Prévia do material em texto
Processos de FabricaProcessos de Fabricaççãoão Metalurgia do Pó Prof. Henrique Cezar Pavanati, Dr. Prof. Henrique Cezar Pavanati, Dr. EngEng E-mail: pavanati@ifsc.edu.br ProProInIn II II –– Mecânica IndustrialMecânica Industrial Instituto Federal de Santa Catarina Campus de Florianópolis Departamento Acadêmico de Metal-Mecânica Curso Técnico de Mecânica Industrial – ProIn II ApresentaApresentaçção baseada no curso de Metalurgia do Pão baseada no curso de Metalurgia do Póó do Prof. Alodo Prof. Aloíísio N. Klein, Dr. sio N. Klein, Dr. IngIng -- UFSCUFSC 2 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças obtidas pela Metalurgia do Pó são produzidas a partir da união de partículas sólidas com geometria não definida. CARACTERÍSTICAS Em outra palavras, é o processo de fabricação em que a forma de uma certa peça é dada pela densificação de pós em uma matriz ou molde. Peças obtidas pela Metalurgia do Pó são produzidas a partir da união de partículas sólidas com geometria não definida. CARACTERÍSTICAS 3 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó IMPORTÂNCIA DO PROCESSO 1. Necessidade tecnológica Muitos materiais só podem ser obtidos através da metalurgia do pó 2. Controle microestrutural A versatilidade na obtenção da microestrutura desejada é maior 3. Processo alternativo mais econômico Produção de grandes séries de peças iguais 4 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó VANTAGENS 1. Perda mínima de matéria-prima; 2. Controle da composição química; 3. Estreitas tolerâncias dimensionais; 4. Fácil automação; LIMITAÇÕES 1. Alto custo inicial; 2. Tamanho e formato das peças limitados; 3. Heterogeneidade microestrutural de ligas. 5 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó VIABILIDADE 6 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó CARACTERÍSTICA INTRÍNSECA Os materiais obtidos pela metalurgia do pó (MP) possuem POROS como característica intrínseca . Na maioria das situações a porosidade é indesejada ou atua como um “defeito” no material. No entanto, em outras é imprescindível para sua aplicação. 7 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó POROSIDADE NA METALURGIA DO PÓ Porosidade SuperficialPorosidade Superficial Porosidade InternaPorosidade Interna 8 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó POROSIDADE NA METALURGIA DO PÓ 9 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó POROSIDADE NA METALURGIA DO PÓ 10 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Material do pó Demanda (ton) Demanda relativa (%) Ferro e aço 350 602 87,8 Aços inoxidáveis 7 262 1,8 Cobre e suas ligas 18 839 4,7 Alumínio 4 539 1,1 Molibdênio 2 043 0,5 Tungstênio 1 589 0,4 Carbeto de tungstênio 5 265 1,3 Níquel 8 306 2,1 Estanho 672 0,2 Total 399 117 100,0 MERCADO METALURGIA DO PÓ DEMANDA NORTE AMERICANA DE PÓS METÁLICOS EM 2001 (Fonte: MPIF) 11 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MERCADO METALURGIA DO PÓ Evolução de componentes da MP utilizados num veículo Norte Americano (Fonte: MPIF) 12 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças produzidas pela MP Pinhões e coroas 13 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças produzidas pela MP Polias e engrenagens 14 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças produzidas pela MP Componentes para bomba de óleo 15 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças produzidas pela MP Cubos e anéis para sistema de transmissão 16 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças produzidas pela MP Acionadores, garfos (levers) 17 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças produzidas pela MP Componentes em bronze (Buchas autolubrificantes) 18 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Componentes em bronze (acionadores e buchas) Bronze components Peças produzidas pela MP 19 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças produzidas pela MP Filtros metálicos 20 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Peças produzidas pela MP Metal Duro (“widia”) 21 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó ETAPAS BÁSICAS DE PRODUÇÃO VIA METALURGIA DO PÓ 22 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó METALUGIA DO PÓ Etapas básicas -- ObtenObtençção e caracterizaão e caracterizaçção dos pão dos póós s Estes podem ser obtidos por moagem Estes podem ser obtidos por moagem mecânica, atomizamecânica, atomizaçção