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TERA PIA COGNITIVO-COMPORTAM EN TAL 
,. 
DE ALTO RENDIMENTO PARA SESSOES BREVES 
GUIA ILUSTRADO 
Autores 
Jesse H, Wright M.O., Ph.D. 
Professor e Vice-l>rcsidentc para 1\s.suntos Acadfrnicos do Departamento de Psiquia-
tria e Citndas Comportamentais; Oi:rctor do Centro de:- Dcprc~J.o da Unnrcrsidadc de 
LouisvillC', Kcntuc'""-y 
DoMa M. Sudak,. M.D. 
Professora de Psiqui.ltria e Diretora de:- ~frcinamcnto cm Psicoterapia da Faruldadc de 
l>ficdidna da lini\'crsidadc Drexc!, Filadélfia. Pensilvânia 
Douglas Turtcington. M.D. 
Professor de Psiquiatria Psicossod.t1 do Instituto de Ncurocitnda da l:ni\'crsidadc de 
NC'\,'Ca.stlc; Consultor cm Psiqwatria dc Ligaçao do ~onhumbcrland, ·rync and \\fcar 
Nl lS Trust do 1-lospital St. Nicho]a.s, Gosforili. Nci,,·01stlc-upon-·fyne1 Reino Unido 
MichaeJ E. Thase, M.'D. 
Professor de Psiquiatria e Dirc:or da Seção de Transtornos de Humor e Ansiedade da 
Facu1dadc de Medicina da Unr•crsidadc eh Pensilvânia. Filad~]na, P-iensil\'ánn 
315 1bupli! cog.11.Íll\'l)•LUUlpurl.:.ril.cfilaL ck Mlb Jl:r)dl.l)t<:Uto pa~~ 
Sc:uÚi:!> br l:\CS ( fl:lUC':.0 i:lt:LJ ÕCUlO] : t;wa il UStrJ.do J J1::11>é 
H. \\'ri,i;bc - · ' c: l aL) i ln:.dui,iío: Gabriela \\'ottd.raLl!k Lu~i.k, 
t\1õ1Úlâ G. Azutando ; rc\ ~o rétntl~: l:.luabcth .\te, i:r. -
• 
Dado~ cl t.:tr-ónit.oi... - f'orto AlCbt'c : Artutâl, 20 i 2.. 
~Jit..:.do (at1~bénl 1.õ11to !J.,.10 ÍJtl;>zo>O c.:1~1 20 l 2. 
[SB~ CJ78-115·363-2753-2 
Gl)U 1 5~.41 
C...~lo~ç!o tia pubücaçãu: A.J~ J .. .iula .\t. ~1a.:;11W>- Clt.H i0/2l>.52 
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL 
,., 
DE ALTO RENDIMENTO PARA SESSOES BREVES 
GUIA ILUSTRADO 
JESSE H. WRIGHT 1 OONNA M. SUDAK 
DOUGLAS TURKINGTON 1 MICHAEL E. THASE 
Tradução: 
(i.::.:i:icla \\'ond:-.tce.k lut..A 
l\tõrti~3 G .. .\nrw~<lu 
Consulcorls, supervis!o e re\•ls!o técnJca deses edição: 
l:Ji:.oabclh. t.t(}i:r 
·1~rnpt:-~ta !'Ol\"llln-o•ror11port:tmi:::111r.l car.i Jrem:ttnmro 
no /1TiJrlJAto 8a*, I'1J.:idlrji.'1 - /.'cruu\f.,'l:a. 
1>1arrc t dOJl,onr tm pnqu1a111a pdn r'(.lr:.i(di.idt de .\it'.'d1cm.'l dti IJl'RGS. 
\.'ér,bu 1mp~'-"4 
de.\l.l obr.i: 20L2 
2012 
Obra u~in:wtu:otc pubücad..\ sub CJ tlt.ilo 
HJ,t.:ft Yrt>(d cÃ},,·rutJ·,y 8tftUVIOT 'fhaapj• for l'Vrtf ~i:.s.r:un.s 
lSB:\ 978· : · 5856l· l6.Z 4 
ril'.\l puhl.i'1u~d in Ih!.! t.iuw:<l SWtt!~ \1; • .\rnaican J~ychia~rit P·.1bl~ldo11- br.: .. 
\\'li..ul:iol)tu11 O.t.. J.lld Luoi!J11, LlK. 
10 l O. All ngl1 b rt:lt!n'Cd. 
Üfl2 
Gwravu ,\1rrm 
Pr~"1.nlç.lv do on!jural 
A.'fl'a17da Guu:m .laMpra-r 
LclUJa 6oal 
J.f,;iurloo 1mncr:o Amr.ro 
Ethtor.i re)puru!vd pm !.!!li.a obra 
Lrvrn: . .t,ll~ f 'rerJIT}i 
C.'.oordcn:ulor.t t!cht.Jrial 
.',fónll'IT li!l.!.ft"JD C.IU!~D 
(;ncn lt! cd t!U nal 
Lt+Jia.:.I Bu,oo dt" l.Jmn 
Projeto t! l'Ji~ur.tcãu 
Arma:im VtJ\ttai- tdrwrnçilo l:lttrúnral - Robrno Can'os ,\fomrn \ '1t1Ya 
Rt~n·ai!o~ l<Jdui us chn:ilm de pubb~ e_m ling-.ia f"'rt·a~s.i . .l 
AR'fMW rut JURA CTD.i\ .• ·.una em;:treSil. <lo C;Rti PO A l.:.IJ LlC.-\çAO S .• ~. 
A'·· J~Ooimo dt C.lrndM, ói'O - ~1~;u1a 
90040· 340 - [\Jrtu Altgrc, RS 
rw1c (5: ) 3017 7000 f'a: (.51 J 3017 7070 
f. pnnbu!.a a duplic-Jç.,u l>'J n:prud!.lçáo i!ott! \l.ll:unc, no todo ou cm parte. 
)Ub qu.mttua fu.rma~ u";J por quai~ .icr rocro). ' dclrõorco, mccmu.:1.>, grJ·,;sção. 
Íutt1c6p11t, t!iYiribuiçáo oa \\'eh e ouuw). Mm pcrm~ aprc:na i.la EJi~ur.1-
S • .\ü P:\ULO 
Av. i:.Jnaúudcrr ).1accdt> Soares, i0.73S- J'<tvill:.!t> 5 
(;und. fuJ.~'t! c.:~ola - Vi:la An .. ul.t'-'º 
IB095·03S Sju P~ult> Sl' 
r wrc: ( 1 : ) 3665· l 100 fa: (: 1) 3667-1 333 
SAc.: 0800 703-3'1·14 - ...,,,..,,·.grupw..L'\Un.br 
L\1PR.t.SSO ~O BRASll 
t'RINJEJ l.\1 8RAZll 
Nossa capacidade de produzir cs":.e 
li\!Jo reside imcnsamcnte no trabalho ha-
bilidoso dos \'olr.i.ntários que intcrprc:am 
os pacientes mostrados nas Üust:raçôcs 
cm '>-idoo. J\sradcce.mos a esses tcr.-ipcuta.s 
que criaram sirnulaçocs rcalis:.as de pro-
blemas psiqujátricos comumentc enfren-
tados.. Lcigh Ann Docrr, R.N., cnf cnnctra 
psiquiátrica que utiliza terapia coi:;nitivo-
-<omportarnencal {n:;c) com paâ cntcs 
hospir.alizados, criou ,a personagem Bar-
bara, paciente com trans:omo bipolar que 
acabou de receber alta Viry:;inía lvans, 
LC.S.,\"., terapeuta cogniti\'a certificada e 
membro inestimável da equipe clCnjca no 
Centro de Depressão da l,;nivcrsidadc de 
Louisville, aparece como Grace, uma mu-
Lhcr que está deprimida após a morte do 
marido e agora enfrenta o estresse de um 
no.,·o emprego. Sar.-i Tai, O.Clin.Psy., psi-
cóloga da Universidade de Manchester e 
especialista cm desenvolvimentos rcccntes 
ru teoria e prática da ·rcc., retrata Helen, 
uma mulher com dclirios e alucinaç()CS. Al-
phonso Nichots, i\.t.D., psiquiatra infantil 
de Louisville, Kcntuck}~ faz.o pape! de Oar-
rcU, um jo,-em com depressão e abuso de 
álcool. Christop~N Stc1.•;ar:, J\t.D., terapeu-
ta cognitivo-comportamental e psiquiatra 
cs;xcialis:a cm drogadiçao, aparece como 
R.ick, um homem c-0m ansiedade social_ Da.-
.,·id CasC)'• ~~.D .. psiquiatra gcriAtrico que é 
\ ' icc-Prcsidcntc sl!nior do lkpartamcnto 
de Psiquiacria e Cimcias (~omportamcntais 
na Uni~'l!rsid.adc de Louisvi.lle e que utiliza 
--,·--
Agradecimentos 
a TCC cm muitas de ~uas Sl'SSÔCS de terapia 
breve, faz o papel de All.m. um homem que 
se deprimiu depois de passar por u.m ataque 
cardíaco. 
Como cm nossos outros ma.nu.ais ilus-
trados, a maior parte das film.Jg.cns foi fctta 
rt3 Univcr'sidadc de LouisviUc com a hábil 
assist..!nda de Randv C.:isscl.J e Ron H.uri.son. 
• 
Outns filmagens foram concluídas por Stc-
phcn Bradwcl, Urwin \\rood e Kc\'in Dick na 
Univcrsidade de Newcastle no Reino Unido. 
Ann Schaap, Lcslie Pancratz e Dcborah Do-
biccz, bibliotccirias da ::\orton l lcalt.\ica.rc 
cm Louisvillc, cstivcra.m scm:>rc pron:as a 
nos ajudar com as busca.se pesquisas da li-
teratura. ~lM)' Hoscy, l.C.S.\.\i'. e c:hristo-
phcr Stcwart, ~~-D., fornoccrn.m comcncirios 
valiosos sobre \'ários capCtulos. ·rambém 
queremos mandar uma mcnsagcm especial 
de agradecimento a Carol \\.'ahl e L'hristinc 
C.:astlc por sru trabalho dedicado ao ajudar 
rt3 prcpara~o do manuscrito. 
Quando dcscnvo. vemos o conceito 
para este livro sobre o uso da 1·cc cm ses-
sões brc.,~s, ficamos imaginando como os 
d fnjcos poderiam re3gir. Eles criticariam a 
ideia de psiquiatras e outros c!Inicos f>l"CS· 
critorcs de mcdicaçocs poderem tazcr um 
trabalho crrap~tico significativo de 1·cc 
cm scssócs mais C'J.rtas do que a tradiâonal 
nora de 50 minutos~ Ou, ainda, clcs rccebe-
rla.m bem um Ü\'JO que é dircóonado para 
a prâtim clinica do n1undo real de mui:os 
psiquiatras que qaero11 integrar farmaco-
t~rapia e psico:crapi.a? O qu~ aconteceu foi 
vi A~redecimen1os 
que recebemos enorme encorajamento dos 
é..(nicos de todas as áreas - psiquiatras bio-
lógico~ profissionais de terapia psjccdinà-
m.ica e, claro. aquclL"S que abraçaram a 1·cc 
como um método tcraptucic-0 principal O 
apoio e encorajamento dL"SSl"S colegas tive-
ram grande significado para nós enquanto 
prcpar3\ramos este livro para p:.i.blicaçiio. 
Finalmente, queremos agradoccr à 
excelente equipe editorial da 1\mcrican 
Ps}~hi3tric Publishins. Lnc., Robert Halc:-s., 
~i..D., John ~1cDuffic e J\nn Eng que nos 
incentivaram ao longo do processo para 
concluirmos este livro prático sobre ·rcc e 
nos deram excelente oricntaç.io editorial ao 
Longo do canlinho. 
·--
Prefácio à edição brasileira 
E.stc li\TO se configura ccrtsir.cnte 
como uma grande c<>ntribuiçào para a rea-
lidade da saúde mental cm nosso ~· Te-
rapia co.~iri~'O-c.ornportmnental de alro rcn-
duriento para ses.soes brc•,·es enfoca o tempo 
disponfvcl para o a:cndimcnto mi psicote-
rapia. Em nosso sistema de saúde, o tempo 
de scssao :cm se mos:rado
um dos grandes 
desafios para os cUnicos cm gcr~L o srande 
número de pacientes clegf\rcis para intcr-
vc:nçocs psjrotcrápicas e a exigtúdade de 
profissionais habilitados disporu\•cis nos 
scf\'iços de saúde tem sido uma conta que 
raramente Wm chegado a un1 resultado 
(eliz. ta.n:o para profissionais quanto para 
usuários dos SCr\'Íços públic<>s ou de con-
vt!nios particulares. A obra traz, de funna 
didática e ilustrada, soluções cria tivas e em-
piricamente ancoradas de modo a scrvir de 
ins;>ir.açao para os profusjonais brasileiros 
da saúde mental 
1'i"picamcn:c, a maioria dos aurores 
tem se dedicado à escrita de manuais di-
dáticos e ilustrados, tornando-se cxfmios 
0.1 produçao de materiais realmente átcis 
tanto para terapeutas iniciantes quanto 
para os mais cxpcrientc-s. Com um foco 
fortemente voltado para .1 oombinaçao de 
sessões breves e de alto rendimento com 
psicofármacos. a obra nao tem sua proposta 
restrita a csi:e fuco. No que tange ao nosso 
pais. onde os psicólogos ainda sao a maioria 
esmagadora dos psjcotcrapcut~ os aurores 
cxporni s.UF;C"Stocs que podem ser pe:rfcita-
mcntc adaptadas a diferentes contc:Xtos da 
prática orofis..sional, rom ou sem o uso con-
comitante de psicofármacos naquela scwo 
brC'\rc. O uso do krramenr..al da ·rc(: visan-
do inter\'itnçocs para o alívio dos sintomas 
e/ou atf m~o a prc\'cnçao de seu apare· 
cimento, sao conhecimentos que apesar de 
nem sempre se cnconaarcm explícitos nas 
falas dos autores, perpassam toda a lógica 
do lr.·ro. Cabe ressaltar, no entanto, que o 
Capftu1o 14 faz aJusao direta ao uso das fcr· 
ramcntas de ·rcc c.om um enfoque na pro-
moçao de saúde. 
