Buscar

Aula 3 Repartição de Competências Ambientais

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Regulação Ambiental e Urbanística
Professora Mariana Mencio
Competências Federativas em Matéria Ambiental: Alguns aspectos da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal 6938/1981) e o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)
Competências Constitucionais em Matéria Ambiental: Estrutura do Estado Federalista Brasileiro
O Estado Federal nasce do vínculo de partes autônomas, de vontades parciais. Com essa associação de partes autônomas nascem simultaneamente uma entidade central, corporificadora do vínculo federativo, e diversas entidades representativas das vontades parcelares. Todas essas entidades são dotadas de autonomia e possuem o mesmo patamar hierárquico no bojo da Federação” (Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Júnior). 
ELEMENTO CHAVE: Autonomia dos entes federados, segundo as lições da professora Anna Cândida da Cunha Ferraz: “Quatro aspectos essenciais caracterizam-na: a capacidade de auto-organização, a capacidade de autogoverno, a capacidade de autolegislação e a capacidade de auto-administração. A inexistência de qualquer desses elementos é suficiente para desfigurar a unidade federada como tal”. (ditar) 
 
Federalismo: Elementos Essenciais
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS E ADMINISTRATIVAS DOS ENTES FEDERADOS
Princípio básico para a distribuição de competências federativas – Predominância de Interesse: 
União – Interesse Geral
Estados-Membros – Interesse Regional 
Municípios – Interesse Local
Distrito Federal – Interesse Regional + Local (Exceção do artigo 22, XVII- Compete à União, privativamente, organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes). 
 Autonomia dos Entes Federados = Repartição de Competências Federativas (Legislativas, Administrativas e Tributárias). 
Definição: De acordo com as lições de José Afonso da Silva(Curso de Direito Constitucional Positivo, p. 419) : “competência é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões. Competências são diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades estatais para realizar suas funções”. 
Espécies de Competência Ambiental: Administrativa 
Competência Administrativa: (medidas político administrativas. Não legislativas). 
Competência Privativa/Exclusiva; Enumerada- Horizontal. A União exerce exclusivamente as competências indicadas no artigo 21, com exclusão dos demais entes federados. 
Art. 21. Compete à União: XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; 
Competência Material Vertical: A CF atribuiu o trato da matéria a mais de um ente federado simultaneamente. 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
Qual o sentido de competência administrativa? Refere-se aos exercício do Poder de Polícia em matéria ambiental. De acordo com o professor Paulo Affonso Leme Machado (Direito Ambiental Brasileiro. 22 ed. São Paulo: Malheiros, 2014, p. 384), “o poder de polícia ambiental é a atividade da Administração Pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato em razão de interesse público concernente à saúde da população, 
Espécies de Competência Ambiental: Administrativa 
À conservação dos ecossistemas, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas ou de outras atividades dependentes de concessão, autorização/permissão ou licença do Poder Público de cujas atividades possam decorrer poluição ou agressão à natureza” .
Exemplos: Licenciamento Ambiental (atividade preventiva) e atividades repressivas (hipótese por parte da autoridade de notícia formal de ocorrência de uma infração às normas de direito ambiental, desencadeando procedimentos para tutela civil, administrativa e penal dos recursos ambientais agredidos ou colocados em risco. 
Exemplo de Infração Administrativa que apresenta mera potencialidade de dano aos recursos ambientais. 
Lei Federal 9605/1998). Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. § 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. 
Espécies de Competência Ambiental: Administrativa 
 Art. 70. § 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia. § 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.
Decreto Federal 6.514/2008. Subseção III- Das Infrações Relativas à Poluição e outras Infrações Ambientais. 
 Art. 66.  Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos, atividades, obras ou serviços utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, em desacordo com a licença obtida ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). 
 
Poder de Polícia Ambiental 
Espécies de Competência Ambiental: Legislativa 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
 Competência privativa Legislativa ≠ Exclusiva. José Afonso da Silva: É possível delegar a competência. Desta forma, quando se pretende atribuir competência própria a uma entidade ou órgão com possibilidade de delegação de tudo ou de parte, declara-se que compete privativamente a ele a matéria indicada. A exclusiva não é passível de delegação. 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Competências Ambientais Administrativas e Legislativas: Relações. 
Paulo de Bessa Antunes: O termo meio ambiente na Constituição comporta várias significações: art. 23: VI - proteger o meio
ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; art. 24: VI- florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; art. 22. IV- águas. De um lado, a CF dispõe sobre competência para legislar sobre água e de outro sobre meio ambiente, de formas distintas, embora sejam temas intimamente relacionados. Neste caso, afirma o autor (Paulo de Bessa Antunes. Direito Ambiental, p. 102): “ São temas intimamente correlacionados e cujo tratamento deve ser feito em conjunto, sob pena de esvaziamento das competências constitucionais e insegurança jurídica, com a consequente fragilização ambiental”. 
 Competências Constitucionais para tratar dos Recursos Hídricos: 
Art. 21 e 22- Competência da União para instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; 
LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997: Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. 
Competências Administrativas e Legislativas: Relações. 
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos: 
I - a água é um bem de domínio público; 
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; 
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; 
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; 
V - a bacia hidrográfica e a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; 
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. 
