, Milho Vermelho, Espiga Vermelha, Las Palmas, Águas do Tobias, Tabuleta, entre outros. 
De acordo com o documento denominado “Avaliação Ambiental Preliminar dos Recursos Hídricos Superficiais do Município de Matão - SP” (CALIJURI; TEIXEIRA; RIOS, 1997), realizado pela CRHEA (Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada) da USP (Universidade de São Paulo) em 1997, ficou evidenciado que em termos quantitativos não existe grande disponibilidade de recursos hídricos superficiais no município, somente após a zona urbana de Matão o Rio São Lourenço apresentou vazão superior a 1,0 m³/s. A captação de água é realizada por meio de poços profundos, já que existe escassez de recursos hídricos superficiais no Município.
Figura 6 - Mapa das Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Fonte: Prefeitura Municipal de Matão
O relevo da cidade se classifica como tipo colinoso, ou seja, predominam declividades de até 15% e amplitudes locais inferiores a 100m, com algumas colinas médias, cujos vales limítrofes ocupam áreas entre 1 a 4km².
Sobre a geologia do município de Matão, ele se localiza sobre a Província Geomorfológica do Planalto Ocidental, inserida na Bacia do Paraná, e formada por extensa plataforma estrutural suavizada, com leve caimento para oeste e nivelada em cotas a 500m. 
No Planalto Ocidental predominam as rochas sedimentares do Grupo Bauru, da Formação Adamantina. O Grupo Bauru apresenta em sua composição arenitos, arenitos conglomeráticos com cimento carbonático ou silificado, siltitos e argilitos.
A formação Adamantina é composta por depósitos fluviais com predominância de arenitos finos podendo apresentar cimentação e nódulos carbonáticos, com lentes de siltitos e argilitos, ocorrendo em bancos maciços. 
O solo predominante na região de Matão é o Pln: Solos Podzolizados de Lins e Marília, Variação Lins, que correspondem, no sistema de classificação atual, ao solo Podzólico Vermelho Amarelo Tb, eutrófico, textura arenosa/média, fase relevo suave ondulado, cujo principal fator limitante é a susceptibilidade à erosão, no entanto, em função da composição deste solo, o mesmo apresenta elevada fertilidade, característica que o separa do grande grupo de solos Podzólicos Vermelho-Amarelos.
Todas essas características naturais que a cidade apresenta culminaram no favorecimento da indústria de suco de laranja primordialmente e, recentemente, a expansão do ramo alimentício em geral, metalúrgico, têxtil e de tintas.
5.2 Condicionantes sociais: população, emprego, renda, educação, condições de vida e saúde
A caracterização social do Município de Matão foi feita por meio de uma comparação entre os dados municipais e os dados da Região de Governo de Araraquara (RGA) e do Estado de São Paulo. 
No item em questão, foram considerados dados referentes ao território e população; e ao emprego e rendimento do município. Optou-se comparar os dados do município com os dados da RGA pois esta é considerada, pelo artigo 4º do Decreto Nº 26.581, de 5 de janeiro de 1987, como a unidade territorial básica da descentralização e regionalização de ação do Governo Estadual. 
Na tabela a seguir, são apresentados os dados principais sobre o território e a população.
Tabela 1 - Território e população em Matão
	Descrição
	Ano
	Município
	RG
	Estado
	Área (Km2)
	2010
	527,01
	7.234,32
	248.209,43
	População
	2010
	76.799
	575.653
	41.674.409
	Densidade Demográfica (Habitantes/km2)
	2010
	146,60
	79,57
	167,90
	Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População - 2000/2010 (Em % a.a.)
	2010
	0,69
	1,06
	1,09
	Grau de Urbanização (Em %)
	2010
	98,16
	95,00
	95,88
	Índice dê Envelhecimento (Em %)
	2010
	53,14
	64,97
	51,24
	População com Menos de 15 Anos (Em%)
	2010
	21,03
	19,72
	22,51
	Razão de Sexos
	2010
	97,95
	96,95
	94,65
Fonte: Fundação SEADE
E com o Censo realizado em 2010, obteve-se a tabela a seguir:
Tabela 2 - Censo 2010
	Descrição
	Valor
	Unidade
	Total da população
	76.799
	Pessoas
	Total de homens
	38.038
	Pessoas
	Total de mulheres
	38.761
	Pessoas
	Total da população urbana
	75.386
	Pessoas
	Total da população rural
	1.413
	Pessoas
	Total de domicílios particulares
	25.854
	Domicílios
	Total de domicílios particulares ocupados
	23.709
	Domicílios
	Total de domicílios particulares não-ocupados fechados
	29
	Domicílios
	Total de domicílios particulares não-ocupados de uso ocasional
	543
	Domicílios
	Total de domicílios particulares não-ocupados vagos
	1.573
	Domicílios
	Total de domicílios coletivos
	15
	Domicílios
	Total de domicílios coletivos com morador
	8
	Domicílios
	Total de domicílios coletivos sem morador
	7
	Domicílios
Fonte: IBGE
Com relação à evolução da população ao longo do tempo, levantou-se a tabela a seguir.
Tabela 3 – População de Matão de 2000 a 2015
	
Ano
	
População Urbana (Hab.)
	