A TCC recebeu notoriedade por ser 
wna intenrcnç.ao breve, portadora de dados 
irrcfutávcis na adesao ao tra:.amcnr..o, no cs· 
batimcnto/rcmis.sJ.o dos sintomas e na prc· 
-."Cnçã.o dc recaída. J\ obra retoma estas con-
tribuiçocs da 1·c;c e as aplica a condições 
a.inda mais. c:Kt:rcmas: scssocs com duraçao 
entre 20 e 30 minutos.. ~1antcndo as bases 
d.a 1·cc. a saber, o modelo cognitr.u, a con· 
ccitualizaçJo de caso, a rcc.struturaça.o cog-
nitiva e as mudanças compartamentais, os 
autores apresentam um guia para profissjo-
nais de saúde mental que aruam no "mundo 
rc-a.J• quc muitas vezes sc impoe ao "'mundo 
ideal" onde encontros de 50 minutos s.!o 
preconiza.dos. Para. tanto, o cn1pírismo co-
laborativo. .a estruturaçao e a p.s.icocduca.· 
ÇáO. além dos métodos práticos e das tarcfa.s 
de casa, OC'J.parao papel fundamental neste 
tipo dc intcr\"Cnç.!o e se mos:rarao cspccifi· 
can1cntc úteis para sessões mais brc\'cs. 
Por fun, para. potcndaliz.l.r ainda 
mais as conrri:>u.içôc.s deste li..-ro, o lcir.or 
.... 
VIII P efãc o à e<fçec bres· eira 
cnconcrará urna rica lista de c:xcrdcios de 
aprendiz.agem que poderao ser utilizados 
tanto para autoaplicaçao quanto para uso 
adaptado com pacientes. Como se nao 
bastassem os exercidos para facilitar a 
aprendiz.agem, os autores invl'Stiram cm 
ums não menos impressionante lista de 
Uus:rações cm .. ideo,, tomando a apren-
dizagem ums cxpcri~cia sensorial ainda 
mais marcante. C>s apêncliccs ainda for-
necem ... extras,. de aprendizagem para in-
tcr.·cnçõcs com famitiarcs e recursos adi-
cionais de aprendizagem sobre ·rcc para 
d(nicos. Ou seja., uma obra complcta para 
quem tem no tempo o maior adversário da. 
dCnica cm saúde mental. 
Carmem Beatriz ,\ 'eufeld 
Dllutur.i. em '111.0Jlogµ i:~h PUC:RS. Coonkna· 
ikli:õ!. du i...i:KJ:-.ttónu ~ PequLS:\ I! bt~t!n."(Oçáo 
C,:Ogn.iLhu· C.'.õroportamcotal ' WICC~. Doceo~ 
Orimlllduról do f'n>:;rariu ilt! P~·C.inn!UJ.Çáo cm 
f'.)icologia do Dcpzsrtamat'o it~ ~oologia ib. f a 
L-ulJ~t: de 1 ilosol~ Cii!oci;u. e Lrtra1 de Rl.Jemio 
f'rct~ d;s L'ruveru-.1.idt! de ~IJ J>-aulu. Pr\!s~dcnt.c 
ih 1 cdcraç.W Bra.~lc1n ~ 1cr.tpta.s Cogn.ith J3 
(rB7C.:J c;ntl1>1G:1 -2013. 
Os au:orcs começam este livro com 
uma indagaÇJo i:mporUn:e: ·'Por que psi-
quiatras e outros clínicos que prcscrc-
••cn1 mcdicaçocs de,·criam considerar 
o uso de métodos de terapia cognitivo-
-comportamcnt.!l (l"CC} cm scssocs brc-
"~?" Eles respondem com uma poderosa 
Übl.nia. Os métodos da ·rc.:c cm sessões brc-
.,.cs ajudam a produrir melhores desfechos, 
promo'\"'CJTI a adesaG, ajudam a controlar 
componentes concomitantes ou coc.mtcn-
tc:s dc síndromes importantes, ajudam na 
pn:vrnçao de rocorrências e atingem cssa.s 
me:as cm tempos mais curtos. TalvC'Z isso 
diga tudo. Mas, para encorajar ainda mais 
os leitores a aprenderem mais, f.i.ndamen-
tarci a linha de raciocínio dos autores com 
mais algumas perspectivas .. Para ser brcvc-, 
me concentrarei nos transtornos dcprL-ssi-
•;os e hi;>o]arcs, embora reconheça integral-
mente que os métodos descritos da 1·<x: 
para sessões breves sao igualmente aplicá-
veis a ou':TOS diagnósticos.. 
~tarnos cm uma cmpolgan:e era de 
c-J.idado da saúde cransJacional e persona-
lizado. Uma das me':as dc:si:a era é gerar co-
nhecimento novo e con1•incL'ntc a rcs:xito 
de questões drnims realmente importan-
tes. tais como as melhores e nuis rápidas 
maneiras de tr.aur a dcprcssao clinica e 
p:rcvcn ir recorrências. Uma scpmda mcta 
~ dcsen,'O!vcr tratamentos personalizados 
que funcionem melhor para "mim,. - para 
rtJt7U tipo particular de transtorno, reconhe-
cendo que meus genes, meus mL-canismos 
P.refácio 
de cnfrcntamcnto e meus cstrcsscs podem 
ser difcrcn:cs dos seus. Uma terceira meta é 
integrar o conhcàmento dc \rários campos 
conectando os avanços das pesquisas bási-
cas com a persr>icácia e a cxpcril:nda clini-
cas: essa meta intri~antementc nos força a 
mesclar o qu.e funciona melnor no cui.dado 
clínico, cm vez de debater contJnuamcnt~ 
questões inúteis que enfatizam o ""versr'S, 
como por exemplo, medicações .... <ersus" 
psicotcnpia. t:ma última meta é apHcar 
de forma n12is r.ipid.a o conhecimento que 
cstani.os acumulando: "O conhecimento 
cura" - mas apenas quando traduzido. Este 
üvro proporciona um mapa do crescente 
conhecimento da ·rcc para sessões brcvc.s_ 
Ele traduz. as melhores maneiras conheci-
das atualmente para dinicos utilizarem na 
Linha de frente de tratamentos cm aborda-
gms personalizadas e integradas ;>ara aju-
dar os pa-cicntc.s a atingirem seus destinos 
desc1ados de modo mais eficaz. Ncs.se stn· 
tido, ~ uma parte vital de nosso mapa de 
tratamento. 
O que justifica este li\<To ser escrito 
agora~ Poderíamos começar com a obscr-
\·açáo de que a fa.nnacotcrapia e a -rcc são 
os pilares mais bem documcnt.ados do tra. • 
tamento para transtorno depressivo maior 
e condições relacionadas e para a maioria 
dos demais transtornos ccrcbrais impor-
tantes. Essas duas moda.Hdadcs sí!.o meta-
furicarncnrc os pais orgulhosos da maioria 
da familia de ferramentas baseadas cm c-.i-
déncias cm nosso portfólio de craramcnto 
para transtornos de humor. Em scgundo 
Lugar, psiqujatras, psicólogos, assjstcntes 
sociais psiquiá:Ticos e profissionais de saú-
de mental de todas as disciplinas trabalham 
cm uma era cm que as C\'id~ndas de cfeti-
Yidade OC'V'CJTl scr aprcscnLldas. às \'CZCS até 
mesmo para obter recmboiso. Finalmente, 
embora possamos nao gostar, as pressões de 
tempo dos clfnicos sJ.o imp.acã\-cis. A inte-
graçao dessas ohservaçõcs explica porque 
os profissionais de saúde mental de todas 
as disciplinas têm poucas escolhas além de 
aprender e incorporar a 1·cc cm seu arse-
nal de tratamento. 
Para responder mais detalhadamente 
à pcrguntã .,.por que agorar' usando a de-
pressão e o transtorno bipolar como ilustra-
ço,cs, os dados demonstram repetidamente 
qac os 21% de americanos com depressões 
éCnicas signjficativas e transtorno bipo-
lar quast sempre tem methorcs desfechos 
q•.tando f.a.rrnacotcrapia e ·rc:c.: - esses dois 
pilares- sao combinadas. Ecstc liYro orien-
ta o dCnico no n1odo de faz~·lo, fornecen-
do
ilustrações para ajudar a rnos:rar como. 
Os autores tambén1 abordam um desafio 
c~jco freq·.u:·nr.cmentc negligenciado, mas 
certamente o ma.is importante: uma \'CZ 
qae fazemos com que as pessoas melhorem, 
como mantl:-las bem? Foi demonstrado 
que a farmacotcrapia de manutcnçao atinge 
csr..a meta, entre outras. Poucos sã.o os estu-
dos de 1·oc de nianutenção., portanto, ain-
da é preciso conduz.ir mais pesquisas - mas 
já consistentes com tcndtncias emergen-
tes. as primeiras evidências suscrcm que a 
combinaçJo de farmacotcrapia e TC.:C: pode 
proporcionar a melhor abordJscm ~ sus-
tentabilidade do bem-estar. 
Os Drs.. \\light, Sudak, Turkington e 
11usc sao iconcs no estudo desses dois pila-
res - lidere> no dcscnvo~imcn~ n:fmamcn-
te>i c:~c, cns:ino e intcgJ"a~ao de métodos da 
·rcc com o melhor da psicofannac-0tcrapia.. 
Elc:s estudam o q11.tc faz.cm, aplicam o qu.c 
aprendem, rontcstam constantcmcn:e suas 
p-rcmissas e b~1scarn scm;>rc integrar novos 
a\'aJlÇOS. Esse modelo iterativo tem ajudado 
a c.atat.isar a cvoluçáo que vem ocorrendo. 
E, provavt'lrncnte, o meThor ainda 
está por vir. Para psiquiatras e outros pro-
fusionai5 de saúde mental atingirem avan-
ços para além dos ganhos descritos neste 
tmo, prccisarcntos avaliar csTatégias de 
tratamento entre amostras mr.rito srandes 
de inru\iduos que sao sjmuJtancarncnte 
awliados com biomarca.dorcs padroniza· 
dos como gcnéticaJHcnômica. medidas de 
estresse-, ncuroimagcns, sono e respostas 
imuno~ógicas. Aprendemos com co!cgas 
que ~tudam o dnccr. doenças carruovas· 
cu1arcs. diabetes e outras de>cnças que ape-
nas conseguiremos '-c:rdadciros avanços 
dcs.cnvol\'Ctldo grandes redes integradas, 
padron i:zadas e sustentáveis de ccncros de 
cxcclénci.a.. Fcüzmcntc, foi recentemente cs· 
tabclccida uma rede dessas para dcpr~o., 
transtornos bioolarcs e oondiçllcs rclacio-
cudas: os National NcT.\'OTk of Dcprcssioa 
Ccntcrs (Jirtp:l/nrrdc.org). Os Drs. \\tright e 
Thase fazem parte dessa rede<:. ao trabalhar 
com colegas dos NND~. podemos preYcr, 
de forma otimista, que futuras ediçbes des-
tC' livro abordarao avanços que ocorrcram 
a partir do estudo de dczc:nas de milhares 
de paacn:es cm \rt'Z de se limitar a dczC'nas 
oa c~ntc:nas que ago1a ccndem a ser nossa 
norma. O melhor ainda está por vir, e este 
texto nos ajudará a chegar lá. 
John F. Gredm, M.D. 
Pn>Íl!)),(J; de P1i4uia'.ri11 e Ni:t.:rooí:oci11 àioiai ru 
R.J.chcl Upj<>ho; f'·md11dior e Dimor úL"Cll~t'"<I do 
Ce:ntru Amplo dr Di:pr~lju da Uoh.'l!n.id:u!e t!e 
~'Íth.iS'1JI; Pr6lllkole f·.1niliu!or da Rt!~ :-;;a,..)unal 
de Cenlrw de IX;l:'c!),!',,W~ ?rofes.sor 1 B\'l!~11dio; 
J..i [rutiWLo de: N~ti..:u ~ 1olL!cwttr L! ÚIOlJ.~r­
t.uncnul da l:trn'O'.'iidadr de i\~ithig.u1 cm .i\no .~r· 
lxir, i\{icbipn. 