DOS INSTRUMENTOS
 Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos: 
I - os Planos de Recursos Hídricos; 
II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, 
III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; 
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos; 
V - a compensação a municípios; 
VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos. 
Titularidade dos Rios
Art. 20. São bens da União:
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
VI - o mar territorial;
 Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
Rios Municipais? São geridos pelos Estados. Código do Aricanduva. 
Competências Ambientais e Legislativas: Relações. 
Art. 23 e 24- Combate às formas de poluição hídrica: LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
DECRETO Nº 6.514, DE 22 DE JULHO DE 2008. Regulamenta a Lei Federal 
Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências.
 Subseção III- Das Infrações Relativas à Poluição e outras Infrações Ambientais 
Art. 61.  Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da biodiversidade: Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais). 
Art. 62.  Incorre nas mesmas multas do art. 61 quem:
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias pelo lançamento de substâncias, efluentes, carreamento de materiais ou uso indevido dos recursos naturais;
IX - lançar resíduos sólidos ou rejeitos em praias, no mar ou quaisquer recursos hídricos; (Incluído pelo Decreto nº 7.404, de 2010)
 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Administrativas
Características do Exercício de Competência Comum: São áreas de competências exercitáveis conjuntamente, em parceria, pelos integrantes da federação. Há necessidade de cooperação na execução das tarefas enunciadas na CF (Os entes atuam paralelamente em condições de igualdade). Mais de um ente federativo tem possibilidade de cuidar da mesma matéria simultaneamente. São cumulativas ou paralelas (admite-se que todos os entes exerçam indistintamente a competência que lhes foi simultaneamente atribuída). 
A competência é exercitável de pronto ou dependerá de norma complementar federal para que sejam exercitáveis? Divergência
 Regina Neri da Silveira: Dependem de Lei Complementar para sua implementação. Na realidade são normas programáticas de conteúdo administrativo, que dependerão de lei complementar nacional para fixar as condições de cooperação entre os entes federativos, visando ao equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Administrativas
Lucia Valle Figueiredo: São autoaplicáveis: “Não se nos afigura, pois que as competências são deveres. Nunca será demais repetir que exercem os entes políticos, enumerados nos artigos pré-mencionados, função. E função é “atividade de quem não é dono” (CIRNE LIMA), seu desempenho é obrigatório. Entendidas as normas constitucionais como dotadas de eficácia e, em várias das hipóteses, com ratificação expressa de outras normas constitucionais como são as veiculadas nos art. 216, inc V, art. 225, caput, §1º e §2º, verificamos que as pessoas enumeradas no art. 23 devem exercitar plenamente a competência constitucional, mesmo sem se configurar a cooperação, que se deverá dar, se editada fosse a lei complementar”. 
 Sem a edição das Leis Complementares, determina a Constituição Federal que o exercício do poder de polícia é exercido por todos os entes políticos. Diante desta atribuição, como saber, por exemplo, se é a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município o ente competente para aplicar uma multa por cometer infração ambiental ou para licenciar um determinado empreendimento? 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Administrativas
Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado, p. 461): Entendimento adotado pela LC 140/2011
O artigo 23, parágrafo único, O objetivo é claro: Como se trata de competência comum a todos, ou seja, concorrente no sentido de todos os entes federativos poderem atuar, o objetivo de referida lei complementar é evitar não só conflitos com a dispersão de recursos, procurando-se estabelecer mecanismos de otimização de esforços. E se ocorrer o conflito entre os entes federativos? Nesse caso, observam Mendes, Coelho e Branco que se o critério da colaboração não vingar, há de se cogitar do critério da preponderância de interesses. Mesmo não havendo hierarquia entre os entes que compõem a Federação, pode-se falar em hierarquia de interesses, em que os mais amplos (da União) devem preferir aos mais restritos (dos Estados). 
Finalidade do parágrafo único do art. 23: Compete à Lei Complementar, portanto, a fixação de bases políticas e as normas operacionais disciplinadoras da forma de execução dos serviços e atividades cometidos concorrentemente a todas as entidades. Por exemplo, dirão como as Administrações dos três entes deverão colaborar reciprocamente para que não corra dispersão de esforços. A Lei evitaria que fosse atribuído aos Municípios sem recursos técnicos e financeiros
suficientes o fornecimento à população de remédios ou tratamento médico cujo alto custo e alta complexidade estejam além da reserva do possível. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Administrativas
Exemplo: Área Ambiental – LEI COMPLEMENTAR Nº 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011
Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Como forma de viabilizar a cooperação entre os entes federados, quais foram os critérios adotados pela Lei Complementar?
Adoção do Princípio da Predominância de Interesse + Princípio da Subsidiariedade
O que significa princípio da predominância de interesse? (Marcelo Abelha Rodrigues. Direito Ambiental Esquematizado, p. 127): “A predominância do interesse pode ser identificada de modo simples quando recai sobre bem de titularidade de um dos entes políticos (por exemplo, licenciamento que afeta um parque estadual; ou, por expressa dicção legal, como quando uma integração a ser sancionada ocorre em terra indígena, ou no mar territorial, que são de competência da União). Porém, torna-se tarefa árdua, em razão do caráter difuso do bem ambiental , quando para identificar o interesse é necessário mensurar o alcance dos impactos diretos da atividade a ser tutelada”. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Administrativas
Critério adotado pela Lei Complementar: Art. 13.  Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. 
§ 1o  Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental. (Art. 2o  Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se: III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas nesta Lei Complementar). 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Administrativas
Predominância: Art. 7o  São ações administrativas da União: X - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional; XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;
Princípio da Subsidiariedade: (Direito do Ambiente, Édis Milaré, p. 210): “Todas as atribuições administrativas materiais devem ser exercidas, de modo preferencial, pela esfera mais próxima ou diretamente vinculada ao objeto de controle ou da ação de polícia. Ou, em outras palavras , nada será exercido por um poder de nível superior, desde que possa ser cumprido pelo inferior”. Critério adotado pela Lei – Em regra o órgão com atribuições para o licenciamento também será competente para a fiscalização e aplicação de penalidades administrativas em matéria ambiental. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Administrativas
Art. 17.  Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. 
§ 2o  Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. 
§ 3o  O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Legislativas
Competência Legislativa da União: Privativa (artigo 22 da CF): Apesar da competência ser privativa da União, outros entes federativos poderiam dispor? Sim, nos termos do artigo 22, parágrafo único, que permite à União, por meio de lei complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias previstas no referido artigo 22. A doutrina do professor Pedro Lenza estende esta possibilidade ao Distrito Federal, por força do artigo 32, §1◦ da CF. (Pelo fato de serem atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios). 
Exemplo de competência privativa: A CF previu no artigo 22, XI que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte, proibindo-se, via de conseqüência, aos Estados-membros, a possibilidade de editar normas peculiares a essa mesma matéria, por não se encontrar tal hipótese contemplada no rol exaustivo das competências comuns (art 23, CF) e concorrentes (artigo 24). Neste caso os diplomas normativos estaduais não poderão obrigar os veículos de transporte coletivo de passageiros a instalar cinto de segurança. Da mesma forma, não poderão autorizar a condução de veículos automotores de passeio por maiores de 16 e menores de 18 anos. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Legislativas
Como deverá ser exercitada a delegação da competência da União para os Estados? Lei Complementar. 
 Somente poderá ser delegado um ponto específico dentro de uma das matérias descritas nos incisos do artigo 22 da CF, pois a delegação não se reveste de generalidade, mas de particularização de questões específicas do elenco das matérias incluídas na privatividade legislativa da União. Deste modo, nunca se poderá delegar toda a matéria existente em um dos citados incisos. E por fim, a delegação não poderá ser desigual em número, profundidade ou complexidade para atender a diversidade entre os Estados, em face do tratamento igualitário que deverá ser conferido aos entes federados. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Legislativas
Como deverá ser exercitada a delegação da competência da União para os Estados? Lei Complementar. 
 Somente poderá ser delegado um ponto específico dentro de uma das matérias descritas nos incisos do artigo 22 da CF, pois a delegação não se reveste de generalidade, mas de particularização de questões específicas do elenco das matérias incluídas na privatividade legislativa da União. Deste modo, nunca se poderá delegar toda a matéria existente em um dos citados incisos. E por fim, a delegação não poderá ser desigual em número, profundidade ou complexidade para atender a diversidade entre os Estados, em face do tratamento igualitário que deverá ser conferido aos entes federados. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Legislativas
Concorrente: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna,
conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino e desporto; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Sistema Constitucional de repartição de competências: Legislativas
Em relação às matérias arroladas no artigo 24, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Em caso de inércia da União, inexistindo lei federal elaborada pela União sobre norma geral, os Estados e o Distrito Federal (artigo 24, caput, c/c artigo 32, § 1º) poderão suplementar a União e legislar sobre norma geral, a norma geral que o Estado (ou Distrito Federal) havia elaborado terá a sua eficácia suspensa , no ponto em que for contrária à nova lei federal sobre norma geral. Caso não seja conflitante, passam a conviver, a norma geral federal e a estadual (ou distrital). 
≠ Trata-se de suspensão da eficácia e não revogação: Isto porque caso a norma geral federal que suspendeu a eficácia da norma geral estadual seja revogada por outra norma geral federal, que, por seu turno, não contrarie a norma geral feita pelo Estado, esta última voltará a produzir efeitos, uma vez que a norma geral estadual apenas teve sua eficácia suspensa. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Legislativas
O que são normas gerais? São normas principiológicas editadas pela União, que traçam diretrizes gerais para situações jurídicas fundamentais da mesma espécie, passíveis de pormenorização pelos Estados membros e Municípios ou pela própria União em situações concretas (na omissão dos Estados e Municípios). Nas lições de Adilson Abreu Dallari: Não é norma geral aquela que corresponde a uma especificação/detalhamento. Portanto, norma geral é aquela que cuida de determinada matéria de maneira ampla. Norma geral e aquela que comporta uma aplicação uniforme pela União, Estado e Municípios; norma geral é aquela que não é completa em si mesma, mas exige uma complementação. Existem, portanto, para a identificação do que seja norma geral, algumas pistas, alguns indicadores”. Norma Geral é aplicável em termos nacionais, indistintamente para todos os entes federativos, não é dirigida apenas à União Federal. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Legislativas
Normas Gerais: diretrizes, bases, principiológia. 
