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Narrativo Construtivismo

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Psicoterapia Cognitiva 
Narrativa
Gonçalves, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: Manual de Terapia 
Breve. Campinas: Edit.Psy. 1998 
Cap. 1
1. Os fundamentos de uma psicologia narrativa
Em torno deste conceito, organiza-se uma malha de quatro 
pressupostos: 
1.1. Existência como conhecimento; 
1.2. Conhecimento como hermenêutica; 
1.3. Hermenêutica como discurso narrativo; 
1.4. Discurso narrativo como cultura. 
Implicações para a redefinição da ciência psicológica da viragem do 
século
1. Os fundamentos de uma 
psicologia narrativa
1.1. Existência como 
conhecimento Psicólogos
Conhecimento 
› Processo de construção ativa 
› Indissociável da existência 
• Conhecimento e
• Experiência. 
Feedfoward ativo
1.1. Existência como 
conhecimento Psicólogos
Objeto da Psicologia 
─ Re-situa-se
› Contexto da experiência do 
indivíduo 
› Não no sentido das 
representações do mundo “lá 
fora” mas como um processo 
contínuo de construção do 
mundo através da própria vida.
1.1. Existência como 
conhecimento Psicólogos
─ Objeto da Psicologia: 
─ Wundt
─ Piaget
─ Indissociação:
─ Conhecimento e existência 
─ Passagem da visão epistemológica do 
cognitivismo para a visão existencial 
1.1. Existência como 
conhecimento Psicólogos
─ Objeto da Psicologia: 
─ Indissociação entre conhecimento e 
experiencia: 
Todos os seres: 
› Conhecem, 
› Reconhecem, 
› Transformam e 
› Transformam-se no decurso de sua 
existência. 
› Visão Intrapsíquica Habitual
› visão existencial. 
1.2. Conhecimento como 
Hermenêutica
─ Todo conhecimento e toda existência
tem uma natureza HERMENÊUTICA
Cada pessoa constrói sua realidade por um 
processo de CODIFICAÇÃO ATIVO,
Que opera por um processo Hermenêutico
Esses processos CONSTITUEM A 
REALIDADE PSÍQUICA DAS PESSOAS 
1.2. Conhecimento 
como Hermenêutica 
─ CONSTITUEM A REALIDADE 
PSÍQUICA DAS PESSOAS
Portanto compreender o 
comportamento equivale 
compreender seus 
sistemas interpretativos
utilizados para expandir e 
dar significado às suas 
experiencias.
1.2. Conhecimento como 
Hermenêutica
─ Necessidade psicológica de dar ordem, sentido e 
coerência. 
─ Hoje, não vivemos mais no universo 
─ Mas num MULTIVERSO
─ MULTIRREALIDADE
› Compreender o comportamento humano é 
compreender os sistemas interpretativos utilizados 
pelos sujeitos no sentido de expandir e dar 
significado às suas experiências. 
1.2. Conhecimento como 
Hermenêutica
─ CONSTITUEM A REALIDADE PSÍQUICA DAS PESSOAS
─ Portanto compreender o comportamento equivale 
compreender seus sistemas interpretativos utilizados 
para expandir e dar significado às suas experiencias.
─ A Hermenêutica surge como uma busca dos 
significados gerais, na compreensão da existência 
─ Interpretação do discurso individual (psicanálise)
─ Hermenêutica na compreensão de significações 
criativas e múltiplas 
O caos e a falta 
de regularidade 
do mundo
Contrasta com a 
necessidade 
humana de por 
ordem, sentido e 
coerência 
psicológica às 
próprias 
experiencias.
Caleidoscópica 
diversidade de 
realidade 
psiquica
1.3. Hermenêutica como Discurso Narrativo
─ Hermenêutica computacional
─ Metáfora do computador = Linear e lógico
─ Lógica?
Hermenêutica da linguagem
─ Seres humanos: MULTIRRACIONAL
1.3. Hermenêutica como Discurso Narrativo 
Hermenêutica da linguagem
─ MULTIPLICIDADE DE SIGNIFICADOS SÓ É POSSÍVEL PELA LINGUAGEM
─ GRAÇAS AO PODER CRIATIVO E MÚLTIPLO DA LINGUAGEM E DO 
DISCURSO 
─ É na linguagem que se constrói significados.
Bruner:
─ Pensamento Narrativo
› Palavras se combinam e formam significados diversos: 
─ Hermenêutica Lógica: 
› Pensamento paradigmático
1.3. Hermenêutica 
como Discurso 
Narrativo 
LINGUAGEM
─ Fenômeno psicológico de 1ª 
ordem = elemento fundacional 
da experiência. 
NARRATIVA
NARRATIVA
1.3. Hermenêutica como 
Discurso Narrativo 
NARRATIVA
─ É a matriz da construção do 
conhecimento, ao impor 
significado à experiencia cotidiana
› Ela nos liga à existência.
› Pensamos como existimos, através 
de narrativas
1.3. Hermenêutica como 
Discurso Narrativo 
NARRATIVA
─ Tal como a vida, a narrativa é: 
› Aberta e 
› Multipotencial, 
Abrindo-nos para 
1. Multirrealidade e
2. Multirracionalidade. 
1.4. Discurso Narrativo como Cultura Discurso 
Narrativo 
─ Narrativa une as pessoas dentro de si e entre si
─ Narrativa não é um ato Mental Individual
› Produção discursiva de natureza interpessoal. 
─ Narrativa = Conhecimento 
─ Localizada 
› Contextualizada 
1.4. Discurso Narrativo como 
Cultura Discurso Narrativo 
─ Significados
› Só fazem sentido quando localizados no 
espaço/tempo 
› Contexto interpessoal que os enquadra. 
─ Narrativas
› Formas de significação 
› Contexto dialógico, situando-se no espaço 
da INTERINDIVIDUALIDADE. 
─ Dão sentido à existência, tornando a 
experiência comum 
› Dar sentido é sobretudo tornar comum. 
─ Sou tanto mais autor quanto menos idêntico. 
Hermenêutica
─ Hermenêutica absolutista 
e apriorística
Dará lugar à:
─ Hermenêutica facilitadora 
da MULTICOMPREENSÃO
A abstração lógica dará lugar 
a discursividade narrativa 
─ O sujeito isolado 
transformará num Espaço 
Relacional De 
Interlinguagem
Os pressupostos põe em questão: 
1) A crença na existência de elementos de uma realidade interna 
essencial. 
2) A existência de um ser humano completamente individualizado e 
autônomo. 
O indivíduo isolado transformar-se-á num espaço relacional de 
interlinguagem.
2. Os fundamentos de uma 
psicopatologia narrativa
Gonçalves, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: Manual de Terapia 
Breve. Campinas: Edit.Psy. 1998 Cap. 2
Decorrem implicações clínicas em 2 níveis: 
1º) Uma nova concepção de Psicopatologia, 
› Equacionando a FENOMENOLOGIA da PERTURBAÇÃO, 
› Como um disfuncionamento do próprio Discurso Narrativo.
› Não como o reflexo de uma disfunção interna, seja ela “mental” ou 
“neurobiológica”, 
2º) Uma Psicoterapia que deixará de metaforizar o terapeuta como 
doutor da interioridade e da individualidade, 
› E que procurará criar condições, no contexto da realidade conversacional que 
é a terapia, para um desenvolvimento da coerência, complexidade e 
multiplicidade do cliente. 
2. Os fundamentos de uma psicopatologia 
narrativa
PSICOPATOLOGIA:
› Processo de significação
› É o Produto
› Resultado da Interação entre SISTEMAS DE 
SIGNIFICAÇÃO de Paciente e Especialista
2. Os fundamentos de uma Psicopatologia 
narrativa
PSICOPATOLOGIA
› É uma produção discursiva de organização de 
significados, 
› Indissociável da contextualização conversacional e 
sociocultural
2. Os fundamentos de uma Psicopatologia 
narrativa
Caracterização da Psicopatologia 
As psicopatologias mudam, quando mudam: 
› Pacientes, 
› Tempos, 
› Culturas e 
› Especialistas. 
2. Os fundamentos de 
uma Psicopatologia 
narrativa
PSICOTERAPIA
─ Ouvir as NARRATIVAS do 
cliente como uma forma de 
Compreender os seus 
sistemas de Significação
› Expandir estas formas 
de significação
PSICOTERAPIA
“Não há psicopatologia sem um 
interlocutor, e outra eventualmente 
seria a patologia, se outro fosse o 
interlocutor”. 
2. Os fundamentos de uma Psicopatologia 
narrativa - PSICOTERAPIA
─ As significações do cliente existem numa realidade 
conversacional com as significações discursivas do 
próprio terapeuta. 
─ COMO AS SIGNIFICAÇÕES SE ORGANIZAM NA 
MATRIZ NARRATIVA DO INDIVÍDUO? 
COMO AS SIGNIFICAÇÕES 
SE ORGANIZAM NA MATRIZ 
NARRATIVA DO INDIVÍDUO? 
─ Há 3 Dimensões CentraisDa Matriz Narrativa: 
1. Coerência, 
2. Complexidade 
3. Multiplicidade. 
Múltiplas Narrativas
Viver narrativamente é ser capaz de 
explorar Múltiplas Narrativas do: 
─ Passado, 
─ Presente e 
─ Futuro 
Multiplicidade Narrativas
COMPLEXIDADE NARRATIVA:
─ Enriquecer estas narrativas por uma variedade de 
processos e atitudes que nos deem conta da 
› Multipotencialidade de cada instante episódico da nossa 
existência e 
COERÊNCIA NARRATIVA
─ Construir um Sentido de Conexão: 
› Intra e 
› Inter-narrativas
3. Os fundamentos de uma 
psicoterapia narrativa
Gonçalves, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: Manual de Terapia 
Breve. Campinas: Edit.Psy. 1998 Cap. 3
3. Os fundamentos de uma Psicoterapia 
Narrativa
PSICOTERAPIA COGNITIVA NARRATIVA 
Narrativas:
─ Elemento central da construção do conhecimento. 
Objetivo:
Levar o cliente a construir uma realidade múltipla de 
experiências: 
› Sensoriais, 
› Emocionais, 
› Cognitivas e 
› de significação. 
3. Os fundamentos de uma Psicoterapia 
Narrativa
Nesta Perspectiva 
─ Perturbação Psicológica: é provocada pela
─ Incapacidade de dar conta da diversidade e 
potencialidade da experiência
─ Organização de um discurso narrativo que seja:
› Diversificado, 
› Complexo e 
› Coerente
Processo Terapêutico: 
5 FASES 
1. Recordação: 
 Identificar elementos episódicos da experiência; 
 Fatos e eventos
2. Objetivação: 
 Explorar a multiplicidade do mundo sensorial; 
3. Subjetivação: 
 Identificar a variedade de experiências internas, 
emocionais e cognitivas; 
4. Metaforização: 
 Diferenciação de significações da experiência; 
5. Projeção: 
 Elaboração de possibilidades alternativas para 
narrativas de futuro. 
1. RECORDAÇÃO: 
Revisão episódica de vida p/cada ano vivido 
─ É a capacidade de singularizar episódios significativos da vida que faz de 
cada indivíduo um autor da sua própria narrativa. 
─ É uma atitude não só voltada ao passado, mas igualmente voltada para o 
futuro 
› Narrativa Prototípica.
› No final desta fase espera-se que o cliente esteja mais consciente do sentido 
de autoria que tem construído à medida que se vai abrindo à exploração dos 
episódios da sua vida diária, como condição de diferenciação da sua própria 
narrativa e, por conseguinte, do respectivo autor que a escreve. 
2. OBJETIVAÇÃO 
─ Objetivação = elemento essencial para uma atitude de construção 
narrativa = A realidade constitui um incomensurável menu de que o cliente 
em situação de perturbação raramente desfruta. 
─ Cliente é levado a experienciar a multiplicidade de realidades externas, 
através de toda a dinâmica = capacidades sensoriais. 
─ Objetivo = a cada momento = o cliente se aperceba da complexidade e 
versatilidade das experiências na sua riqueza sensorial – aquilo que vê, que 
ouve, os odores e sabores que ele é capaz de identificar, bem como a 
multitude de experiências táteis e cenestésicas que a experiência lhe 
proporciona. 
3. SUBJETIVAÇÃO 
─ Na subjetivação o trabalho de construção múltipla prossegue 
› Variedade de exp. Emocionais e cognitivas. 
› Exercícios de ativação emocional 
─ O cliente vai alargando o leque da sua experiência emocional = dar 
conta de emoções que antes não reconhecia. 
─ Só através de uma flexibilidade da sua experiência emocional e 
cognitiva, poderá o cliente estar capacitado para assegurar a 
viabilidade dos seus mecanismos de adaptação. 
› Viver uma realidade múltipla é ser capaz de construir múltiplas 
versões dessa realidade. 
4. METAFORIZAÇÃO 
─ As metáforas = condensadores de significado = damos sentido a cada 
uma das recordações que vamos experimentando sensorial, emocional e 
cognitivamente. 
─ Na metaforização = produzir múltiplos significados para cada memória 
episódica, que vive ou intencionaliza = enriquecer intencionalmente a 
experiência. 
─ METÁFORA RAIZ
› Forma prototípica idiossincrática de organização dos significados de sua vida, 
realizada clinicamente através do processo de metaforização da própria narrativa-
protótipo. 
5. PROJEÇÃO 
─ Indivíduo em constante movimento espaço /tempo 
─ Intencionaliza as experiências do futuro. 
─ Cliente
› Crie suas próprias memórias do futuro 
› Novas metáforas de si próprio 
› Atualizar novos significados, novas emoções, novas cognições, novas sensações. 
─ METÁFORA ALTERNATIVA (no lugar da METÁFORA RAIZ) 
› Nova revisão da história de vida = encontrar e fundamentar = no seu passado histórico, 
episódios caracterizadores desta nova forma de significação. 
› O cliente aprende também a reconhecer que o passado é um espaço aberto a múltiplas 
significações = dependendo do ponto metafórico de partida = podemos construir não só 
diversos futuros, mas também múltiplos passados.

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