de metal no estado lão de metal no estado lííquido, processos fquido, processos fíísicosico--ququíímicos, etc. micos, etc. Aspectos importantes: caracterAspectos importantes: caracteríísticas dos psticas dos póóss -- Mistura dos pMistura dos póós s PPóó da matriz + componentes de liga ou partda matriz + componentes de liga ou partíículas de culas de outras fases + lubrificantes e ligantesoutras fases + lubrificantes e ligantes -- CompactaCompactaçção / moldagemão / moldagem ObtenObtençção da geometria e densificaão da geometria e densificaçção. Compactaão. Compactaçção ão isostisostáática e injetica e injeçção levam a menores gradientes de densidade.ão levam a menores gradientes de densidade. -- SinterizaSinterizaçção ão Tratamento tTratamento téérmico com controle da velocidade de aquecimento e rmico com controle da velocidade de aquecimento e resfriamento, do tempo e da temperatura de tratamento e da atmosresfriamento, do tempo e da temperatura de tratamento e da atmosfera do forno. fera do forno. -- Etapas complementares Etapas complementares CalibraCalibraçção, tratamentos tão, tratamentos téérmicos, termoqurmicos, termoquíímicos etc..micos etc.. 23 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó METALUGIA DO PÓ Etapas básicas ObtenObtençção e mistura ão e mistura dos pdos póóss CompactaCompactaççãoão SinterizaSinterizaççãoão OperaOperaçções ões complementarescomplementares 24 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó OBTENÇÃO DOS PÓS 25 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó OBTENÇÃO DOS PÓS Tipos Existem vários processos para a obtenção do pó metálico, que podem ser divididos em: 1. Mecânicos; 2. Químicos e termoquímicos; 3. Físicos; 4. Eletrolíticos. 26 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó OBTENÇÃO DOS PÓS Morfologia 27 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó OBTENÇÃO DOS PÓS Morfologia 28 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó METALUGIA DO PÓ Obtençãodos pós – Processos mecânicos 1) Partindo do material no estado sólido (cominuição mecânica): - Quebra → martelos, moinho de mandíbulas - Moagem → moinho de bolas, moinho vibratório, moinho de rolos, moinho de atrito ou atritor, moinho planetário, outros, moinho de rolos. MOINHO DE BOLASMOINHO DE BOLAS corpos de moagemcorpos de moagem material em moagemmaterial em moagem 29 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó METALUGIA DO PÓ Obtenção dos pós – Processos mecânicos Materiais que podem ser cominuidos a pó por moagem: Metais frágeis como Mn, Cr, Sb, Bi e Be; 1) Ligas metálicas frágeis e compostos intermetálicos (Fe- Al, Fe-Si-Mn, Fe-Si, Fe-Mn, Fe-Al-Ti, etc); 2) Materiais cerâmicos em geral (óxidos, carbetos, nitretos, boretos, outros); 3) Metais fragilizados por algum processo anterior, tais como: a) produtos esponjosos resultantes de redução (ex.ferro esponja); b) condensadores eletrolíticos; c) fragilização por oxidação ou conversão em algum d) outro composto frágil; 30 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó METALUGIA DO PÓ Obtenção dos pós – Processos mecânicos 2) 2) Partindo do material no estado líquido -- atomizaatomizaçção deão de metais e ligas metmetais e ligas metáálicaslicas -- o lo lííquido quido éé espalhado em gotasespalhado em gotas que se solidificam na forma de partque se solidificam na forma de partíículas de pculas de póó.. 31 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Bocal deBocal de atomizaatomizaççãoão Câmara deCâmara de atomizaatomizaçção ão Metal Metal llííquidoquido METALUGIA DO PÓ Obtenção dos pós – Processos mecânicos - atomização 32 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó METALUGIA DO PÓ Morfologia do pó atomizado 33 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Materiais / pMateriais / póós obtidos por atomizas obtidos por atomizaçção:ão: -- Metais e ligas dMetais e ligas dúúcteis e/ou de baixo ponto de cteis e/ou de baixo ponto de fusão:fusão: Pb, Pb, FeFe, Cu, , Cu, AgAg, Al, Cd, , Al, Cd, SnSn, , ZnZn, Bronze, , Bronze, Co, Co, NiNi e outrose outros -- ProduProduçção de pão de póós de ligas (ps de ligas (póós prs préé--ligados):ligados): Bronze, aBronze, açço inoxido inoxidáável, avel, açço ro ráápido, ligas de pido, ligas de nnííquel e outras.quel e outras. METALUGIA DO PÓ Obtenção dos pós – Processos mecânicos 34 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MISTURA DOS PÓS 35 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó PreparaPreparaçção de misturas ão de misturas -- mistura dos componentes que irão mistura dos componentes que irão fazer parte do material:fazer parte do material: -- ppóó da fase matriz;da fase matriz; -- ppóó dos elementos de liga;dos elementos de liga; -- Lubrificantes;Lubrificantes; -- Outros...Outros... METALUGIA DO PÓ Mistura dos pós 36 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Mistura de lubrificantes A adição de lubrificantes é obrigatória; O lubrificante diminui o atrito das partículas de pó entre si e o atrito destas com o ferramental de compactação. 