1
'1!'.fàúo à l'tii1,.ào bnSJLtltt. ' 
···--·-·····-·-·--· ..... ·-·-·· ···-·-·--··-·-·--·· ···-·~·-··-·-····-·-.··-·-··--·--··-··-·"" tt 
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1 Ln tn.Jduç-a! o . ·-· ._ .. .__.__ ·-----·--·---. ·--· ·-· -·· -··-·· ... _ ·-..... -·-...... ..__. _,.._. .__. .... .__ ·-· ·-. ..-.. . -· ... ._. . .._ ···-·-.... ·-· -·· .. .- 19 
2 lrltiw..:.çoc} e for11u1Lus ;xaa moo L:c\'t!) dt: J'CC ··-.. ···-·-··· .. ···-·- ··-.. -····-····-·-····-.. -·-·-·31 
3 Aullt(.'.Jll.:.t'ldu o iulµilltú d.e. ie.wc~ b rt.:'•l'S .. -·-·-····-·-·--·-·--·-·-·-·-·-.. • .. -·-·-·-·-.... -45 
4 FoJatula~ de LáSO e µl:u1Cf..:.llLénlo do Lnl.:.u~t:Jllo - · .. ·--·-··-·-·-·-·-·--· .. ··-·-.. ··-·- ·- .. -66 
5 f1ro:rio .. et\do.:. ade~ ·-········-·-·-·-····-·-······-·-·····-·-·-·-·····-·-·-·-·-·····-·····-·-·· ··-·-····-80 
1 EnfOC3t11lo o ptr'ls:l.121c1lO ciõad.a.pt.:.c.i~u ·-.. · ··-·-····-.. ···--·····-·-·-·-·-····---.. -·-····- ·- ··· .. LOS 
9 !\(étutlu~ OOJtlp..lrtaroen!:l.li pua .. n~eth~ -··-·-····-·-·--·-·-·-·-·-·-·--·····-·-·-·-·-..... 146 
10 ~té1odo~ ti.:. l CC ':Ãlla in!>õ11ra ·-··--.. ··-·-.... ·-·-.. ····-·-·--·· ···-·-·-··-·-·-·-.. -··-·-·· ···--····· L69 • 
11 ?\~odtfiL:t.ndu <ldtrioo ···-········-· .. ··-·-·· ............ ···-·-····---·-··-·-·····-··-·-·····-····"'-··· ···-·-·····-·-····· llfl 
13 'l CC ~ar:i nlau. ll~O e .:.bLUO dé .>ubs.tloi;Ía.> ·-··-·-····-····--·····-··-·-··-·-·-.. -· .. ·-·-.... -·-·-·· 2()6 
14 ~{udarlç:.i. de ~1Jk1 de v1da: <XJJ1.>trttiJt.du ltibitu~ s.su.J.!,·cu ...... -·-·-·-·-·····-.. · .. ·-·-·-·-·-·-.. 21 h 
15 TCC para ~à.ucn'c~ ()()Jtt docr)ÇM OJ g;U)jt;i.s ···-·-··· ··-··· .. -·-·· ···-·-····-······ ... - .. ···-·-·-·-·-..... 233 
16 l'rt'\~1l !o da rrl-3"1.:. ···-·-·····-····--·····-·---·-··-·-·····-·-··-·-·*"···-·-·····-·-·-··-·····-·-·· ···-·-····· 246 
Apbldi.ct: l: l'knilb~ c li~1:!..> de \-ertlicação ··-·-·····-·-······-·-·-·-·····-·-·-·-·-··--··-··-·-·······-····· 260 
Apcadi.a: 2: Hc ... 1u1.o.J dil.1CC µar:i ~auc11tc~ t: L.11iiliiLICS ·-·· ··- · - ·····-·-·-··-·· - ····-.. ··-·-·····-··-·-·· 27! 
Apcn~°'t 3: ~11n.os e<lUA:':!.wut1a.ii. d.:. 1 CC :;:r.t.ra làa:iru~ .... --·-··--·-·-·-··-.. - .... ·-·-.. · ·-·-··· .. 275 
Apê11iliu: '1: r'\1.àJLt.:.!.l cio UV!.J ··-····-·-·-·-·--·--··· ···- ·-· .. · ·-·-··-·-· ... ··--··- ·-·-··· ·...-.·-··-·-·-··--·-·· 277 
lr1dJcc rots»~i' u -·-·· ··-·-·· ···-········-·-·--·· ··--··· ···-·-··-··-·-·--·· ··-·-·-·····-·····-·-··-·-·· .. _ .. _,, ..... 279 
Lista de exercícios de aprendizagem 
b.adlu) de Ap~wii.tagt:111 2_ 1 l:,,.t:ul!1eii.ili:> sc:..õe> bJ e\ cs. pJn. 
o u..o Luc11bi.11 .. :.du de 1 CC t f.:.r Jt1àt0?é~pia -·-·····-·-··-·-·-·-··-3·1 
Ex~rdltO de Aprc::udix4;éll• 22 SclruonáJW.ó furo.tatu~ p:i.ra ó uso LtJJuLulado 
b1érdL.10 de Apocn<l.ixaseu1 3.1 
l:..ttr.JL10 de Apn..J1d.i.1.a~l1 3.2 
b.C'Idlt o de Aprt:nd.i.t :!bt:lll 3..3 
~ltO de Ap~wii.tat:en1 1.1 
bb'<lltU de Aptt:Jtdi.tàb>e111 1.2 
b.el •. h.10 de Aprowii.tab~11 5.1 
btrdlU) de Apoc.itd.i.t4}Cll1 b.. I 
ExbdlLU de Apmidi.taSt:lll 7.1 
Ex.t!-1<lL1u de Ap~Ldi.t~·t:n1 7.2 
ExbúllO de Apre:iwi~>tn1 7.-4 
b• 1 ... IL.10 de i\pro:.di~en1 7.5 
Eiâ.JltO de Apn:swiixasent H.1 
btT<lllO de Apn!ltd.ixas-..:n1 H.2 
t:..\t:r<lllO de Aprt:ndiiA1SéJ11 9.1 
b.t"1dl tO de Apct:1L<iix4,"t:lll 9.2 
bte'ldllO de Aprél!.d.iJ:ah"'dll 9.3 
Exodc10 de Aprowii.1:ascn1 to. l 
E.ttidltõ de Apt'tltd.ixa~t:lll 11. l 
E.u:rdlu) de Apct:1tdi.t:l9t=Jl1 12. l 
hét<lllU de Aprowii.t4,'Clll l3. l 
b.e:r<lL10 de Apmwiix~t:111 l·1. l 
bâ<lltU de Ap::'tli.dixagei11 l 4.2 
hàcll10 de Apro1<Üxa .. ro1 1:5.l 
hodi.10 de Apr't:ndi~11 l:5.2 
d " CC -t!' • t: lac 11t...:.wte:ra~Jts ·····-··-·····-·-·.,···-·-····-····----·· ... ··-· .... - · .. -11 
~tabclt.unlct1to ~ .:.,..;~1<là - ··-·· ··-·-·····-·-·-·-··· ······-·····-·-··-·-32 
~1.onLando wt1:i. bíbliuCCl8 ~ ... J>l))tilas cduL:tu01lau - ·-·-·-··-··-:56 
Us:u~du a ~u:ifar1n.:.i.'0Lenpt8 pa.r3 inten~i!ic:u :i. Tt.C ··-·-·····-62 
Co.iutr11ut<l.u unltl f ur111ula\.ãu de c.:.10 abrar1Eé1nc --·· ···-·-·····-70 
Uot:Jt\·ul.,"'l~dõ ur1l8 t1'u1ifur111wà~ -··-·-·-·-·····--····-·-··-·-76 
U~:U)do a 1 CC p.::.r.i. pruulO\ e: 3 àdõãO ·-·-·--·····--·-·-·-··-·-9 l 
l~BnCJ .:.J)(Í.o tUfl:l. it1.utrvt.'.1~ ooulpOrl:utlétilal J.."UI3 dcµn:.-s~ia ._ 103 
ldcc1.llf~11dó J>e1lSart'lérilA> auto1náLJt.~ ent 11f11 .. :. .-.t:l:.lo bre,·e .. - l 12 
fk~;ondc.udu a dóaftu:. na iJcn t.ifi1.ai,ãu de 
:klt.>:Utll-it tu~ aulorn.!Li<-u:. ··--·· ···-·-·····-·-·-·-··· ···-·-·····-·-·-·· 111 
-~Lodifiuuldo t.Jct~11tL:n,os auLóntáLicu) 
• 
otl wru )~ão bsl:.\ e - ··-······-·-··-··-··-·--·-·- ·-·- ·· ···--··--·-·~--.. 119 
Ut:.CJ1\'ul•."(]Ldo CllrLOO de ct&entaracri UJ -·-·-·· ···--·· ··-·-····· 120 
~lonlaodu wtu!. bíLLiotL'.l3 de umll.':J w.~ eü~ ai:.ius.tiL...s -·····-·-··-·· l26 
• 
C'..c>1utruútdô a CSJ)ClaJt,:.;:. ···-·--··,..··-·-·····-·-·-·-·····-·-·· ···-·-·-~· 133 
1Jõéll\00h"(]ldó Ul ll pWlO .UitJSSui~cL.ó ·-·-·-··-········-·-·-·-·-·· 143 
01~1Lando o rí:lu:u1lcntu '.;)z<>6ft:.>)1\0 c11l ~e,,~o Lrt'\~ ·-·-·· 1:50 
Ü):.t.Odo Í.Jtl:!..ile
r\~ lllêl)L:.~ pu~ft~·a~ ··-·····-·-····-··· ···-·-·· ···-····-·· 133 
U)a.i1do tcnpi.:. de apo.-~ç..~ bi_cr;kqu.ila ··-·-·····-·-·····-·-····· 163 
U):i.11do uni dtàrio tit> ~0110 ·--·· ···-·-·····-·-·-·-·····--·····-·-·-·· 172 
Pla.u.tj:uwio 11nw. u) lén"(;_aç!u de 'l .C pa~ dcl.irio~ ·-·· ··-·-··-·· 193 
Pla.nej::utdo 11.11! • ..:. U)Lcn~:.nçAo Jc 'l CC p11r.:.11l~it1a.çõci ··-·-·····20-1 
Ul:iJ)du a TCC. p;:.r.i. 11t:.:.u uso ou aLu..o de :.11bltà.Ji.ci~ ·-·-·-··-··-21 S 
Usa.ndu a a.ut.uJtlu:utura..;;lo t:'t}1lt0 tU)L.:. ferrar1lcll là 
:Jlliá o:. J)\tt~rV01 (bl)l-:KJI[lll.ll Ctl W -·-·····- ·- ··-·-··· .. ···-·-·-·--·· 22•1 
- ,,_ -
U~:UldU l'I 'l CC J)::.rJ. Có11iba.1.t"1 a ptUlr".:.>tllliS\,-iO ·····--·-·-·-·-·· 230 
l:.ilt!:tidt:l'lclu Os ~jgilifit.ud~ das enierituibdc~ ntí:dKa.s ···-·-··· ··23 7 
l:.i1001lll'"J . .11do m. w-:.o& t!duLa.uut'la» ~ru 
::.>1oblcr:nas 11LMiLOl. ··-··-·· .. ··-·-·· ···-·-·-··-·-·-·-···--··--·· .. ·-·-·-·· 23b 
-
b.eidi.10 de Aprowii.t:lb'Clll l6.2 Oõél1vol .. ot.do Cili'l'lll~S>8~ de eufn."llL.:.O•êllCO 
;>llf'.l J)ré\t.'lur .. csc.:.Jada d<» ilia 10,oas · ··-·-····-·····-·-·-·-·-··-·· 233 
Ex.odi.10 de Api:-e:nd.i.tab'Cll1 16.3 Üõt:Ji\·al·."('J.<fo u111 pL.t10 de pr4'trCt1ç.to dt: n:o;.~da -··-··-·-·-·-·· 237 
Lista de ilus,trações em vídeo 
ÜJUJ! .lCSiSãu i.Jll.. ,.e c.1c TCC ·-·--··-·-·--·····-·~ ·-··-·-····-·····-·-··--·--··-···-lb 
Ur. \"'rii;li.t t l>arb.:.r.i 
Z\1uJifu:.~1dt1 XO)âJtltt1tus suturllâliws 1 -·-·-·-·-·--·····-·-··-·-·--i6, l 1 S 
• 
Or.s.. Y..idak ~ Gr3l C 
J'CC pai-s ac.loãu 1 ··-······-·-·· .. ·-··-··-·-··-··-·-·-··-··-··-· .. -·····-·-··-···-·-··-··-89 
llu...tn.ção cnl \'ldco ·1. rcc µan :Ldõ50 li ··-·····-·-···-·-·-··-·-·····-·-·-·····-·····-··· ···-·-·····-·-····-· 90 
..>r. Turloni;to:1 t= HclcJi 
lu...tr.:.ção cr1\ \'Ldco S. ~1ttuJos 001lí?Ortà!1lc~1WJs pr.:.r.i dcpr~ão -·-··-·-····-····-·-····-·-·-·· 'ºº 
Ur. ·1 ha~ e l>arrcll 
'Lu...cr:..ção c:r11 \>'ldco 6. ~todlfic.3udu pérl!h!Jrtt:ntol> auto11tâl1oos 11 ··-·-·-·-·-··-·· ···-·-····--·-·· l 26 
Ur.s.. S.·Jd.a.k ~ C.acc 
llu...,n.ç!o ctrl \>'ldco 7. Crt:raiL<lo es~cran~a ··-·····-·-·····-·-·-·-·· .. ·-·-·-··-·-.. ··-· .... ·-·-.. ···--·-·· 130 
Dr. J'lu~ é Oarrcll 
lliutr.:.ç:iu CIO \'ldco 8. H.t:lrt:Ul3.11tcl\tl) dã I C)j>lr.:.ç.!O ···-·-·-·-····-····-·-·-·-·-·····-·-· .. ····-·-·· 155 
L>r. \Vright í: Gi.11 .. :. 
lliutttção ern \'ldco 9. Jaap1a Jc e...pu.\1\J!o J -··-·-····-·-·--·····--·-·-··-··--····-·-·······-·-·· 157 
Dr. \\'riglt,t e Rt..k 
Uu...u-.:.ç~o ccn \'ldco lO. T1:t1api:t de c..poi1çlo 11 ··-·-·-·-·-··--····-·-·-·-·-····-·····-·-·-··--·-·· L59 
Ur. \\>'rii;11t t Ri.d 
Uu...trJ.çjo etrl \'ldeo l I. l'CC pa.rt 11'1~uua ··--·····-·-·-·-·-·--·· ···-·-·-·-·-····-·····-·-·-·--·-·· l 7b 
llu...tn.çiíu t!t)l Vídeo l2. 
lliut.-.:.ç!o cu\ \'ldcu lJ. 
llu...'"'ç!o cnl Vldco 16. 
