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Simulado (1) IED

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Simulado 1ª Prova IED I 
 
1- Diferencie os conceitos de sanção e coação. 
 
2- Como é possível harmonizar os princípios da continuidade jurisprudencial e 
da adaptibilidade do direito? 
 
3- Explique a natureza dos estudos das seguintes disciplinas jurídicas: Direito 
Administrativo, Direito Processual e Direito Civil. 
 
4- Diferencie os conceitos jurídico e político de soberania do Estado. 
 
5- Disserte sobre as diferenças entre os campos do direito e da moral. 
 
6- “A arbitrariedade é um princípio próprio do Estado de Direito”. É correta a 
afirmativa acima? Fundamente a sua resposta. 
 
7- Discuta o confronto entre os conceitos de segurança jurídica e de justiça. 
 
8- Existe sanção moral? Fundamente. 
 
9- Discuta os fins e os fundamentos do Direito. 
Gabarito Simulado 1ª prova de IED 2 
 
1- A sanção é medida punitiva em razão da violação de uma norma, 
podendo ser entendida também como estímulo à sua efetividade e 
sendo aplicada quando o poder coercitivo não é suficiente para impedir 
determinado ato do indivíduo. 
A coação, por sua vez, é o emprego efetivo da força pelo Estado, 
utilizada em última instância, quando a coerção não funcionou e a 
sanção também não foi obedecida. Quando um sujeito não cumpre a 
norma naturalmente, pelo efeito psicológico da coerção, o Estado 
ordena que ele obedeça à sanção estabelecida, como punição pelo 
desrespeito à regra legal. Caso não cumpra a sanção, ele sofrerá então 
a coação estatal, ou seja, aquela será aplicada forçosamente, pelo ente 
competente para tal função. A coação é a execução compulsória da 
sanção, quando o indivíduo não a cumpre, após ter desrespeitado a 
norma legal. 
 
Expl.: Primeiro, é importante lembrar que a coação é prerrogativa 
estatal, não se estendendo aos particulares. Isso configuraria exercício 
arbitrário das próprias razões e não é previsto em nosso ordenamento 
(ainda bem!). 
 
Em segundo lugar, apesar de a questão não ter pedido, vale registrar o 
conceito de coerção, que, diferentemente da coação, é uma força que se 
observa no campo psicológico, levando alguém a cumprir determinada 
regra, a ter uma certa conduta, somente devido à pressão “abstrata” que 
o sujeito emissor da norma impõe. O Estado utiliza a coerção quando diz 
que um dispositivo de lei deve ser respeitado, acarretando uma sanção 
no caso de não cumprimento. O indivíduo segue a norma estatal para 
que não lhe seja aplicada a sanção preestabelecida no ordenamento 
jurídico, ou seja, ele se porta de acordo com a lei por “medo” de ser 
punido. Se não houvesse a sanção, ele poderia descumprir a regra, pois 
não teria prejuízos, já que o Estado não o puniria pela prática do ato 
infringente. Ex: art. 424 CC. 
João celebra um contrato com Miguel. Caso tenha havido evidente 
coação por uma das partes para conseguir o consentimento da outra, 
então o contrato é anulável, já que proibida pelo Código Civil. Mas 
vamos aqui considerar que o trato foi realizado legalmente. Durante um 
período, ambos os contraentes agem corretamente com o que foi 
estabelecido, notando-se, neste momento, a presença 
da coerção (pressão psicológica), pois eles não quebram o pacto para 
que não sejam punidos posteriormente. É uma ação que busca evitar a 
sanção. 
Após certo tempo, João deixa de cumprir uma de suas obrigações 
contratuais (um pagamento de uma contraprestação, por exemplo), 
levando Miguel a várias tentativas de acordo para solucionar o 
empecilho. Como frustrados os esforços movidos por Miguel, este 
resolve então buscar a solução na Justiça, obtendo, ao final do 
processo, uma sentença ao seu interesse, que ordena a João o 
pagamento da dívida e também de uma multa (sanção), fixada em um 
valor X. O condenado resolve continuar na inadimplência, 
desrespeitando, agora, também a sanção decretada pelo juiz. O Estado, 
para fazer valer sua decisão, usa então a coação, executando a 
sentença determinada judicialmente, ou seja, efetuando o pagamento de 
João a Miguel, e também da multa. Para isso utiliza algumas medidas, 
como por exemplo, a penhora dos bens do devedor. Há assim a 
quitação da dívida por meio da força do Estado, a coação estatal. 
 