1. Reduzir gradientes de densidade na compactação 2. Diminuir o desgaste do ferramental de compactação 3. Minimizar carga de extração da peça, evitando a ocorrência de falhas como trincas A adição de lubrificante visa: METALUGIA DO PÓ Mistura dos pós 37 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Figure 5. Figure 5. BlendingBlending powderspowders (misturador em cone)(misturador em cone) METALUGIA DO PÓ Mistura dos pós Misturador túrbula: • movimento múltiplo • mistura mais homogênea 38 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Misturador em YMisturador em Y METALUGIA DO PÓ Mistura dos pós 39 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DOS PÓS 40 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS •• FunFunçções:ões: •• obtenobtençção da geometria da peão da geometria da peçça (a (shapingshaping) ) •• densificadensificaçção da massa de pão da massa de póóss •• Pode ser feita:Pode ser feita: •• com aplicacom aplicaçção de carga, ão de carga, •• sem aplicasem aplicaçção de carga,ão de carga, •• a frio (temperatura ambiente) e,a frio (temperatura ambiente) e, •• a quente (acima da temperatura de recristalizaa quente (acima da temperatura de recristalizaçção)ão) 41 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Moldagem com aplicação de pressão 1.1. CompactaCompactaçção uniaxial em matriz;ão uniaxial em matriz; 2.2. CompactaCompactaçção isostão isostáática;tica; 3.3. LaminaLaminaçção de pão de póós;s; 4.4. Extrusão de pExtrusão de póós;s; 5.5. InjeInjeçção de pão de póós.s. 42 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Preenchimento da matriz Compactação Ejeção Retirada da peça Compactação uniaxial 43 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Compactação Isostática Compactado Matriz elástica Câmara pressurizada 44 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Laminação de pós 45 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó Pó misturado com ligante Cilindro de sustentação Matriz Produto Punção MOLDAGEM DE PÓS Extrusão de pós 46 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Injeção de pós 47 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Compactação uniaxial •• De efeito simples De efeito simples -- apenas um punapenas um punçção mão móóvelvel •• De efeito duplo De efeito duplo -- dois pundois punçções mões móóveis ou matriz flutuanteveis ou matriz flutuante 48 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Compactação uniaxial Considerando que a densidade teórica do aço é da ordem de 7,9 g/cm3... COMPACTAÇÃO DUPLO EFEITO 49 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Compactação uniaxial de pós dúcteis e frágeis PPóós Ds Dúúcteiscteis 1)1) Rearranjo de partRearranjo de partíículas (preenchimento de vazios culas (preenchimento de vazios interpartinterpartíículasculas)) 2)2) DeformaDeformaçção das partão das partíículasculas 3)3) FragilizaFragilizaçção e quebra de partão e quebra de partíículasculas 4)4) Rearranjo (segundo tipo)Rearranjo (segundo tipo) PPóós Duross Duros 1)1) rearranjo de grânulos (quando houverem),rearranjo de grânulos (quando houverem), 2)2) quebra de grânulos,quebra de grânulos, 3)3) rearranjo de partrearranjo de partíículas,culas, 4)4) fragilizafragilizaçção e quebra de partão e quebra de partíículas e,culas e, 5)5) rearranjo de segunda ordemrearranjo de segunda ordem 50 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf.Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Compactação uniaxial de pós dúcteis e frágeis 51 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Compactação uniaxial Os principais parâmetros que influenciam a Os principais parâmetros que influenciam a compactabilidade: compactabilidade: •• tamanho e distribuitamanho e distribuiçção de tamanho de partão de tamanho de partíícula,cula, •• formato das partformato das partíículas,culas, •• capacidade de deformacapacidade de deformaçção plão pláástica e,stica e, •• % de lubrificante adicionado% de lubrificante adicionado 52 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Compactação uniaxial 53 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Compactação uniaxial 54 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó MOLDAGEM DE PÓS Exemplo de peças obtidas por compactação uniaxial 55 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO 56 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Exemplo de peças obtidas por compactação uniaxial SinterizaSinterizaçção ão éé um tratamento tum tratamento téérmico realizado em um rmico realizado em um compactado verde ou uma massa de pcompactado verde ou uma massa de póós visando gerar s visando gerar continuidade de matcontinuidade de matééria entre as partria entre as partíículas. Neste culas. Neste tratamento controlatratamento controla--se os seguintes parâmetros: se os seguintes parâmetros: -- Velocidade de aquecimento e resfriamento Velocidade de aquecimento e resfriamento -- Tempo e temperatura de patamarTempo e temperatura de patamar -- Atmosfera do fornoAtmosfera do forno 57 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Conceito físico da sinterização ““SinterizaSinterizaçção ão éé o transporte de mato transporte de matééria ativado ria ativado termicamente, em uma massa de ptermicamente, em uma massa de póós ou um s ou um compactado poroso, resultando na diminuicompactado poroso, resultando na diminuiçção da ão da superfsuperfíície especcie especíífica livre pelo crescimento de contatos fica livre pelo crescimento de contatos entre as partentre as partíículas, reduculas, reduçção do volume dos poros e ão do volume dos poros e alteraalteraçção da geometria dos porosão da geometria dos poros”” ((FritzFritz E. E. ThThüümmlermmler & & RainerRainer OberackerOberacker).). 58 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Tratamento prévio à sinterização O lubrificante ou demais aditivos que não compõem a O lubrificante ou demais aditivos que não compõem a liga adicionados liga adicionados àà mistura antes da moldagem, devem mistura antes da moldagem, devem ser removidos num ciclo tser removidos num ciclo téérmico ou qurmico ou quíímico numa etapa mico numa etapa anterior anterior àà sinterizasinterizaçção.ão. Na metalurgia do pNa metalurgia do póó convencional adicionaconvencional adiciona--se estearato se estearato de zinco ao pde zinco ao póó de ferro e este de ferro e este éé removido num ciclo de removido num ciclo de 500 500 ººC durante 30 minutosC durante 30 minutos 59 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó EstadoEstado 1:1: pepeççaa verdeverde ((apapóóss compactacompactaççãoão)) EstadoEstado 2: 2: pepeççaa sinterizada sinterizada ((apapóóss sinterizasinterizaççãoão)) ProcessoProcesso:: sinterizasinterizaççãoão SINTERIZAÇÃO Antes e após a sinterização 60 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Mecanismos de Sinterização 1.1. Difusão superficialDifusão superficial 2.2. EvaporaEvaporaçção e reão e re--condensacondensaççãoão 3.3. Difusão no volumeDifusão no volume 4.4. Difusão no contorno de grãoDifusão no contorno de grão 61 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Estágios da Sinterização 1 2 3 62 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Estágios da Sinterização 1 - ESTÁGIO INICIAL FormaFormaçção de contatos de sinterizaão de contatos de sinterizaçção Os contatos entre ão Os contatos entre partpartíículas formam culas formam ““pontespontes””, isto , isto éé, a mat, a matééria tornaria torna--se contse contíínua nua na região dosna região dos contatos. Neste estcontatos. Neste estáágio não ocorre grande gio não ocorre grande movimentamovimentaçção (nem retraão (nem retraçção) de partão) de partíículas.culas. Formação de "pontes" de continuidade de matéria 63 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Estágios da Sinterização 2 - ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO As partAs partíículas perdem gradativamente sua identidade. Neste estculas perdem gradativamente sua identidade. Neste estáágio, o gio, o sinterizado apresenta duas sinterizado apresenta duas ““fasesfases”” contcontíínuas: a do material (fases snuas: a do material (fases sóólida) e lida) e a a ““vaziavazia”” (rede interligada de poros). O tamanho de grão cresce, resultan(rede interligada de poros). O tamanho de grão cresce, resultando do em uma nova microestrutura. A maior parte da retraem uma nova microestrutura. A maior parte da retraçção ocorre neste ão ocorre neste estestáágio.gio. Lo L = Lo - ΔL Crescimento dos "necks" e retração. 