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Universidade Federal da Bahia Física Geral e Experimental III – FIS123 Departamento de Física do Estado Sólido Professora: Maria das Graças Experimento 05 Medidas da Componente Horizontal da Indução Magnética Terrestre Alunos: Ciro Gois Batista Leonardo de Souza Figueiredo Salvador Novembro de 2009 1 – Objetivo O objetivo de experimento consiste em determinar o valor da componente horizontal da indução magnética terrestre local. 2 – Introdução Indução Magnética O estudo do magnetismo originou-se da observação de certas pedras (a magnetita) podiam atrair pedaços de ferro. O nome magnetismo é derivado de uma região da Ásia chamada magnésia, onde essas pedras foram encontradas. Um ímã material é a própria Terra cuja a ação sobre agulha imantada das bússolas é conhecida desde os tempos antigos. Observou-se que uma bússola procura sempre a mesma orientação e indica sempre a mesma direção, portanto em cada ponto da terra existe uma indução magnética que se denominou Bt, sendo assim a Terra pode ser comparada com uma grande barra imantada. Em 1820 foi observado por um físico que a componente elétrica que percorre um fio também pode produzir efeito magnético, isto é, que ele pode mudar a orientação de uma agulha de uma bússola, as linha de força deste campo são circulares centradas no fio traçados em planos perpendiculares à direção do fio. Essa importante descoberta permitiu a união numa só teoria da eletricidade e do magnetismo. Os efeitos magnéticos produzidos pela passagem de uma corrente num fio podem ser aumentados enrolando-se esse fio em forma de bobina de muitas espiras e preenchendo-se o interior da mesma com um cilindro de ferro. Diz-se que no espaço que circunda um ímã ou um condutor percorrido por uma corrente elétrica, existe um campo magnético, de mesmo modo que diz-se existiu um campo elétrico na região vizinha a um bastão carregado . O vetor B do campo magnético é chamado de indução magnética, podendo ser representada por linhas de indução, da mesma maneira que o campo elétrico é representado por linhas de força . O vetor do campo magnético está relacionado com suas linhas de indução da seguinte maneira: 1) A reta tangente a uma linha de indução num ponto qualquer da direção do vetor B nesse ponto. 2) As linha de indução são traçadas de tal maneira que o número de linhas que atravessam, por unidade de área, uma superfície perpendicular as mesmas são proporcionais ao módulo do vetor B na região considerada. Assim sendo, onde as linhas de indução estão muito próximas uma das outras o B será grande, tendo valores pequenos onde elas estiverem muito separadas. O campo B tem importância fundamental, as linhas de indução dão simplesmente uma representação gráfica da forma como B varia numa dada região do espaço. Podemos ainda citar que é possível definir o valor da indução magnética com o auxílio de uma bússola de modo que o módulo do torque da agulha da bússola é diretamente proporcional a indução magnética e ao seno do ângulo de Giro: Esta expressão pode se tornar uma igual da com a introdução de uma constante, que deverá está associada com a intensidade da imantação da agulha, ficando então: Indução Magnética Terrestre X Indução Magnética Experimental A indução magnética da terra é a capacidade esta tem de produzir um dipolo magnético em todos os pontos da mesma. Sabendo que a indução magnética natural da terra atua em todos os pontos, quando a bússola tende a se alinhar sobre a indução