Buscar

Relatório Embriologia Gastrulação versão final

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Relatório da Prática de Gastrulação
Professora: Helena Araújo
Alunos:
Humberto Martins (114062455)
Jéssica Faria (114080770) 
Lucas Giovane (114097523)
Nayara Esmaile (114033202)
		 
Introdução:
 Xenupus laevis é uma espécie de sapo originários da África Subsaariana muito utilizada para estudar a biologia do desenvolvimento de vertebrados. O tamanho de seu embrião, 1 mm, é um grande atrativo para ser usado como modelo de estudo. Ele sofre clivagens holoblásticas radiais assimétricas e é divido em dois polos: o animal e o vegetal. As clivagens ocorrem mais rapidamente no polo animal, ao passo que no vegetal, onde se encontra a maior parte do vitelo, elas são mais lentas. Seu processo de gastrulação é iniciado pelo movimento de invaginação das células, numa área chamada de blastóporo, que se encontra na junção do polo animal com o polo vegetal.
Objetivo:
O Objetivo da aula prática consiste, em uma primeira etapa, na identificação dos estágios evolutivos naturais do embrião do sapo Xenupus laevis. Na segunda etapa do experimento será observada a má formação do embrião, devido a alguma alteração nos mecanismos de regulação do seu desenvolvimento.
Metodologia: 
Primeira etapa: A partir de ovos fixados com diferentes estágios de desenvolvimento dados pelos monitores, e uma tabela que determinava tais estágios, tivemos que fazer uma comparação e descobrir os estágios dos ovos fixados olhando-os através da lupa. 
Tabelas: 
 Tabela 1: Estágios de desenvolvimento
 
Tabela 2: Tabela simplificada do desenvolvimento de Xenopus laevis.
Segunda etapa: A partir de dois embriões com deformidades fixados, e tabelas comparativas, conseguimos analisar e identificar os estágios. Tabela 3: Índice de deficiência axial (DAI)
Tabelas:
 
Tabela 4
Resultados:Figura 1: St. 3-4
 
Na primeira parte dos resultados podemos indicar, na observação do primeiro ovo que ele está na sua segunda clivagem ainda (St. 3-4), ficando bem destacado os polos vegetal e animal, sendo o vegetal o mais claro e rico em vitelo.
No segundo estágio observado (St. 6,5) já é possível contar uma maior quantidade de células, mas ainda não confere o estágio de blastula para o embrião, sendo considerado apenas uma mórula, a agregação de muitos blastômeros. 
Figura 2: St. 6,5 Polo Vegetal
Figura 2: St. 6,5 Polo Animal
 	 
No terceiro e quarto estágios observados (St. 7-9) é possível já considerar esses ovos como blástula, mas ainda não como um zigoto sofrendo gastrulação, pois o blastoporo ainda não está aparente e é possível notar apenas um bolo de células. Figura 3: St. 7-9
Figura 4: St. 7-9
 
Durante a observação do estágio seguinte (St. 12,5) podemos notar que o bolo de células, já sem a observação da diferença entre os pólos vegetal e animal, está sofrendo uma espécie de dobramento, que nada mais é que a formação do tubo neural primitivo ainda, atenção que nesta fase é possível acreditar-se que o zigoto estaria sofrendo a primeira clivagem, porém, na verdade é possível notar que já não há mais a diferença entre polo vegetativo e animal. Figura 5: St. 12,5
O último estágio observado, são os estágios de embrião já do X. laevis ( St. 25 e algum St. após o 42), onde é possível notar o surgimento de ocelos primitivos do embrião, e a forma alongada lembrando um girino. 
Figura 7: St. após o 42
Figura 6: St. 25
 
Na nossa observação com os embriões mal formados, nós identificamos a má formação presente nos embriões 8 e 9 da tabela. O embrião 8 caracteriza-se pela ausência do eixo definindo o seu plano corpóreo e não existiu em nenhum momento o desenvolvimento da parte posterior do seu corpo, ele possui dois ocelos e um vestígio de uma boca ainda, porém não se assemelha a um pequeno embrião com aspecto de girino. 
Figura 8: A seta indica o embrião 8
O embrião 9 também não possui o eixo corporeo, e nem o desenvolvimento aparente da parte posterior do corpo, porém, nota-se a formação de muitos olhos e cada vez mais a definição de antero-posterior do corpo é perdida, formando uma espécie de corpo sem forma definida se distanciando ainda mais da morfologia de um embrião normal. Nota-se portanto a ausência da formação da cauda do embrião e também a definição morfológica padrão de um embrião normal, a boca está presente, ainda que mal formada, no embrião 8, mas não no 9, e os olhos do 9 formam grandes manchas e extensas, indicando que ele teria mais que apenas dois olhos, como observado no 8. Ambos lembram uma massa sem definição aparente, porém, é possível diferenciar que o embrião 9 vem perdendo a forma da cabeça ficando ainda mais indefinido que o 8.
 Figura 9: A seta indica o embrião 9
Discussões e Conclusões:
Na etapa 1, Podemos ver o embrião de Xenopus em diversas etapas. É importante perceber uma coloração marrom em parte do embrião. Essa coloração parcial se deve à concentração assimétrica de vitelo no ovo. Isso o divide em dois polos: o animal (marrom) e o vegetal(cinza). Essa pigmentação é essencial para a definição dos destinos celulares de cada parte do embrião. No polo animal, por exemplo, é onde se formam as células neurais e da epiderme, enquanto que as do polo vegetal formam a endoderme. Além disso, as clivagens ocorrem de forma assimétrica nos dois polos. Isso acontece por que elas se realizam mais rapidamente no polo animal do que no vegetal, devido a diferença de vitelo nos dois polos. As clivagens demoram 5 horas.
Na etapa 2, os embriões que foram cultivados em LiCl2 sofreram má formação, um tendo múltiplos olhos e outro com dois centros nervosos. Ou seja, ambos tiveram as regiões antero-dorsais modificadas. Isso se deve ao fato de o Lítio inibir a expressão de GSK-3, permitindo que a β-catenina se espalhe por todo o embrião.
 A β-catenina é um fator de transcrição que ativa genes responsáveis por estruturas dorsais e anteriores. Normalmente, esse fator é expresso no blastóporo, e sua expressão é regulada pela via de Wnt.
 Com a β-catenina espalhada pelo embrião, outros centros de destino antero-dorsal podem surgir. Isso depende da concentração de LiCl2 em que o embrião foi exposto, assim como o tempo e o estágio em que foi exposto.
 
Bibliografia:
http://www.ufrgs.br/livrodeembrio/ppts/4.%20desenvcomparado.pdf
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp068889.pdf
Gilbert developmental Biology 7th edition
Xenopus laevis: Practical Uses in Cell and Molecular Biology, Volume 36 – Brian K. Kay, H. Benjamin Peng.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais