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Aula Prática - Como usar o Microscópio

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ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA 
Disciplina: Biologia Celular 
AULA PRÁTICA I - Utilização do Microscópio de Luz 
 
Definição: O microscópio de luz é um instrumento que permite observar objetos de pequenas dimensões ou 
invisíveis a olho nu. Fornece uma imagem consideravelmente aumentada, geralmente invertida da esquerda para 
a direita, devido à associação de lentes. 
 
Componentes do Microscópio 
 
Componentes mecânicos 
Base ou Pé: o pé sustenta todo o conjunto do microscópio podendo ser triangular, redondo, oval ou de outra 
forma qualquer desde que seja amplo, sólido e pesado a fim de suportar essa sustentação. Braço ou Estativa: 
articula-se com o pé sustentando o tubo do microscópio onde se encontram as lentes. Platina: é uma mesa em 
miniatura, perpendicular ao grande eixo do microscópio, que sustenta a lâmina e tem um orifício no centro dando 
passagem para a luz. A lâmina é presa por meio de pinças ou garras e desloca-se por um mecanismo de 
deslizamento, provido de botões que se movimentam chamados Charriot. Na platina há também um sistema de 
escalas para a marcação de posições. Canhão ou Tubo: faz a comunicação entre as partes ópticas de resolução e 
ampliação, ou seja, entre a objetiva e a ocular. Revólver: peça giratória do tubo que proporciona a fixação e a 
troca de objetivas. Parafuso Macrométrico: permite movimentos mais grosseiros da platina em direção às 
objetivas ou vice-versa. Parafuso Micrométrico: Permite movimentos menores mais delicados da platina em 
direção às objetivas ou vice-versa, para focalização complementar. Localiza-se próximo ao parafuso 
micrométrico ou adaptado sobre ele. Em certos microscópios, só existe um parafuso em lugar do macro e do 
micrométrico. Parafuso condensador: também se situa na porção inferior da coluna, destinando-se a elevar e 
abaixar o condensador. 
 
Componentes Ópticos 
A parte óptica é composta por um conjunto de meios transparentes que conduzem o feixe luminoso usado na 
microscopia. As lentes são reunidas em dois sistemas: ocular e objetiva. 
Ocular: as oculares são formadas por sistemas de lentes cuja posição está sempre próxima ao olho do 
observador. Objetivas: as objetivas, situadas sempre próximas do objeto que é observado no microscópio, 
constituem-se em sistemas centrados de lentes convergentes que formam imagem real e invertida do objeto. Essa 
imagem é acompanhada pela ocular e tornada definitiva. Chamam-se objetivas a seco quando são empregadas 
usando-se ar entre a objetiva e o objeto examinado e chamam-se de imersão quando se coloca um óleo 
transparente, de índice de refração o mais próximo possível da lente, entre esta e o objeto. O óleo usado é óleo de 
cedro ou sucedâneo sintético com a finalidade de tornar mais claro o campo do microscópio, o que acontece 
quando o óleo homogeneíza o meio óptico entre esses dois elementos. Fonte Luminosa: pode ser distante, como 
a luz solar ou próxima como a luz de uma lâmpada. Os microscópios modernos, mais aperfeiçoados, possuem 
uma lâmpada embutida. Diafragma-íris: quando conveniente, pode-se limitar parte dos raios periféricos que 
chegam ao objeto. Para tanto, o microscópio dispõe de um diafragma-íris que permite diminuir a abertura de 
entrada do feixe luminoso. Condensador: é possível também aumentar a quantidade de luz que atravessa o 
objeto, tanto no caso de a luz ser fraca, como no caso em que o aumento da objetiva exige raios mais intensos. 
Neste caso usa-se um dispositivo auxiliar - o condensador - que condensa os raios luminosos. Filtros: os filtros 
são discos de vidro colorido ou recobertos com gelatina colorida que absorvem uma parte das radiações 
luminosas que atingem o objeto, permitindo utilizar faixas estreitas de comprimento de onda proporcional, para 
uma dada objetiva, ao comprimento de onda da luz empregada. O uso dos filtros pode favorecer grandemente a 
absorção aumentando o poder de resolução. Além do mais, usando filtros de cores complementares é possível 
aumentar o contraste entre estruturas de formas pouco diferenciáveis. 
 
Poder de Resolução e Limite de Resolução 
 
Definições: Poder de Resolução ou Poder Resolutivo de um sistema óptico refere-se à sua capacidade de formar 
imagens distintas (separadas) de dois pontos situados muito próximos um do outro, no objeto observado. Limite 
da Resolução refere-se à menor distância que deve existir entre os dois pontos mencionados, de modo que ainda 
apareçam individualizados na imagem formada pelo sistema óptico utilizado. O limite de resolução (LR) depende 
do comprimento da onda de luz utilizada () e da abertura numérica da objetiva (AN). O poder de resolução do 
aparelho depende essencialmente da objetiva, ou seja, de sua abertura numérica (A.N.) e do comprimento de 
onda da luz utilizada. Quanto maior for a abertura numérica e menor for o comprimento de onda de luz utilizada, 
maior é o poder de resolução da objetiva. A abertura numérica depende do índice de refração do material 
colocado diante da objetiva. [AN = n.sen]. 
 
