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MÓDULO C PAPER CPC 25

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MÓDULO C – PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS CONTINGENTES
PAPER CPC 25 – PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES
O pronunciamento técnico CPC 25 tem por objetivo principal definir as bases que serão aplicadas aos itens de provisões, passivos e ativos contingentes, para que os usuários das informações possam encontrar com maior facilidade e entender a natureza das operações, e também seus valores. Estes conceitos não se aplicam a entidades que apresentem itens que já estejam cobertos por outro pronunciamento, e também não se aplica a instrumentos financeiros, que são tratados em especifico no CPC 48. Ainda em relação as exceções, os itens contratos de execução, tributos sobre o lucro, benefícios e empregados, arrendamentos mercantis, contratos de seguros e combinações de negócios não se enquadram a este pronunciamento, tendo seus itens especificados em outros CPC’s.
Este define como conceitual que provisão seja um passivo de valor e vencimento incertos, que ativo contingente seja um possível ativo que surge de eventos passados e que será confirmado a partir de eventos futuros incertos e que não estão sob o controle da empresa; que passivo contingente seja uma obrigação possível que surge de eventos passados e que será confirmada pela ocorrência de eventos futuros incertos e que também não estão sob o controle da empresa; que obrigação legal seja uma obrigação que deriva de um contrato, da legislação ou de outros dispositivos legais; e que reestruturação se define como um programa planejado e controlado pela empresa que muda significativamente os seus negócios ou a sua gestão. Portanto, todas as provisões são considerados passivos contingentes em razão de sua incerteza quanto ao vencimento e valor. A expressão passivo contingente geralmente é utilizada para aqueles passivos que não satisfaçam os critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.
RECONHECIMENTO
Para o correto reconhecimento de uma provisão, as entidades devem observar se a companhia possui uma obrigação presente como resultado de eventos passados, ou seja provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos será necessária para liquidar a obrigação, ou ainda algo que possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Os critérios devem ser observados de forma concomitante. Caso os mesmos não sejam satisfeitos, nenhuma provisão deverá ser reconhecida.
Para o reconhecimento de um ativo contingente, é necessário que a realização da receita seja praticamente certa, esgotando-se todas as possibilidades de recursos. Se confirmada a entrada de benefícios econômicos, os ativos contingentes deverão ser divulgados nas notas explicativas como tais. Porém, os ativos contingentes não devem ser reconhecidos, devido ao CPC 25 entender que, no princípio da prudência e do conservadorismo, não serão contabilizados expectativas de ganhos futuros que dependem de eventos que irão transcorrer.
No que tange á passivo contingente, o pronunciamento diz que as entidades não devem reconhecê-los. O processo de reconhecimento e reporte dos mesmos deverá observar preliminarmente a natureza da obrigação: se provável de realizar, possível ou remota de realização. Os passivos contingentes podem demonstrar-se de maneira não inicialmente esperada. Por isso, são periodicamente avaliados para determinar se uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos se tornou provável. Se for provável que uma saída de benefícios econômicos futuros serão exigidos para um item previamente tratado como passivo contingente, a provisão deve ser reconhecida nas demonstrações contábeis do período no qual passar de ser provável para possível e/ou remoto.
MENSURAÇÃO
A respeito de mensuração, o pronunciamento diz que a entidade devem avaliar alguns pontos como a melhor estimativa, risco e incerteza, valor presente e alienação esperada de um ativo. 
O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço. A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço. 
Os riscos e incertezas que inevitavelmente existem em torno de muitos eventos e circunstâncias devem ser sempre levados em consideração para se alcançar a melhor estimativa da provisão a ser lançada. Riscos podem descrever diversas possibilidades de eventos. Geralmente, uma avaliação nova do risco pode fazer crescer o valor mensurado de um passivo, por exemplo. Mas, a iminente presença de incertezas, não permitem que sejam feitas valorizações exacerbadas ou desvalorizações na mensuração das provisões. Os valores devem ser sempre os mais coerentes e próximos da realidade. 
Em casos que o efeito do valor do dinheiro no tempo é material (visível/mensurável), o valor da provisão deve ser o valor presente dos desembolsos que são esperados e que sejam exigidos para liquidar esta obrigação. Em virtude do dinheiro possuir valor no tempo, as provisões relacionadas com saídas de caixa (desembolsos) que surgem após a data do balanço serão mais onerosas do que aquelas em que as saídas de caixa de mesmo valor surgem mais tarde. Em função disso, as provisões são descontadas, quando o efeito é material. Esta taxa de desconto deve ser a taxa antes dos impostos que seja coerente as atuais avaliações de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos oferecidos para o passivo. A taxa de desconto não pode refletir riscos aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas.
Ganhos da alienação esperada de ativos não devem ser levados em consideração ao mensurar a provisão. Os ganhos na alienação esperada de ativos não devem ser levados em consideração ao mensurar a provisão, mesmo se a alienação esperada estiver intimamente ligada ao evento que dá origem à provisão. Em vez disso, a entidade deve reconhecer ganhos nas alienações esperadas de ativos no momento determinado pelo pronunciamento técnico que trata dos respectivos ativos. 
REEMBOLSO
Quando se espera que algum ou todos os desembolsos necessários para liquidar uma provisão sejam reembolsados por outra parte, o reembolso deve ser reconhecido quando, e somente quando, for praticamente certo que o reembolso será recebido se a entidade liquidar a obrigação. O reembolso deve ser tratado como ativo separado. O valor reconhecido para o reembolso não deve ultrapassar o valor da provisão.
MUDANÇAS NAS PROVISÕES
Provisões devem ser sempre reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para demonstrar a melhor estimativa corrente naquela data. Caso já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos (desembolsos) que signifiquem benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, esta provisão deverá se reverter. Se for utilizado o desconto a valor presente, o valor contábil da provisão aumentará a cada período para refletir a passagem do tempo. Esse aumento deve ser reconhecido nas demonstrações como despesa financeira.
DIVULGAÇÃO
Para cada classe de provisão, a entidade deve divulgar o valor contábil no início e no fim do período; provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; valores utilizados (ou seja, incorridos e baixados contra a provisão) durante o período; valores não utilizados revertidos durante o período; e o aumento durante o período no valor descontado a valor presente proveniente da passagem do tempo e o efeito de qualquer mudança na taxa de desconto. 
Além de todos estes itens, a entidade também deve divulgar a qual natureza da referida obrigação e também o cronograma previsto destas saídas de benefícios econômicos previstos; também uma indicação sobre incertezas sobre o valor, ou um cronograma dessas saídas; e qual o valor dos reembolsos esperados, declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido reconhecido por conta deste reembolso.
Ainda sobre a divulgação,torna-se importante que a entidade evite dar indicaçõesindevidas da probabilidade de surgimento de ganhos, quando se tratar de ativos contingentes, devido respeito ao principio da prudência.
CONCLUSÃO
Fica claro para qualquer conhecedor, estudante ou profissional da área contábil, a necessidade de esclarecimentos e padronização nas mais diversas demonstrações contábeis. E assim se comportam nos itens de provisões, ativos e passivos contigentes, pois geralmente são recursos provisionados com objetivo de cobrir eventuais necessidades. Devem ser sempre mensurados respeitando o principio da prudência, que consiste em atribuir os menores valores para os componentes provenientes do Ativo, e os maiores valores aos componentes provindos do Passivo, com objetivo de não ser surpreendido. Podemos dizer então que, além de respeitar tais diretrizes, as entidades devem prezar pela organização e padrão na divulgação das demonstrações, facilitando assim o entendimento dos usuários externos.