A química e o controle de dopagem no esporte

A G ES Fa cul dad e de ci ên c i as H um ana s e Soc i a i s Bac harel ad o em F i s i ote r a p i a A i r les O l i ve ir a de A n drade A Quí m i c a e o con tr ol e de Dopa gem no Esporte Fic ha me nt o ap r ese ntad o no c u rs o d e Fis i oter a pia n a F ac ulda de A GES c omo um do s p ré -r equ is it os pa r a a ob t e nç ão da n ota pa rci al na dis c iplina de B io qu í mic a, s ob a or ie ntaç ão d a pr o f ess or a A na P aul a. Pa r i pi ran ga - Ba 2015 PE REI R A , He n riqu e M arce lo G . ; P A D I L H A , Mo n i ca C. ; A Q U IN O N E T O , F ra n ci sco R adl er . A Q u í mi ca e o C o n tr ole de Do pa gem n o Esp o rt e . S ão P au l o : S oci edad e Brasi l ei ra de Q uím i ca, 2010. C I T A Ç ÕES D IRE T A S : \u2018 \u2019 Po u co t empo depoi s da seg un da g u err a m u n di a l es t i mul a n tes e drogas con t ra a f ad i ga, desen v o l v i dos para o ex ército, popu l ariz a ram -se e n tr e os despo rt i sta, resul t a n do e m v á r i o s caso s fat a i s. \u2018\u2019 (p. 18 ) \u2018 \u2019 Ester oi des A n abó l i cos A n drogên i cos (EE A ) são u m gr u p o de s u b st â n ci a s t anto n at u rai s qu a nto si n t éti cas (pr od uz i da s em l ab orat ó ri os) qu e i mitam a ação da t estost ero n a pr oduz i d a n o organ i smo hu ma n a . \u2018\u2019 ( p . 2 4) \u2018 \u2019 U ma v e z q u e , com o ab u so de ester oi des, os at l etas se se n te m co m mais en ergi a e a ssi m tr ei n a m mai s in te n same nte. \u2019 \u2019 ( p. 28) \u2018 \u2019 T odas a s amost ras s u spe i tas e n co ntr a das sã o co n firm ada s a p ar t i r da r e an ál i se da urin a, u sa n do uma n o v a f ração da m esma , por um mé todo al tam e n te específ i co e se n s ív e l. \u2018\u2019 ( p . 48) C I T A Ç ÕES IND IRE T A S: A cad a di a m ai s a procu ra por mei os e su bstân ci a s quí mica s qu e al t e ram art i f i ci a l ment e o dese mpenh o, em uma at i v i da de f í sica o u i n t e l ect u a l , v e m f az e n do m a i s pa rt e da c ul t u ra d o h o me m. (p. 15 ) C omo v emos, o u so d e est eroi des an a bol i z a n tes é co n den a do n ão só pela ét i ca esportiv a, mas tam bém por preju d i car a sa ú de dos at l etas . P or i sso o comitê O l ím pi co i n t er n aci on al (C O I) p roi bi u esse s fár macos n o espo rt e desd e a épo ca de 70. (p. 30) O s est i mul a n t es são f ár macos qu e agem n o si st ema n e r v oso cen t ral, au me n ta o est ado de al ert a do in di v i d u o e di min u i a sen sa ção de fadig a. E sses f árm aco s sã o m u i to u t i liz ados po r at l etas q u a n do v ão compe t i r com a e x p ec t ativ a de m e l h ora o se u desempe n h o. E sses estim u l a ntes f o ram P roibi dos pela co mi ssão m é di ca do C O I . (p. 39) Ve mos qu e os ef ei t os co l ater ai s do u so de estim u l a n t es são m u i tos , e os q u e m a i s se d estacam Sã o : Au ment o da p ressão art eria l, dores de cab eça, ar ritm i a, an si ed ade, tr emor es , possi bi l i d ade de ví ci o , convulsões, h i pert erm i a e f al ê n ci a ren a l . ( p . 42) O m e l h o r ma t eri al para se d i agn ost i ca r o u so de d rogas n o espo r te é a u ri n a , poi s ela é m ai s fáci l d e ser colh i da , e dá a ga ran tia de ev i tar ad ult eração, e é u ma v i a de e l i min ação de todos os fár macos . (p . 4 7) É d i f í ci l p r ev e r o s t i po s de su bs t â n ci a s qu e ser ã o u tili z a das n o f u t uro para a dopa gem, porém v ê m sen do p esqu i sa do cu i d adosa ment e com os av an ços ci en t í ficos pa ra se i d en tificar e ssas e ou tr o s t i pos de su bst â n ci a s com fin alidad e n o f ut u ro. (p . 49 ) C O N S IDE R A Ç ÕES FI N A IS Percebemos q u e o u so de s u bstâ n ci as n o e spor te são cap az es de al t e r ar t o do o desen v o l v i mento e desempenh o d o at l e t a e m uma ati v i dade . O ser hu ma n o tem d esej o de ser mel h or de se s u p erar cada di a mai s, e l es n ã o respei tam m a i s n em se u s própr i o s l i mites pra c h eg ar o n de desej am . E ssa s su b s t ân ci a s v em sen do utiliz ada s desde a era an tig a, os atl etas a creditav am q u e t oma n d o ch ás el es m e l h orar i a m se u co n d i ci on a me n t o durant e as compe t i çõe s. E m 188 6 a n os a n tes de i n i ci a r as O l ím p i ada s, ocorr eu o primei ro caso d e mor te f atal pelo u so d e su bst â n ci a s n o esport e. A pós i sso o u so de estimu l a n tes e dr og as se popu l ariz am e n t re o s esport i stas qu e res ul to u em v á rios o u t ros caso s f atais por u so dessas s u bstâ n ci as. Pe rcebeu -se t a mbém q u e essas s u bstâ n ci a s a u me n ta v am a mas sa m u sc u l ar corpor al e a fo rça m u sc u la r, e se e x pa n di u p ara t od a s as m oda l i da des do esp ort e . O s esport i sta q u eriam se destacar n as co mpet i ções e f a z i am a cada di a mai s o u so de an ab ol i z a ntes, com esse a u me n to de a n abo l i z a n t es t e v e de se criar a C o missão Médica n o C o mitê Olím p i co Int e r n a ci on a l (CO I) pa ra t e ntar p ara r com o u so d essas su bst â n ci a s n o espo r t e. Os e st eroi des an ab ól i cos an d rogê n i cos tam bé m co nh eci d os co mo EA A são su bst â n ci a s q u e t em si do m u i t o u sada s p or atl e t as com o objet i v o d e a u me n tar a f orça, a ca paci d ade d e tr ei n amento a resistên ci a e o d esempen h o do mesm o n os esport e, é a s u bstâ n ci a mai s ut i liz ada n a dopag em d os esport es. Esse s est eroi des t em si do u sa dos por v aria s d écada s , e com o abu so d el es, os at l etas se sen tem com m ai s en e rgia s e a ssi m t rein am mais i n ten sa mente, p ode até ser qu e sej a al guma reação psi co l ógi ca so bre i sso, porém percebemos q u e a maio ria dos atl etas qu e util i z a m e sses t i po s d e e st eroi des acred i t am qu e esse efei t o n ão tem n a da a v e r com reaçõe s psi col ógi cas. S ã o m u i t o s os efei t os ad v ersos de u so de ester oi d es por l on go pe r íodo de t empo co mo por e x e mpl o reduz i r a fe rt i l i dad e e m h ome n s, d i min u i r os test í c u l os, i mpotê n ci a e v á rios o u t ros e fei t os col a ter ai s. E sses est e roid es ca u sam m u i t o mal a sa ú de d os a t l e tas o u de q u a lq u er pessoa qu e de sej em tom a - l os, nu n ca se sab e qu a l e f ei t o col a ter a l o u reação cada pe ssoa pode t er co m o seu u so, en t ão o corr et o mesm o é n ão u ti l i z á - lo. O u so de estim u la n t es pro mov e u m a u me nt o n o est ad o de al ert a e d i min u i a fadi ga, por i sso n o d i a da compet i ção o atl eta u sa o est i mul a n t e pa r a seu dese mpe nh o ser melh o r e mais grat i fican t e, co m o u so do m e sm o o atl eta pod erá t er di sp osi ção p ara u m tem po be m mai or de t rei n ament o, u m m a i or co n di ci o n ame n to f ísico p ara a gu e ntar c h e gar n o seu l i mite d ese j ado . A l g un s ex emp l os desses es t i mul a n te são a a n f etam i n a s a e f ed r i n a o MD MA ( met i l e n od i ox i met i l a nf etam i n a) m ai s co n h eci do como e cst asy q u e é u m do s en t o r pe ce ntes mai s con s u mi dos n o pa í s . O A b u so desses est i mul a n t es pod e t er v á r i o s ef ei t os col ater ai s on de de st acam -se o au ment o da pressão art eria l, dores de cabeça en t re o u t ros. A est rat égi a p ara dia g n osticar a a n tido page m é feita atr a v é s da u rin a , con si de rada o m e l h or m ater i a l para diag n os t i ca r o u so dessas s u bstâ n ci as sem f ra u de s, a u ri n a a cu m ula o s r es í du os el i mi n a dos pelo o rgan i smo sen do mai s f áci l a detecção de ssas su bst â n ci as. Mu i tas pessoa s a cr ed i tam q u e essa s su bstâ n ci as n ã o preju d i qu em a s u a sa ú d e p or i sso f a z e m o u so e x ce ssi v ame n te dessa s s u bs t â n ci a s sem p en sar n a s co n se q u ê n ci as qu e v ão ter n o f u t u ro o u até m esmo l o go após i n geri rem essa s medi caçõ es, mu i tas só p en sam n os ga nh o s qu e i rão t er e acredi t am qu e v a l e ape n a corr er es t e s risco s p ara se t e r u ma boa capa ci dad e at lét i ca , u m bom ganh o de f orça e m a ssa mu sc u l ar entr e o u tr os aspe ctos . D e sde a era das an t i g as q u e p essoa s tiv e ram ef ei t os l etais sobre e ssas s u b st â n ci a s, o n d e dev e ria ser u m e x empl o para cad a pessoa q u e se n t i sse v o n tade d e i n geri -l a s, mas n ã o é assi m, i sso n ão f a z com q u e a pessoa pare e pe n se n os e feitos e re v eja se u s con cei tos e desi sta de se u u so. A cada an o qu e se pa ssam ap arecem n ov as su bstâ n ci a s são en contr adas e r elacio n adas com a quím i ca e a bi oqu í mica e fica di fí ci l p rev e r uma f orm a de parar com esse u so e x a gerado de su bstân ci a s e de con tr ol ar o u so delas e m a t l e tas, poi s v emos v á rio s atl e tas se n do peg o n o e x ame pelo u so d e do pi n g e v á rios outr os qu e t en t am de t o da ma n ei ra fr a u d ar e n ão se r pe go pel o o u so do mesm o .

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