Ex: Lei 6766/1979: Art. 4º - Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: II - os lotes terão área mínima de 125 m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando a legislação estadual ou municipal determinar maiores exigências, ou quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes;
Lei da Política Nacional do Meio Ambiente Lei 6938/1981. 
Suplementar dos Estados: artigo 24, §1◦ a §4◦ que por sua vez subdivide-se em dois tipos: a) competência suplementar complementar e b) competência suplementar supletiva.
Sistema Constitucional de repartição de competências: Legislativas
Suplementar: No caso, em caso de inércia legislativa da União, os Estados poderão suplementá-la, regulamentando as regras gerais sobre o assunto, sendo que, na superveniência de lei federal sobre norma geral, a aludida norma estadual geral (suplementar) terá a sua eficácia suspensa, no que for contrária à lei federal sobre normas gerais editada posteriormente. Diante desta descrição, duas situações de suplementação poderão surgir: a) competência suplementar complementar: na hipótese de já existir lei federal sobre a matéria, cabendo aos Estados e ao Distrito Federal (na competência estadual) simplesmente completá-las; e b) competência suplementar supletiva: inexiste lei federal, passando os Estados e o Distrito Federal (competência estadual), temporariamente, a ter a competência plena sobre a matéria.
Competência Suplementar (artigo 30, II da CF): “O artigo 30, II, da CF preceitua caber ao município suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, o que não ocorria na Constituição anterior, podendo o município suprir as omissões e lacunas da legislação federal e estadual, embora não podendo contraditá-las, inclusive nas matérias previstas do artigo 24 da CF de 1988. Assim, a Constituição Federal prevê a chamada competência suplementar dos municípios, consistente na autorização de regulamentar as normas legislativas federais ou estaduais, para ajustar sua execução a peculiaridades locais, sempre em concordância com aquelas e desde que presente o requisito primordial de fixação de competência desse ente federativo: interesse local”. (no que couber artigo 24, c/c peculiaridades locais – interesse local – predominante).
Sistema Constitucional de repartição de competências: Questões polêmicas 
Caso Concreto para debate em termos da utilização do Amianto: Trata-se de material utilizado em produtos como tubulações, telhas, caixas d´água, mangueiras, papéis e papelões. 
A Lei Federal 9055/95 (regulamentada pelo Decreto 2350/1997) admite o uso de forma limitada, à variedade da substância crisotila. No entanto, leis estaduais e municipais foram editadas proibindo a utilização do amianto em qualquer hipótese. Em um primeiro momento a Lei Estadual 2210/2001 do Mato Grosso do Sul, por exemplo, foi considerada inconstitucional à luz do artigo 24, por ter proibido o uso completamente, violando o sentido de norma geral. Neste caso, a lei estadual deveria respeitar o parâmetro mínimo de uso restrito e exercer apenas a competência suplementar complementar. 
No entanto, o STF de 2008 para cá mudou seu entendimento. Na ADIN 3937 de 4/6/2008 a Lei paulista 12684/2007 foi considerada constitucional apesar de proibir completamente o amianto. Quais foram os argumentos? 1) Convenção 162 da OIT assinada pelo Brasil que recomenda como tratado internacional a não pulverização do amianto, desestimulando o seu uso. Esta norma prevalecerá sobre a lei federal; 2) Ponderação entre valores e princípios constitucionais. O amianto traz riscos a saúde, inclusive de contrair câncer. Assim, ainda que exista uma lei federal admitindo seu uso controlado, a lei do Estado de SP é mais protetiva e assegura, em uma ponderação de interesses, o princípio da ponderação e a prevalência do direito à saúde. 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Questões polêmicas 
Recente Decisão: 29/11/2017- STF reafirma inconstitucionalidade de dispositivo que permitia extração de amianto crisotila
 Por maioria de votos, o Plenário do STF reafirmou a declaração de inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei federal 9.055/1995 que permitia a extração, industrialização, comercialização e a distribuição do uso do amianto na variedade crisotila no país. A inconstitucionalidade do dispositivo já havia sido incidentalmente declarada no julgamento da ADI 3937- SP (24.8.2017), mas na sessão desta quarta-feira (29) os ministros deram efeito vinculante e erga omnes (para todos) à decisão.
A decisão ocorreu no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 3406 e 3470, ambas propostas pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores da Indústria (CNTI) contra a Lei 3.579/2001, do Estado do Rio de Janeiro, que dispõe sobre a substituição progressiva dos produtos contendo a variedade asbesto (amianto branco/crisotilia). Segundo a CNTI, a lei ofenderia os princípios da livre iniciativa e invadiria a competência privativa da União.
A relatora Ministra Rosa Weber das ADIs 3406 e 3470 ao votar pela improcedência das ações, observou que a lei estadual não viola a competência da União para definir normas gerais sobre comércio, consumo e meio ambiente. Segundo ela, a opção de editar normas específicas, mais restritivas que a lei federal, foi uma escolha legítima do legislador estadual, no âmbito de sua competência concorrente suplementar. A ministra explicou que não é possível a norma estadual confrontar a diretriz geral federal, mas não há impedimento em adotar uma postura mais cautelosa.