População Rural (Hab.)
	População do Município (Hab.)
	Taxa de Urbanização (%)
	
	2000
	69.168
	2.585
	71.753
	96.40%
	
	2001
	69.765
	2.433
	72.198
	96.63%
	
	2002
	70.367
	2.290
	72.657
	96.85%
	
	2003
	70.975
	2.155
	73.130
	97.05%
	
	2004
	71.588
	2.028
	73.616
	97.25%
	
	2005
	72.206
	1.908
	74.114
	97.42%
	
	2006
	72.829
	1.796
	74.625
	97.59%
	
	2007
	73.458
	1.690
	75.148
	97.75%
	
	2008
	74.092
	1.591
	75.683
	97.90%
	
	2009
	74.732
	1.497
	76.229
	98.04%
	
	2010
	75.377
	1.409
	76.786
	98.17%
	
	2011
	76.028
	1.326
	77.354
	98.29%
	
	2012
	76.684
	1.248
	77.932
	98.40%
	
	2013
	77.346
	1.174
	78.521
	98.50%
	
	2014
	78.014
	1.105
	79.119
	98.60%
	
	2015
	78.687
	1.040
	79.728
	98.70%
	
Fonte: Fundação SEADE
Sendo possível então, através dos gráficos a seguir, comparar com a RGA e o Estado de São Paulo:
Figura 7 - Densidade demográfica e Grau de Urbanização de Matão
Fonte: IBGE
Os gráficos abaixo dizem respeito às pirâmides etárias da população matonense organizadas de acordo com os dados divulgados nas projeções da fundação Seade para os anos de 2001, 2010, 2015 e 2010.
Na comparação, observa-se que a base da pirâmide etária da população matonense está se tornando cada vez mais estreita e o ápice mais largo. Verifica-se também que o corpo está cada vez maior, o que pode indicar reflexos na estrutura da População Economicamente Ativa (PEA), a qual é formada por pessoas que exercem atividades remuneradas.
Figura 8 - Matão: Pirâmides populacionais de 2001, 2010, 2015, 2020
Fonte: Fundação SEADE
A tabela a seguir apresenta dados sobre emprego e rendimento, e suas participações nos diversos setores. Os dados referem-se a empregos formais, com carteira de trabalho assinada. 
O setor que oferece o maior número de empregosno município, com o melhor rendimento médio, é no setor de indústria (37,16% e R$ 1.785,27, respectivamente). Por outro lado, o município tem participação nos vínculos empregatícios na construção civil, comércio e serviços, inferiores à média da Região de Governo.
Tabela 4 - Emprego e rendimento em Matão
	Descrição
	Ano
	Município
	RG
	Estado
	Participação	dos	Vínculos Empregatícios	na Agropecuária no Total de Vínculos (%)
	2009
	26,18
	15,06
	3,08
	Participação	dos	Vínculos Empregatícios	na Indústria no Total de Vínculos (%)
	2009
	37,16
	31,27
	22,47
	Participação	dos	Vínculos Empregatícios	na Construção Civil no Total de Vínculos (%)
	2009
	2,18
	2,98
	4,69
	Participação	dos	Vínculos Empregatícios	no Comércio no Total de Vínculos (%)
	2009
	15,05
	18,96
	19,23
	Participação	dos	Vínculos Empregatícios	nos Serviços no Total de Vínculos (%)
	2009
	19,44
	31,73
	50,53
	Rendimento Médio nos Vínculos Empregatícios na Agropecuária (Em reais)
	2009
	833,23
	812,22
	930,66
	Rendimento Médio nos Vínculos Empregatícios na Indústria (Em reais)
	2009
	1.785,27
	1.505,66
	2.076,16
	Rendimento Médio nos Vínculos Empregatícios na Construção Civil (Em reais)
	2009
	862,33
	962,48
	1.400,71
	Rendimento Médio nos Vínculos Empregatícios no Comércio (Em reais)
	2009
	1.080,41
	1.009,07
	1.296,69
	Rendimento Médio nos Vínculos Empregatícios nos Serviços (Em reais)
	2009
	1.326,32
	1.465,36
	1.885,02
	Rendimento	Médio	no	Total	de Vínculos Empregatícios (Em reais)
	2009
	1.320,66
	1.278,13
	1.762,71
Fonte: Fundação SEADE
As tabelas a seguir mostram dados sobre educação em Matão. Consideraram-se analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram. Os dados são referentes ao número de anos de estudo, à série e ao grau mais elevado concluído com aprovação.
Tabela 5 - Educação em Matão
	Descrição
	Ano
	Município
	RG
	Estado
	Taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais (%)
	2000
	8,52
	8,32
	6,64
	Média de anos de estudos da população de 15 a 64 anos
	2000
	6,97
	7,12
	7,64
	População de 25 anos e mais com menos de 8 anos de estudo (%)
	2000
	65,55
	63,05
	55,55
	População de 18 a 24 anos com ensino médio completo (%)
	2000
	41,36
	41,79
	41,88
Fonte: Fundação Seade
Tabela 6 - Relação das Escolas, número de alunos, por Bairros, em Matão, em 2011
	Escola
	Tipo
	Bairro
	Nº de Alunos
	Apparecida Ragassi Masselani
	EMEI/CRECHE
	Parque Aliança
	153
	Profª. Catharina Toledo Gerdis
	EMEI/Centro Social
	V. Pereira
	197
	Izidoro Groggia
	Centro Social
	V. Pereira
	
