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ARTIGO LIPOMA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
ELIEDJA MAITÊ NEVES ARAÚJO MONTEIRO
LIPOMA INTRAORAL EM REGIÃO DE LÁBIO SUPERIOR: relato de caso
MACEIÓ/AL
2018.2
ELIEDJA MAITÊ NEVES ARAÚJO MONTEIRO
LIPOMA INTRAORAL EM REGIÃO DE LÁBIO SUPERIOR: relato de caso
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Odontologia do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Ma. Fernanda Braga Peixoto.
MACEIÓ/AL
2018/02
VANESSA PEREIRA GONÇALVES DE SOUZA
ELIEDJA MAITÊ NEVES ARAÚJO MONTEIRO
LIPOMA INTRAORAL EM REGIÃO DE LÁBIO SUPERIOR: relato de caso
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Odontologia do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Ma. Fernanda Braga Peixoto.
APROVADO EM: ____/____/____
 _______________________________________
Profa. Ma. Fernanda Braga Peixoto 
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
________________________________________
________________________________________
AGRADECIMENTOS
	Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado o dom da vida, por me conduzir em todas as minhas escolhas e me capacitar ao longo desta caminhada. Aos meus queridos pais, Gilberto Gonçalves de Souza e Rosean Candida Pereira por todo carinho, apoio, gesto de amor e cuidado, sobre tudo pela referência de dignidade humana e caráter. Agradeço aos meus irmãos, Luíz Carlos de Medeiros e Vanessa Pereira Gonçalves de Souza, que por mais difícil que fossem as circunstâncias, sempre estavam presentes me apoiando. Em especial as nossas orientadoras, Professora Fernanda Braga Peixoto e Professora Aurea Valéria de Melo Franco, por suas valorosas orientações, por toda a compreensão, por terem nos acolhido e depositado sua confiança neste trabalho, por abrir as portas para um novo caminho em nossas vidas. A vocês, a minha sincera e imensa gratidão. 
	
Com carinho, Andreza Pereira Gonçalves de Souza.
	Agradeço primeiramente a Deus por minha vida, família e amigos. Agradeço ao meu pai Erivaldo, que me ensinou os maiores valores que se pode ter na vida, me incentivou a estudar, me ensinou a batalhar e a buscar os meus objetivos. Agradeço a minha mãe Maria Edna, que me ensinou a ser uma mulher de força e um ser humano integro, com caráter, coragem e dignidade para enfrentar a vida. Agradeço as minhas irmãs Olga, Francyanne e Lerysse, que estavam sempre dispostas a me ouvir, por serem meu porto seguro, onde posso recorrer a qualquer hora, minhas amigas leais e confidentes para a vida toda e aos meus irmãos Emily e Erivaldo e minhas sobrinhas Heloyse e Beatriz pelo carinho. Agradeço também ao meu namorado, que sempre quis meu melhor tanto pessoal quanto profissional. E por fim agradeço a todos os meus professores que direto ou indiretamente influenciaram para a concretização desse trabalho e sonho. 
Obrigada, Francyelle Deodato Cavalcante.
SIALOLITÍASE EM GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: relato de caso
Sialolithiasis in the submandibular gland: case report
	
Eliedja Maitê Neves Araujo Monteiro
Maiteneves__@hotmail.com
Graduanda do curso de Odontologia do Centro Universitário Cesmac
Fernanda Braga Peixoto
Mestra em Ensino na Saúde. Professora do curso de Odontologia do Centro Universitário Cesmac fernandapeixoto_al@hotmail.com
RESUMO
A sialolitíase consiste em um fenômeno obstrutivo caracterizado pela formação de cálculos (sialólito) e consequente bloqueio do fluxo salivar, no ducto excretor de saliva ou na própria glândula. O diagnóstico é dado por meio da avaliação intra e extrabucal, com o auxílio de exames complementares, tais como radiografias convencionais, ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e sialometria. O tratamento varia com a localização, tamanho e posição do sialólito desde o mais conservador até a intervenção cirúrgica. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso clínico de Sialolitíase, em uma paciente do gênero feminino descrevendo aspectos clínicos e os exames complementares realizados para diagnóstico definitivo, assim como seu tratamento e prognóstico. Conclui-se que por se tratar de uma patologia relativamente comum nas clínicas odontológicas, cabe ao cirurgião-dentista diagnosticar e adotar a conduta correta e eficaz para seu tratamento.
PALAVRAS-CHAVE: Sialolitíase. Sialólito. Ducto. Glândula. 
ABSTRACT
The sialolithiasis consists in an obstructive phenomenon characterized by the formation of calculations (sialolith) and the consequent blocking of salivary flow, the excretory duct of saliva or in the gland. The diagnosis is given by assessing intra and extrabucal, with the aid of additional tests, such as x-rays, ultrasound, computed tomography (CT) and sialometry. Treatment varies with the location, size and position of the sialolith from the most conservative to the surgical intervention. The objective of this work was to report a case of sialolithiasis, in a female patient describing clinical aspects and the complementary examinations carried out for definitive diagnosis, as well as the treatment and prognosis. In conclusion, because it is a relatively common pathology in dental clinics, it is up to the dentist to diagnose and adopt the right conduct and effective for the treatment.
 
KEYWORDS: Sialolithiasis. Sialolith. Duct. Gland. 
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SUMÁRIO
61 INTRODUÇÃO	�
82 RELATO DE CASO	�
133 DISCUSSÃO	�
164 CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
17REFERÊNCIAS	�
19ANEXO	�
20ANEXO – TERMO DE CONCESSÃO PARA FINS ACADÊMICOS	�
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1 INTRODUÇÃO 
O lipoma intra-oral (LIO) é uma neoplasia benigna rara, de origem mesenquimal composto de tecido adiposo, representando de 0,1 a 5% de todos os tumores benignos de boca. Embora represente uma neoplasia comum no tronco e nas porções proximais do corpo, são incomuns na região oral e maxilofacial (NEVILLE et al., 2009). As regiões na cavidade oral mais acometidas são: mucosa bucal, lábio, língua, sulco vestibular e assoalho bucal (VISSCHER, 1982; KIRTI, et al, 2016; SUNDER V, SHEKAR M, 2017). 
Clinicamente apresentam crescimento lento, bem delimitado e indolor, como uma tumefação amolecida, nodular, tipicamente bem circunscrito por uma cápsula fibrosa, de superfície lisa e consistência macia, podendo alcançar grandes dimensões (IRUAMA PERES, et al., 2015; LUCENA PEREIRA, et al, 2015) mas raramente excedendo 25 mm de diâmetro. Sua localização pode ser superficial ou profunda dependendo da quantidade e distribuição do tecido fibroso e da inserção do tumor. (FILHO et al., 2010; MANJUNATHA et al., 2010)
Os LIO são retratados, em sua maioria, a partir da 4ª década de vida, com raros relatos em indivíduos com menos de 20 anos. Por tanto, são patologias de aparecimento incomum entre crianças e não apresentam predileção por gênero, ainda assim alguns estudos apontam uma incidência maior no sexo masculino (KIRTI, et al., 2016; IRUAMA PERES, et al., 2016).
Histologicamente, os lipomas são classificados como lipoma ou variantes simples, como o fibrolipoma, o lipoma das células do fuso, o lipoma intramuscular ou infiltrado, o angiolipoma, o lipoma das glândulas salivares (sialolipoma), o lipoma pleomórfico, os lipomas atípicos e mielóides 
A etiologia do lipoma permanece desconhecida, porém possívelmente está relacionada à altrações no sistema endócrino, alterações hereditárias, infecções e até trauma local. Apesar de possuir natureza benigna, seu crescimento progressivo pode afetar a fala e mastigação do indivíduo (LUCENA PEREIRA, et al.,2016; IRUAMA PERES, et al., 2016). 
O lipoma é uma patologia bem conhecida e tem como diagnóstico diferencial lesões de glândulas salivares, como mucocela, rânula e adenomas, cisto dermóide, neurofibroma e tumores de células granulares. Por isso,a realização da biópsia para posterior definição de histopatológico é padrão outro na determinação do diagnóstico final preciso. 
Histologicamente o LIO é caracterizado pela proliferação de adipócitos maduros dispostos em lóbulos e divididos por fibras de colágeno, sendo assim uma das maneiras de determinar o seu diagnóstico, que é baseado tanto nas características histológicas quanto clínicas, necessitando, em alguns casos, do auxílio de exames de imagem. (LUCENA PEREIRA, et al., 2016; VISSCHER, 1982). 
A natureza benigna dos lipomas intraorais é baseada em seu aspecto histopatológico e a ausência de recidivas após a excisão local completa. O tratamento mais indicado para a remoção do lipoma é a excisão cirúrgica com margem de segurança, assim, após monitorar a lesão, normalmente, nenhuma evidência de recorrência é detectada (LUCENA PEREIRA, et al., 2016).
De acordo com a literatura, não existem relatos de recorrência do lipoma intra oral e é definido que o tempo mínimo de acompanhamento seja 10 meses à 5 anos como prazo mínimo (MANJUNATHA et al., 2010).
2 RELATO DE CASO
 
	Paciente do gênero masculino, melanoderma, 13 anos de idade, compareceu à Clínica- escola do Centro Universitário Cesmac, na disciplina de propedêutica clínica II, acompanhada de sua genitora com queixa de aumento de volume em região de lábio superior e dificuldade postural dos lábios.
Na história da doença atual a paciente afirmou que observou um aumento de volume na região labial sem sintomatologia dolorosa, há aproximadamente 6 meses.
 Na história médica a paciente relatou apresentar rinite alérgica, ser alérgica a dipirona e diclofenaco e não estar sob cuidados médicos.
No exame físico extrabucal foi observado um aumento de volume na região do lábio superior, causando assimetria entre os lábios. (Figura 1).
Ao exame físico intrabucal, não foi observado alteração de tecidos moles ou duros à inspeção, porém durante a palpação foi possível identificar leve tumefação do lado esquerdo na região posterior de assoalho bucal (Figura 2). Não foi detectada drenagem de secreção purulenta.
 
Após exame clínico, sugeriu-se como diagnóstico clínico sialolitíase. Como exame complementar foi realizado uma radiografia oclusal de mandíbula (Figura 3), e panorâmica (Figura 4), para observar a presença do sialólito.
 No entanto, não foi possível a visualização do cálculo nas radiografias convencionais.
 
Com a ausência de imagens nos exames radiográficos foi solicitado uma ultrassonografia das glândulas salivares (Figura 5), considerada de grande valia no diagnóstico e precisa na identificação do cálculo. Na ultrassonografia foi possível observar glândula submandibular esquerda de dimensões discretamente aumentadas, dilatação do ducto principal medindo 3 mm, com imagem hiperecóica medindo 2 mm, que ocasiona sombra acústica, situada no terço proximal do canal de Wharton. 
Após comprovar o diagnóstico de sialólito em glândula submandibular esquerda, sugeriu-se a remoção do cálculo, no entanto os pais junto com a paciente preferiram realizar o tratamento conservador, que visa a eliminação do sialólito sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos. Fazendo uso de sialogogos mecânicos (silicones) para estimular a produção de saliva e consequente eliminação espontânea do cálculo, além de bochechos com limão e água e massagem glandular. 
A paciente encontra-se em proservação. No mês de setembro de 2016 ela retornou sem evidencia de lesão intrabucal e sem sintomatologia clínica, no entanto foi possível observar discreto aumento de volume em região submandibular esquerda (Figura 6A e Figura 6B). 
	A mesma foi orientada que em caso de recorrência de sintomatologia dolorosa deve entrar em contato com a orientadora deste caso clínico.
 
3 DISCUSSÃO
A sialolitíase é uma alteração que acomete as glândulas salivares, caracterizada pela obstrução salivar, devido a uma formação calcificada (cálculo) presente no ducto excretor, ou menos frequentemente no interior da glândula acometida (VIEIRA et al., 2012; LIMA et al., 2013; KUHN-DALL’MAGRO et al., 2014).
A sialolitíase pode ocorrer em qualquer glândula salivar, porém os autores são unanimes em reconhecer que há uma predileção maior pela glândula submandibular, pois esta apresenta particularidades que contribuem na formação do cálculo como o trajeto longo, tortuoso e ascendente do ducto de Wharton, assim como a secreção mucóide mais espessa contra a gravidade (MANZI et al., 2010; FRANÇA et al., 2012; VIEIRA et al., 2012; VASCONCELOS et al., 2012; CARVALHO et al., 2015). No presente caso a sialolitíase ocorreu em glândula submandibular esquerda, corroborando com estudos anteriores.
Embora o caso exposto relate sialólito em uma paciente do gênero feminino, na 2ª década de vida, de acordo com a literatura ocorre com maior prevalência no gênero masculino, na faixa etária da 3ª a 4ª década de vida, onde as crianças são raramente afetadas (AUGUSTO et al., 2011; VIEIRA et al., 2012; FRANÇA et al., 2012; VASCONCELOS et al., 2012).
No caso relatado, verificou-se que a paciente teve sintomatologia clínica similar ao tipicamente observado em indivíduos com o quadro de sialolitíase: aumento de volume em região de glândula submandibular esquerda e dor no assoalho bucal, sobretudo durante as refeições com redução gradual posterior. Dessa forma, os achados do caso exposto estão em concordância com a literatura visto que, apresentaram similaridade com relação a sintomatologia clínica (FRANÇA et al., 2012; VASCONCELOS et al., 2012; KUHN-DALL’MAGRO et al., 2014; NEVILLE et al., 2016).
Os sialólitos são facilmente palpados intraoralmente e observados em radiografias convencionais. Corroborando em partes ao caso reportado, pois ao exame intrabucal (palpação), foi possível detectar leve tumefação na região posterior do lado esquerdo de assoalho bucal, porém difere da literatura consultada no que diz respeito a visualização do cálculo através das radiografias convencionais, já que não foi possível identificar a presença do sialólito através das radiografias oclusal e panorâmica, devido à sua localização (AUGUSTO et al., 2011; FRANÇA et al., 2012; KUHN-DALL’MAGRO et al., 2014; NEVILLE et al., 2016).
No caso em discussão, obteve-se o diagnóstico definitivo mediante a associação das informações clínicas e ultrassonografia das glândulas salivares. A ultrassonografia é um método radiográfico que merece destaque já que é um exame seguro, não invasivo e sem efeitos deletérios ao paciente, sendo considerado de grande valia no diagnóstico das alterações das glândulas salivares e preciso na identificação do cálculo (POZZA; SOARES; OLIVEIRA, 2005; VIEIRA et al., 2011; KUHN-DALL’MAGRO et al., 2014; NEVILLE et al., 2016; VERONESI; CRAL; CAPELOZZA, 2016). 
Na ultrassonografia foi possível observar glândula submandibular esquerda de dimensões discretamente aumentadas, com dilatação do ducto principal, que mede 3 mm, com imagem hiperecóica medindo 2 mm, que ocasiona sombra acústica, situada no terço proximal do canal de Wharton, assim confirmando a hipótese de sialolitíase.
Os casos encontrados na literatura mostram variação quanto ao tamanho do sialólito. Acredita-se que as massas calcificadas crescem e evoluem lentamente, numa taxa estimada de 1 mm a 1,5 mm por ano, em poucos casos atingem o tamanho de 10 mm e quando ultrapassam 15 mm são considerados cálculos salivares gigantes (MANZI et al., 2010; KUHN-DALL’MAGRO et al., 2014). No caso reportado neste trabalho, a paciente apresentava sialólito com 2 mm, considerado de pequeno tamanho. 
Em relação as formas de tratamento, a sialolitíase pode ser tratada de maneira conservadora, sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos, a fim de expelir o cálculo juntamente com a saliva. Com esta finalidade, pode-se estimular o aumento do fluxo salivar através de sialogogos, além de bochechos com limão e água, massagem glandular e hidratação do paciente.Em situações nas quais o cálculo está localizado no terço proximal do ducto principal como a do caso relato, torna-se necessária a remoção cirúrgica. No entanto os genitores e a paciente optaram por um tratamento conservador, seguindo o que é proposto pela literatura (AUGUSTO et al., 2011; VASCONCELOS et al., 2012).
A paciente encontra-se em proservação e goza de saúde, condição de higiene oral boa, sem evidência de lesão intrabucal e sem sintomatologia clínica, no entanto foi possível observar discreto aumento de volume em região submandibular esquerda.
 Segundo Vasconcelos et al. (2012), é recomendado ao caso reportado a intervenção cirúrgica devido à localização do cálculo, no entanto os genitores junto com a paciente, optaram por um tratamento conservador, no qual obteve resultados satisfatórios tendo em vista que a paciente não apresentou sintomatologia clínica. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	As características clínicas do caso reportado coincidem com a literatura, obtendo divergência no que diz respeito ao sexo, pois o mesmo ocorreu no feminino, e na possibilidade de visualização nas radiografias convencionais, pois não foi possível observar a presença do cálculo. 
O diagnóstico definitivo foi dado mediante a associação das informações clínicas e ultrassonografia da paciente. 
Os genitores junto com a paciente, optaram por um tratamento conservador embasado na literatura, sendo eficaz na diminuição da sintomatologia. 
 Por se tratar de uma patologia relativamente comum que acomete as glândulas salivares nas clínicas odontológicas, cabe ao cirurgião-dentista diagnosticar e saber a conduta adotada para tratar da sialolitíase.
REFERÊNCIAS
ALVES, N. S. et al. Sialólito de grandes dimensões no ducto da glândula submandibular. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. São Paulo, v.1, n.1, p.49-53, 2014.
