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Bioterismo: uso de animais em pesquisa experimental

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BIOTERISMO 
USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL
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INTRODUÇÃO
Reagentes Biológicos → Resultados Fidedignos
Evolução do conhecimento → Criação e Experimentação Animal
Animais de Laboratório → Avanço na Ciência e Tecnologia 
Anteriormente → Simples instrumentos de trabalho 
 (mal necessário)
Animais Definidos: 
Criados e produzidos sob condições ideais.
Mantidos em ambientes controlados.
 Acompanhamento microbiológico e genético.
 
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2. HISTÓRICO
Início da utilização de animais → Aristóteles, Galeno e Hipócrates
Séc. XVIII: Animais de laboratório
 Verdadeiras ferramentas de trabalho 
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 No Brasil (até a déc. 70): Situação Precária, principalmente por:
 Falta de pessoal treinado;
 Falta de controle de doenças;
 Desorganização no fornecimento de animais;
 Falta de informação dos pesquisadores;
 Falta de dietas bem formuladas e
 Falta de proteção legal dos animais.
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3. IMPORTÂNCIA
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 Prevenção, Tratamento e Cura de doenças. 
 Controle de produtos farmacêuticos.
 Produção e desenvolvimento de vacinas.
Bem-estar do homem
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Animais Silvestres
Animais Domésticos
Animais de Laboratório
 O emprego de várias espécies para fins exploratórios e experimentais, permitiu o estabelecimento de diferenças entre os animais , classificando-os em três grandes grupos, de acordo com vantagens e desvantagens de sua utilização
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4. TIPOS DE POPULAÇÕES DE ANIMAIS
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ANIMAIS SILVESTRES
Vantagens:
Avaliação da frequência de uma doença na natureza.
 Animais expostos ao ciclo natural da doença.
 Avaliação da patogenicidade de um agente no seu ambiente natural.
Desvantagens:
- Informações escassas sobre várias espécies.
Dificuldade de manutenção em laboratório.
- Portadores potenciais de agentes patogênicos.
- Comportamento agressivo.
- Risco de extinção da espécie.
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ANIMAIS DOMÉSTICOS
Vantagens:
- Vivem em ambiente semelhante ao do homem.
- Muitas informações sobre as espécies.
- Controle sobre o animal.
- Animais dóceis.
Desvantagens: 
- Difícil manutenção em virtude do alto custo.
- A utilização para outras finalidades inviabiliza o emprego em experimentação.
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ANIMAIS DE LABORATÓRIOS
ESPÉCIES UTILIZADAS
CÃES
GATOS
 PRIMATAS
 AVES
 RATOS
 CAMUNDONGOS
 COBAIAS
 INSETOS
ESPÉCIES CONVENCIONAIS
 RATOS
 CAMUNDONGOS
 HAMSTER
 COBAIAS
 COELHOS
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ESPÉCIES CONVENCIONAIS
(Modelos Ideais)
Vantagens:
- Fácil manutenção, manejo e observação.
Padronização do ambiente. 
Pequeno porte.
Docilidade.
Grande amostragem.
- Ciclo reprodutivo curto.
Fisiologia conhecida.
Padronização genética.
Desvantagens:
- Vivem em ambiente totalmente artificial.
- Dieta padronizada.
- As doenças são artificialmente induzidas na grande maioria dos experimentos. 
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5. BIOTÉRIO
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Conceito:
 Instalação dotada de características próprias, que atendam às exigências dos animais, proporcionando bem estar e saúde, para que possam responder satisfatoriamente aos testes neles realizados. 
Necessidades Básicas de um Biotério:
Instalações
2. Equipamentos, Materiais e Insumos
 2.1 - Equipamentos: - Autoclave
 - Isoladores
 - Forno de esterilização
 - Máquina de lavar roupas
 - Balança Eletrônica de precisão
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 2.2 - Materiais: - Gaiolas de plásticos (polipropileno/policarbonato)
 - Tampa de aço inox, na forma de grade
 - Frasco de plástico (policarbonato) → bebedouro
 - Rolhas de borracha → tampas dos bebedouros
 - Bicos de aço inox → tampas das rolhas
 - Estantes para a acomodação das gaiolas
 - Mesa para manuseio dos animais
 
 2.3 – Insumos: - Ração 
 - Água
 - Maravalha
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3. Modelo Animal
4. Rotinas e Procedimentos
5. Pessoal 
→ Requisitos de um bioterista: 
Saúde
Disciplina
Temperamento calmo
Responsabilidade
Respeito com o animal
Cuidado com o material
- Gostar do que faz
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Componentes Ambientais do Biotério:
 “ Tudo que circunda ou exerce efeito sobre o animal compõe seu ambiente.”
MICRO AMBIENTE
Cama
 Água
 Ração
 Odores
MACRO AMBIENTE
Instalações
 Equipamentos
 Temperatura
 Umidade relativa do ar
 Luminosidade
 Ventilação
 Ar
 Ruídos
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CAMA
Finalidade:
- Absorver água e urina
- Isolante térmico
- Construção dos ninhos
 Características de uma boa cama:
- Não ser oriunda de madeiras resinosas 
- Alto poder de absorção
- Isolante térmico
- Confortável
- Desprovido de cheiro
- Facilmente descartável, transportado, manuseado e estocado
Tipos:
 - Maravalha
 - Casca de arroz
 - Bagaço de cana-de-açúcar desidratado
 - Sabugo de milho triturado
Tratamento:
- Autoclavação (121°C/30min.)
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ÁGUA
Qualidade:
- Água potável para humanos
ODORES
Tratamento: 
- Esterilização e acidificação
→ Impedir a veiculação de substâncias nocivas que podem comprometer a qualidade sanitária dos animais
Oferta: 
- ad libitum (livre acesso)
Deve-se evitar odores indesejáveis: amônia e uréia
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Higienização adequada das gaiolas e ambiente
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RAÇÃO
Nutrição adequada: 
Ração ideal: Industrializada
 Verificar se é produzida com ingredientes de boa qualidade
 Empresa possui condições de fabricação que atendam as exigências nutricionais e microbiológicas
Condições de atingir seu potencial genético, de crescimento, reprodução, longevidade e resposta ao estímulo.
Ao escolher uma ração deve-se:
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TEMPERATURA
Faixa ideal: 21°C – 24°C
Controle: Termostato
Mudanças bruscas: stress com queda da resistência
↑TEMP: queda na reprodução
↓TEMP: problemas respiratórios
UMIDADE RELATIVA DO AR
Faixa ideal: 45% – 55%
Umidade alta: problemas respiratórios 
Ambiente seco: problemas respiratórios 
 ressecamento de pele e mucosas
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VENTILAÇÃO E AR
Sistema de ventilação adequado
Controlar a temperatura e a umidade
Diluir os possíveis poluentes químicos (resíduos de desinfetantes)
Evitar a concentração de gases residuais e deficiência de oxigênio
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Trocas regulares do ar
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LUMINOSIDADE
Fotoperíodo: (ciclo luz/escuro) → 12 horas
Afeta o comportamento e reprodução dos animais
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RUÍDOS
Produzem stress nos animais → Convulsões e até morte
Medidas preventivas para controle:
Separação física dos animais
Pisos forrados
Gaiolas plásticas
Carrinhos com rodas de borracha
Sapatos com solados de borracha 
Aceitável: até 85 decibéis
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6. PADRÃO SANITÁRIO DOS ANIMAIS
 Em função das barreiras sanitárias disponíveis podem ser classificados em quatro grupos.
1. Animais Convencionais:
Microbiota indefinida por serem mantidos em ambiente desprovido de barreiras sanitárias rigorosas.
2. Animais Gnotobióticos:
Microbiota definida e conhecida.
3. Animais Germfree (G.F.):
Animais totalmente livres de microbiota.
4. Animais Flora Definida (F.D.):
São animais G.F. que foram intencionalmente infectados com microorganismos específicos.
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7. CRIAÇÃO E MANEJO DE RATOS
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Taxonomia
 Classe: Mamalia
 Ordem: Rodentia
 Família: Muridae
 Gênero: Rattus
 Espécies: Rattus norvegicus (Rato Wistar)
 Rattus rattus (Rato Preto)
 Utilizadona maioria dos biotérios
Primeira espécie de mamífero domesticada para fins científicos
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Dados Fisiológicos
Ciclo estral: 4-5 dias
Período de gestação: 19-22 dias
N° de filhotes/parto: ~ 8
Aleitamento: ~ 21 dias
Puberdade: ~ 30 dias
Maturidade sexual: Macho → 70 dias (250-300g)
 Fêmea → 80 dias (150-200g)
Vida reprodutiva: até 9 meses de idade
Tempo de vida: 2 anos 
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 “O que o bem-estar animal precisa é de pessoas com conhecimento, com cabeça fria e coração quente, sensíveis ao sofrimento animal e procurando meios práticos de aliviá-los”. 
 “Da crueldade com os animais e a maldade com o homem só há uma diferença: a vítima”.
Charles Hume
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