 
Sistema Constitucional de repartição de competências: Questões polêmicas 
Para a relatora, a lei fluminense se pauta pelo princípio da precaução, demonstrando a preocupação do legislador com o meio ambiente e a saúde humana e não cria uma regulamentação paralela à federal, apenas regula aspectos relacionados à produção e consumo do amianto. Ela destacou que a lei estadual não afeta diretamente relações comerciais e de consumo e incide apenas nos limites territoriais do estado, não representando relaxamento das condições mínimas de segurança exigidas na legislação federal para a extração, comercialização e transporte do amianto e dos produtos que o contenham.
A ministra considera que lei federal e a lei do RJ orientam-se na mesma direção, mas a lei estadual resolveu avançar onde a federal parou. “Ao impor nível de proteção mínima, a ser observada em todos os estados da federação, a lei federal não pode ser apontada como um obstáculo à maximização dessa proteção”, afirmou a ministra.
Seguiram a relatora os ministros Edson Fachin, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Celso de Mello e a presidente, ministra Cármen Lúcia. O ministro Dias Toffoli acompanhou o entendimento na ADI 3470, estando impedido na votação da ADI 3406.
Divergência: O ministro Alexandre de Moraes votou pela procedência parcial das ADIs, por considerar que os artigos 2º e 3º da lei fluminense, que proíbem a extração e utilização do amianto no estado, não estão de acordo com a CF. O ministro Marco Aurélio julgou ambas as ações totalmente procedentes. 
Polêmica: A questão da aplicação da norma mais restritiva 
O que seria mais restritivo? Em tese privilegia proteção ao meio ambiente, através da criação de padrões mais rígidos para evitar degradação ambiental. 
Em relação ao exercício da competência concorrente, explica Marcelo Abelha Rodrigues (Direito Ambiental Esquematizado, p. 124) que é possível sustentar que os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderiam, no âmbito de sua competência suplementar, ir além da legislação federal, desde que seja para adotar medidas mais protetivas ao meio ambiente. 
≠ Paulo de Bessa Antunes (Direito Ambiental, p. 114): Discorda do entendimento anterior. Não é um critério adotado pela Constituição Federal, ou seja, pouco importa que uma lei ambiental seja mais restritiva, beneficiando o meio ambiente, se a Constituição federal não atribui este critério no rol de competências do art. 24. 
Ex: Lei Federal 7661/1988- Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro. Art. 5º. O PNGC será elaborado e executado observando normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, estabelecidos pelo CONAMA, que contemplem, entre outros, os seguintes aspectos: urbanização; ocupação e uso do solo, do subsolo e das águas; parcelamento e remembramento do solo; sistema viário e de transporte; sistema de produção, transmissão e distribuição de energia; habitação e saneamento básico; turismo, recreação e lazer; patrimônio natural, histórico, étnico, cultural e paisagístico.
§ 2º Normas e diretrizes sobre o uso do solo, do subsolo e das águas, bem como limitações à utilização de imóveis, poderão ser estabelecidas nos Planos de Gerenciamento Costeiro, Nacional, Estadual e Municipal, prevalecendo sempre as disposições de natureza mais restritiva.
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA): Lei Federal 6938/1981
Decorre do art. 24§1° da CF. Introduziu um conjunto de princípios, valores e objetivos que devem disciplinar a tutela do meio ambiente. 
Pioneira, foi influenciada pela Conferência de Estocolmo de 1972- adotado o princípio do desenvolvimento sustentável.
Anterior à CF/88. Hoje deve ser compatibilizado com outros diplomas infraconstitucionais ambientais.
Estrutura Legislativa: * Princípios destinados à formulação da Política Nacional do Meio Ambiente; * Fins e Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente; * Instrumentos para implementação e operacionalização da Política Nacional do Meio Ambiente. 
 PRINCÍPIOS DA PNMA: Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)
Fonte: www.mma.gov.br. Foi instituído pela Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990, sendo constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, e tem a seguinte estrutura: (Art. 6°)
Órgão Superior: O Conselho de Governo: É órgão integrante da Presidência da República e é encarregado do assessoramento imediato ao Presidente da República. 
Órgão Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA
Órgão Central: O Ministério do Meio Ambiente - MMA
Órgão Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA/ Instituto Chico Mendes. 
Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental;
Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)
A atuação do SISNAMA se dará mediante articulação coordenada dos Órgãos e entidades que o constituem, observado o acesso da opinião pública às informações relativas as agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental, na forma estabelecida pelo CONAMA.
Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a regionalização das medidas emanadas do SISNAMA, elaborando normas e padrões supletivos e complementares.
Os Órgãos Seccionais prestarão informações sobre os seus planos de ação e programas em execução, consubstanciadas em relatórios anuais, que serão consolidados pelo Ministério do Meio Ambiente, em um relatório anual sobre a situação do meio ambiente no País, a ser publicado e submetido à consideração do CONAMA, em sua segunda reunião do ano subsequente.
Aplicação das Competências Constitucionais Administrativas. 