Resultante Br. No ponto P qualquer a soma vetorial de B devido ao imã com Bt é dada por: Br = B + Bt Neste experimento, colocamos uma bobina de uma espira, percorrida por uma corrente I, que gera uma indução magnética B, de tal maneira que o seu eixo seja orientado na direção leste-oeste magnético. Isto é, o plano da bobina é vertical, orientado na direção norte-sul magnética num determinado ponto P do eixo, a uma distância X do centro da bobina, a indução magnética resultante será a soma vetorial da indução devido a bobina com a indução magnética terrestre. 3 – Materiais Utilizados ( Bússola graduada em graus. ( Bobina de 320 espiras, de raio médio R=6,9cm. ( Miliamperímetro. ( Reostato. ( Resistência de proteção (década de resistores) ( Fonte de tensão. ( Chave inversora ( Chave liga-desliga. ( Placa de ligações e fios. ( Bancada de medida constituída de uma mesa para bússola e de um suporte deslizante para a bobina e uma régua graduada em milímetros. 4 – Parte Experimental IV.1 – Medidas com a Distancia (x) Constante. Primeiramente montamos o seguinte sistema: a) Gráfico Tangente de (m x I – IV.1: Onde: (m = (( +(’)/2 e I é a corrente em mA. Segundo tabela abaixo: I (mA) θ (graus) θ' (graus) θ médio (graus) tg θ médio 0 0 0 0 0,00 25 35 37 36 0,73 50 54 50 52 1,28 75 64 61 62,5 1,92 100 70 70 70 2,75 125 74 74 74 3,49 150 77 77 77 4,33 175 79 79 79 5,14 200 81 80 80,5 5,98 225 82 81 81,5 6,69 250 83 82 82,5 7,60 Em seguida, o gráfico tg(θ) x Corrente: Inclinação da Reta: K = (y / (x ( : K = (6-2) / (200-75)250x10-3 ( K = 32 A-1 Verificando a Unidade: Sabendo que a fórmula é: Tg ( = K.I ( [K] = [Tg(] / [A] ( [k] = [A]-1 Ou [K]= (m2)(Wb)(m2) = 1/A =A-1 (Wb)(A)(m)(m3) b) Cálculo de Bth em IV.1: Partindo da Eq. Para o cálculo da indução magnética, temos: BRH = BTH + B, onde BTH é a componente horizontal da indução magnética terrestre calculada através do estudo da tg(, onde teremos: ( Observando o gráfico, temos que tg( é diretamente proporcional a corrente I, temos então que: tg(=(K)I , onde: Através do K, encontraremos o valor de BTH pela relação que temos: N=320 espiras R =6,9x10-2m k=32,0 A-1 X=10,5 cm Wb / A.m Então: c) Ajustando a Reta pelo Método dos Mínimos Quadrados em IV.1: Aplicando o método dos Mínimos Quadrados na tabela do item a e aplicando a corrente I como a variável X e tg θ médio como a variável Y, temos: a = 31,03287501 b = - 0,276914053 Sendo assim, temos a nova inclinação K da reta, que é igual a 31,03. d) Calculando o Bth a partir da inclinação da reta obtida pelo método dos mínimos quadrados em IV.1: Encontraremos o valor de BTH pela relação que temos: N=320 espiras R =6,9x10-2m k=31,03A-1 X=10,5 cm Wb / A.m Então: Então: Sabemos que o Bth Salvador = 2,0 x10-5 T. Portanto com base nos cálculos verificamos o Bth para Salvador de melhor ajuste é a que foi obtida pela inclinação da reta com a aplicação do método dos mínimos quadrados. e) Gráfico de Log(R2 + x2) x LogCotg(m em IV.2 para três correntes usadas: i) Admitindo R = 6,9.10-2m ( R2 = 0,004761m2, para a corrente de 100 mA temos: X (m) θ (graus) X' (cm) θ' (graus) X² (m²) R2 + x2 Log(R2 + x2) cotgm Log(cotgm) 0,105 70 10,5 73 0,011025 0,015786 -1,801727902 0,36397 -0,438934411 0,133 60 13,5 60 0,017689 0,022450 -1,648783655 0,57735 -0,23856083 0,154 50 16,2 50 0,023716 0,028477 -1,545505765 0,83909 -0,076191455 0,173 40 18,3 40 0,029929 0,034690 -1,4597957 1,191753 0,076186254 0,204 30 18,6 30 0,041616 0,046377 -1,333697348 1,73205 0,238560425 0,239 20 26,1 20 0,057121 