 Portanto pode-se aplicar a fórmula matemática para o cálculo do LR de cada lente: 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
 
K é uma constante e vale 0,61 e  é igual a 0,55 para a luz branca. Portanto, o limite de resolução é o inverso do 
poder resolutivo, de modo que, quanto maior for o poder de resolução menor será o seu limite. 
 
Ampliação do microscópio 
O aumento total conferido microscópio é o produto do aumento conferido pela lente objetiva e pelo da lente 
ocular (objetiva x ocular). O olho humano desarmado tem um poder de resolução de aproximadamente 0,2 mm e 
o microscópio de luz em torno de 0,2 m. 
LR = K 
 AN 
 
Sequência de passos para se efetuar observações ao microscópio de luz 
Retirar a capa do microscópio 
Identificar as diferentes partes do microscópio. 
Limpar a lâmina a ser examinada 
Ajustar o Charriot de modo a centrar o orifício da platina 
Colocar a lâmina sobre a platina (com a lamínula voltada para cima) e sobre a lente frontal do condensador. 
Começar as observações, utilizando-se a objetiva de menor aumento (panorâmica). Identificar o sinal de que a 
objetiva está em posição correta. 
Olhar pela ocular, ao mesmo tempo em que se eleva lentamente a platina, girando-se o parafuso macrométrico, 
até que a preparação apareça focalizada. Os ajustes finais de focalização devem ser efetuados com o parafuso 
micrométrico. 
Se houver necessidade de efetuar observações com outras objetivas, girar o revólver e encaixar a objetiva 
adequada. Se a focalização não for automática, fazer uso do parafuso micrométrico. 
Deslocar a lâmina sobre a platina a fim de efetuar observações em toda sua extensão, utilizando-se do Charriot. 
Ao efetuar mudança de objetiva, certificar-se de que centralização da luz continua sendo mantida. 
Ao se desejar retirar a lâmina do microscópio, girar o revólver de modo a deixar em posição de observação a 
objetiva panorâmica. Abaixar a platina girando-se o parafuso macrométrico. 
Remover a lâmina com cuidado para que os dedos não toquem as lentes das objetivas e para que a lâmina não 
toque nas mesmas. 
 
Ao terminar: a) Não esqueça a lâmina na mesa; b) Desligar a luz e retirar o fio da tomada; c) Colocar a capa no 
microscópio; d) Limpar a mesa; e) Assinar a ficha de uso do microscópio. 
 
Como trabalhar com a objetiva de imersão (100X) 
a) Focar a preparação nitidamente, seguindo a escala de magnitude das objetivas em ordem crescente (sentido 
horário). 
b) Após o foco nítido com a objetiva imediatamente anterior à imersão, girar o revólver de modo a formar um V 
invertido entre as duas objetivas (40 e 100X). 
c) Colocar uma gota de óleo sobre a preparação, justamente no centro da lâmina, onde aparece o anel luminoso.
d) Encaixar a objetiva de imersão e focar a imagem com nitidez. 
 
Para Retirar a Objetiva: 
a) Girar o revólver no sentido horário, encaixando a objetiva panorâmica. 
b) Retirar o óleo da objetiva de imersão com um lenço de papel e também da preparação. 
 
4. Indicações para cuidados e manutenção preventiva. 
Início da Observação: 
a) Verifique se o microscópio está em perfeitas condições de uso, com relação à luz, objetivas, oculares, etc. 
b) Caso as oculares estejam empoeiradas ou com impressões digitais nas lentes, remova-as delicadamente com 
um pano macio ou com um lenço de papel. 
c) Limpe a platina com um pedaço de papel higiênico, caso ela esteja molhada ou empoeirada. 
 
Durante a Observação: 
a) Não molhe a platina, nem as objetivas. 
b) Tenha cuidado ao usar substâncias químicas corrosivas e/ou corantes, para não danificar o aparelho. 
c) Caso utilize imersão, proceda conforme item 3. 
 