 
ORGANOGRAMA SISNAMA
CONAMA (fonte: www.mma.gov.br)
Foi criado pelo art. 6°, II da Lei 6938/1981 com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo diretrizes e políticas governamentais para o meio
ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis como o meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
Trata-se de órgão colegiado consultivo e deliberativo, dotado de poder regulamentar. 
COMPOSIÇÃO: PLENÁRIO
CIPAM (Cômite de Integração de Políticas Ambientais)
Grupos Assessores 
Câmara Temática e Grupos de Trabalho (Ex: Assuntos Jurídicos, Biodiversidade, Gestão Territorial, Unidades de Conservação e outros) .
PRESIDÊNCIA DO CONAMA: MINISTRO DO MEIO AMBIENTE 
SECRETARIA EXECUTIVA DO CONAMA: Secretário Executivo do MMA. 
CONAMA: COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO
Colegiado representativo de cinco setores, a saber: órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade civil. 
COMPOSIÇÃO PLENÁRIO(exemplo):
Órgão Federal: o Ministro de Estado do Meio Ambiente, que o presidirá; o Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente, que será o seu Secretário-Executivo; um representante do IBAMA; um representante da Agência Nacional de Águas-ANA;
Órgão Estadual: 1 representante de cada um dos Governos Estaduais e do Distrito Federal, indicados pelos respectivos governadores;
Órgão Municipal: 8 representantes dos Governos Municipais que possuam órgão ambiental estruturado e Conselho de Meio Ambiente com caráter deliberativo, sendo:um representante de cada região geográfica do País;
um representante da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente-ANAMMA;
Sociedade Civil: 22 representantes de entidades de trabalhadores e da sociedade civil
um representante de entidade ambientalista de âmbito nacional; m representante de trabalhadores da área rural, indicado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura-CONTAG; um representante da comunidade indígena indicado pelo Conselho de Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil-CAPOIB;
Representantes dos Ministérios Públicos Federais e Estaduais. 
Competências do CONAMA: Síntese
Estabelecer, mediante proposta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, dos demais órgãos integrantes do SISNAMA e de Conselheiros do CONAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e Municípios e supervisionado pelo referido Instituto;
Determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem como às entidades privadas, informações, notadamente as indispensáveis à apreciação de Estudos Prévios de Impacto Ambiental e respectivos Relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, em especial nas áreas consideradas patrimônio nacional;
decidir, por meio da Câmara Especial Recursal - CER, em última instância administrativa, em grau de recurso, sobre as multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA;
determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição causada por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos;
Competências do CONAMA: Síntese
acompanhar a implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC conforme disposto no inciso I do art. 6 o da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000;
deliberar, sob a forma de resoluções, proposições, recomendações e moções, visando o cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente.
São atos do CONAMA:
Resoluções, quando se tratar de deliberação vinculada a diretrizes e normas técnicas, critérios e padrões relativos à proteção ambiental e ao uso sustentável dos recursos ambientais;
Moções, quando se tratar de manifestação, de qualquer natureza, relacionada com a temática ambiental;
Recomendações, quando se tratar de manifestação acerca da implementação de políticas, programas públicos e normas com repercussão na área ambiental, inclusive sobre os termos de parceria de que trata a Lei no 9.790, de 23 de março de 1999;
Proposições, quando se tratar de matéria ambiental a ser encaminhada ao Conselho de Governo ou às Comissões do Senado Federal e da Câmara dos Deputados;
Decisões, quando se tratar de multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA, em última instância administrativa e grau de recurso, por meio de deliberação da Câmara Especial Recursal - CER.
Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), criado em novembro de 1992, tem como missão promover a adoção de princípios e estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, o uso sustentável dos recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a inserção do desenvolvimento sustentável na formulação e na implementação de políticas públicas, de forma transversal e compartilhada, participativa e democrática, em todos os níveis e instâncias de governo e sociedade.
A Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos ministérios, constituiu como área de competência do Ministério do Meio Ambiente os seguintes assuntos:
I - política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos;
II - política de preservação, conservação e utilização sustentável de ecossistemas, e biodiversidade e florestas;
III - proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais para a melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais;
IV - políticas para a integração do meio ambiente e produção;
V - políticas e programas ambientais para a Amazônia Legal; e 
VI - zoneamento ecológico-econômico.
ORGANOGRAMA DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 
Entidades da Administração Indireta Federal: IBAMA
Autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, conforme Art. 2º da Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989.
Atribuições: Tem como principais atribuições exercer o poder de polícia ambiental; executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental; e executar as ações supletivas de competência da União de conformidade com a legislação ambiental vigente.” Cabe ao Ibama propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental; o zoneamento e a avaliação de impactos ambientais; o licenciamento ambiental, nas atribuições federais; a implementação do Cadastro Técnico Federal; a fiscalização ambiental e a aplicação de penalidades administrativas; a geração e disseminação de informações relativas ao meio ambiente; o monitoramento ambiental, principalmente no que diz respeito à prevenção e controle de desmatamentos, queimadas e incêndios florestais; o apoio às emergências ambientais; a execução de programas de educação ambiental; a elaboração do sistema de informação e o estabelecimento de critérios para a gestão do uso dos recursos faunísticos, pesqueiros e florestais; dentre outros.