2- À princípio eles parecem antagônicos, posto que a continuidade 
jurisprudencial determina que a interpretação do Direito nos tribunais 
sobre determinada matéria seja semelhante, e a adaptibilidade do 
Direito preconiza que deve haver uma evolução gradual das instituições 
jurídicas com o objetivo de adequar-se à realidade temporal. Para 
harmonizá-los é necessário que haja um equilíbrio entre as suas 
diretrizes nos tribunais, objetivando garantir a segurança jurídica e tendo 
em vista o conceito de estabilidade relativa do Direito, que permite que 
um entendimento ou até mesmo uma lei se modifique a partir de 
mudanças verificadas na sociedade. 
 
3- Os dois primeiros são ramos do Direito Público, caracterizado pela 
relação jurídica de subordinação ao Estado - segundo Teoria mais aceita 
atualmente -, e o segundo de Direito Privado, que engloba as relações 
jurídicas de coordenação, na qual o vínculo se dá entre particulares num 
mesmo plano de igualdade. Dito isto, vejamos: 
Direito Administrativo: É o conjunto de princípios e normas jurídicas que 
presidem o funcionamento da atividade estatal, a organização e o 
funcionamentos dos serviços públicos e as relações da administração 
com os indivíduos. Tem como premissa e mote o conceito de serviço 
público. 
Direito Processual: É o ramo do Direito que reúne os princípios e normas 
que dispõem sobre a jurisdição, que é o exercício da função típica do 
poder judiciário. Tem por premissa a aplicação do direito nos casos 
concretos, regendo-o através do processo (que nada mais é que o 
conjunto de atos judiciais necessários à declaração de tais direitos). 
Direito Civil: é um ramo que trata do conjunto de normas reguladoras 
dos direitos e obrigações de ordem privada concernente às pessoas, aos 
seus direitos e obrigações, aos bens e às suas relações, enquanto 
membros da sociedade. 
Obs: Vale ressaltar que o Estado pode participar de uma relação jurídica 
de coordenação, bastando que não esteja investido de seu poder 
soberano. Nos contratos de compra e venda, por exemplo. 
 
4- O conceito político de soberania foi o que primeiro surgiu, entendido 
como a qualidade máxima de poder social por meio da qual as normas e 
decisões elaboradas pelo Estado prevalecem na organização da vida 
comunitária. No plano externo, ela significa a independência do Estado em 
relação aos demais; a inexistência do nexo de subordinação à vontade de 
outros organismos estatais. Ou seja, é a autoridade suprema do poder 
público e como a alteza ou excelência não superada em qualquer ordem 
imaterial, sendo exercida por intermédio dos seus órgãos. 
No século XIX, começou a surgir o conceito jurídico da soberania, que é 
o que diz respeito ao não pertencimento da mesma a nenhuma autoridade 
particular, mas ao Estado enquanto pessoa jurídica. A noção jurídica de 
soberania orienta as relações entre Estados e enfatiza a necessidade de 
legitimação do poder político pela lei. 
 
Explicação: De início, vale lembrar que Estado é um complexo político, 
social e jurídico, dotado de poder autônomo, que envolve a 
administração de toda uma sociedade estabelecida em caráter 
permanente num território. Tá, e quais são seus elementos? Primeiro a 
população, que é o centro da vida do Estado e de seus órgãos conexos, 
que tem por fim controlá-la e protegê-la. Ela pode se caracterizar como 
povo ou nação, sendo a primeira os habitantes de um território sob o 
ponto de vista jurídico, subordinadosàs mesmas leis, mas que podem 
ter cultura, etnia e nacionalidades distintas. Já a nação, é uma 
sociedade formada por indivíduos que se identificam por elementos em 
comum. O povo se forma pela simples reunião de indivíduos que 
habitam a mesma região e se subordinam à soberania do Estado, a 
nação corresponde a uma coletividade de indivíduos irmanados pelo 
sentimento de amor à pátria. 
Em segundo lugar temos o território, que é a base geográfica do poder 
do Estado, sendo impenetrável e indivisível. 
Por terceiro temos a soberania, que é o poder de determinação do 
Estado, expressando a livre determinação interna de seus negócios. Daí 
já podemos começar a responder a questão... 
 
....Vale lembrar que a soberania é una e indivisível, de modo que não 
pode haver dois Estados no mesmo território; é própria e não delegada, 
pertence por direito próprio ao Rei; é irrevogável, de acordo com o 
princípio de estabilidade política - o povo não têm direito de retirar do 
seu soberano o poder político que este possui por direito próprio; é 
suprema na ordem interna, pois não admite outro poder com quem 
tenha de partilhar a autoridade do Estado; é independente na ordem 
internacional, pois o Estado não depende de nenhum poder 
supranacional e só se considera vinculado pelas normas de direito 
internacional resultantes de tratados livremente celebrados ou de 
costumes voluntariamente aceitos. 
 
5- O direito trata de ações exteriorizadas, que implicam em consequências 
no campo concreto e na coletividade, já a moral está adstrita ao foro 
interno do indivíduo, não cabendo intervenção estatal. Além disso, o 
direito possui a prerrogativa da coercibilidade, que corresponde ao uso 
potencial da força por parte do Estado para garantia de cumprimento de 
suas normas, enquanto a moral é incoercível, cabendo à cada indivíduo 
a realização de suas vontades (desde que, obviamente, não encontre 
óbice legal). A isso, some-se as sanções previamente fixadas no Direito, 
que correspondem às medidas punitivas para o descumprimento das 
normas jurídicas institucionalizadas em determinada época e território. 
No campo da moral, as sanções são difusas, ficando a cargo do 
indivíduo sua determinação e aplicabilidade. 
O direito também é heterônomo, isto é, o cumprimento de suas normas 
deve ser realizado mesmo sem a aprovação do indivíduo e sem sua 
participação na determinação das mesmas. Já a moral é autônoma, e 
tem seus conceitos estipulados por cada sujeito, cuja observância 
também depende desse. 
A última diferença a ser destacada é a existência de uma biteralidade 
atributiva no Direito, ou seja, a fixação de papeis entre os indivíduos pelo 
Estado, conferindo a cada um direitos e/ou deveres obrigatoriamente. A 
moral, por sua vez, reveste-se de unilateralidade, na medida em que 
impõe apenas deveres, cuja adesão e cumprimento são feitos de 
maneira voluntária. 
 
Resumo da ópera da questão: citar as diferenças entre ambas partindo 
da Ordem Formal. 
 
6- De forma alguma. O Estado de Direito tem como prerrogativa 
fundamental a proteção aos direitos humanos, sendo ainda aquele no 
qual os mandatários políticos são submissos às leis promulgadas, 
vigorando o chamado “império da lei”. Neste tipo de Estado, as leis são 
criadas pelo próprio, através de seus representantes politicamente 
constituídos, sendo regido pelas regras e limites por ele mesmo imposto. 
Ora, se o Estado não é absoluto, também não pode ser arbitrário, de 
forma que a conduta que nesses moldes se encaixe é antijurídica. De 
fato, o que caracteriza propriamente a arbitrariedade é o fato de uma 
ação violar a ordem jurídica vigente, com desatenção às formas 
jurídicas. E isso é evidentemente inconciliável com o Estado de Direito. 
 
7- A segurança jurídica caracteriza-se como princípio intrínseco ao Direito. 
É sua finalidade próxima, que tem por fim a ideia de justiça. Sem ela o 
Direito não possuiria credibilidade, e muito menos efeito prático, vez que 
fornece aos indivíduos a certeza do Direito vigente. Sem preceitos como 
a segurança de orientação (que é a clareza das normas), continuidade 
jurisprudencial (simbolizada por semelhantes entendimentos nas 
decisões judiciais) e irretroatividade das leis (onde se estabelece que 
normas não vigoram sobre situações anteriores), seria impossível 
alcançar a justiça, que como já dito, é a finalidade do Direito. Portanto, 
segurança jurídica e justiça não se confrontam, mas sim se 
complementam. 
 
8- Sim, mas elas são difusas, ficando a cargo do indivíduo sua 
determinação e aplicabilidade. 
 A sanção em sentido lato é prerrogativa estatal, visto serem medidas 
punitivas para o descumprimento das normas jurídicas 
institucionalizadas em determinada época e território. 
 
9- Em suma, o verdadeiro fundamento do direito é o bem, isto é, a lei 
natural ou a lei positiva legítima. O direito é um poder moral; ora, só uma 
lei pode gerar um poder moral. A lei natural é, portanto, o fundamento 
próximo do direito. Para Aristóteles a lei deve ser prescrita visando o 
bem da comunidade. Assim, são justos os atos que tendem a produzir e 
a preservar a felicidade e os elementos componentes da sociedade 
política. O bem de todos deve estar sempre em vista. É o que chama-se 
solidariedade social. Em tese, o papel do legislador é a diretiva da 
comunidade política, devendo legislar virtuosamente para conduzir a 
comunidade para o bem. 
Como finalidade-mor do direito temos a ideia de justiça, que se conecta 
de maneira intrínseca à de segurança jurídica. A justiça é essencial ao 
bem comum, no entanto, sua essência não decorre desta utilidade para 
o bem comum; ao contrário, ela é útil a ele por sua própria legitimidade. 
A justiça coloca na balança bem comum e interesses jurídicos 
individuais, enquanto, ao contrário, a idéia de bem comum mantém seu 
caráter individualista-liberal. A justiça imprime seu caráter no conceito de 
Direito, ao reconhecê-lo como forma de solução de conflitos através de 
normas gerais. 
 