.Liutnção c:rl \'ldco i 7. 
llu...,r-.ção cu\ \'ldco ll!. 
ll1Utttç!o e111 \'ídco 19. 
lJrá.. Sud.a.kéCr-!lc 
TrabalhaI1du wn1 Jé1li LO) J ·····-·-·-·-·· ···-·-·-··-·-·-·-······-·-·-·--·-·· 19 l 
Jr. furlongto!i t= Hele:a 
J raLdb:u1Ju CUJtl déll.t lâ'.\ 11 ·····-·-·--·· ······-·-·-·-·-······ ···-·-.. ··-·-····· 193 
Dr. TurLng1un e: Helu\ 
Ur. ·1 urking1oc1 e Hclc-J1 
TCC !J:Ut! a.bU>ô dt: Sll.b)!à.JL.J.a:. 1 -·-·-·· ···-·-·-·-··-·-·-······-·-····-·-··-·· 209 
Ur. Jl1tsse e Darrcll 
TCC oara :ili 1Uô Jc ~ll.b):àJL~:c. ll ···-·-·····-·-·-·-·-·-·-··-··--·-·--····· 21 '1 • 
Or. 'fha~ t DarrcU 
H.ou1~>do a 1'r<Xra:.tut.:."'J'o ·-·-·-··--·····-·-·-·-·-····-·····-·-····-·-··-·· 229 . . .,_ 
Dr.L. Sud.a.keCatc 
Ajud.:..ndo Utr\ .?'l~icntc cun\ wo prubl1:u\u Jtltilico l ···-·· ···-·-·-··-·-····· 236 
Ur.L. Sudlk e All.:.r1 
AJ ud.:..ndo utr\ J'Lcit:ntc co:il wt1 probltn\a JoétLco 11 ·-·····-·-·· ··-·-····· 240 
l>r.s.. S.';Jd:.k l" All.:.n 
Nos cursos e li'r'Orkshops que mi-
nistramos sobre :cr-apia cognic:i.,·o-com-
portamcnta.l (·rcc), :cmos amido wn cres-
cente ooro de pedidos para ajudar clíni'os a 
aprenderem como utilizar métodos-ch.a.,1c da 
·1 CC juntamente com a psicofu.nnaa>tcrapia 
cm sessões brC'\'CS. Esses pedidos são pcrti-
ru:ntcs porque: 
l. a maioria dos psiquiatras e de outros 
clinicos que utiliz.am psicofarmaco-
terapia no tratn.mrnto de transtornos 
mentais cs':á dedicando grande parte 
de seu atendimento a sessões mais 
brL~ do que a tradicional ·'hora de 
SO minutos" e 
2. as mcdicaçoc:s, embora. inc-stimávc.is, 
frequentemente não proporcionam 
aliv:io total dos sintomas da doença 
mental. 
Se os clinicas quiserem oferecer mais 
do que a awlia~ao dos sintomas e o manejo 
de medicações nessas scssocs. c"Omo eles po-
deriam aplicar os métodos da ltX.: de for-
ma pragmática pa:ra intensificar o processo 
de tra:amcnto? 
Na qualidade de psiquiatras que foram 
treinados tanto na f:armaco:erapia como na 
·1"t;c;, temos usado uma abordat:jcrn com-
binada cm scssbcs bTC'VCS há vários anos e 
aprendemos maneiras de infundir essas scs-
sõc.s com o estilo cmplrico-colaborati'ro da 
TCC. 1·.imbém temos trabalhado cm mé:o-
dos de utilizar de forma eficiente técnicas 
Apresentação 
"de alto ft'Ildimc:nto" para cracar sintomas 
oa problemas específicos e utilizamos es-
sas cxpcril:ncias para cscrc\'cr este manual, 
para combinar T'C~C: e f armacotcrapia cm 
scssõcs brc..-cs. Os mé:odos descritos aqui 
sao oferecidos como sus:cstocs ou dicas clí-
nicas. e na-o como uma abordagem de tra-
tamento dt"ntificarncni:_c oomprovada. Es-
tudos controlados e randomj;z.ados de 1·(:C 
concentram-se no desenvolvimento cn1 
scssocs de 45 a 60 minutos_ Sa.o claramente 
necessárias pesquisas sobre T<X: an sessões 
brC\rc-s, mas acrcdit2.n1os que existe C.'CpCri-
~cia clinica suficiente no uso da ·rc.:c c:m 
scssocs mais euros com mcdicaç.lo para 
aprcs~:ar diretrizes a pro6monais que 
qucron utilizar essa abordag-cm. 
O Livro começa com capCtuJos qae; 
l. descrevem os princípios básicos da 
cornbinaçao da TCC c-0m a farmaco-
tcrapia cm sessões breves. 
2. explicam o abrangente modelo cogni-
tivo-romporot.mcnt.al-biológico-socio-
cultural para tratamento e 
}. dcscrC'VC'JD as indioçõcs e aplicações 
do formato de scss.!o brC'\-c. 
Como a 1·<:c é guiada por formula-
~ocs, mesmo nas scssocs mais curtas. foi 
incluido um capitulo sobre como realizar 
uma conccituaçao de caso sucinta, cons-
truir urna "'minif onnulaç:ao"' e planejar 
intcr,.-ençocs de rrar.amento. Além disso, 
um capítulo inicial discute manciras de 
16 \'/r~~l. SJdak. Tu4'iigton & rnese 
promover rclecjonamcntos tcrap~:jcos 
eficazes qu.ando estao scndo utilizadas scs-
sôcs breves. Os quatro primeiros capCtulos 
tratam dos principais métodos dc Tc;c; c 
farmacotcrapia combinadas que pro?orcio-
n.un uma sólida p~taforma para o descn-
'f'Olvimcnto dos procedimentos cspcdficos 
descritos cm capftulos subscqucntcs. 
Partes do livro dedicadas a aplicações 
cspcdficas da TCC abordam temas que 
consideramos cspccialmcntc importantes 
no trJtarnento de urna ampla gama de qua-
dros clinico~ incJusjvc dos transi:omos de 
humor e de ansiedade e das psicoses. Un1 
dos c3pftulo.s mais importani:ccs ~ sobre a 
adc:sáo à mcdicaçao. 1\ aplicaçao ela 1·cc 
cm scssocs breves possr.·dmentc s.c justifica 
somente por essa indicaçáo, devido ao indi-
ce dc nao adcsao muito alto e às fortes c-.·i-
déncias de efetividade da Ta: 113 mclhora 
da adesao. Acreditamos que a 1'(:C ofcreça 
mttodos muito prático5 para a adcslto que 
sao facilmente adaptáveis :>ara uso no ma-
nejo das mcdicaç6cs. 
Outros capitulas concentram-se cm 
alf.iUllS dos prind pais elementos da 1·c:c 
que consideramos espccia.lmc:ntc úteis 
cm scssocs brc-.·-cs. Estes incluem mé:odos 
comportamentais para dcprcssao e ansie-
dade. técnicas de rccstruturaçao cognjci\•a 
e intcr\"Cnçocs para reduzir a desesperan-
ça e a suiddalidade. ~1étodos comporta-
mentais como progrllm3çao
de atividade>, 
prescriçao de tarcfa gradual, cxposiça.o e 
prcvc:nçao de resposta e rc':rcinan1cnto da 
respiração podem ser cxpHcados cm scs-
socs brcv~ prescritos como tarefa de casa 
e acompanh.Jdos nos a:c:ndimcntos st6-
scqucnt.cs. Pode-se realizar rccstruturaçao 
c<>srtitiva simples e objetiva seja para rc-
-.-crtcr padrões dcsadaptativos de pensa-
mento cm transtornos de humor ou para 
auxiliar cm outras tareias da terapia como.. 
por exemplo., melhorar a adcsao. Os méto-
dos da ·rcc também podem ser muito úteis 
no trabalho com pacientes que apresentam 
desesperança e idcaçao suicida. Embora 
possan1 ser necessárias :sessões ·mais longas 
ou hos?italizaçao quando t. alto o risco de 
suiddio, descfC'\~os c-0mo a 1·cc pode 
tcr um cspaço cm ses.soes mais curtas para 
pacientes que esta.o desesperançados e de-
sesperados. 
1\ insônja é oatra condiçao cm que a 
aplicaç.lo ela T(:C cm scsst\cs brl"VC> é muito 
útil. A 1·cc demonstrou ser pelo menos e.ao 
eficaz quanto os hipnóticos para insõnia e 
nao tem problemas de efeitos colatcrai>, c:o-
lcrinra ou insônia de rebote. No C:apítulo 
10, ··~1ttodos da 1·cc para lnsõnia'~ dcscre· 
\.-cmos a abordagem da 1·cc à insõnia in· 
dujndo o ensino sobre a higiene do sono, a 
rccstrururaçao das coi:iniçóes sobre o sono., 
o uso de relaxamento e de estratégias de 
imagens mcntai>, registros de sono e outras 
t&nicas valiosas. 
O Capitulo t l , .. t\.'!odificando DcU· 
rios~ e o Capitulo l 2, "'E.nfrt'.ntand'O as 
;\lucinaçôcs~ tra:am de intervenções cs· 
pccializadas de i·cc para pacientes com 
dcl.irios ou alucinaçocs. ~1uitas "'CZC>. as 
scssocs mm breves s.io prckrcncialw .. ente 
escolhidas para pacientes com transtornos 
psicóticos, pois os problemas de atcnçao., 
conccntraçá.'O ou agiraçao podem dinlinuir 
o valor das intcrvcnçocs mais longas. t\pós 
estabelecer um relacionamento terape!utico 
colaborativo, os cf.ínjcos podem ajudar a 
n'Ormalizar os sintomas> ~alizar uma psico-
cducaçào cfctr.·a, modificar o pensamento 
delirante e ensinar métodos para enfrentar 
as alucinaçócs. Os métodos da ·ra: p-ara 
adesão descritos anteriormente no li~To 5.lo 
especialmente úteis para trabalhar com pa-
dcn:cs com transtornos psicóticos. 
1\ l'CC cst.á ob:cndo cada vez mais 
accitaçao no tratamento de a.bu.so de subs· 
t:âncias e, cn1 alguns casos, pode ser adn:.i· 
nis:rada c:m sessões curtas cm combinaçao 
com outras abordagens> como a fanna· 
cotcrapia e o cngaj ament:o nos l 2 passos.. 
Por exemplo, os autores :ivCT3m resultados 
positivos no tratamento de indivíduos com 
dcpcnd~ncia de àk ool atendidos cm sessões 
Terap·a co~nit .'0-ccr-nportamerta de e':o reo!lirrerto pare sessões breves 17 
breves semanais de -rcc que também fre-
qucnr.avam as rcunjocs do :\J\ e to ma\ran1 
na!trcxona. ~o c:apirulo ] 3, "l cc: para 
.\~au liso e i\ bu.so de Substâncias~ da.mos 
detalhes de uma série de métodos de adap-
taç.!o eficiente das t&nicas de 1·cc: no tra-
tamento de abuso de substâncias. 
Discutimos métodos da 1-CX: para 
ajudar nos problemas rel.ati\'OS a hábir:.os 
ou estilo de ..-ida no Capítulo 14 1 "'.\1udan-
ça de E.<;dlo de 'lida: C:Onstruindo l lâbioos 
Saudá\•cis~ Essas técnicas inducm ajudar 
os pacientes a pcrsis:llcm cm programas de 
exercidos ou de dieta ou a romperem com 
padrões de procrastinaçao. ~'lo Capftulo 15, 
"1·cc: para Pacientes com Doenças Orgl-
nicas~ cxpHcamos como integrar a .aborda-
gem da -rcc ao manejo de medicações de 
longo prazo ceamo usar a 1·c;c para dcsen-
\'Olvcr os pontos fortes do paciente na prc-
-.·cnçao do retorno dos sin:omas. 