Entidades da Administração Indireta Federal:ICMBIO 
Fonte: www. http://www.icmbio.gov.br/
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade é uma autarquia em regime especial. Criado dia 28 de agosto de 2007, pela Lei 11.516, o ICMBio é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
Cabe
ao Instituto executar as ações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, podendo propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as UCs instituídas pela União.
Cabe a ele ainda fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das Unidades de Conservação federais.
Órgãos Estaduais: São Paulo
Administração Direta: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o CONSEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente)
Atribuições da Secretaria do Meio Ambiente: Em 2008, a SMA teve a sua estrutura reorganizada, conforme decreto estadual. Desde então, além de coordenar a formulação, aprovação, execução, avaliação e atualização da Política Estadual de Meio Ambiente, a secretaria também ficou responsável por analisar e acompanhar as políticas públicas setoriais que tenham impacto ao meio ambiente, bem como articular e coordenar os planos e ações relacionados à área ambiental. Dessa maneira, as questões ambientais deixaram de integrar apenas a pasta de Meio Ambiente, para estarem presentes em diferentes órgãos e esferas públicas do Estado de São Paulo, que trabalham de maneira integrada com a SMA.
A secretaria também é responsável por executar as atividades relacionadas ao licenciamento e à fiscalização ambiental, além de promover ações de educação ambiental, normatização, controle, regularização, proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais. Para isto, departamentos, coordenadorias e Fundações atuam vinculadas à SMA para exercer as atividades competentes à pasta.
Órgãos Estaduais: São Paulo
 Atribuições do CONSEMA - São amplas. Vão da avaliação e acompanhamento da política ambiental, no que se refere à preservação, conservação, recuperação e defesa do meio ambiente, passando pelo estabelecimento de normas e padrões ambientais, até a convocação e condução de audiências públicas e, sob determinadas circunstâncias, a apreciação de EIAs/RIMAs-Estudos e Relatórios de Impacto sobre o Meio Ambiente. À luz do Art. 193 da Constituição do Estado, foram revistas pela Lei 13.507/2009, que transformou o Conselho em órgão consultivo, normativo e recursal, integrante do SEAQUA-Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental. Na verdade, o CONSEMA é um fórum democrático de discussão dos problemas ambientais e instância catalisadora de demandas e de proposição de medidas que aprimoram a gestão ambiental do Estado. É, neste sentido, um espaço de encontro do governo com os segmentos organizados da sociedade.
 Administração Indireta: CETESB- Lei 13542/2009. Artigo 1º - A CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, constituída nos termos da Lei nº 118, de 29 de junho de 1973, passa a denominar-se CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Artigo 2º - Os dispositivos adiante enumerados da Lei nº 118, de 29 de junho de 1973, passam a vigorar com a seguinte redação: I - o artigo 2º: “Artigo 2º - A CETESB, na qualidade de órgão delegado do Governo do Estado de São Paulo no campo do controle da poluição, de órgão executor do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais - SEAQUA, e de órgão do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SIGRH
CETESB: Administração Indireta
Em 7.08.2009, entrou em vigor a Lei 13.542, sancionada pelo Governo do Estado, em 08 de maio, que criou a "Nova CETESB". A agência ambiental paulista ganha uma nova denominação e novas atribuições, principalmente no processo de licenciamento ambiental no Estado. A sigla CETESB permanece e a empresa passa a denominar-se oficialmente Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. 
As mudanças são substanciais. Para o cidadão ou o empreendedor haverá apenas uma única porta de entrada para os pedidos de licenciamento ambiental, que eram expedidas por quatro departamentos do sistema estadual de meio ambiente: o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais - DEPRN, o Departamento de Uso do Solo Metropolitano - DUSM, o Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental - DAIA e a própria CETESB. 
A unificação e a centralização do licenciamento na estrutura da CETESB torna mais ágil a expedição do documento, reduzindo tempo e barateando os custos. A nova CETESB atende uma antiga reivindicação do setor produtivo e do próprio sistema ambiental. 
Além de manter a função de órgão fiscalizador e licenciador de atividades consideradas potencialmente poluidoras, a nova CETESB passa a licenciar atividades que impliquem no corte de vegetação e intervenções em áreas consideradas de preservação permanente e ambientalmente protegida.
Organograma da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo e Entidades Vinculadas. (www.ambiente.sp.gov.br)
Órgãos Municipais: Secretaria do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo 
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) foi criada em 1993 (Lei n. 11426/93). Desde então vem passando por reorganizações para dar conta das questões ambientais da cidade de São Paulo, sendo que a última aconteceu em 2009 (Lei n. 14887/09).
Compete à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente :
- planejar, ordenar e coordenar as atividades de defesa do meio ambiente no Município de São Paulo, definindo critérios para conter a degradação e a poluição ambiental;
- manter relações e contatos visando à cooperação técnico-científica com órgãos e entidades ligados ao meio ambiente, do Governo Federal, dos Estados e dos Municípios brasileiros, bem como com órgãos e entidades internacionais;
- estabelecer com os órgãos federal e estadual do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA critérios visando à otimização da ação de defesa do meio ambiente no Município de São Paulo.