0,061882-1,208435659 2,747477 0,438934065 0,286 10 36,4 10 0,081796 0,086557 -1,062697804 5,67128 0,75368109 0,461 5 46,6 5 0,212521 0,217282 -0,66297625 11,43005 1,05804813 Utilizando as seguintes fórmulas de ajuste: Tendo xi = Log (cotg (m) e yi = Log (R2 + x2), aplicando a fórmula citada,temos: a = 0,66451 e b = - 1,47112m2 y = 0,66451.x – 1,47112 Obtendo a reta ajustada no gráfico abaixo: ii) Admitindo R = 6,9.10-2m ( R2 = 0,004761m2 Para a corrente de 200 mA temos: X (m) θ (graus) X' (cm) θ' (graus) X² (m²) R2 + x2 Log(R2 + x2) cotgm Log(cotgm) 0,105 81 10,5 81 0,011025 0,015786 -1,801727902 0,15838 -0,800299661 0,145 70 14,6 70 0,021025 0,025786 -1,588616022 0,36397 -0,438934411 0,176 60 17,7 60 0,030976 0,035737 -1,446881908 0,57735 -0,23856083 0,194 50 20,9 50 0,037636 0,042397 -1,372664873 0,83909 -0,076191455 0,217 40 21,6 40 0,047089 0,051850 -1,285251239 1,191753 0,076186254 0,276 30 25,8 30 0,076176 0,080937 -1,091852897 1,73205 0,238560425 0,3 20 30,5 20 0,09 0,094761 -1,023370365 2,747477 0,438934065 0,477 10 43,5 10 0,227529 0,232290 -0,633969486 5,67128 0,75368109 Utilizando as seguintes fórmulas de ajuste: Tendo xi = Log (cotg (m) e yi = Log (R2 + x2), aplicando a fórmula citada,temos: a = 0,723603 e b = - 1,27632m2 y = 0,723603.x – 1,27632 Obtendo a reta ajustada no gráfico abaixo: iii) Admitindo R = 6,9.10-2m ( R2 = 0,004761m2 Para a corrente de 250 mA temos: X (m) θ (graus) X' (cm) θ' (graus) X² (m²) R2 + x2 Log(R2 + x2) cotgm Log(cotgm) 0,105 83 10,5 83 0,011025 0,015786 -1,801727902 0,122784 -0,910858222 0,2 70 15,9 70 0,0256 0,030361 -1,517683928 0,36397 -0,438934411 0,193 60 19,3 60 0,037249 0,042010 -1,376647318 0,57735 -0,23856083 0,214 50 21,5 50 0,045796 0,050557 -1,296218705 0,83909 -0,076191455 0,236 40 24,5 40 0,055696 0,060457 -1,218553407 1,191753 0,076186254 0,267 30 26,6 30 0,071289 0,076050 -1,118900782 1,73205 0,238560425 0,343 20 30,4 20 0,117649 0,122410 -0,912183102 2,747477 0,438934065 0,474 10 46,0 10 0,224676 0,229437 -0,639336545 5,67128 0,75368109 Utilizando as seguintes fórmulas de ajuste: Tendo xi = Log (cotg (m) e yi = Log (R2 + x2), aplicando a fórmula citada,temos: a = 0,600324 e b = - 1,19042m2 y = 0,60032.x – 1,19042 Obtendo a reta ajustada no gráfico abaixo: f)Comparação dos coeficientes angulares com o valor teórico 2/3: Corrente (mA) 100 200 250 Coef. Angular Calculado 0,66451 0,723603 0,600324 Discrepância 0,32% 8,54% 9,51% O melhor valor encontrado foi para a corrente de 100mA. g)Encontrando os valore de K e Bth a partir dos coef. Encontrados: Sabendo que: Y = K.X2/3 ( logY = LogK + 2/3.LogX ( K = 10b Cálculo de BTH: N=320 espiras R =6,9x10-2m Wb / A.m Utilizando a fórmula acima temos: Corrente (mA) 100 200 250 Coef. Linear – b (m2) – 1,47112 – 1,27632 – 1,19042 K 0,033797 0,052927 0,064503 Bth (T) 1,540674167.10-5 1,572324229.10-5 1,46082491 .10-5 h)Média dos três valores acima: Bth médio = (1,540674167.10-5+ 1,572324229.10-5+ 1,46082491 .10-5) / 3 Bth médio = 1,52.10-5 O valor de BTH encontrado em IV.1 é : BTH = 1,56x10 –5 T. O valor de BTH encontrado em IV.2 é : BTH = 1,52x10 –5 T. O valor de BTH encontrado em Salvador é : BTH = 2,00x10 –5 T. i)Discussão sobre os valores de Bth: Para IV.1 temos uma discrepância de 22% para IV.2 temos uma discrepância de 24%. Sendo assim, verificamos que ambas as medidas estão fora do intervalo aceito para a discrepância (entre 0 e 10%). Isso ocorre devido aos erros experimentais que foram cometidos durante o experimento. j)Gráfico B x X para a máxima corrente