	Profª. Clarice Mendonça
	EMEI/Centro Social
	Vila Santa Cruz
	188
	Profª. Elizinha Bueno
	EMEI
	Jardim Paraiso
	230
	Profª. Helena Lian
	EMEI/Centro Social
	Jardim do Bosque
	203
	Profª. Ires Bocchi Marchezan
	EMEI/Centro Social
	Jardim São José
	201
	Maria Gracia Fernandes
	
	Jardim São José
	
	Profª. Italina Freitas Ferreira Caruzo
	EMEI/CRECHE
	Vila Cardim IV – CAIC
	149
	Débora Rossin Inocêncio da Costa
	
	Vila Cardim IV – CAIC
	
	Centro Social João Nonis
	EMEI/Centro Social
	Vila Cardim IV
	87
	Prefeito João Fechio
	EMEI
	Nova Cidade
	137
	Profª. Maria Améllia Ortiz Gandini
	EMEI/CRECHE
	Jardim Alvorada
	162
	Mário Gandini
	EMEI/CRECHE
	Senhor Bom Jesus
	189
	Prof. Sigmar José Groppa
	EMEI
	Jardim Cambuí
	121
	Silvânia
	EMEI/Centro Social
	Silvânia
	28
	Fazenda Tamanduá
	EMEI
	
	9
	Profª. Vera Gonçalves de Mattos
	EMEI
	Bairro Alto
	146
	Profª. Verônica Dropello
	EMEI/CRECHE
	Centro
	150
	Profª. Violeta Ribeiro Lopes
	EMEI/Centro Social
	Jardim Balista
	114
	Zulmira Prandi Grigolli
	EMEI/Centro Social
	São Lourenço do Turvo
	90
	Fermino Fechio
	Centro Social
	Residencial das Acácias
	64
	Nelson Chiozzini 
	 CRECHE
	Jardim Popular
	50
	Número Total de Alunos
	2.668
Fonte: Fundação Seade
A tabela a seguir apresenta dados sobre as condições de vida. Destaca-se o Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS, indicador instituído pelo SEADE no ano 2000, e que desde então tem sido aprimorado e editado a cada 2 anos. A metodologia que respalda o IPRS está disponibilizada no portal do SEADE.
As três dimensões do índice (riqueza, longevidade e escolaridade) colocam Matão, em 2004, no Grupo 1 dos municípios paulistas: aqueles que apresentam nível elevado de riqueza e bons níveis nos indicadores sociais.
Tabela 7 - Condições de Vida em Matão
	Descrição
	Ano
	Município
	RG
	Estado
	Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS
- Dimensão Riqueza
	2004
	43
	41
	52
	Índice Paulista de Responsabilidade Social (*) ‐ IPRS ‐ Dimensão Longevidade
	2004
	72
	73
	70
	
	2006
	75
	72
	72
	Índice Paulista de Responsabilidade Social (*) ‐ IPRS ‐ Escolaridade
	2004
	64
	59
	54
	
	2006
	76
	72
	65
	
Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS
	2004
	Grupo 1 - Municípios com nível elevado de riqueza e bons níveis nos indicadores sociais.
	
	2006
	Grupo 3 - Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas demais dimensões.
	Índice de Desenvolvimento Humano - IDH
	2000
	0,806
	...
	0,814
	Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM - Ranking dos Municípios
	2000
	133
	...
	...
	Renda per Capita (Em salários mínimos)
	2000
	2,09
	2,25
	2,92
	Domicílios com Renda per Capita até 1/4 do Salário Mínimo (%)
	2000
	4,03
	4,16
	5,16
	Domicílios com Renda per Capita até 1/2 do Salário Mínimo (%)
	2000
	11,99
	11,25
	11,19
Fonte: Fundação Seade
Destacam-se como indicadores de qualidade de vida para o município de Matão:
O IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. O município de Matão evolui do IDHM 0,774, em 1991 (IDHM médio) para 0,806 em 2000 (IDHM alto), segundo dados censitários do IBGE;
A Taxa de Mortalidade Infantil por 1000 nascidos vivos: de 36,94 em 1980 para 9,48 em 2008;
Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (tabela e gráfico a seguir).
Tabela 8 - Índice Paulista de Vulnerabilidade Social - IPVS, em Matão
	Grupo de Vulnerabilidade
	Dimensões
	IPVS
	% da População
	
	Condição socioeconômica
	Ciclo de Vida (famílias)
	
	
	
	da POPULAÇÃO
	
	
	
	1
	Muito alta
	Jovens, adultas, idosas
	Nenhuma Vulnerabilidade
	-
	2
	Média ou alta
	Idosas
	Muito baixa
	19,1
	3
	Alta
	Jovens, adultas
	Baixa
	31,2
	4
	Média
	Adultas
	Média
	9,8
	5
	Baixa
	Adultas, idosas
	Alta
	36,6
	6
	Baixa
	Jovens
	Muito alta
	3,3
Fonte: Fundação Seade
Figura 9 - Distribuição da população segundo grupos do IPVS, em Matão e no Estado de São Paulo, no ano 2.000
Fonte: Fundação Seade
A tabela a seguir apresenta um resumo de algumas estatísticas vitais de saúde, posteriormente as mais relevantes serão detalhadas.
A taxa de natalidade se refere à razão entre o número de crianças nascidas vivas no ano de referência e a população estimada; a taxa de fecundidade, à razão entre o número de nascidos vivos e a população feminina em idade fértil (15 a 49anos); a taxa de mortalidade infantil refere-se aos óbitos de menores de um ano deidade, ocorridos no ano de referência, em relação aos nascidos vivos no mesmo período; a taxa de mortalidade na infância, aos óbitos de menores de 5 anos ocorridos no ano de referência, em relação aos nascidos vivos no mesmo período; a mortalidade da população entre 15 e 34 anos, óbitos registrados nessa faixa etário o ano de referência, em relação à população dessa mesma faixa etária, em 1º de julho daquele ano; a gestação pré-termo, à razão entre os nascidos vivos com menos de 37 semanas de gestação e o total de nascidos vivos.
Tabela 9 - Estatísticas vitais de saúde em Matão
	Descrição
	AnoMunicípio
	RG
	Estado
	Taxa de natalidade (por mil habitantes)
	2009
	12,43
	12,95
	14,69
	Taxa de fecundidade geral (por mil mulheres entre 15 e 49 anos)
	2009
	43,35
	45,84
	52,12
	Taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos)
	2009
	15,84
	13,98
	12,48
	Taxa de mortalidade na infância (por mil nascidos vivos)
	2009
	17,95
	15,76
	14,46
	Taxa de mortalidade da população entre 15 e 34 anos (por cem mil)
	2009
	79,07
	120,99
	127,25
	Taxa de mortalidade da população de 60 anos ou mais (por cem mil)
	2009
	4.057,10
	3.868,99
	3.709,39
	Mães adolescentes (com menos de 18 anos) (%)
	2009
	7,29
	8,69
	7,22
	Mães que tiveram sete ou mais consultas de pré‐natal (%)
	2009
	86,98
	78,92
	76,61
	Partos cesáreos (%)
	2009
	84,48
	75,84
	57,56
	Nascimentos de baixo peso (menos de 2,5 kg) (%)
	2009
	7,51
	8,20
	9,22
	Gestações pré‐termo (%)
	2009
	5,71
	7,14
	8,62
Fonte: Fundação Seade
A taxa de mortalidade infantil é um indicador importante das condições de vida e de saúde de uma localidade, permitindo a análise e comparação da desigualdade entre locais distintos. Permite a leitura e a avaliação da disponibilidade e acesso aos serviços e recursos relacionados à saúde, como o pré-natal e seu acompanhamento. É um indicador que se relaciona diretamente à renda familiar, à nutrição, à educação das mães e pais e ao saneamento básico ideal. A taxa de mortalidade infantil tem sido considerada alta quando superior ou igual à 50 por mil ou mais, média (de 20 a 49) e baixa menor que 20.
O Município de Matão apresenta taxa declinante de mortalidade infantil nos últimos anos, conforme dados do SEADE, apresentado na Tabela 22: verifica-se queda de 47,26 mortos/1.000 nascidos vivos, em 1980, para 15,84 mortos/1.000 nascidos vivos, em 2009. A Figura 8 ressalta o processo de redução da taxa de mortalidade infantil em Matão.
Foi estabelecida pelas Nações Unidas como uma das metas do milênio, a redução em dois terços das mortes de crianças menores de cinco anos no período de 1990 à 2015. A tabela 22 aponta a diminuição de 60% da mortalidade infantil (menores de 1 ano) no período de 1990 à 2009, portanto a possibilidade de se alcançar a meta proposta, até 2015, é muito grande.
Tabela 10 - Mortalidade Infantil em Matão, de 1980 a 2009
	ANO
	TAXA
	ANO
	TAXA
	ANO
	TAXA
	1980
	47,26
	1990
	23,26
	2000
	14,14
	1981
	57,17
	1991
	18,7
	2001
	5,74
	1982
	46,33
	1992
	18,14
	2002
	12,82
	1983
	54,96
	1993
	15,8
	2003
	13,93
	1984
	42,79
	1994
	25,81
	2004
	13,22
	1985
	33,48
	1995
	18,16
	2005
	10,94
	1986
	29,2
	1996
	19,42
	2006
	11,66
	1987
	35,05
	1997
	19,53
	2007
	10,45
	1988
	23,97
	1998
	14,73
	2008
	13,02
	1989
	24,08
	1999
	15,29
	2009
	15,84
Fonte: Fundação SEADE 
Figure 10 - Mortalidade Infantil em Matão (óbitos de menores de 1 ano, por 1000 nascidos vivos)
Fonte: Fundação SEADE
Os dados da tabela a seguir referem-se ao município, às Regiões de Governo e à Região Administrativa de Matão, aos municípios vizinhos e ao Estado de São Paulo. A tendência de queda na taxa de mortalidade infantil ocorre em todos os locais referidos acima como consequência de todos os fatores de desenvolvimento. Referem-se também a mortalidade proveniente de doenças infecciosas intestinais tais como: cólera, diarreia, gastroenterites, febres tifoides e paratifoide, e outras diretamente relacionadas ao atendimento precário dos serviços de saneamento.
Tabela 11 - Taxas de mortalidade infantil regional e estadual
	Referência
	Ano
	
	1980
	1985
	1990
	1995
	2000
	2005
	2009
	São Paulo
	50,62
	37,03
	30,9
	23,45
	15,8
	12,86
	11,95
	Araraquara
	32,62
	21,32
	29,08
	20,43
	14,75
	6,53
	10,72
	Matão
	47,26
	33,48
	23,26
	18,16
	14,14
	10,94
	15,84
	Américo Brasiliense
	43,96
	55,7
	26,51
	35,78
	13,49
	5,63
	20,22
	Boa Esperança do Sul
	71,43
	33,33
	27,56
	21,6
	11,9
	4,63
	28,17
	Gavião Peixoto
	NA
	NA
	NA
	NA
	16,39
	14,08
	-
	Motuca
	NA
	NA
	NA
	24,39
	18,18
	28,57
	-
	Santa Lucia
	15,5
	15,27
	23,62
	12,27
	14,18
	19,05
	7,14
	Ibaté
	27,44
	26,81
	19,9
	19,13
	15,27
	7,86
	13,62
Fonte: Fundação Seade
Em epidemiologia, morbidade representa a taxa de portadores de determinada doença, relacionada ao número de habitantes em determinado local, em determinado intervalo de tempo. Considera-se os indivíduos de um determinado território (país, estado, município, distrito municipal, bairro) que adoeceram num determinado período.
Dados do DATASUS, referentes a morbidade hospitalar em Matão e municípios vizinhos (Araraquara, Dobrada, Gavião Peixoto, Itápolis, Nova Europa, Tabatinga e Taquaritinga), apresentado na tabela a seguir, mostram valores referentes ao período 2000 a 2007 para a faixa etária de menores de quatro anos, que representa parcela da população mais sensível a enfermidades diretamente relacionadas as falhas e possível inexistência dos serviços de saneamento básico. 
Foram consideradas: amebíase, cólera, diarreia, febres, tifoide e paratifoide, gastroenterite de origem infecciosa presumível, shigelose e outras doenças infecciosas intestinais. 
Tabela 12 - Morbidade infantil em Matão e municípios vizinhos
	Localidade
	Ano
	
	2000
	2001
	2002
	2003
	2004
	2005
	2006
	2007
	Araraquara
	77
	95
	78
	71
	72
	21
	30
	13
	Dobrada
	4
	3
	2
	1
	3
	3
	2
	1
	Gavião Peixoto
	2
	3
	3
	3
	-
	3
	-
	-
	Itápolis
	48
	50
	24
	12
	8
	17
	31
	6
	Matão
	43
	29
	30
	26
	26
	33
	40
	21
	Nova Europa
	15
	1
	9
	34
	10
	58
	17
	12
	Tabatinga
	37
	86
	44
	96
	42
	77
	76
	41
	Taquaritinga
	213
	219
	211
	245
	230
	226
	177
	114
	Total Estado - SP
	20.13
	21.063
	19.025
	19.939
	18.547
	18.013
	16.813
	11.87
Fonte: Fundação Seade
5.3 Habitação e infraestrutura urbana
A tabela a seguir retrata as condições da habitação e infraestrutura urbana em Matão. Considera-se domicílios com espaço suficiente aqueles que dispõem de pelo menos quatro cômodos, sendo um deles banheiro ou sanitário. 
Os domicílios com infraestrutura urbana interna adequada, representam os que dispõem de ligação às redes públicas de abastecimento de água, energia elétrica e de coleta de lixo, sendo a fossa séptica a única exceção aceita no lugar do esgoto. 
Os níveis de atendimento com abastecimento de água e esgotamento sanitário referem-se à domicílios particulares permanentes ligados às respectivas redes públicas. O nível de atendimento com coleta de lixo refere-se ao serviço regular de coleta de lixo na zona urbana.
Tabela 13 - Habitação e Infraestrutura Urbana Matão
	Descrição
	Ano
	Município
	RG
	Estado
	Domicílios com espaço suficiente (%)
	2000
	93,89
	93,76
	83,16
	Domicílios com infraestrutura interna urbana adequada (%)
	2000
	96,50
	94,02
	89,29
	Coleta de lixo – nível de atendimento (%)
	2000
	99,80
	98,65
	98,90
	Abastecimento de água – nível de atendimento (%)
	2000
	99,71
	99,46
	97,38
	Esgoto sanitário – nível de atendimento (%)
	2000
	97,63
	87,91
	85,72
Fonte: Fundação SEADE
O índice de coleta de lixo expressa a parcela da população atendida pelos serviços de coleta de lixo doméstico em um determinado território. No município de matão, segundo a secretária de meio ambiente, a coleta de lixo é realizada diariamente na área central e em dias alternados em outras regiões da cidade e 100% da população é atendida.
Em matão, segundo a secretária de meio ambiente, a empresa responsável pela coleta e destinação final do lixo é a Leão Ambiental. São coletados em média 1.500 toneladas/mês de resíduos domiciliares e comerciais e 100% desse lixo é destinado a aterro sanitário, que possui impermeabilização da base do aterro com manta PEAD (Polietileno de Alta Densidade), com espessura de 2mm, visando a proteção do lençol freático.Com relação à infraestrutura de transportes, o primeiro trecho da Estrada de Ferro Araraquara, inaugurado em 1899, ligava a cidade de Araraquara a de Matão, chegando os trilhos à cidade de São José do Rio Preto, ultima estação de nossa área de estudo, treze anos depois, em 1912. Atualmente, matão ainda contém essa ferrovia, além de duas rodovias duplicadas (SP-326 e SP-310), todas as principais vicinais pavimentadas, e uma proximidade de 150km com uma hidrovia.
No final do ano de 2002, a prefeitura do município de Matão celebrou contrato de concessão dos serviços de tratamento e destinação final de esgotos sanitários com a Companhia Matonense de Saneamento (CMS), por meio de processo licitatório e legislação municipal específica para esse serviço, Lei municipal nº 3.127/2001. 
O contrato definiu a CAEMA – Companhia de Águas e Esgoto de Matão – como responsável pelo acompanhamento do contrato – fiscalização, transferência de recursos, entre outras atividades - e especificou todo o formato que para a realização dos repasses tarifários à concessionária:
Pela Lei municipal citada acima e previsão no contrato de concessão, o CAEMA continuou responsável pela cobrança das tarifas de água e esgoto no município, bem como pela gestão e manutenção de todo o sistema de coleta e afastamento dos esgotos sanitários do município. Há de se notar que à época da concessão (2002) o município de Matão não dispunha de qualquer forma de tratamento para o esgotamento sanitário (ETE).
Graças à legislação municipal específica e concessão do serviço de tratamento de Esgoto em 2002, estima-se hoje que 85% dos imóveis, residenciais, comerciais e industriais estejam ligados ao sistema de tratamento de esgoto, sendo o sistema de tratamento de esgoto permite que seja tratado todo o efluente gerado no município desde que encaminhados até a ETE- CMS.
Figure 11 - Mapas com: setores de pressão, localização dos poços e reservatórios e redes
Fonte: SNIS
Figure 12 - Macro Sistema de Esgoto Existente (Coletores, Interceptores e Emissário)
Fonte: SNIS
Com relação a habitação, o Plano Local de Habitação de Interesse Social de Matão, elaborado em 2008, trabalhou com uma demanda estimada em torno de 4000 moradias. A partir dele, trabalhou-se na priorização da produção de 2.632 moradias para o atendimento habitacional das famílias vivendo em áreas com maior grau de vulnerabilidade. 
Esta meta de atendimento teve seu horizonte temporal estabelecido para o ano de 2019, e para o atendimento da mesma foi definida a utilização dos programas Habitacionais Portal Terra da Saudade I e II, além de terrenos municipais gravados em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) e parte das ZEIS gravadas em áreas particulares.
Assim, o quantitativo previsto de unidades habitacionais por programa foi o seguinte:
Tabela 14 - Número de unidades habitacionais em Matão, por ZEIS
	LOCALIZAÇÃO
	Número de unidades Habitacionais
	Portal da Saudade I
	867
	Portal da Saudade II
	975
	ZEIS Aliança
	33
	ZEIS Bom Jesus
	32
	ZEIS Paraíso
	128
	ZEIS Oeste
	597
	Total
	2632
Fonte: Prefeitura de Matão
Esta decisão e as definições de metas acabaram por consolidar uma dinâmica para a expansão do perímetro urbano e do uso e ocupação do solo destinado as moradias, bem como a equipamentos públicos e serviços vinculados a este tipo de ocupação. As imagens a seguir mostram a localização geográfica desta expansão e a delimitação geográfica da ZEIS.
Figure 13 - Localização geográfica da expansão urbana em Matão prevista no Planos habitacional
Fonte: Prefeitura de Matão
Tabela 15 - Áreas territoriais das ZEIS no município de Matão
	ZEIS
	Área (m2)
	Área Privada
	2.061.078,00
	1- Portal 1
	684.000,00
	2- Portal 2
	377.785,00
	3- ZEIS Oeste
	898.608,00
	4- ZEIS Leste
	100.685,00
	Área Pública
	36.150,00
	5- ZEIS Aliança
	5.906,00
	6- ZEIS Bom Jesus
	7.210,00
	7- ZEIS Paraíso
	23.034,00
	Total
	2.097.228,00
Fonte: Prefeitura de Matão
Neste cenário interfere ainda a decisão da iniciativa privada em lotear áreas para implementar empreendimentos imobiliários destinados ao consumo da classe de maior poder aquisitivo que busca por outra qualidade de moradia. Assim, são identificados loteamentos que preferencialmente estão explorando e utilizando áreas na região da sub-bacia do Córrego Cascavel e loteamentos que exploram a zona oeste da cidade e estão definindo uma expansão local.
5.4 Condicionantes econômicos: agropecuária e indústria
A análise do PIB municipal, da sua composição setorial (agropecuária, indústria e serviços), da evolução das principais atividades produtivas, mostra a realidade econômica do município e permite inferir importantes tendências do seu desenvolvimento, inclusive em relação ao desenvolvimento de sua Região de Governo e do Estado.
A Tabela 8 abaixo apresenta os dados de PIB do município de Matão, da Região Administrativa Central e do estado de São Paulo. A partir dela pode-se observar que Matão tem apresentado taxas positivas de crescimento, tendo seu PIB aumentado em 19,9% no período de análise e o PIB per capita, 17,6%; apesar de esses valores representarem cerca da metade do que a RA Central e o próprio estado cresceram no mesmo período. Ainda assim, observa-se que, considerando que a região administrativa é composta por 26 municípios, Matão apresenta uma alta participação no total do PIB desta (24% em 2012).
Tabela 16 - PIB de Matão, RA Central e estado de São Paulo
Fonte: SEADE, elab.: Autores
O Valor Adicionado de 2008 a 2012, na Tabela 9, mostra que o total de Matão tem apresentado crescimento, exceto a leve queda em 2011, chegando a 16% em 2012 do que era em 2008. Apesar disso, esse crescimento ainda é menor do que o apresentado pela RA e pelo estado, o qual é cerca de 38% no mesmo período. Em relação ao Valor Adicionado de cada setor da economia, na RA Central e no estado, o setor mais expressivo na economia são os Serviços, com 60% e 73% respectivamente, seguido da Indústria com 34% e 25% em 2012. Por outro lado, verificasse que o ramo de atividades que mais contribui para a geração de riqueza do município é a Indústria, o que se explica pela alta produção suco de laranja pelo qual ele é conhecido, chegando a representar quase 70% dessa matriz. Esse valor nos últimos anos tem sofrido uma leve queda em detrimento do segundo setor que mais se destaca – os Serviços, alcançando 34,8% em 2012, setor que apresenta uma tendência nacional de crescimento. Enquanto isso, os setores de Administração Pública e Agropecuária, apresentam parcelas insignificantes nesse cenário.
Analisando a Tabela 10, nota-se que o valor das exportações apresentou uma oscilação nesse período para os três, no entanto, comparando 2015 com 2011, no fim desse intervalo, Matão apresentou um aumento de 12,5% enquanto que a RA estagnou e o estado perdeu 20,7%, o que representa um ótimo resultado para o município. A participação de Matão nas exportações tanto da RA quanto do estado tem sido incrementada, sendo que, novamente, dentre os 26 municípios da RA, ele representa sozinho quase 40%, o que também se explica pelo seu forte caráter industrial de, principalmente, produção e exportação de suco de laranja.
Quanto ao valor das importações, tem sofrido declínio em Matão (35,5%), RA Central (8,3%) e estado de São Paulo (22,4%), resultado benéfico para a economia.
Tabela 17 - Valor Adicionado dos setores da economia em Matão, RA Central e estado de São Paulo
Fonte: SEADE, elab.: Autores
Tabela 18 - Valor de exportações e importações em Matão, RA Central e estado de São Paulo
Fonte: SEADE, elab.: Autores
5.5 Finanças públicas
Dentre as despesas orçamentárias, que sofreu um aumento de 62,75% de 2009 a 2014, deve-se destacar a evolução de despesas com pessoal e encargos sociais que no período analisado sofreu um incremento de mais de 75%. Nota-se que as despesas com obras e instalações apresentam um valor bem flutuante, sendo que em 2014 houve uma redução de 11%em relação a 2009, quando em 2013 houve um elevado aumento de quase 100%. Ademais, despesas com investimentos cresceram 25%.
Com base na Tabela 11, também se pode elencar os principais itens de receita orçamentária de Matão que possuem os valores mais expressivos que são as Transferências Intergovernamentais da União e do Estado e as Transferências Correntes. Vale ressaltar que as receitas de capital apresentaram um crescimento insignificante enquanto as receitas de contribuição cresceram quase 182%, ISS quase 115%, ITBI cerca de 120%.
Por último, analisa-se que em 2009 houve um déficit orçamentário de 4,25%, em 2013 superávit de 8,22% e 2014 também superávit de 9,68%, o que pode representar a manutenção de um superávit orçamentário crescente nas finanças públicas do município.
Tabela 19 - Finanças públicas de Matão
Fonte: SEADE, elab.: Autores
VISITA AO MUNICÍPIO
Com a intenção de conhecer pessoalmente a situação da cidade de Matão, bem como o relacionamento dos moradores com a cidade e os órgãos gestores desta, optou-se por realizar uma visita ao município, para melhor elaborar o diagnóstico.
Além de conhecer o espaço físico, o objetivo da visita técnica foi aplicar um breve questionário a alguns moradores da cidade, escolhidos aleatoriamente por onde se passou, tendo o cuidado de escolher pessoas que moram nos arredores do centro da cidade e mais afastados do centro.
Sendo assim, foi aplicado o questionário com 24 pessoas, sendo que 14 delas moram afastadas do centro e 10, no centro. Dos entrevistados, 75% alegaram de gostar de morar na cidade. Os outros 25% não gostam de morar em Matão devido a alguns aspectos, principalmente falta de opções de lazer e dificuldade em se adquirir emprego. Um entrevistado dos entrevistados, ressaltou que mora em Matão, trabalha em Araraquara e aos finais de semana frequenta os eventos de São Carlos. 
Quanto às características físicas do município em análise, das pessoas com as quais foram aplicadas o questionário, mais de 95% delas não acham o clima da cidade agradável por ser predominantemente quente e seco. Metade das pessoas não acham a cidade bem arborizada, o que certamente contribui para o ambiente desagradável do município. Quase 60% dos entrevistados dizem que a cidade possui um relevo que não atrapalha sua mobilidade, alegando que ele seja praticamente plano, fato que realmente condiz com a análise de relevo da cidade, que diz ser ele colinoso (declividades de até 15% apenas).
No que se refere à situação econômica, quase 55% dos entrevistados alegou que nunca foi fácil conseguir emprego na cidade, por ser ela predominantemente cidade-dormitório. Mais de 40% disse que a cidade enfrenta uma crise de emprego apenas desde o início do aumento do desemprego recente no Brasil. 
Sobre os centros de compras da cidade, quase 90% dos entrevistados diz que a cidade não possui bons centros, tendo eles que se dirigirem principalmente à cidade de Ribeirão Preto-SP para terem acesso a shoppings de boa qualidade. Sobre os mercados, metade dos entrevistados disse que os mercados são bons e suficientes, enquanto 46% disse que há bons mercados, mas eles não são suficientes para os moradores.
Sobre o desempenho dos loteamentos, 71% das pessoas entrevistadas disse que há muitos terrenos vazios em locais mais afastados do centro, fato de foi deveras observado na visita técnica. 
Sobre os serviços públicos, pouco mais de 65% dos entrevistados disse que o transporte peca por ter poucas linhas de ônibus, mas 26% diz estar satisfeito com o serviço. Sobre a coleta de lixo, mais de 65% disse que é eficiente, mas 30% disse que às vezes encontram amontoados de lixo pela cidade, fato que fora de fato verificado em alguns locais que se visitou. 75% das pessoas com quem se conversou disse que as praças públicas são bem limpas (. No que se refere ao abastecimento de água, quase 70% disse que nunca teve problemas de abastecimento e as outras 30% disse que ficaram sem água uma ou poucas vezes. Já no que se refere ao sistema de coleta de esgoto, apenas duas pessoas disseram já ter visto vazamentos nas ruas. 
Figure 14 - Praça Eugênio Penegossi em Matão
Fonte: próprias autoras
No que se refere ao ensino, 67% dos entrevistados disseram que estudaram em escolas públicas, no entanto creem na necessidade de se ter mais escolas para atender melhor à população. Já no que tange aos hospitais e postos de saúde, mais de 60% das pessoas com quem se conversou alegou que o atendimento é bom, mas insuficiente o número de pontos de atendimento para a população, visto que enfrentam normalmente uma extensa fila. 
Na visita técnica realizada, foi constatada a presença de duas indústrias prostradas no centro da cidade, nos arredores da rodoviária, a Citrosuco e outra indústria de tecidos (Figura 15). 
Às pessoas que estavam na rodoviária, foi perguntado se essas indústrias de alguma forma atrapalhavam na mobilidade urbana, ao que a maioria respondeu que está acostumada a conviver com a indústria, embora metade dessas pessoas tenha dito que gostaria que a prefeitura tomasse atitudes no intuito de diminuir a emissão de gases dessas indústrias.
Figura 15 - Imagem aérea do centro de Matão (nas circunferências em vermelho encontram-se as indústrias; na circunferência em amarelo, a rodoviária)
Fonte: Google Maps
Por fim, foi perguntado aos entrevistados sobre a transparência dos serviços da prefeitura, bem como a facilidade ou não de se obter comunicação com os servidores municipais. Sobre isso, três pessoas relataram sua experiência negativa com o relacionamento com o órgão gestor. Uma delas alegou que, em um grupo de pessoas, pediu explicações na câmara sobre o processo de privatização dos serviços de saneamento, sobre o qual não obteve respostas, mesmo após insistir no pedido. Outra, alegou ter pedido explicações sobre o ensino religioso nas escolas da prefeitura, dizendo que isso não deveria ocorrer, uma vez que o Estado é laico. Também não obteve justificativa ou qualquer outro tipo de resposta. Por fim, uma pessoa disse ter acompanhado o setor de infraestrutura da prefeitura, com o qual tentava conseguir melhores condições do asfalto das ruas, sobre o que recebeu a resposta de que a prefeitura não realiza recapeamentos, apenas operações de “tapa-buraco”. 
Em suma, percebeu-se que a população enfrenta alguns problemas citadinos sobre os quais a prefeitura não se mostra responsável e nunca está disponível para maiores explicações aos cidadãos. Na visita à cidade, foi constatada uma situação precária da estrutura metálica da rodoviária (Figura 17), inclusive de seu sistema de coleta de águas pluviais. Na ocasião, chovia, logo, constatou-se que entra água em abundância no interior da cobertura da rodoviária. Foi até constatada a presença de um funcionário da rodoviária utilizando guarda-chuvas enquanto trabalhava.
Figura 16 - Fachada da rodoviária de Matão
Fonte: próprias autoras
Figura 17 - Estrutura metálica degradada da rodoviária de Matão
Fonte: próprias autoras
Também, pode-se perceber que a drenagem nos arredores do centro é precária e facilmente resulta em enchente na avenida que passa pela rodoviária. Na Figure 16, percebe-se a intensidade da enchente que a população enfrenta em dias de muita chuva em Matão.
Figure 18 - Enchente em Matão
Fonte: Amaral, 2016
CONCLUSÕES
** comparar teoria com a situação real
Este trabalho foi realizado com sucesso, de modo a propiciar aos integrantes do grupo habilidades de pesquisa, coleta, organização e análise de dados, informações experimentais específicas. Tais habilidades confiram-se na comparação das informações coletadas do município de Matão e conhecimentos gerais da história urbanística e econômica do Brasil e do estado de São Paulo. Sendo assim, os alunos conseguiram elaborar uma visão crítica sobre a evolução da cidade analisada tendo em vista sua história e realidade. 
Foi possível também relacionar as funções econômicas e administrativas de Matão e sua relevância intrarregional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IBGE,disponível na Internet via http://www.ibge.gov.br.
PREFEITURA DE MATÃO, disponível na Internet via http://www.matao.sp.gov.br.
SEADE, disponível na Internet via http://www.imp.seade.gov.br/.

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