64 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Estágios da Sinterização 3 - ESTÁGIO FINAL Ocorre o isolamento e o Ocorre o isolamento e o arredondamento dos poros arredondamento dos poros (densidade da ordem de 90 a 98% da (densidade da ordem de 90 a 98% da teteóórica). Se os poros contêm gases rica). Se os poros contêm gases não solnão solúúveis no metal base, não se veis no metal base, não se conseguirconseguiráá a densificaa densificaçção total. Se os ão total. Se os poros são vazios ou contporos são vazios ou contéém gases m gases solsolúúveis na matriz, pode haver veis na matriz, pode haver densificadensificaçção total.ão total. 65 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Estágios da Sinterização Liga Fe-7Ni-0,4P (C=0,05%) (Fonte: NOBREGA NETO, S.C., Tese Doutorado UFSC, 2001) Liga sinterizada a 700 ºC Fe Ni 66 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Estágios da Sinterização Liga Fe-7Ni-0,4P (C=0,05%) (Fonte: NOBREGA NETO, S.C., Tese Doutorado UFSC, 2001) 700 ºC 800 ºC 900 ºC 1000 ºC 1100 ºC 1250 ºC 67 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Forno de Sinterização 68 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Micrografias Típicas - SUPERFÍCIE Antes da sinterização Após a sinterização Fonte: AM Maliska, et al. Mat Sci Eng A v352 (2003) p273 Fe-puro compactado a 600 MPa e sinterizado a 1150 ºC 69 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó SINTERIZAÇÃO Micrografias Típicas- NÚCLEO Fonte: HC Pavanati, et al. Mat Sci Eng A v474 (2008) 15-23 Fe-puro compactado a 600 MPa e sinterizado a 1150 ºC 70 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó ETAPAS COMPLEMENTARES 71 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó ETAPAS COMPLEMENTARES Calibração Durante a sinterização as peças podem sofrer alteração dimensional fora do previsto. Para corrigir os defeitos, utiliza-se a calibração. A calibração é uma deformação plástica por aplicação de pressão realizada em moldes específicos a fim de atingir a tolerância dimensional requerida da peça. 72 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó ETAPAS COMPLEMENTARES Recompressão Uma nova compressão realizada na peça após a sinterização com a finalidade de reduzir a porosidade superficial e/ou aumentar a densidade final do produto resultando na melhoria das propriedades mecânicas da peça. 73 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó ETAPAS COMPLEMENTARES Tratamentos térmicos e/ou termoquímicos As peças sinterizadas podem receber tratamentos térmicos após a sinterização a fim de alterar suas propriedades mecânicas. Nos tratamentos termoquímicos, a porosidade desempenha um papel importante, pois os poros comunicantes permite a difusão de gases ou líquidos para o seu interior interferindo positivamente ou negativamente no resultado final. 74 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó ETAPAS COMPLEMENTARES Usinagem Assim como na fundição, muitas peças sinterizadas são submetidas a posterior usinagem para conseguir a configuração projetada que, muitas vezes, não é possível de se obter no processo. p. ex.: furos, roscas, rasgos, etc.. 75 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó ETAPAS COMPLEMENTARES Infiltração É um processo de fechamento dos poros (total ou parcial) de uma peça sinterizada com baixa ou média densidade (5,6 até 6,8 g/cm³ no caso dos aços) com um metal ou liga de ponto de fusão mais baixo. A infiltração do metal líquido ocorre por efeito de capilaridade, e tem o objetivo de melhorar as propriedades mecânicas, resistência à corrosão, promover a estanqueidade do produto e também como pré-tratamento para acabamento superficial, como cromagem, niquelação e galvanização. (PS neste caso somente os poros superficiais e os poros comunicantes são fechados) 76 Prof. Henrique Cezar PavanatiProf. Henrique Cezar Pavanati Metalurgia do PMetalurgia do Póó ETAPAS COMPLEMENTARES Impregnação Consiste em impregnar substâncias como óleos, graxas, impermeabilizantes para evitar corrosão ou oxidação. É realizada com banho quente, banho parcial (capilaridade) ou a vácuo.