O capCtulo final aborda uma das apli-
c.açôcs mais úteis da TCC cm sessões brC'\"CS: 
a prcvc:nçao da roes.Ida. Em nossa prática 
d inica, atendcrnos m·..Litos pacientes com 
condiçc:>cs que requerem terapia de manu-
tcnçao indefinidamente com medicações 
como carbonato de lftio, antipsicócicos 
atípicos. anticon,'Ulsivantcs ou antidepres-
sivos. Para esses pacientes. adquirir habili-
dades na 1·cc para Udar com o estresse e 
id~tificar os primeiros sinais de poosh-cl 
rccaida pode ser muito ó.til para o progra-
ma de tratan1cnto. 
C::Omo nos dois livros anteriores. faz.c-
mos uso de ilustrações cm \idco par.-i trans-
mitir os principais conceitos e métodos. Os 
leitores dC'.5.Scs Ü\'Tos anteriores nos disse-
ram que as irustraçócs cn: \'fdco ajudam a 
transformar a ·rcc cm also concreto e tra-
zem modelos úteis para o dcscn't-ulvimcnro 
da tcrspia. As ilr.tstraçócs cm "ideo cstao 
integradas com conteúdos espcdficos no 
Li\'fO, de modo que \'Oct as acha.ri rn.lis cfi-
cazesscas assistir na sequ~ncia, no momen-
to rocomcndado no texto. Os vídeos foram 
produzídos com a gcndJ ajuda de co~L~s 
qac fizeram o papd dos pacientes com di-
\-crsos problcrruis psiquiátricos_ Usamos um 
estilo de filmagem naruraHsta, na tcnc:adva 
de mostrar as 1ntcrvcnçôcsda maneira mais 
parecida possCvcl daquilo que ocorrc na 
prática clinica real. Os vídeos for.-im filma-
dos cm consultórios cLinicos M Uni\·crsida-
de de Louis\!illc, cm ~nt'.rck1•, e na Uni\'cr-
sidade de :\e.,.,"C'astle no Reino L'nido com 
a ajuda dos departamentos de produçao de 
-.idL"OS dessas duas instiruiçocs. 
As ilus:raçocs de caso que apareocm 
nos vidros ou cm outros lugares do tcno 
sao to:almcntc ficticias ou sao amálgamas 
de casos que c::ra:amos cujos identificadores 
rcmo\<emos ou alteramos para proteger o 
sigilo. UtiH:z.amos a convcnçao de escrever 
sobre os casos como se eles tivessem sido 
realmente tratados por nós para inten-
sificar o fluxo e a atratividade do texto. 
Em .,·cz de usar o pronome "c]e" ou .. w" 
(ou "'claº o•.r '"eleº), nós a!tcrnan1os seu uso 
quando nao cstivi:rem sendo descritos casos 
cspcdfioos. 
Ao Longo de todo o livro. discutimos 
W\'.Crsas planilhas. formulários e rc-cursos 
que constituem ferramentas ú teis para pa-
cien tes e elmices duran:e a TCC.. Para au-
xiliar nossos leitores, reunimos esses ma-
teriais no 1\ptndicc 1, •• Planilhas e Listas 
de \lerificaçà.o~ e 1\ péndicc 2. "Rccur.;os da 
-rcc para Pacientes e Familiares•. lncluC-
mos esses ap~ndiccs onlJnr. que podem 
ser baixados gr.-ituic.amentc e cm formato 
maior no sire w.vw.gnq>oa.cotn.br. t con-
cedida permissão para os leitores usarcn1 
essas planilhas. apostil:.tS e ini,-cntários na 
prática cllnica.. Por scntiJeza, soüdtc a pcr-
rrtissáo do detl!lltor indr;idual dos dircir:.os 
para qualquer outro uso. 
Sâo fomcádos mais dois apêndices 
para a1udá-lo a usar este lr'iro e a?rendcr 
os métodos da 1·c:c. Um matcrial prático 
de consulta é o ~\péndicc 3, "Recursos Ec:lu-
caaonai.s da 1·a: para Clinicos", que tr.-iz 
uma lista de cursos e °\''orksho;». ccrtifica-
çocs. oportunidades de tornar-se fel1ow de 
18 \'/r~~l. SJdak. Tu4'iigton & rnese 
ins::itujçOcs e um recurso J>Ma treinamento 
cm l'(X: por computador. O A;x'nc:ücc 4, 
utvtanual do DVlJ~ contém a lista dos \'{-
dcos discuudos no tcxto. 
Ao redigir cscc livro sobre scssócs brc-
.,.~s d.e 1·cc e medicação, nâo pretendemos 
recomendar O'.t defender essa abordagcn1 
mais do qae os modos de administraçao d e 
tratamento mais convencionais 1>3ra 1·c<~­
De fato. nonnalmrntc realizamos a TCC 
cm SCSSÕl'S de 50 minutos com uma parte 
de nos.sos pa1:ientcs e também pro\'idcn-
ciamos frcqu.cntcmentc que outros tera-
peutas lorneçam essa forma de tratarnen:o. 
O propósito do Bvro é ajudar psiquiatras e 
outros cllnicos que utilizam fannacotcra pia 
a adap:ar a ·ra: 1>3ra wo cm suas sessões 
breves e, assim. acrcscen:ar uma dimcn-
sao tcrap~tica cognitivo-com;>ortamcntal 
?ara o manejo clinico de rotina .. No CapC-
two 2, "lndicaçócs e Formatos para Sessões 
Breves de ·rcc~ L-xpHcamos situações c!C-
nicas nas quais as ses.sões brC1."eS podem ser 
indicadas como um mttodo isolado de tra· 
tamcnto ou como um adjuvante às sessões 
mais longas com outro tcrapeuta.. 
Nossos
próprios consultórios clínicos 
ganharam com os mé:odos práticos e atra-
tr.us da ·rcc e, esperamos, \•oc~ tambén1 
descobrirá que a l'(X: ajuda seus pacientes 
a aprovritar ao máximo o tempo passado 
nas scss()CS. 
1 
Introdução 
M1p1 d1 1pr1n4izag1m 
Caracter(sl cas daTCC que sao ute1s en"I sess6es breves 
Con1blnando aTCC com a farn1acoterap a 
• O que os clt nlcos pt&Ci9 an1 saber sobte a TCC 
para us.á-la de maneire ef icaz en\ sessoes breves 
Po1 qu1.. ps1qu1:1.tra.s e uutTl•i. clirucos que 
prc-,;,<;rc\•cm n1cd1caçlH:s de vertam pLn:..ir 
cn1 ui.ai n1trodw dJ terapia co..-:nu1vo-
-<l1mpurtan1cnt.ll tTCCI cm scs.ro~ b1 ~­
't'õ? En1 qu.iu situ.lçou clini ... ;u .u u1tcr-
.,.cnç1.K!> b1 c~c~ dt: TCC pudcrun1 ter un1 
lugar? QUJ1s n1~1odo~ da TCC podcn1 ~r 
LU.!dos de nunc1ra chcaz cnl sei.sue~ qu1.. 
~o n1au curt.ls du que a tr.idictonal h(Jra 
de 50 n1inutu:.~ C-Omu ci nicus ocupado~ 
púdcn1 integrar dctcm1in.idos n1étudos da 
TCC con1 a p.>1cot.irn1ac1.>Jo~.J~ E este tipo 
de perguntas que tcnta.1110> rcsp<.1ndcr neste 
1 Í\'JO. 
U.1mu tc1dlr.. us coautorc,, 'i'l!m pratl-
c.indo e cn.>1nandu a TCC hi n1u1lo!> anu.s, 
aJén1 de 1..:JJizar l t abJlh<J cl lnaco no q u.ll 
atcndcn1os p:aci..:nt~ cn1 s...:s~c:. brc\'Ci. lva-
rundu de 13 a 30 m1nu1oi., dL1'1.ndL't'ldu dl• 
an1bicntc e Jól.> nt.':.:t?~idadõ do pa.:wntc) e: 
prcs.:roe\'cr n1cd icaçuc.s. dci.c:n\•ul \'COlo!> n1~­
todo.> pai 3 n1c:.u.i1 J TCC nu:..is. inccr'tcn-
çucs nuis cua:t.J.> de ti .i1.in1cntu. N;ao d1.i.c.lf-
la1nos no5,,)0 conh1Xt1ncnlu e h.ibiltdadcs 
ru TCC na poria do con:..ul tur10 quandu 
un1 pJclcnlL que e:.>tc a tun1a11Ju mC'd1Clç.tu 
apat.:cc p.irJ unu sC":.s~o brc\c. Di.l n1csma 
turma, quando lt.:mo.> a oportunidade de 
tratJJ pactUllõ L'fll sCs\uà n1.iu tradtcio-
n.lü d.:: TCC l.1t 4 > J bü mui uto.>, tl.lu csq uc-
ccn10.> q uc :..on1os p>iqu i.ilJ .is. que Jvahan1 
e manc1.:in1 o.> ... om~xincnl1...> biolúgtc\» d.is 
docnç.1?>. 
1' lesmo ~m vc1i6ci.lçue:. brt:\'C:. dL 
n1cdicaçJo de 13 minu1os ou c:m grupoi. 
de }'.tCtcntc:s que tazcm uso de n1001Clc.\o, 
deS<ubrimo.s que ~:ale a p~na extrair dus rc:-
cur,,os da TCC para inlcn..>1ncar <J m.incJo 
clf n1co p-.1dr.10 e m.:todo.> de presei iç.io. Se 
houver m.it.> tcn1pu dJspuni\cl ( p. ex .. 10 a 
lO n1inulu:. ), 6cralmi.:ntc consc:guanios dc-
~nvol\•cr 1n1cr\·cn ç~s de TCC cumu rcg1>-
tru;, de pcn:.an1cntus, at1v.i1..au Lon1po1 l.i-
n1\.'.nlJ 1 l.Apostçao e p11..v.:nçJo de respu)tJ 
uú .:i.trattgia,, de .ipr1muran1cntu do suno. 
No Capitulo 2. "lndi ... .11roe:.> e Fornl.ltos p.ira 
Sc:.!>uu 01 .:\ ~s d.: TCC". discut in1u.i un1a :i~­
ric de upÇOLi. par .i lurncccr 1raun1~ntu .:nl 
20 ~Vr"gh:. Sudet Turkirgtor & Tiese 
sessões breves e de:alhar si:uaçõcs clinicas 
nas quajs as sessões hrl"\rcs podem ser um 
componente adequado de tratamento. 
• CARACTERJSTICAS DA TCC QUE 
- , -SAO UtElS EM SESSOES BREVES 
Empirismo colaborativo 
J\lgumas das características gerais d.a lCC 
que pode:m ser aprm-citadas cm scssõl'S brc-
•-cs sl!o aprcscni:adas na "fabcla 1.1. O pri-
mciro item, empirismo colaborativo. tal\•c:z 
seja o mais in1portante. O caráter cob.bora-
th'O e cmpCrico do relacionamento tcra?{!u-
tico na TCC pode ser enfatizado mesmo nos 
cncon tros dmicos mais curtos. O tcrapc·.rta 
pode estabelecer como prioridade máxima 
o csr:.abelccimt'nto de um rclad0113mcnto 
colaborativo no qual as ad:udcs e prcocu-
P3ÇOCS do paciente sao csdarccidas e to:al-
mcntc ••a!orizadas e utjli.zar uma aborda-
gem altamcntc genuína e com;>rc~siva na 
quaJ paciente e terapeuta funcionam como 
uma cquipc invcstigad\'a (p. ex., \•cri6cando 
a utiüdade das mcdicaçocs ou intervenções 
de ·rcc~. testando a vaüdadc das condusõc.s, 
sendo aberto a tentar abordagens diferentes). 
Em •·ez de usar un1 estilo controla-
dor de m.Jncjo das medicações. o cünico 
que segue a oricntaçao da TCC tenta criar 
um rclacionamcnto colaborativo no qual o 
P3Óc:nte assume um papcl ativo no .Jprcn-
rui.ado sobre a doença. ton1ando dedsócs e 
descnvo]\•mdo o plano de tratamento. Dcs-
connamos que o rclacionamc:nto cmpirico 
colaborativo na 1·cc scja um dos motivos 
pdos quüs essa terapia tem demonstrado 
ser útil na promoçao da adcsào ao trata-
mento (C:Ochran 1984:; \\ºejdcn 2007; \\~i­
dcn ct al. 2007). Discutimos ilustraçôcs cm 
'.idco de rclacionamentos colaborativos no 
G.1pCtuJo 2, º lndicaçócs e Formatos para 
Sessões Breves de 1·cc:" e G.1pftulo 3, .. Au. 
mcntando o Lmpacto das Sessões Brc•-cs", 
alcrn de fornecer mais rcromendaçocs para 
o dcscn .. 'Olvimcnto de rcladonarncnr.:os efi-
cazes de tratamento e usarmos outras ca-
ractcristicas básicas da 1·c;c: no G.1pCtulo 3. 