utilizada (250mA): Construção do gráfico de B em função de x. Para I = 250 mA. Usando: , onde N=320 espiras R =6,9x10-2m k=32 A-1 X=10,5 cm Wb / A.m Temos, então, a seguinte tabela: X (m) B (T) 0,105 1,21 x 10^-04 0,2 4,52 x 10^-05 0,193 2,78 x 10^-05 0,214 2,11 x 10^-05 0,236 1,61 x 10^-05 0,267 1,14 x 10^-05 0,343 5,59 x 10^-06 0,474 2,18 x 10^-06 E o seguinte gráfico: Com o aumento da distância x , B tende a chegar a zero . Como se observa no gráfico de (B x X). Na distância de xmáx = 47,4cm experimental, o valor de B é mínimo e igual a: Bth = 2,18 x 10-6 T. Da equação: , aumentando-se x indefinidamente , B tende a zero. l)Discussão da indução através da Lei de Biot-Savart: De acordo com a Lei de BIOT – SAVART : , que pode se escrito na forma vetorial da seguinte forma : A indução é inversamente proporcional ao quadrado do raio da bubina, logo diminuindo-se R , aumenta-se dB e se B =(dB , também aumenta. m) Análise gráfica dos resultados de IV.3: Invertendo o sentido da corrente, o campo criado tem mesmo módulo do produzido pela corrente no sentido inverso, mas com o sentido contrário em relação ao anterior. Desta forma, o vetor indução magnética resultante (BR) terá simetria em relação ao eixo orientação Leste. Norte Magnético com o Br anterior. n)Análise de (’ = -( Quando invertemos o sentido da corrente e conseqüentemente “B”, tendo o vetor Bth constante, o ângulo formado entre ele (Bth) e a resultante (B’xh) será o mesmo (, porém do outro lado do eixo. o)Erros obtidos: Podemos verificar que existem várias causas que podem nos induzir ao erro, dentre elas podemos citar a processo de medida da corrente, a interação das partes móveis da bússola, erros de observação pelo experimentador além da resistência dos fios. p) Dedução dos Erros Experimentais: Para distância constante temos: (BTH = (BTH (I + (BTH (( (I (( ( (BTH = (0 .I. N . R2 . 2 .(R2 + x2) 3/2 Para Corrente constante temos: (BTH = (BTH (I + (BTH (( (I (( ( (BTH = (0 . N . R2 . 2 . 4 – Conclusão De posse de informações teóricas, já sabíamos que na proximidade de certa corrente elétrica existe a formação de um determinado campo magnético. Verificamos que o campo magnético é inversamente proporcional à distância x, ou seja, quão maior seja a distância x, menor será a intensidade do campo magnético. Pudemos também perceber que, para distâncias mínimas e a corrente estando em seu valor máximo, o campo magnético é mais intenso. Pudemos calcular o vetor campo magnético de várias formas. Variar a intensidade da corrente e o Método dos Mínimos Quadrados foram dois métodos importantes no cálculo do campo magnético. Também fizemos uma importante abordagem a respeito dos erros, que podem ter influencia na execução do experimento. Dessa forma, diante dos fatos listados, podemos inferir que o experimento foi concluído com sucesso, visto que conseguimos atender aos pré-requisitos estabelecidos no roteiro. É muito importante o estudo e compreensão do campo magnético terrestre, porque muitos acontecimentos estão correlacionados com este. (I + I . cossec2( . (( tg( 3x (x + I . cossec2( . (( tg((R2 + x2) 3/2 (R2 + x2) 3/2 _1031045417.unknown _1031087936.unknown _1319396173.bin _1319481306.bin _1031087958.unknown _1031302277.unknown _1031045568.unknown _1031086224.unknown_1030867176.unknown _1030867178.unknown _1030880752.unknown _1030882223.unknown _1030884370.unknown _1030880957.unknown _1030867179.unknown _1030867177.unknown _1030867174.unknown
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