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Distúrbios do sistema nervoso AVE • O acidente vascular encefálico (AVE): • principal causa de incapacidade neurológica grave • problema de saúde pública: maiores causas de morte no mundo • Segundo a Organização Mundial da Saúde: • Problema local ou total da função cerebral de evolução rápida • Duração de mais de 24 horas (morte sem outra causa aparente, somente a de origem vascular). • Isquemia (80%- 85% dos casos)- interrupção do fluxo de sangue para regiões específicas do cérebro– prejuízos da função neurológica • Hemorragia (cerca de 15%-20% dos casos) AVE • Síndrome clinica de desenvolvimento súbito • Sintomas focais ou globais • Podem levar ao coma devido a alteração da função cerebral de origem vascular por período superior a 24 horas • A partir dos anos 90 foram adotadas as estratégias de considerar o AVE como uma emergência médica (semelhantemente ao infarto agudo do miocárdio) com o lema “tempo é cérebro” AVE • Localização e extensão do AVE apresentam relação direta com as manifestações clínicas e prognósticos Circulação cerebral • Dois sistemas vasculares principais: • sistema carotídeo • irrigação pelas artérias cerebrais anterior (3/4 anteriores dos hemisférios cerebrais) e média • artéria coroideana anterior • sistema vértebro-basilar • artéria cerebral posterior: vascularização do tronco cerebral, cerebelo, porção posterior dos hemisférios cerebrais Manifestações clínicas AVE • Dores de cabeça intensas • Vômitos e vertigens • Hemiplegia- paralisia de um dos lados do corpo • Hemianopsia- perda da percepção de metade do campo visual • Alterações na fala e na linguagem (afasias-perda da fala, disartrias (dificuldade de verbalizar as palavras) e fala escandida; apraxia (perda da habilidade de executar movimentos e gestos precisos) • Transtornos posturais e de marcha • distúrbio do sistema sensitivo e motor • Comprometimento isolado de nervos cranianos. • Complicações como aspiração pulmonar e pneumonia • Hemiparesia (paralisia de um lado do corpo) • Depressão, labilidade emocional e disfagia Sinais • Disfagia - dificuldade de deglutir pode ser considerada morbidade dependendo do tipo de lesão e da idade do paciente. • Tosse, pigarro, regurgitação nasal, emagrecimento, resíduos na cavidade oral e fala nasalizada são os sinais ou indícios mais comuns Primeiras 48 hs • Segundo os critérios da National Institute of Health Stroke Scale o paciente passa por uma avaliação: • nível de consciência, campo visual, paralisia facial, força motora, ataxia (incoordenação de movimentos), linguagem, disartria e atenção Epilepsia • Desordem neurológica (disfunção cerebral) causadas por alterações comportamentais súbitas (crises epiléticas) espontâneas e recorrentes • Afeta 2% a 3% da população mundial • Crises epiléticas: • Atividade elétrica anormal e paroxística (em crises) • Em uma área ou várias do córtex cerebral • Inúmeras causas estruturais ou neuroquímicas Epilepsia e crise epilética • Epilepsia • Disfunção cerebral que provoca crises recorrentes e espontâneas • Crise epilética • Pode ocorrer em pessoas sem epilepsia causadas por uma atividade elétrica anormal como resposta isolada do cérebro a uma lesão transitória ou perda da homeostase Epilepsia • As epilepsias parciais constituem a forma mais comum de epilepsia no adulto. • O tratamento apropriado é de fundamental importância e tem como objetivo prevenir a ocorrência de crises epilépticas proporcionando melhor qualidade de vida para o paciente. • O tratamento medicamentoso: • principal forma de terapia para os pacientes com epilepsia. • Apesar da disponibilidade das medicações e dos avanços nesta área: • 38% dos pacientes- tratamento inadequado • 20% - permanecem sem medicações Crises • As epilepsias parciais são caracterizadas por crises parciais simples e complexas. • Crises parciais simples: • paciente não perde a consciência • maioria das vezes é capaz de descrever os sintomas - importante pois a sua descrição pode permitir a identificação da região em que a crise se inicia (foco epileptogênico). • Crises parciais complexas: • o paciente perde a consciência • impossibilitado de descrever a manifestação clínica. sintomas. Doença de Parkinson • Distúrbio neurológico progressivo • Degeneração de neurônios da camada ventral da parte compacta da substância negra e do lócus ceruleus. • Há diminuição da produção de dopamina • Sintomas caracterizados principalmente por distúrbios motores. • Início insidioso e dificilmente identifica-se o momento exato das alterações Sinais e sintomas • Incapacidade motora: • tremor de repouso (sobretudo das mãos) • rigidez muscular do tipo plástica ou cérea • bradicinesias que se traduzem por alentecimento dos movimentos • dificuldade em iniciar movimentos voluntários • instabilidade postural por perda de reflexos posturais Doença de Alzheimer • Neurodegenerativa mais freqüente associada à idade • Manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas: • deficiência da memória recente, enquanto as lembranças remotas são preservadas até um certo estágio da doença • dificuldades de atenção e fluência verbal • incapacidade de fazer cálculos • Diminuição das habilidades vísuoespaciais • Diminuição da capacidade de usar objetos comuns e ferramentas • grau de vigília e a lucidez do paciente não são afetados até a doença estar muito avançada. Fisiopatologia • Maciça perda sináptica e morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas: • córtex cerebral • hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral • depósitos fibrilares amiloidais (paredes dos vasos sanguíneos), diferentes tipos de placas senis, acúmulo de filamentos anormais da proteína tau (formação de novelos neurofibrilares), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação Hipóteses • Hipótese da cascata amiloidal: • produção, agregação e deposição da substância β-amilóide (Aβ) e placas senis • Hipótese colinérgica: • degeneração dos neurônios colinérgicos , colina acetiltransferase e a acetilcolinesterase com a atividade reduzida no córtex cerebral
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