Estru1uraçio 
J\ cstrut'J.Iaçao. outra característica básica 
da ·occ, é especialmente adeqU3da para as 
scssocs brc'o't'S. Se houver disponibilidade 
de apenas 20 a 25 minutos para a scssao. a 
cftdtncia e a org.aniz.aç-.ao pareceriam ser os 
primc1ros itens da lista de traços desejados. 
Os clCnicos podem ensinar os pacientes a 
cstabelcccr agendas rapidamente. concen-
trar seus esforços cm problemas especificas 
que podem scr abordados dentro do ttn1-
po disponivcl, ritmar as sessões de maneira 
clicai. e dar e roccbcr ferdbad: sobre o an-
damento do rrammcnto. l'.~uitos de noSMls 
P3dcntes atcnrudos cm scssôcs breves \"ê.m 
para cada scssao com urru agenda escrita 
e jà aprcndcram outras manciru de ma-
:timi~r o tempo despendido no enconrro 
l11bel111.1 • C 3rac1Bri~ica s e a tera p-a cog1i':ivo-com;:iortarnertal: 't·antager s é as sessões b-e•;3s 
EMJJI rismo wlo-tior~1110 
Ti:cnie11:1 de ~~rueura~o 
tnfll!il! p!.it:Ot!dui:bCion11I 
r.tetono$ pró· lr;os 
Tu rtif~ de i:as.11 
Te rap a cogn·tivo-co'Tlpo~ame-:rtal oe a to rend·'Tte-rto para sessoes bre•.es 21 
de tra:amento.. Por exemplo, wna paciente 
pode dizer que quer falar sobre um item 
específico da agenda, além de discutir um 
possivel aumento na mcdicaçao, mas que 
outro item da agenda pode esperar até a 
próxima consulta marcada. 
Psicoedu cação 
A ·rcc é conhecida por sua tníasc ps:icoe-
ducadoru!. Uma das metas importantes da 
TCC é ajudar os pacientes a aprenderem o 
suficiente sobre essa abordagem para que 
po5S3m se tornar seus próprios terapeutas 
("autotcratxutas"}. Em \ºCZ de contar com 
o terapeuta para so]ucionar seus proble-
mas, eles podem chegar a um ponto an que 
ser cio capei.cs de identificar as distorções 
cogniC\'llS ou comportamentos dcsadap-
ta.ti\'os e conseguir rc .. o,crcrr esses padrocs. 
Quando sao usadas sessões mais brc\'CS, os 
as?cctoS ps:icoeducadona.is da terapia po-
dem se :ornar um pouco ma.is dominantes.. 
Assim, clinicas que utilizam cs:a forma de 
TCC precisam aprender a inserir recursos 
educacionais que possam ser usados fora 
das sessões (p. ex.., Leituras, sites da internet, 
.. idcos, gra\'açôes cm áudio ) para ajudar os 
pacientes a construírem scu conhromento. 
Uma forma espedaHzada de TCC 
hrc\T, a ·rcc assistida por computador, 
den1onstrou ser particularmente eficaz na 
cducaçl!o de pacientes e no fornecimento 
d.e oportunidades para praticar métodos da 
TCC. Em um csrudo conduzido por \Vright 
e seus rolcRas (2005), a ·ra: assistida por 
computador administrada cm sessões de 
25 minui:os foi ma.is eficaz do que scss0cs-
-padrao de 50 minutos p.ara ajudar os pa-
cientes a adquirirem conhcdrncnro sobre a 
TCC. Sao aprcscn~das sugestoes detalha-
das sobre psicocducnçao cm scss()CS b~ .. -cs 
no Capitulo 4, .. Formulaç.ao de Caso e Pla-
nejamento do Tratamento". 
Métodos prá1icos 
Um motivo para a TC~C scr muitas .. ·ezcs 
atraente tanto para c~cos como para 
pacientes é o faro de ser caracterizada por 
.,·ários métodos muito prádcos que podcm 
proporcionar bons resultados ao diminuir 
os .sintomas. Em e!guns casos. esses méto-
dos podem ser aprendidos bastante rapida-
mente e sao adequados
para apl.icaç.ao c:m 
scssocs brc\-n. l\ 1·abela 1.2 traz uma 1ista 
de possi..-ei.s métodos de alto rendimento 
que poderiam ser considerados cm planos 
de tratamento com padenu:s que sao aten-
didos cm ses.soes mais curtas do que 45 a 
60 minutos. ·remos usado esses mé·odos 
repetidamente e os ilusoarl'!llos cm .,·inhe-
tas clínicas ao longo de todo o Livro e cm 
ilustraçocs cm "'idco que aparecem no D\'O 
q•J.c o acon1panba. 
Tarefa de casa 
Outra característica da TCC que considera-
mos muito útil cm sc-ssôcs breves é o uso de 
tarefas de casa. E.sse procedimento funda-
mental ela TCC cs~ndc o aprendizado para 
altrn das front.ciras da scssao e inccnà\'ll a 
autoajuda no processo de tratamento. L"m 
exemplo de nossa prática clinica cn\'O)vc o 
tratamento de <.:onsuela, uma jo\·cm de 22 
anos de idade com .agorafobia e medo de 
dirigir. Após explicar o modelo básico da 
·rcc~ para transtornos de ansiedade, o ps:i-
quiatra ajudou C:Onsuela a estabelecer urna 
hierarquia para a cxposiçao graduada a seu 
m~do de dirigir e lhe n1osrrou como usar o 
treinamento de respiração e de rc_axamcn-
to para reduzir os níveis de ansiedade. A 
tcrapia de c.xposiçao foi primordialmente 
descn .. 'Olvida por Consucla cm tarefas de 
casa. Ourante cada scssao brc .. ·c, <.:onsuc a 
relatava seu progresso., realizava rcsoluçao 
de problema de modo a pcrscversr com o 
22 ~Vr"gh:. Sudat Turkirgtor & Tiase 
protocolo de cxposiçJo e estabelecia alYOs 
l.-Spcdficos para a tarefa de casa de modo 
a dar passos crescentes na hicrarquia. O 
tratamento de Consue]a está detalhado no 
Capitulo 2, ~ Lndicaçocs e Formatos para 
Scssocs Breves de 1·cc~ e no Capitulo 9, 
"~1étodos (:Ompori:amentais para Ansie-
dade~ 
COMBINANDO A TCC 
COM A FARMACOTERAPlA 
De muitas ntanciras, a 1·c(: e a fannacote-
rapia sao parceiras ideais no tratamento de 
transtornos mentais. l\mbas t~m fortes ba-
ses cmpiricas.. com um grande número de 
estudos controlados e randomizados que 
confirmam sua cf cti\'idadc. 
SJo tratam1:11tos pragmáticos que po-
dem proporcionar atfyio dos sintomas na 
terapia de fusc asuda,alfm de produzir efei-
tos de Longo prazo na prc..,·cnçao da rccaida. 
1\lém disso, cada um dclcs u:iti.za uma abor-
dagem de tratamento a.ci\'a e direta. 
Um modelo de tra1amento 
integrado e ebrangen1e 
Rc-comcndarnos o uso de um modelo de 
tratamento i:ntcFjrado e abrangente de uso 
combinado da ·rc.:c com a &rmacotcrapia 
na prática clinica (Wright 2004: \\'right ct 
al. 2008). como ilustrado na Figura 1.1. Se-
gundo \\.'right (200.;. p. 355 ), esse modclo 
baseia-se nas seguintes prC'mis.sas: 
1. Processos CO&JlÍci\'OS modutam os efci -
tos do ambiente c..'Ctcmo (p. ex., C'V'crltos 
estrc-ssantes da ..,·ida, relacionamentos 
interpessoais, forças sociais) no subs-
trato do sistema nervoso central ( p. ex., 
funcionamcn~o dos neurotransmisso-
res, ath·açáo das \ias do S~C [sistema 
ncn.·oso c~i::ral) , respostas autonômi-
casc ncurocndócrinas) para e-moça.o e 
comportamento. 
2. Cosniçoc-s disfuncionais podem ser 
produzidas tanto por influéncias psi-
cológicas quanto biológicas.. 
3. 1·ratamentos biológicos podem alterar 
as cogniçócs. 
4. Intervenções cogniti"as e comporta-
mentais p<ldcrn alterar os processos 
biológicos. 
S. Processos ambientais, cogrnr.:i\'os. bio-
lópros, emocionais e comportamentais 
dC'V'Cm scr conixitu.ados como par.e do 
mesmo sistema. 
6. f. \~ido buscar maneiras dC' integrar 
01.1 combinar inlcr\·cnçócs cogniti\'as 
e bsológjc.as para melhorar o desfecho 
do tratamento. 
Tabela 12 • ,,â:Ddos d;i :il:o rendrnento d :itera p a cognilr\•o-comporta'Tl;inta' ~TCCI p :ira sgssõas 
breves 
• Progrl:Jni.çuo de ~1ivid.sdíl!S • Pr&'"/'..riçií~ e.:~ ~a·cií11!S \!"~dua,:. 
• AotrelnaMento r1tl respir~oo • 15t:igC'Tl <l<ls vont:ig0111> e ctesvantaaons 
• TCC pi! r11 rui> 11 • Ad~o à:. inU!rvunçóes medic~rnento!S.!l!l 
• Oraman T<)ÇaO CC • fre1namon10 da consclôncHJ pl911a 
• ~steboloç1Mento coieoorclt vo de me·es ( fl"l t n G1 fltJ ,, 6$ s 1 
• TCC ~i!llid11 po~ c0Mput11do· • Enlrevi!>lll cnot1v~cionDI 
• Cartoes de enfron1aMento • Norme111açOO 
• Eume dei tNidêncif:lS • S<:I uçilo d~ probl~nas 
• Fl<PO$tÇOO e prov~o do r9'1l'O$i~ • Pr9\'o~o diJ recaldo 
• ldenllfic:uçã-,,) de arros cogni~ivos • Cl.Je!llionllmunto socr~tioo 
• lm~ens mon OrS • Ol<)rios do slntoMas 
• Geraç&o no l'T!()ilVOS pitra ·er ~ro'lçatv1ver • A.ogi5tro do pionsemontos 
• fle9i!>lro!l de btlm-e!SW· 
Te rap a cogn·tivo-co'Tlpo~ame-:rtal oe a to rend·'Tte-rto para sessoes bre•.es 23 
lallui11ciu b io lágíc:as 
• Genét1eo 
• Enferrnid11de P.16di~ 
• Drogas 
• Twci•ri:.=: 
• f nà6'r1na$ 
lnllui11cín cog11í1ivo-comportamentajs 
• Cr-enços oenrrol~ 
• Pt!ns11-n1:-·1 :o!l Automil !icO!I 
• f rros cognlt l'-'0$ 
• Pnncipll i:: 61-otúgios co~ !X)ltl1· 
mentais 
• ~biltdlldl!S dt: anf ren~11mi:·1:0 
• Estilo (19 procos$<JMento <i<is 
inforM.lÇOOS 
laltui11cin soc:iocultwais 
• E !l'lré! !i !! e 
• Cr-e"Ças çi, 1 ,,.ah; 
• Crançll!J ·tili.g io~us 
• REl"oCJO"lôlMent% interp°"°31s 
__ ..,.... Pr~cess.os __ ..,.... Sintomas 
cio SNC • Oepre!l!l4o 
• An!lied11de 
• \1o n 
• Deli· -:is 
• AI 10 IUIÇOC:S 
Figura 1.1 •Um modelo cognltlvo-compottamental-biológíco-sociocultural pera tratamento 
combinado. 
S.'JC- •·111.,1n1 "lt!N09o çtint·4l. 
1\ Premissa L é uma carac:crfsdca ccnrral 
do modelo cognià\'0-comportamental bá-
sico (\\fri:ght ct aL 2008 ). Por scr um ser 
pcrnantc, o homen1 conf crc signmcado aos 
sinais de informaçao cm srus ambicntcs e 
essas cogniçocs ati\lam procc~os bioló-
gicos do SNC cn\•olvidos na produ~o de 
cmoçao e comportamento. i\ s Prl'fltis.sas 
2 a 5 baseiam-se cm um amplo csforço de 
pesquisa que incluiu ncuroimaJ:;crn e ou-
tras Ln\'Cstiga.çõcs biológicas que demons-
traram como a ·rcc: age por meio das \l:ias 
c processos do S:S-C (Ua.ucr et al. L 991; 
Furmark ct aL 2002i Goldapple e: aL 2004; 
Joffc ct al 1996; ·rtwc et al. 1998): estudos 
que dcmonso-ara.m que a f armacoterapia 
pode reverter cognições dcsadaptati,ras 
(Blackburn e Bishop 1983; Simons et aL 
1984); e o usbalho dc Kandel (2001, 2005), 
Kandel e Schwaro; (1982), altm de outros 
que formularam uma abordagem integrada 
p-ara entender a biologia da psicoterapia. A 
l>rc.tnisg 6 se apoia cm estudos de resulta-
dos do tratamento combinado examinado 
mais adiante neste capitulo e na cxpcritnoa 
acunl'..1.lada de muitos psiquiatras c outros 
profissionais de saúde- mental que utilizam 
medicaçocs e psicot~rapia junras rotineira-
mente- na prática clinica. 
Erementos centrais da TCC 
e da farmaco1erepia c"°mbinadas 
Sc (or utilizado um modelo intcgrado p-ara 
a terapia combinada (conforme mostrado 
na F~ l. l), os debates sobre o mérito de 
abordagC'Jls biológjca.s ~'l!J''.Slff psicológiGls 
podem pender cm fa\'Or de uma abordagem 
unificada. Os clinicos poderao, cn rao, tentar 
encontrar as melhores formas de combinar 
os tra.:2mcntos para aJOlnçsr os resulta.dos 
24 ~Vr"gh:. Sudat Turkirgtor & Tiase 
desejados.. Em alguns aspectos, um método 
ideal pode ser tcr um psjquiatra, outro mé-
dico ou um profission.!l de enfermagem que 
tenha conhocimcnto c:spccializado tanto da 
·rcc como da farmacotcrapia para admi-
nistrar todo o curso da terapia. Quando um 
único clinico administra tanto a TCC como 
a fumucotcra?ia• pode ser a?rcscntada ao 
p-adcntc uma abordagem muito coesa e 
totalmente integrada; além disso, possíveis 
conflitos entre métodos de tratamento ou 
comnnicaçoes mal entendidas que podem 
ocorrer quando um m~dico ou profissional 
de enfermagem prescrcvc mcdicaç.to e un1 
terapeu ta nao médico fornece a 1·cc sao 
cvi:ados. Conrudo, o método rn.als comum 
de administrar a terapia combinada cn .. ·ol-
vc uma "'equipe" de um fa.rmacotcrapcuta 
e um terapeuta cogniti'.-o-<ornportarnental 
nao médico. A
·rabcla 1 .3 traz. uma lista dos 
elementos centrais de uma abordagem inte-
grada ao tratamento combinado. 
Quando mais de um clínico está en-
.. ·ot .. ido no tratamento, recomendamos 
fortemente que o.s clinicas trabalhem jun-
tos de modo regular, c:stabdeçam um mo-
delo integrado pan a :erapia e expressem 
uma atitude compartilhada e favorável cm 
relação ao tratamento combinado para 
o paciente. Para alguns pacicn:cs, toda a 
·rcc e toda a fa.rmacotcrapia sao fomC"cidas 
pelo psiquiatra, gcral.mcncr usando scss6cs 
bm'cs cm uma parte ou :odo o tratamcn:o. 
Para outros padcnr.cs, o ccrapcuta cognicivo-
-comportamcntal na.o médico administra 
uma série de sc.s.soc:s de duração tradicio-
nal de 50 minutos (o termo s.essao dr 50 
rtiinr4T"5 t u.~ado por todo o liwo para dcs-
c:re .. ·cr scssocs de duraçao tradicional que 
podem \"ariar de 45 minutos a. l hora). No 
Capitulo 2, ... Lndicaçócs e Fo rmatos para 
Sessões Bre,·cs de ·rcc~ explicamo$ alguns 
dos cri:érios que podcrn ser úteis na esco-
lha do formato e da in:cnsidade do plano 
de tratamento. 
Seja no modo de um wuco tcISJ>CU-
ta ou de dupla de terapeutas, o tl'atamento 
combinado pode scr facilitado pelo uso de 
uma abordagem fl~l cspeda.lmcnte ta-
lhada para a mescla de problemas e pontos 
fortes de cada paciente. Nos estudos de pes-
quisa descritos na scçao a seguir, a mcdica-
ç..to foi normalmente prescrita oom possibi· 
tidade limjcada para o clinico \•ariar doses 
ou tipos de trar.amcnto. Da mesma forma, 
a ~rcc foi normalmente adntlnjstrada de 
acordo com um protocolo manualizado. 
\ ralorizam.os as infonnaç0cs cotc~d.as cm 
estudos controlados, mas cm nossos con-
sultórios clinicas empenhamos esforços 
para ajustar ambos os componentes de fur-
macotcrapia e de ·rcc do tra:amcnto para 
se adequarem à.s necessidades do paciente 
e apro\"citar as oporrunidadcs tcrapé'lltica.s.. 
O método de planejamento do trai:amcnto 
baseado na fonnulaçao desmto no CapCtu-
lo 3, "'i\umcntando o lmpacto das Sessões 
Breves", fundamenta essa estratégia fk.ú\"t'.l 
p-ara realizar a combinaçao de ·rc;c; e far-
macotcrapia. 
l1b1l1 1.3 • EJ3nertos centrais de urn:i aboraagem integrada ao tr:1tame1tc conbinado 
• A ert1pla I> g u .acia por um l"'IOdolo co9n1tivo-compor.amomal-b1olo91co..soclocu1· 11 ra• ab<"angente-
• O 1:.ut11m 11·1to 6 ad·ninis~r~a !:on ente por .rn médico uu ur1 prof'~iun11I díl enfarm11gem, o qi.; 111 
o treinado t'lnto em ps1cof-armac01erup "oomo om ~"'"Pia cogn1rlvo--compor.amon1a1 ou"º" tffl"llJ 
equip11coo11bor1'\:Vl) du irn mt'.:-d ou ti 1rn ti.-bp~J~ll (;Oj1r ilivo"1<or1partu::n~1 ~;,J niiu m6dico. 
• O:. rr~tooo:. d~ lra~u nento ~o liexivei:i e penso nu iuido:i µ.s ru 11de:qu11r o diag~~~'°° 11 jjs 
nocess•dades espoc.lflClls de Cc)(la pac•oin~o 
Te rap a ccgn ~ vo-co11po-:a"lle-ta ce a to rer1d 'lle-to para ses soes ore·. es 25 
Pesquisas sobre a TCC 
e 1 farmacoterapia combinadas 
ln .. 'Cstigaçóc5 da terapia combinada cm 
comparaçao com a 1·cc ou a ía.rmacotcra.-
pia isoladamente intlucnciaram fortemcn~ 
o estabdccímcnto da. cficjru dos tratamen-
tos para dcprcssao e transtornos de ansie-
dade (p. ex.., consulte as mct.a-an.liscs e re-
'oi.sôcs conduzidas por Fricdm.m ct a.I. 2006; 
l lo.lon et al 2005; \Vright ct al 2008). No 
cnc.anto. muitas caraco:-rfsdclS desses estu-
dos limitam a gcnC'ralizaç.io dos rcsu1tados 
para a prática no mundo rc-al de combinar 
·rc;c; e mcdicaçao cm ambientes ctlnjcos 
(HoJon cc al. 2005; \\'right ct aL 2005). Pen-
sadas como im-csti~çocs de eficácia, essas 
compa.raçocs geralmente excluem mwr..os 
dos casos complexos que s.i.o norrnaln:cn::e 
atcnrudos na prática dCnjca_ 
Altm disso, cs5CS C'Srudos concentra.-
ram-sc primordialmente C'm desafiar a 1·cx; 
contra a fu.rmacotcrapia, normalmente cm-
prcg.ando ru(crcntcs cltnjcos para fornecer 
os componentes do tratamento dC' psicote-
rapia e fannacotcrap1a. i\ssmt, os estudos 
n.io foram dcscn\'o~idos para dcscn\'O~vcr 
ou in\'csdsar um modelo integrado e tlaí-
.,.d para a terapia com::>in.ldi. 
Uma das principais crfticas das pes-
quisas sobre o tratamento combinado é a de 
que os estudas nao tiveram poder suficien-
te para dc-::cctar as \·antagens da tratamento 
combinado (Friedmm et nl. 2006; l lollon ct 
al. 200)). l:.m uma mc:a-análise dos estudos 
de tratamento combinado para deprcssao, 
Fncdlll.JJl e seus oolcga.s (2006) descobri-
ram que alguns estudos indi ... iduais de TCC 
para dcprcssao demonstraram apenas uma 
tendência para a superioridade do uso da 
TCC e da Carmacotcrapia juntas. 
No cnt.anto. quando foram tomados 
juntos os resultados de tod.Js as investiga-
ções, a abordagem combin2dJ proporcio-
nou os mc1.horcs rcs•..r.ltados. 
As 1n\.-csti~çocs de fannacotcrapi.J , 
TCC e tratamento combin.ado para trans-
tornos dc ansiedade foram revisadas por 
\•!rios f;nlpos, ínc~wndo Bakkcr e seus cole-
gas (2000), HollificJd e seus colegas. (2006), 
''rerua c Stewart ( 1998) c \A.·nght (2004). 
Todas as rcvi.sõc:S acima c uma me:a-an.ilise 
(v.m Balloom et al 1997) concluíram que o 
tratamento combinado de TCC ma.is anti-
dcprc:ssl\"OS parecia ofcrccc:r benefícios além 
daqueJc-5 alcançados com a monotcrapia. 
~~as quando se combinou alprazobrn com 
a ·rc:c, os rcsultado5 dc longo pra2.0 foram 
piores do que quando a 1 C:C era usada 
com um placcbo (~1arks e: ai. 1993). Este 
achado é um raro exemplo de uma possC-.-cl 
intcraç.to negatr;a entre mcrucaçao c 1'(:<;. 
Embora as bcnzodJazcpina.s com mcias-
-\.ida..s maJS longas. como o d.Ja.zc-:>a.m. n.lo 
parcç:im ter esse efeito dcletério sobre a 
l'CC ~ \~;C'5tr.a e Stc\.\'art 1998 ), o trabalho de 
~~arks e seus cole~ ( l 993) suscrc caute-
la ao usar alg-.i.mas bcnz.odia.zcpinas com 11 
TCC para transtornos de ansiedade. 
~rudo.s controlados e rn.ndomizados 
de ·rc.:c; e mcdicaçao an::idcprcssi"a para 
balirrua nervosa nom:a..mcntc cnconrr'.1-
rarn \"antagcns para o rratamcn:o combina-
do. Com base cm uma mct.a-a.náltse de sete 
estudos. Bacaltchuck e seus colegas ( 2000) 
rclauram que o fnruce de ro1l1SSJ.o par.a o 
tratamento combinado foi quase o dobro do 
fnruc,c a:ingido com a mcdicaç.ao sozinha. Os 
bcncficiO'S do tratami::n:o combinado para 
bultmi3 ncn'Osa pode ser, de certa (onna, 
dependente da dcraç.io do tratamen:o. Por 
c:m:nplo, :\gras e seus co~cgas (1994) encon-
traram que após 16 semanas dc tratamento, 
tanto o traumcnto combinado como a 1·cc 
foram SU?Criorcs à inupramin.l sozinha. No 
entanto. após 32 semanas de tratamento, 
a.penas o cratamcnto combinado deu resul-
tados melhores do que a medicaçao. 
Para condições como tr.an.S".omo bi-
polar e csquizofrcrua, para as quais a 
28 ~Vr"gh:. Sudat Turkirgtor & Tiase 
fmnaco:crapi3 t a print:ipal a.borc1Js.cn1 de 
tratamento, nenhum estudo comparou 
uma abordagc:m combinada com a 1·cc 
sorinha.. Contudo, um grande número de 
in\·cscigaçócs demonstrou um d'cito aditivo 
positivo da 1·oc adjuvante (p. c.'t., consulte 
Drury ct al. l 996; Lam ct al. 2003; .\1 iklo-
\\litz et nl. 2007; Naecm ct aL 2005; Jtcctor & 
Bcck 2001; Scnsky ct al. 2000; ·rarricr ct al 
L 993; Tur!óngton ct a!. 2006). Embora nem 
todos os estudos tenham demonstrado 
vantagens para a adiçao de 1·cc: à farma-
cotc:rapia para esquizofrenia e tran>torno 
bipolar, o padrao g.cral sugere que a TCC 
podc dar uma contribuiçao valiosa ao tra-
tamento de muitos pacientes com esses 
transtornos. Leitores interessados cm ler 
mais sobre os estudos do c:ratamcnto oon1-
binado podem consultar as publicações 
de Fricdrnan et aL (2006), Hollificld ct al 
(2006), HolJon et al. (2005), \\'right (2004) 
c \Vrip;ht ct aL (2008 ). 
• O QUE OS CLINICOS PRECISAM 
SABER SOBREATCC PARA 
I 
USA-LA DE MANEIRA EFICAZ 
EM SESSÕES BREVES 
O vclho ditado "'nao coloque a carroça na 
frente dos bois" t pcrtcito para entender a 
sequência dc aprendizado que recomc:nda-
mos par.a a construçào do c-0nhcdmcnto 
sobre o uso da ·rcc cm sessões brcvcs.. 
Como a ·1 CC cm scsSC>cs bre••cs exige a ca-
pacidade- de descn"-olvcr ttcnicas de forma 
rApida e h..abil1dos.a e de alinhavar de ma-
neira eficaz os componentes do c:ra:amento 
de fannacotcrapia e ps.ico:crapia, os dinicos 
precisam ter uma base sóHda nas teorias e 
mttodns da T'CC básica. :\a l'abcla 1.4, da-
mos sugcstocs de conhccirnent-0 básico e 
habi!idadcs cm 1·cc rcc.orncndados. 