AUGUSTO G. et al. Contribuição ao estudo dos sialolitos: relato de caso. Rev. Port. Estomatol. Med. Dente. Cir. maxilofac. Portugal, v.53, n. 3, p. 161-164, 2011.
BETTIO, A. et al. Prevalência das lesões de glândulas salivares em laudos histopatológicos do Laboratório de Patologia Experimental da PUCPR no período de 1999-2008. Rev. Sul-Bras de Odontol. Joinville, v. 6, n. 3, p. 231-236, 2009.
CARVALHO, A. S. et al. Submandibular gland excision. Rev. do Colégio Bras. de Cirurgiões, Santos, v. 42, n. 1, p.14-17, 2015. 
FERREIRA, E. F.; MANZI, F. R. Diagnóstico por imagem de sialolito na glândula parótida utilizando radiografias convencionais. Arq. Bras. Odontol, Belo Horizonte, v. 1, n. 6, p.25-32, 2010.
FRANÇA, D. C. C. et al. SIALOLITO NO DUCTO DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: RELATO DE CASO. Rev. Connection Line. Mato Grosso, n.7, p.78-89, 2012. 
GABRIELLI, M. A. C. et al. Tratamento de sialolitíase em glândulas submandibulares: relato de dois casos. Rev. Odontol. Brasil-central, Araraquara, v. 17, n. 44, p.110-116, 2008.
KATCBURIAN, E. Glândulas Salivares. In: ______. Histologia e Embriologia Oral. 2. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2009. Cap. 5. p. 119-150.
KRUSCHEWSKY, L. S. et al. Estudo epidemiológico do câncer de glândula salivar maior. Rev. Bras. Cir. Craniomaxilofac, São Paulo, v. 14, p. 1-6, 2011.
KUHN-DALL’MAGRO, Alessandra et al. Sialólito de glândula salivar submandibular: relato de caso. Rev. Facul. Odontol., Passo Fundo, v. 19, n. 3, p. 343-347, 2014.
LIMA, A. N. et al. Sialolitíase em glândula submandibular: Relato de caso clínico. Rev. Cir. Traumatol. Buco-maxilo-fac., Camaragibe, v. 13, n. 1, p.23-28, 2013.
MANZI, F. R. et al. Sialolito na Glândula Submandibular: Relato de caso clínico. Rev. Odontol. Brasil-central, Belo Horizonte, v. 19, n. 50, p.270-274, 2010.
NEVILLE, B. W. et al. Sialolitíase (Cálculo salivar; Pedras Salicares). In: ______. Patologia oral & maxilofacial. 4ª Ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2016, cap.11. p.427-429.
OLIVEIRA, K. C. Sialolitíase: Considerações sobre etiologia, diagnóstico e tratamento. 2008. 33 f. Monografia (Especialização) - Curso de Odontologia, Faculdade Ingá-uningá, Passo Fundo, 2008.
POZZA, D. H.; SOARES, L. P.; OLIVEIRA, M. G. Exames complementares por imagens no diagnóstico e no Planejamento cirúrgico de patologias em glândulas Salivares. Rev. bras. patol. oral. Porto Alegre, v. 4, n. 3, p.156-161, 2005.
VASCONCELOS, M. G. et al. Sialólito em Ducto de Glândula Submandibular. Rev. Bras. de Ciências da Saúde, Natal, v. 16, n. 2, p.231-234, 2012. 
VERONESI, G. F.; CRAL, W. G.; CAPELOZZA, A. L. A. Interpretação de imagens radiopacas assintomáticas na mandíbula em radiografias panorâmicas. Rev. da Uni. Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 7, p.707-713, 2016.
VIEIRA, R. R. et al. Sialolitíase: revisão de literatura e levantamento de casos. Rev. Odonto, São Paulo, v. 40, n. 20, p.31-39, 2012.
ANEXO
ANEXO – TERMO DE CONCESSÃO PARA FINS ACADÊMICOS
	
Figura 1: Vista frontal da paciente com aumento de volume em região submandibular esquerda.
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 2: Região de assoalho bucal sem evidência clínica de aumento de volume.
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 3: Radiografia oclusal sem alteração visível.
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 4: Radiografia panorâmica sem alteração visível. 
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 5: Ultrassonografia das glândulas salivares, com sinais de dilatação ductal e cálculo de glândula submandibular esquerda.
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 6A: Vista frontal da paciente, com discreto aumento de volume em região submandibular esquerda.
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 6B: Vista lateral esquerda da paciente, com discreto aumento de volume em região submandibular esquerda.
Fonte: Dados da pesquisa. 
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