Obs: Essa questão é abstrata e concentra quase tudo o que se viu na matéria. 
Bem comum, justiça e segurança jurídica exercem um condomínio sobre o 
Direito – não em perfeita harmonia, mas, bem ao contrário, em viva antinomia. 
O predomínio de um ou de outro destes valores em relação aos demais não 
pode ser determinado por nenhuma norma – tal norma não existe –, mas 
apenas pela opção responsável de cada época. O Estado de polícia dava 
preferência ao bem comum, o Direito Natural à justiça, o positivismo à 
segurança jurídica. O Estado autoritário iniciou novo processo evolutivo, 
colocando novamente o bem comum no primeiro plano. Mas a História ensina 
que não faltará a antítese e que uma nova época deverá reconhecer, mais do 
que ocorre no presente, ao lado do bem comum, o elevado valor da justiça e da 
segurança jurídica 
 
lo) A teoria dos circulos concêntricos-Jeremy Bentham (1748- 1832), 
jurisconsulto e filósofo inglês, concebeu a relação entre o Direito e a Moral, 
recorrendo à figura geométrica dos círculos. A ordemjurídica estaria incluída 
totalmente no campo da Moral. Os dois círculos seriam concêntricos, com o 
maior pertencendo à Moral. Desta teoria, infere-se: a) o campo da Moral é mais 
amplo do que o do Direito; b) o Direito se subordina à Moral. As correntes 
tomistas e neotomistas, que condicionam a validad• das leis à sua adaptação 
aos valores morais, seguem esta linha de • ensamento 
Para Du Pasquier, a representação geométrica da relação entre os dois 
sistemas não seria a dos cfrculos concêntricos, mas a dos círculos secantes. 
Assim, Direito e Moral possuiriam uma faixa de competência comum e,ao 
mesmo tempo, uma área particular independente. De fato, há um grande 
número de questões sociais que se incluem, ao mesmo tempo, nos dois 
setores. A assistência material que os filhos devem prestar aos pais 
necessitados é matéria regulada pelo Direito e com assento na Mural. Há 
assuntos da alçada exclusiva da Moral, como a atitude de gratidão a um 
benfeitor. De igual modo, há problemas jurídicos estranhos à ordem moral, 
como, por exemplo, a divisão da competência entre um Tribunal de Alçada e 
um Tribunal de Justiça. 
3a) A visão kelseniana - Ao desvincular o Direito da Moral, Hans Kelsen 
concebeu os dois sistemas como esferas independentes. Para o famoso 
cientista do Direito, a normá é o único elemento essencial ao Direito, cuja 
validade não depenc• e de conteúdos morais. 
4o) A teoria do "minimo ético" - Desenvolvida por Jellinek, a teoria do mínimo 
ético consiste na idéia de que o Direito representa o mínimo de preceitos 
morais necessários ao bem-estar da coletividade. Para o jurista alemão toda 
sociedade converte em Direito os axiomas morais estritamente essenciais à 
garantia e preservação de suas instituições. A prevalecer essa concepção o 
Direito estaria implantado, por inteiro, nos domínios da Moral, configurando, 
assim, a hipótese dos circulos concênlricos. Empregamos a expressão minimo 
ético para indicar que o Direito deve conter apenas o mínimo de conteúdo 
moral, indispensável ao equilíbrio das forças sociais, em oposição aa 
pensamento do mciximo ético, exposto por Schmoller. Se o Direito não tem por 
finalidade o aperfeiçoamento do homem, mas a segurança social, não deve ser 
uma cópia do amplo campo da Moral; não deve preocupar-se em trasladar para 
os códigos todo o continente ético. Diante da vastidão do território jurldico, não 
se pode dizer que o miriimo ético não seja expressivo. Basta que se consulte o 
Código Penal para certificar-se de que o mencionado bem-estar da coletividade 
exije uma complexidade normativa. A não-adoção dessa teoria, a• im 
interpretada, implicaria a acolhida do máximo ético, pelo qual o Direito deveriá 
ampliar a sua missão, para reger, de uma forma direta e mais penetrante, a 
problemática social.'

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