Anccs de ~ntar usar a l'CC; cm sessões 
brC'\rcs, acreditamos que os clínicos dc\.~m 
tcr apcritncia significativa na rc.aliza.çao da 
TCC cm scss.õi:s-padrao de 45 a SO minutos 
descritas cm cc.xtos como Terapia Cogniri-
•,'Q.' 'feoria t Pránca ( Bcck 1995) , CoK11it1't-e 
Beltavioral ·rnE'mpy for Clittrciatu (.Suda.k 
2006) ou ApretJdet1do a Terapia Cogturrvo-
-Con1ponan1et1tal: U 111 Gc,ia Jlimrado (\\rri-
ght ct al. 2008). Ao fazer esse trabalho, os 
d úijoos precisam adquirir prática na rca-
1.izaçao de conccituaço~ de caso e no p]a-
ncjamcnto do tratamento com a ·rcc com 
base nessas formu1a"ÇGcS (para n1é:odos 
para dcsc:n\'Ol .. ~r as conceituações dc e.aso 
na TCC, consulte \\'right ct aL 2008i \\rri-
ght ct al. 20 l O; e Cal'irulo 4, .. Fonnula~o 
de Caso c Plantjan1cnto do 1ratamcnto"). 
Quando as sessões sao bTC'\TS, os dfnicos 
de .. -crn ser capazes de gerar formulaçocs su-
cintas e dirigidas quc incluam .as principais 
informações pa.ra permitir um claro cn-
trndimcnto do paciente, ao mcmio tempo 
procurando por problemas específicos ou 
Tabela 1.4 • .Reconerd3çãode conl;acimerto básico e ~aói dades na terapia 
e cgnitivo-com portama1ca 1 ITCC) 
• En onctor o m()rlelo t).1$1co d<l TCC para tr<11omonco 
• O lt:er ~pc i!ncia nll con<l u9io de :.;cssiie:.;· p.!driío Utl ~S a 50 m inuto:.;. 
• Elaborar <:on(l91·voç0es óo<:Dso e plano1.ar o tratamento <:OM ooso nOB prlncipl()$ r:1o CC. 
• Es•n1turar e dar o ndamenro oo ir atamento l)tll'\l ln ons1 f e41r o aprond "~º 
• Ev1dc·1c:i11r e mo.uifii:1r os pensarnen1(Js aumrnbttoo .. c os esquemas. 
• u,or m lodo' compor!O'Tlontals. padronl10<:10$ como a :iclvt.tÇ&o comportamOl'll~ al. cl prooramaça-o 
de a~iv1dlld1:5, a ~posiçiio e prevtinçiio dl! rti:.;po!.18, o retrein11munta d.! rll'.Spi•açio e o lnlinumcnl:> 
no rclolComon o 
• lden lilic:11r ci inplantar e:otrali!gi.!s d11TCC par11 l!an:.;ta·1wsaspt!<:ifii:os. 
Te rap a cogn·tivo-co'Tlpo~ame-:rtal oe a to rend·'Tte-rto para sessoes bre•.es 27 
qacs~ocs com probabilidade de render re-
sultados positivos. lodos os atributos da 
boa ·rcc cm sessões de duraç.to rcsular, 
como formar rc]acionamcntos alc.arncn:c 
colaborativos. demonstrar autenticidade e 
empatia adequada, estruturar e sequenciar 
as sessões de modo a promo\-er a c6cifncia 
e o aprendii.ado e fornecer psicocducação 
eficaz procisarn ser ainda mais refinados 
quando as scssocs s.i.o brc:vcs. 
AJgumas das habilidades csped6cas 
da 1'CC que precisam ser adquiridas sao as 
seguintes: identificar e mudar pensamentos 
aur.omátioos; modiócar esquemas; mf:odos 
compo:rtamcncais comumcntc utilizados 
para deprcssao (p. ex., am:açâ.o c-0mporta-
mcntal, programaçao de atividades e prcs-
criçocs de tarefa gradual); e té01iC2s com-
porta.n1cntais para transtornos de ansiedade 
( p. ex., cxposiç.to e prC'\rcnçao de resposta, 
treinamento da respiraçáo, trcinan1cnto de 
rc!axamcnto ). Como os diferentes transtor-
nos (p. ex .• dcprcssao. transtornos de ansie-
dade, psicoses) podcni. responder melhor 
se as técnicas forem pC'rsonatizadas para se 
adequar às características únicas do trans-
torno.. J plataforma de habilidades para o 
uso dicaz de sessões breves também deve 
incluir um cntcndimrnto da abordagem da 
TCC ~s princi;>ais formas de docnÇ2S psi-
qu.iá tricas.. 
Os livros relacionados no Apêndi-
ce 3, " Recursos Educacionais da 1·c.;(; 
para Clínicos~ como t\preridetrdo a Tera-
pia (.ogturrvo-Cotnporratnenral: f.}tn Guia 
llustm.tlo (\\íright ct al. 2008). Trarrt1nento 
Psicol6g1co do PfJnico (Bar]o\o,o· & (:hcmey 
l 988), 1"t•rapia (Âlgt11rivo-Cotnportatnrntal 
para 1inP1srorr10 Bipolar (Basco & Rush 
2005), Cogt1irrve 1n erapy of Scliizoplire1ria 
(Kingdon & 1·urkington 2005) e ·rerapin 
Ccgt1it1vo-(.:Otnportatt1ental pr.ra Doettças 
.'>-fe11t«iis Graves (\\i'right ct al. 2010) podem 
ajudar os leitores a m tcndercm mclhor 
como aplirnr a TC~C às condições psiquiá-
tricas comumcn:c encontradas. 
Existem muitas oportunjd3dcs de 
trc]namC'llto para aprender a usar a 1·cc 
(vide ·rabcla l.5). Como os residentes de 
psiquiatria nos Estados Vnid-os agora preci-
sam ganhar compc:ência nessa abordagem, 
a maioria dos programas de treinamento de 
rcsid~ncia ofcrcce cursos básicos e supcr-
.,,isao cm l'<:C. i\ s grades curriculares dos 
programas de rcsid~nci.1 nas unj\'C~sidades 
onde ensinamos normalmente inc~uem 
wna am?la série de sessões didáticas; mu.i-
t~ demonstrações da TCC cm \idco, dra.-
crutiz.açao e/ou ao viv"'O; resenhas de casos 
para adquirir habilidades C'Jll formwaçao; 
cxpcri~cias no tratamC'llto de uma cti\·crsi-
dadc de p3dC'lltcs com ~rcc e supcrvisao in -
div1dual e/ou cm grupo. Muir.os programas 
de trcinamcnto cn1 TCX: e centros de 1·<:C 
também ofc-:n."Ccm cducaçao médica conti-
nuada para clinicas pratican:c:s e constantes 
seminários para aprender técnicas avança-
das da ·rc~c~. Cursos cm lºC(: também sJo 
of~cidos cm encontros anuais da 1\sso-
c1açao Psiquütric-a !\mcrican-a, Associaç.!o 
Tabela 1.5 • Oport11n da de s a e tre 1ane n~o na terapia cognicivo-compoi1ame n~al ITCC) 
• Resk!fl~10 em pslQulMno o..i O\nros program:is tio od JçaçilO graduoda por:i TCC 
• C1 r&os do oduco~o méd1ça con lnuoda. o orecldos P<>"" un 'llcrsldados o 1 o.i;ro& program.as do 
tr1:in11me·1to. 
• Cursos o worÇhops em l"nQ011jros e>iont1ficos. 
• V.brkshaµs- t:m aii"lft:'"cincibs reg ior.ais.. 
• tor os b~ 1cos sobr o CC 
• Video!I q Jd dt!'"nonslr11m TCC. 
• OVO-HO~s e progrom• oc!Jcaçlono~ onf,•ne 
• F'~•o~-vsh>,o.s emTCC 
28 \'/rgh:. Sude TJrkirgtor & Ti esa 
Psicológica .\mcricaru, .\s.soaaç.io para 
"lcrapias Comportamentais e Cagnrn ... as e 
outras organizaçOc-s at'n:fficas regionais, 
rucioruis e 1ntcmac1onais. 
Além dt' textos básicos cm TCC. cs-
tJ.o clis;>oni\'ci.s mar.criais ele treinamento 
cm \ídco e form.1tos computa.cloriz.ados_ 
Por exemplo, os livros de \\'riF;nt e seus co-
les.is (2008, 2010) sao acomp:mnados de 
DVDs com virias ilusrraçocs dos métodos 
ct'.ntrais da i ·cc.:. J\lém disso, foi dcscn-
... ol ... iclo no Reino t.:nido un1 programa de 
trt'inamt'nto por computador totalmcntt' 
ino,•aclor, o Pra.xis. por ' l\Jrkington e ou-
tros (•N'.vw.prax1scbtonl1t1e.co.uk). O Praxis 
ensina a ·1 C(: para dcprcss.io. ansiedade e 
psicose usando c:xcrdcios interativos com-
putadorizados, dcmonstr.içócs c:m \"fdco 
c \"inhctas de casos. l:Jc inc~ui supcn'isJo 
por telefone e internet pelo custo bás:ico 
do trein.lmcnto assistido por computador. 
Outros matcri.lis de treinamento e opor-
tunidades cstao disponí\•eis cm vários sites 
ela internet, incluindo o da 1\cadc.mil de 
Terapia CoF;niti''J. ( \'t'\~'\•'. acadernj·ofa. DfK), 
do Lnstiruto Bcck ( \~\•'l•1. b«k1n.s111urc.oix) 
e cio Ccncro de DcprcssJ.o da Uni\"crs1d.adc 
de Louisv1ll e (\VW~. lo141svrllt. ed1«/depres-
s1on ). O AptncLicc 3, .. Recursos iclucacio-
nais da i ·c;c; para C.:Jnicos .... , contém Listas 
ele org.an1zaçOes que fornecem c:rc1namcn-
to cm l'(;C, majs livros, um programa 
computadorizado e .site.s da internet que 
podem sC'r útcis no desenvol\'irnc:nto das 
nabilidadcs na 1·cc. 
E.stc hvro, com suas ilustrações cm \'Í-
dco e cxcrcCcios de .aprendiz.agem, foi pen-
sado para ajudar os leitores a refinarem suas 
t&nica.s oásiC.lS d.a ·rc.:c.: e lplicar de modo 
cnc.u esse conhecimento no domínio cs-
tunulante e rccom;>cnsador das scssocs 
bJC'\"CS.. 
RESUMO 
Pontos-chave
para terapeutas 
• 
• 
• 
• 
• 
Algumas d.ls pnnc1pa.is c.iractcristicas 
d.a ·rc.:c que podem ser cspccialrr.cnte 
útos cm sessões t>rc\'CS sao: empirismo 
colaborativo, t&nica.s de cstruturaçao, 
tn(as.c osicocdl!c3donal, mé:odos prng· 
núticos e t.arcf a de Glsa. 
1\ 1 CC e a f annacotcrapia podem ser 
~rceiros eficazes no tratamento de pa· 
dentes com transtornos psiqui.irricos. 
f. utilizado um modcl"O cognitivo-com· 
porta me ntal-biológico-soc1ocultu ral 
abrangente para combinar a i·~c. e a 
mcdicaçao no t.:ratarncnto ps1qu1á.tnco. 
1\s ?CSqwsas sobre a terapia combina-
da n.ío tcs:.lr.un dl!'Cta.mcnte o método 
flcxí\'Cl e totalmente integrado sugerido 
neste ii,'TO. No entan:.o, os resultados 
gcr ais d.as investigações d.a i ·a: de cur-
to prazo cm geral apoi..un o uso de tra· 
umcnto combinado na '.:lr.icica c.Inia. 
Rrromcru:b-sc uma ti.mclamcntaç.lo oo-
sica cm conceitos e m~odos da TCC para 
clínicos que queiram adotar mé:odos 
da l CC.: para ud.iza.çJ.o cm scssocs bre-
ves. 
Cone:eitos e habilidades 
para ·os pacientes aprenderem 
• 
• 
• 
1"CC: oferece ajuda prática p.ira Lidar 
com mui:.os dos sintomas de transtor-
nos psiquiátricos. 
Os mé:odos e habilidades da ·rc.:c po-
dem ser Jorcndidos ~ ses.soes breves. 
1\ colaboraçJ.o cxcclc:nc.c ou .. traba-
lho cm equipe" com um clfníco ~ um 
Te rap a ccgn ~ vo-co11po-:a"lle-ta ce a to rer1d 'lle-to para ses soes ore·. es 29 
• 
importante ingrediente de um trata-
mento eficaz. 
t\ abordagem combinada de mcdjcaçao 
e- 1·cc.: pode oferecer vantagens a alRU· 
mas pessoas no sentido de melhor.lr e 
continuar bem. 
~ 
REFERENCIAS 
Al;rJ~ \\'!>, Ro~·; tc:: L\1, Amov. B, ct ;a._ Onc ''QI 
lollow up oi F'}UOlUC1;i. and pharmilcolo;blC 
ln'iilmt:nls lor b-.tlu:rdll ot:f'Uw. J Oio l's;duatry· 
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b11t.ahon of :111t1depr<!:.~ol~ a11J p:.y,huloi;1ca~ 
tralmt:nb Íür bucnLJ lla''e>.>.s: .i 1\'ilt:m.ilJc rn·i~. 
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