Após a Observação: 
a) Verifique se a lâmpada está apagada. 
b) Caso tenha molhado a platina, enxugue-a muito bem. 
c) Não se esqueça de cobrir o microscópio. 
Nota: Não arraste nem empurre o microscópio. Ele está disposto sobre a bancada de maneira adequada à 
observação. Zele como se ele fosse seu. Um microscópio custa muito caro! 
 
a) Questões 
1. Indicar no esquema ao lado, as seguintes 
partes do microscópio: 
 
base ou pé 
Interruptor 
braço ou estativa 
platina 
 presilha ou pinça 
Charriot 
canhão ou tubo 
revólver 
parafusos macro e micrométricos 
condensador e parafuso do condensador 
oculares 
objetivas 
fonte de iluminação 
 
 
 
2. Como se distingue a objetiva utilizada para imersão em óleo das demais objetivas? Como se deve proceder 
para focalizar uma preparação com a objetiva de imersão em óleo? 
 
 
3. O que é poder de resolução? 
 
4. Colete os dados no microscópio e preencha devidamente a tabela. 
 
Objetiva AN da objetiva Aumento Final Limite de Resolução 
(m) 
4x 
10x 
40x 
100x 
Dados: K= 0,61;  da luz branca= 0,55 m (valor médio para a faixa visível) 
 
a) Que combinação de lentes fornece o maior aumento? 
b) Que combinação de lentes fornece uma imagem com mais detalhes? 
c) O que ocorreria com o nível de detalhamento da imagem se a ocular fosse de 20X? Justifique. 
 
5. Como se calcula o aumento final de um material observado ao microscópio? 
 
6. Descreva o trajeto da luz do microscópio, nomeando pela ordem, os objetos (parte óptica) que se encontram 
nesse trajeto durante a observação microscópica. 
 
7. Descreva o significado do que está escrito na armadura das objetivas, fazendo um esquema. 
 
b) Formação da Imagem no microscópio: 
 
Coloque uma gota de água sobre uma lâmina utilizando um conta gotas. Recorte uma letra pequena de um 
jornal e coloque-a na lâmina. Verifique a imagem formada pelo microscópio. Como você explica essa 
diferença? Passando para as objetivas seguintes, o que você pode dizer quanto, ao tamanho da imagem, ao 
tamanho do campo de visão e à textura do papel? 
Faça um esquema do que observou com cada uma das objetivas anotando sempre ao lado de cada esquema o 
aumento final de cada observação. 
 
 
 
 
 
c) Observação de estrias em escamas de asa de borboleta 
 
 - Coloque uma gota de água com detergente sobre a lâmina 
 - Umedeça a ponta do dedo indicador com essa mesma mistura, passe o dedo sobre um pedaço de asa de 
borboleta e transfira as escamas que se soltarem para a lâmina. 
 - Cubra com uma lamínula e observe ao microscópio. 
 - Tente perceber as estrias longitudinais e transversais utilizando as objetivas de 4, 10 e 40X. 
- Lembre-se de centralizar a(s) escama(s) observada(s) antes de cada mudança de objetiva. 
 
c.1) Esquematize as escamas, conforme são observadas em cada aumento. 
c.2) As estrias transversais são observadas a partir da utilização de qual objetiva? 
c.3) Calcule o limite de resolução para cada objetiva: 4X, 10X e 40X 
c.4) Baseando-se no cálculo da questão anterior, estime o intervalo para a distância entre as estrias transversais 
das asas de borboleta. 
 
d) Demonstração da profundidade de campo. 
Observação de espículas em grãos de pólen de Hibiscus sp. 
- Agite o frasco contendo a suspensão de grãos de pólen que se encontra sobre a sua bancada. 
- Tome uma gota de suspensão e coloque-a sobre uma lâmina. 
- Cubra com uma lamínula. 
- Observe ao microscópio. 
- Utilizando a objetiva de 4X, centralize um grão de pólen de cor amarelo-brilhante e observe-o com as 
objetivas de 10X e 40X. 
- Ao utilizar a objetiva de 40X, movimente lentamente o micrométrico, ora, para um lado, ora para o 
outro. 
 
d.1) Qual foi o resultado desse movimento? 
 Retorne à objetiva de 4X, e movimente ligeiramente o micrométrico, como na situação anterior. 
d.2) Qual é a diferença entre o resultado da movimentação do micrométrico com a objetiva de 40X e a de 4X? 
d.3) Porque ocorre essa diferença? 
- Retorne à objetiva de 40X. 
- Agora, feche, gradativamente, o diafragma. 
- Escolha a abertura do diafragma que lhe forneça a imagem mais nítida 
d.4) Porque uma menor abertura do diafragma resulta em maior profundidade de campo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome:_____________________________________________________Turma:_________ 
 
Título da aula: _____________________________________________________________ 
As observações deverão ser esquematizadas nesta folha: (Fazer quantas cópias forem necessárias) 
 
 
Material: ___________________________ 
Coloração: _________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aumento: _______________ 
 
 
 Material: ___________________________ 
 Coloração: _________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aumento: _______________ 
 
Material: ___________________________ 
Coloração: __________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aumento: ___________ 
 Material: ___________________________ 
 Coloração:__________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aumento: _______________

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