  Organograma: 
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente é formada por: I - Gabinete do Secretário; II - Departamento de Controle da Qualidade Ambiental - DECONT; III - Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ; IV - Departamento de Parques e Áreas Verdes - DEPAVE; V - Departamento de Planejamento Ambiental - DEPLAN; VI - Departamento de Gestão Descentralizada - DGD; VII - Departamento de Administração e Finanças - DAF; VIII - Departamento de Participação e Fomento a Políticas Públicas - DPP. 
São também vinculados à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente:  a) o Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CADES; b) o Conselho do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CONFEMA ; c) o Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - FEMA. 
Ao Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, é vinculado o Conselho Consultivo da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz e , no âmbito de cada Subprefeitura do Município de São Paulo, o Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz.
Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br
Referências Bibliográficas
Milaré, Édis. Direito do Ambiente. São Paulo: Editora RT, 2014. 
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Direito Ambiental Esquematizado. São Paulo: Editora Saraiva, 2013.
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. São Paulo: Editora Atlas, 2013. 
QUESTÕES
Análise da Lei n° 5026/2010 do Município de Americana sobre as sacolas plásticas. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 729.731 SÃO PAULO
RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI
RECTE.(S) :PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE
AMERICANA; ADV.(A/S) :RAUL LEME BRISOLLA JUNIOR E OUTRO(A/S)
RECTE.(S) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO; PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO; RECTE.(S) :MUNICÍPIO DE AMERICANA
ADV.(A/S) :ANA FLÁVIA IFANGER AMBIEL DE CASTRO E
OUTRO(A/S); RECDO.(A/S) :OS MESMOS
RECDO.(A/S) :SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MATERIAL
PLÁSTICO DE SÃO PAULO – SINDIPLAST; ADV.(A/S) :JORGE LUIZ BATISTA KAIMOTI PINTO E
OUTRO(A/S) Trata-se
de recursos extraordinários, amparados na alínea “a” do permissivo constitucional, interpostos, respectivamente, pelo Presidente da Câmara Municipal de Americana, pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado e pelo Município de Americana contra acórdão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, que julgou procedente representação de inconstitucionalidade ajuizada contra a Lei Municipal nº 5.026/2010. O julgado restou assim ementado:
QUESTÕES
“Ação direta de inconstitucionalidade - Lei Municipal n°5.026/10 (que ‘Dispõe sobre a proibição do uso de sacolas plásticas à base de polietileno ou de derivados de petróleo, e dá outras providências’ - fls. 65) - Reconhecimento da ocorrência de vício de inconstitucionalidade formal (devido à invasão da esfera de competência concorrente da União, dos Estados membros e do Distrito Federal para dispor sobre normas relativas à proteção do meio ambiente e ao controle da poluição, e, também, por derivar, o ato normativo objurgado, de projeto de lei de iniciativa parlamentar) e material (em virtude de ofensa ao pacto federativo e ao princípio da repartição constitucional de competências e da separação dos poderes, bem assim porque a espécie legislativa impugnada prevê a criação de despesa pública sem a indicação específica da fonte de custeio correspondente) - Violação ao disposto nos artigos 1º,5º, 24, § 2º, nº 4, 25, caput, 47, caput, incisos II e XIV, e 144, todos da Constituição Estadual - Precedentes deste Colendo Órgão Especial - Ação procedente”. (fls. 556/557)
 1) Identifique os argumentos de direito ambiental favoráveis à declaração de inconstitucionalidade da Lei do Município de Americana (Lei n° 5026/2010) que dispõe sobre a proibição do uso de sacolas plásticas à base de polietileno ou de derivados de petróleo). 
2) Identifique os argumentos contrários à declaração de inconstitucionalidade da referida Lei Municipal.
QUESTÕES
Com base na análise do Acórdão da Apelação em Ação Ordinária, responda: 
 Voto nº 6749- 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente
Apelação nº 0001235-27.2013.8.26.0590
Apelante: All América Latina Logística Malha Paulista S.A.
Apelado: Município de São Vicente
Juiz prolator: Fabio Francisco Taborda
 RECURSO DE APELAÇÃO EM AÇÃO ORDINÁRIA. MEIO AMBIENTE. MULTA. OMPETÊNCIA. MUNICIPALIDADE.FISCALIZAR E AUTUAR. DANO AMBIENTAL. VAZAMENTO DE ÓLEO HIDRÁULICO. TOMBAMENTO DE VAGÕES CARREGADOS COM MILHO. CONTAMINAÇÃO DO SOLO. O ente federativo detém competência constitucional concorrente para fiscalizar atividades lesivas ao meio ambiente, bem como lavrar auto de infração, quando for o caso. Inteligência do artigo 17 da Lei Complementar 140/2001. Dano ambiental causado por
atividade não licenciada. Tratando-se de competência concorrente, plenamente válida a multa, se o órgão licenciador não autuar pelo dano ambiental. Sentença mantida. Aplicação do art. 252 do Regimento Interno deste E. Tribunal de Justiça.
Recurso desprovido
2.1) Qual o tipo de competência ambiental foi exercida pelo Município? Explique
2.2) O município exerceu sua competência ambiental de forma legal? Explique.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando