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Memoriais vara do júri (1)

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juíz de Direito da Vara do Júri da Comarca de XXX.
Autos n° xxxxxxxxxxx .
Fátima, estudante de enfermagem ,vinte anos de idade, portadora do RG sob 
o n° XXXXXX – XXX , residente e domiciliada na Rua. XX, n ° Y , Centro – São 
Paulo – S.P., CEP – XXXX – XX, por seu advogado que esta subscreve (DOC-1),
vem presente Vossa Excelência ,através da analogia ao artigo 403 , parágrafo
3° , do Código de Processo Penal, apresentar :
 MEMORIAIS
I – Síntese Processual 
Leila de quatorze anos de idade, inconformada com o fato de ter engravidado
de seu namorado , Joel , de vinte e oito anos de idade , resolveu procurar sua 
amiga , Fátima ,para que esta lhe provocasse um aborto.
Assim, utilizando de conhecimentos na área da saúde , Fátima indicou
a ingestão de um remédio para úlcera.
Após alguns dias , na véspera de ano entre 2007/2008 , Leila abortou e disse ao 
namorado que havia menstruado , alegando que não estivera de fato grávida.
Desconfiado, Joel vasculhou as gavetas de um armário, na casa de Leila e encon-
trou, além de um envelope com o resultado positivo do exame de gravidez de Leila , 
o frasco de remédio para úlcera embrulhado em um papel com um bilhete escrito
por Fátima a Leila , no qual ela prescrevia as doses do remédio.
Munido do resultado do exame e do bilhete escrito por Fátima , Joel narrou o 
fato a autoridade policial , razão pela qual Fátima foi indiciada por aborto.
Tanto na Delegacia quanto em juízo , Fátima negou a prática do aborto , tendo 
confirmado que fornecera o remédio a Leila , acreditando que a amiga sofria
de úlcera.
Leila foi encaminhada para perícia no Instituto Médico Legal de São Paulo , onde se
confirmou a existência de resquícios de saco gestacional , compatível com gravidez ,
 mas sem elementos suficientes para a confirmação de aborto espontâneo ou
 provocado.
Leila não foi ouvida durante o inquérito policial, pois , após o exame mudou-se
Para Brasília e , apesar dos esforços das autoridades policiais , não foi locali-
Zada.
Em 30/01/2013 , Fátima foi denunciada pela prática de aborto . Regularmente
processada a Ação Penal, o Juiz , no momento dos debates orais da audiência 
de instrução , permitiu , com a anuência das partes , a manifestação por es-
crito , no prazo sucessivo de cinco dias.
A acusação sustentou a comprovação da autoria , tanto pelo depoimento de
Joel na fase policial e ratificação em juízo, quanto pela confirmação da ré,
de que teria fornecido remédio abortivo . Sustentou ainda , a materialidade de fato,
por meio do exame de laboratório e da conclusão da perícia ,pela existência da 
gravidez.
A defesa teria vista dos autos em 12/07/2013 e o prazo que foi estabelecido
pelo Juiz é 19/07/2013.
II – Preliminares 
É caso de prescrição da pretensão punitiva, visto que a data do fato
e sua real ocorrência é dezembro de 2007 e até a denúncia, que foi em
Janeiro de 2013 . Portanto passaram-se mais de quatro anos. 
E, como para o crime de aborto , previsto no artigo 126 do Código Penal, é 
prevista pena de um a quatro anos, o crime prescreverá em oito anos.
Entretanto, tratando-se de pessoa menor de vinte e um anos, a prescrição
corre pela metade, ou seja , o crime estaria prescrito , vide artigos 109 , IV ,
115 e 126 do Código Penal.
Foram violados, o Príncipio Constitucional da Ampla Defesa , do 
Devido Processo Legal e também o Princípio da Justiça.
III – Mérito 
È visível e eficaz a impronúncia , por falta de comprovação da materialidade,
pois o laudo pericial é inconclusivo e Fátima negou que soubesse da gravidez de Leila.
Inexiste indícios suficientes de autoria , pela ausência de declarações da menor 
e total ausência da comprovação do dolo . Já que a ré afirma, que não sabia da
 gravidez da amiga e forneceu-lhe remédio , com objetivo de curar úlcera.
IV – Dos Pedidos 
O reconhecimento da preliminar e extinção da punibilidade.
E, a impronúncia nos termos do artigo 414 do Código de Processo Penal.
Possível também, a absolvição sumária, com fulcro no artigo 145 do Código de
Processo Penal em observância inclusive, ao Princípio da Ampla Defesa.
Nestes termos em que , pede-se deferimento.
São Paulo , 19/07/2013.
_____________________
Nome do Adv.
____________________
N° da OAB

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