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* Aparelho respiratório Farmacologia * Drogas utilizadas em doenças respiratórias I – Drogas broncodilatadoras Betamiméticos: Ação curta: terbutalino, salbutamol. Ação longa: salmeterol, formoterol(*). Só via oral: bambuterol. Anticolinérgicos: ipratropio, tiotóprio Metilxantinas: teofilina, aminofilina, acebrofilina, bamifilina... (*) possui também rápido início de ação * Drogas utilizadas em doenças respiratórias II - Expectorantes e mucolíticos: iodetos, guaiacolato de glicerila, bromexina e ambroxol, N-acetilcisteina, ipeca... III - Antitussígenos: Codeina, dextrometafano, levodropropizina, levopropoxifeno... * Drogas utilizadas em doenças respiratórias IV - Antileucotrienos: montelucast e zafirlucast. V - Cromonas: cromoglicato e nedocromil. VI – Cetotifeno. VII - Corticóides sistêmicos e tópicos (inalatórios). Outras: antimicrobianos, imunossupressores, nitritos, inibidores das fosfodiesterases (sildenafil...) etc. * Drogas utilizadas em doenças respiratórias Mucolíticos e expectorantes * Secreção brônquica Produção da secreção brônquica: - até 100 ml em 24 horas Composição: - mucopolissacarídeos, mucoproteínas, proteinas, gorduras, água, eletrólitos * Secreção brônquica Responsáveis pela produção: - Células mucosas e epiteliais da superfície mucosa, glândulas submucosas, vasos sanguíneos Duas camadas: - SOL: mais interna, mais fluida; onde os cílios se movimentam - GEL: viscosa; fixa partículas * Depuração mucociliar FATORES QUE FAVORECEM: - Broncodilatação - Drenagem postural - Hidratação adequada para evitar res- secamento das secreções - Nebulizações com soro fisiológico ? - Mucolíticos/expectorantes ?? * Os mucolíticos / expectorantes não mostraram efeito terapêutico importante * Iodeto de potássio O íodeto age como irritante das terminações parassimpáticas gástricas, estimulando o reflexo da tosse e ao mesmo tempo aumenta o volume de secreções brônquicas, salivares, lacrimais, nasal Doses: 300 mg 3 a 4 vezes por dia * Iodeto de potássio Efeitos colaterais: - Náuseas, vômitos, anorexia - Rinite, lacrimejamento, conjuntivite - Aumento de volume das glds salivares (caxumba iódica) - Alergia: erupção urticariforme até reações bolhosas graves, com febre - Suprime função tireoideia (utilizada no pré-operatório de cirurgias de tireóide) * Guaiacolato de glicerila Mecanismo de ação semelhante aos iodetos Encontrado em associações Diminui adesividade plaquetária * Bromexina e ambroxol O ambroxol é derivado da bromexina Mecanismo de ação: liberação de enzimas lisossômicas que degradam os muco-polissacarídeos * N-acetilcisteina Mecanismo de ação: grupos sulfidrílas rompem pontes dissulfetos das mucoproteinas Vias de administração: oral, inalatória e injetável Efeito antioxidante * N-acetilcisteina Outras indicações: - intoxicação pelo paracetamol - prevenção da nefrotoxidade de contrastes radiológicos (discutível) * Drogas utilizadas em doenças respiratórias Antitussígenos (sedativos da tosse) * Fisiologia - Revisão Tosse: reflexo protetor que visa eliminar corpos estranhos da árvore traqueo-brônquica. O uso de antitussígenos SÓ está indicado em casos excepcionais, em que a tosse é muito incômoda e não haja prejuízo em sedá-la * Mecanismos da tosse Quimiorreceptores e mecanorreceptores Vias aéreas, bronquíolos e parênquima pulmonar Nervos aferentes Vago e Glossofaríngeo Conexões centrais Centro da tosse Centro Respiratório Nervos periféricos Frênico Recorrente Intercostais * Codeina 3 metil-éter da morfina Eleva o limiar do centro da tosse. Analgésico e sedativo (fraco). Dose: 5- 20 mg VO ou SC até 3/3 h. Dose analgésica: 30 mg ou mais. * Codeina Efeitos colaterais: sedação, sonolência, náuseas e vômitos, tonturas, constipação, xerostomia... Dependência (incomum). * Dextrometafano Antitussígeno não narcótico. Sem efeito analgésico ou sedativo Não causa dependência. Metabolizado pelo fígado, devendo ser evitado em hepatopatas. * Dextrometafano Efeitos colaterais: Náuseas, vômitos, diarréia. Doses elevadas: euforia, torpor, incoordenação da marcha. Dose usual: 15-30 mg 3-4 vezes/dia * Clobutinol * Drogas utilizadas em doenças respiratórias Anticolinérgicos * Anticolinérgicos - Ipratrópio (brometo de) - Tiotrópio Ambos utilizados por via inalatória, sendo o tiotrópio de vida longa, permitindo uma aplicação a cada 24h. Poucos efeitos colaterais * Anticolinérgicos Efeitos muito variáveis na asma, desde efeito comparável aos beta2 miméticos até efeito desprezível. Utilidade maior no DPOC. Pode, e frequentemente o é, ser utilizado em associação aos beta2 miméticos * Drogas utilizadas em doenças respiratórias Metilxantinas * Metilxantinas Teofilina Aminofilina Bamifilina Acebrofilina * Metilxantinas A aminofilina é o derivado solúvel da teofilina, podendo ser utilizado, além de por via oral, por via endovenosa. Efeito equivalente a 80% da dose da teofilina. * Metilxantinas Não são utilizados por via inalatória, por serem irritantes da mucosa brônquica. Preparados de absorção lenta são mais bem tolerados. Doses: - 300-600 mg/dia (VO) - até 1 amp de aminofilina (240 mg cada) a cada 4-6h EV(cálculo pelo peso) * Metilxantinas Mecanismos de ação: Inibição da fosfodiesterase, aumentando níveis de AMP cíclico. Melhora contratilidade diafragmática. Antagonismo dos receptores da adenosina. * Metilxantinas Mecanismos de ação: Aumento da liberação de Ca intracelular. Aumento liberação de catecolaminas. Melhora contratilidade diafragmática. Efeito antiinflamatório. * Metilxantinas Metabolização hepática. Níveis plasmáticos mais elevados em: idosos, portadores de ICC, hepatopatas. Reduzir 1/3 a ½ as doses de manutenção nas situações acima. * Metilxantinas Interações medicamentosas Elevam níveis plasmáticos das xantinas: Eritromicina, ciprofloxacino, alopurinol, cetoconazol, cimetidina Reduzem níveis plasmáticos das xantinas: Fumo, fenobarbital, fenitoina, rifampicina * Metilxantinas Efeitos colaterais: Digestivos: náuses, vômitos, refluxo gastroesofágico; Tremores; Taquicardia e taquiarritmias (TAP, extrassistolia atrial, fibrilação atrial); Convulsões. * Drogas utilizadas em doenças respiratórias Antileucotrienos * Antileucotrienos Os leucotrienos originam-se do ácido araquidônico, por ação da lipooxigenase. Os leucotrienos cisteínicos são potentes broncoconstritores. * Antileucotrienos Montelucaste – meia vida plasmática de 4-5h, mas efeitos perduram mais, permitindo administração de uma dose diária. Zafirlucaste – meia vida plasmática de 10h, mas deve ser administrado de 12/12h * Antileucotrienos Metabolização hepática Raros efeitos colaterais: - Elevação das enzimas hepáticas (hepatotoxicidade?) - Desencadear doença de Churg-Strauss ?? * Drogas utilizadas em doenças respiratórias Cromonas * Cromonas Impedem degranulação dos mastócitos. Utilizados na prevenção de crises asmáticas. Raríssimos efeitos colaterais. Cromoglicato de sódio Utilizado especialmente em pediatria Colírio: para conjuntivites alérgicas Nedocromil * Drogas utilizadas em doenças respiratórias Corticóides * Corticóides Corticóides sistêmicos: - Hidrocortisona; - Metilprednisolona - Prednisona e prednisolona; - Outros. * Corticóides - Hidrocortisona: utilizar apenas quando não for possível a via oral e o uso da metilprednisolona. Efeito mineralocorticóide importante. Doses: 100 mg a cada 8-12h até ??? Via EV. * Corticóides - Prednisona: é o corticosteróide mais utilizado. Menor efeito mineralocorticóide que a hidrocortisona. Efeito antiinflamatório 4 x maior que o da hidrocortisona. Doses: 60 a 240 mg/dia (inicial) com redução a seguir. - Prednisolona – metabólito ativo da prednisona * Corticóides tópicos * Corticóides tópicos
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