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VI RAÇA E DEMAIS GRUPOS ZOOTÉCNICOS Le nombre, l' étendue et l ' importance des caractéres ne constituent pas la race, c'est leur persistance. La race n'existe que parune colletivité dotée d'un ou plusieurs caractères propes et, héréditaires - Cornevin. Breed is a unit of classification which we must retain for the present on purely systematical grounds. However we must remember that it has no biological basis. - C. Wriedt. 1 Raça A raça, em zootecnia, tem sido considerada como o agrupamento mais importante. É como que a unidade. Os animais domésticos estão, antes de tudo, divididos em raças; daí ser a raça uma noção corrente, e com que mais se trabalha. Parece que o termo “raça”, no campo da zootecnia, foi pela primeira vez usada por DES SERRES, no seu Theátre de l'Agriculture, obra monumental, publicada em 1600, ao referir-se a determinada população de bovinos franceses. É encontrado num tratadista, alemão, WINTER (1672), a propósito de eqüinos. Na literatura francesa ainda se depara com uma referência a esta palavra, no livro de TAUT (1606)- Thrésor de la langue française.Taut pretende explicar que race vient de radix, racine, il fait allusion à 1'extraction1 d'un homme, d"un chien, d"un cheval, on Ie dit de bonne race ou de mauvauise race. Anteriormente, porém, a estas referências, cita-se a de HIPÓCRATES, que muito remotamente falou em raça, no sentido de semelhança dos indivíduos e da influência do meio sobre eles. Adotando este sentido, BUFFON2 como naturalista, introduziu a expressão e a idéia em zoologia, considerando a raça como uma variedade criada e fixada pela influência do clima, da alimentação e até dos costumes. Então se generalizou o uso da expressão, que desde cedo teve forma própria, em cada língua, até mesmo nas línguas não neolatinas: race, raça, razza, raza, breed (e também race), Rasse... Uma incerteza parece reinar, porém; é quanto a origem da palavra. Se race vem do latim radix, na citação de TAUT, há dúvidas sobre a legitimidade dessa ligação não filológicamente exata, pois se trata apenas de uma relação de fonte mnemónica (race-racine-radix). No antigo germânico, há a palavra Reiza, que significa linhagem, e então por que não imaginar ser este o verbo primitivo, que deu raza (provençal e espanhol), raça (português), razza (italiano) e finalmente race (francês)? No Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de ANASCENTE, deparamos com outra etimologia: Raça - LOKOTSH tira do árabe ra's - cabeça, origem. Do hebraico: rash cabeça, segundo FONTOURA3. Provindo de radix (raiz, e, pois origem) ou de Retia (linhagem, e, pois filiação) ou do árabe ra's (cabeça, origem), de rash (cabeça) o primitivo sentido da palavra é um só: origem, filiação. 1 L'extraction – origem, linhagem, ascendência. 2 Histoire naturalle,générale et particuliére. Paris 1749-1804 3 RODRIGO FONTOURA – Novo Dic. Etimológico de L. Prortuguesa. Porto 85 Se o emprego dessa palavra for analisado, na espécie humana, verificar-se- á a presença de uma noção de família (e, pois de origem, filiação). SANSON (1907), citando VOLTAIRE, nos lembra isto mesmo: Le fait est que la race d'Ismael a été infiniment plus fazorisée par Dieu que la race de Jacob . . . A raça, conclui então SANSON, é, portanto exatamente a maior coletividade natural de seres vivos nascidos uns dos outros, ou a maior coleção de indivíduos representando, no tempo, a descendência de um casal, como a família representa a menor. Passando-se em revista as definições dadas, pelos mais variados autores, verificamos que estes foram enriquecendo a noção de raça, a cada nova definição. Começando por QUATREFASES (1861), que foi quem por primeiro mais contribuiu para adoção do conceito de raça: “É o conjunto dos indivíduos semelhantes, pertencentes á mesma espécie, e que receberam e transmitiram, por geração sexual, os caracteres de uma variedade primitiva". Este é um conceito antropológico, que parece ter sido logo apreciado pelos teóricos da zootecnia, que o levaram para sua especialidade, e o divulgaram. Nele está a noção de semelhança hereditária, que se repete em todos os autores, como por exemplo, em CORNEVIN (1891), o pai da zootecnia francesa: “O número, a extensão e a importância dos caracteres não constituem a raça, mas sim sua persistência. A raça só existe quando há uma coletividade dotada de um ou de vários caracteres próprios e hereditários”. Verifica-se aqui, porém, ênfase maior da idéia de herança. Posteriormente introduziu-se mais um elemento, e este foi o ambiente. Ou dizendo melhor, voltou-se ao conceito de BUFFON, quando levou a zoologia o conceito de raça, que ele explicava ser uma variedade fixada por força do clima, da alimentação e dos costumes (como ficou dito atrás). É o que deparamos ao examinarmos as definições dos diversos Zootecnista do fim do século passado e começo deste: “Para SETTEGAST (1878), a raça é constituída por todos os indivíduos da mesma espécie, que diferem dos demais por sinais característicos, que persistem enquanto as circunstâncias, que os determinaram, carecem de força suficiente para fazê- los variar”. "Entende-se por raça um grupo de animais semelhantes, formados por uma adaptação a condições de vida da mesma natureza. Se estas condições persistem, a conformação da raça se mantém, e se transmite de modo constante. Desde que mudem, verifica-se também uma mudança na confecção e na produção dos animais, que constituem a raça" (WILKENS, 1905). Para KRONACHER (1922), raça é um grupo mais ou menos numeroso de indivíduos, dentro da espécie, que em conjunto se distinguem por possuírem em comum determinadas propriedades, que aparecem em geral, de novo, nos descendentes, quando são iguais as condições de vida. Finalmente, deparamos o conceito econômico. É assim que LYNDTIN e HERMES (1910) o introduzem taxativamente na sua definição: "Quando certos números de animais, que vivem em condições semelhantes, apresentam a mesma aparência exterior, o mesmo porte, a mesma massa, as mesmas cores, as mesmas qualidades produtivas, e quando seus caracteres próprios reaparecem em seus descendentes, tais como existiam já nos antepassados, conclui-se que esses animais formam um grupo, que dos outros se distingue por características comuns especiais. A esse grupo de animais, possuindo as mesmas propriedades, dá-se o nome de raça". DECHAMBRE (1914), que os cita, e lhes adota o princípio: "A raça é um certo número 86 de animais da mesma espécie, que vivem em condições semelhantes, que tem a mesma aparência exterior, as mesmas qualidades produtivas, e cujos caracteres reaparecem em seus descendentes tal como existiam em seus antepassados". Dois autores são citados, em cujas definições repontam aquela idéia de origem, que parecia perdida. Primeiramente VAUGHAN (1941), zootecnista americano. "Uma raça é um grupo de animais com uma origem comum, e que possuem certos caracteres distintos, não comuns a outros animais da mesma espécie, os quais são tão fixos que se transmitem uniformemente de pais a filhos" (CUENCA, 1945). "Com o nome de raça compreende-se hoje, em geral, um grupo de animais da mesma espécie que, por seus caracteres morfológicos, e por seu regime de vida, demonstram possuir uma origem comum; cujas características externas, qualidade e quantidade de produção e seus limites extremos - nas condições normais de vida - torna-osdistintos dos demais agrupamentos dentro da espécie, e que são capazes de transmitir esses caracteres e sua característica biológica especial a gerações sucessivas". Finalmente, em ADAMENTZ (1943) destaca-se mais um elemento definidor, do conceito de raça em Zootecnia. É quando ele diz: "Porém nunca se deve perder de vista que, sempre a denominação de raça é, em boa parte, algo arbitrária e convencional”. Então, pode-se concluir que, para uma boa definição de raça, há necessidade de reunir nela os seguintes elementos, a saber: 1 Semelhança dos indivíduos, que a constituem, por possuírem caracteres particulares chamados raciais, entre os quais as suas qualidade econômicas ou zootécnicas. 2 Hereditariedade desses caracteres e dessas qualidades econômicas. 3 Meio ambiente, considerado o mesmo ou semelhante, para expressão desses caracteres e qualidades. 4 Origem comum. 5 Tem algo de convencional. Em outras palavras, origem comum, uniformidade e continuidade de determinados caracteres e qualidades econômicas, sob o mesmo ambiente. Agora é possível então formular a seguinte definição: Raça é um conceito convencional, que diz respeito a um conjunto de animais da mesma espécie, com origem comum, apresentando caracteres particulares, inclusive atributos econômicos, que os tornam semelhantes entre si, tanto quanto diferentes de outros agrupamentos da mesma natureza, e que são capazes de gerar, sob as mesmas condições de ambiente ou semelhante, uma descendência com os mesmos caracteres morfológicos, fisiológicos e econômicos ou zootécnicos. Assim desaparece qualquer dúvida, ao se procurar saber se este ou aquele grupo de animais, dentro de uma espécie, constitui ou não uma raça. Há, neste conceito de raça, as condições para eliminar tais dúvidas. Porém deve ser lembrado, que mais do que o conceito de espécie, o de raça é convencional. É que para o criador, e mesmo para o zootecnista, a raça passa a existir desde que os criadores de uma população animal, proveniente da mesma origem, e com caracteres comuns, estabelecem as bases de seu padrão, e se 87 comprometem a mantê-lo por seleção de seus reprodutores e por castiçamento4, instituindo para isto um assentamento (Livro Genealógico) para aqueles, de seus animais, que correspondem a esse padrão mesmo. Tanto é convencional que animais descendentes de pais, avós etc. puros podem se afastar do padrão, e apesar de sua pureza de sangue decorrente de serem filhos, netos etc. de animais registrados, não logram ser inscritos no Livro Genealógico da raça. Tal é o caso de porcos das raças Wessex-saddle-back e Hampshire, cujo padrão exige a presença de uma faixa ou cinta branca, e que são capazes de gerar indivíduos de pelagem preta lisa (sem a faixa branca), ou brancos ou ainda com a cinta de forma irregular, e que são recusados à inscrição (OLBRYCHT, 1941) fez uma análise da raça Wessex, sob os auspícios da National Pig Breeders, em 2.318 leitões. e obteve 15,31% de variações recusáveis, na forma da faixa). Ainda é possível lembrar a raça Aberdeen-Angus ou Polled Angus, de pelagem preta lisa, mas na qual ocorrem indivíduos de pelagem vermelha descendentes de pais puros, registrados e que são eliminados da raça. E mais um terceiro exemplo: o da raça Holandesa malhada de preto, cujos índividuos puros podem gerar animais malhados de vermelho; e VAUGHAN (1941) informa ter verificado até o caso surpreendente de dois gêmeos Holandeses puros, um dos quais era malhado de vermelho e o outro, malhado de preto. Por convenção, os vermelhos não são registrados, não são considerados animais puros, apesar de sua origem. A raça se tem uma origem natural, zootecnicamente ela participa de uma condição convencional, como foi dito. '“‘Nunca se deve perder de vista, escreveu ADAMETZ (1943), que sempre a denominação de raça é, em boa parte, arbitrária e convencional”. Na verdade, trata-se de uma convenção o fato de sua manutenção, por seleção e castiçamento, e que resulta de uma convenção entre seus criadores. Estes, na verdade, se comprometem a respeitar um código (regulamento do Registro Genealógico) de ação comum para propagá-la e purificá-la, além de promover seu melhoramento. Ainda recentemente GADZAR (1958) , a propósito do Brahman Cattle, escreveu: “Raça é uma unidade artificial de classificação, que depende de aceitar-se como tal certo agrupamento de animais domésticos, pelos próprios criadores"5. O padrão ou modelo, que deve guiar a seleção, é estabelecido em comum acordo, entre eles, criadores, por certo convencidos de que tais característicos é que constituem os meios de distinção e pureza da raça, e não outros. Nisto são levados pelo conhecimento que tem da raça que criam, e pelas necessidades de seu melhoramento econômico. Tanto é assim que já se tem pretendido eliminar as barreiras estabelecidas entre certas raças, visto que as raças da mesma categoria econômica (de corte, de leite, de lã etc.) são muitas vezes economicamente confundíveis. Quartos traseiros de Shorfhorn ou de Hereford só muito dificilmente serão distinguíveis, suspensos numa câmara frigorífica, de um matadouro. No entanto, quão fácil será diferenciar um argumento, entre outros, que se deparam num substancioso trabalho, muito citado, do Yearbook of Agriculture (1936). É que a separação das raças é feita por caracteres mais vezes constituindo fancy points. Isto é, caracteres de fantasia, sem valor econômico. Ou por outra, seu valor econômico é meramente convencional, retribuído pelos próprios criadores. Passam eles, assim, a constituir uma marca comercial, uma “marca de fábrica”, 4 Castiçamento - reprodução de indivíduos da mesma raça ou casta (Conf. Nomenclatura dos Métodos de Repodução - O. Domingues e Faria in Veterinária, n° 3, 1952.). 5 The influence of Indian Cattle U. S. The Indian Vet. 35:565-573, GADZAR, 1958. 88 que ajuda a julgar a pureza ou a origem dos animais. Quanto mais acentuados esses caracteres, ou mais rico o animal de fancy points, mais segurança terá de sua pureza. A idéia de raça, como unidade biológica, que os criadores exploram, não deve desaparecer. Primeiramente porque é uma idéia fecunda. A raça, com sua homogeneidade, suas características harmônicas, por vezes belas - é capaz de estimular o criador em melhorar sua técnica de criação, em se esforçar por torná- la mais perfeita, mais produtiva dentro do padrão. Pode até mesmo chegar a atrair novos criadores, numa fecunda inversão de capitais, por parte de industriais, sugestionados pela expressão de beleza, que esta ou aquela raça passa despertar. Outro argumento é que se as raças se afiguram semelhantes no sentido econômico, como no exemplo apresentado acima - sob o ponto de vista da adaptação e facilidade de criar podem mostrar-se bem diferentes. As duas raças bovinas citadas, Hereford e Shorthorn, divergem bem a tal respeito. Tanto é assim que a área geográfica da primeira é expressivamente maior; ou em outras palavras, o Hereford representa uma população mais números, no mundo do que o Shorthorn. Mas é preciso lembrar que nenhuma raça tem constância absoluta. A cuidadosa escolha dos reprodutores é o fator principal para que ela não fuja ao padrão. O criador brasileiro bem conhece, por experiência própria, essa variabilidade das raças importadas, que nem sempre se deve confundir com a degeneração racial. Ela tem originado inúmeros desapontamentos. Em certos casos pode-se considerar atéum erro coarctar6 essa tendência a variar, desde que a variação seja uma condição para a aclimação vitoriosa da raça, no novo meio. Mas essa liberdade de adaptação ao meio nunca deve vir em prejuízo das qualidades econômicas, que até certo ponto podem estar em correlação negativa com a rusticidade, nem tão pouco com a anulação da uniformidade da raça que, em termos, deve ser respeitada. Convém lembrar que a variabilidade a considerar e admitir deve ser aquela que possa aproveitar a adaptação da raça às novas condições de vida, e não qualquer variação, que se introduziu e multiplicou, desnecessariamente, por simples negligência do criador, que não soube ou não quis servir-se da seleção de reprodutores, para manter a raça dentro dos limites cabíveis, no novo ambiente. Como exemplo, disso pode ser lembrado o caso da vassoura mesclada ou até inteiramente branca do Nelore, que não ajuda a adaptação, nem ao melhoramento dessa raça indiana. Por via mesmo da variabilidade é que as raças podem ser homogêneas e mais ou menos fixas, em seus principais caracteres, caso em que se verifica uma fiel transmissão de seus atributos étnicos, e os indivíduos, que a compõem, oferece uniformidade bem distinta e característica. A raça Árabe de cavalos, a raça bovina Holandesa, as raças inglesas de corte são, entre muitos outros, bons exemplos de raças homogêneas. Há, porém raças mal fixadas ainda, sem uniformidade bastante, heterogêneas. São, geralmente, raças em via de formação ou de fixação, como as nossas de Porco, de Cavalo, certas raças de Galinha, as raças zebuínas, particularmente a Indubrasil. E, sobretudo as novas raças bovinas tropicais, formadas por cruzamento: Santa Gertrudis, Canchim etc. Quer dizer, falta a essas raças aquela homozigose dos caracteres, que permitem justamente distinguir os animais, de outras raças, dentro da mesma espécie. Há, pois, um elemento propriamente genético no conceito de raça. Por 6 Coarctar – reduzir de tamanho, estreitar circunscrever. 89 isso MALSBURG (1911) disse que a raça (melhor diria, raça pura) "é uma população de genótipos idênticos que, embora possam apresentar certa diversidade nos caracteres fenotípicos, provocada pelas influências de meios diferentes, é indispensavelmente homozigota no que se refere à totalidade dos caracteres típicos raciais; estes caracteres hão de ser forçosamente hereditários, enquanto que as diferenças fenotípicas afetam somente a expressão somática". E acrescenta: “Demais, alguns caracteres, também de natureza hereditária, podem variar nos diversos indivíduos da raça, por não formarem parte do patrimônio genético fundamental desta (por exemplo a coloração em diversas espécies domésticas não é caráter racial). Tais caracteres carioplasmáticos acessórios não se acham em homozigose, por não pertencerem à raça, e em sucessivas gerações se segregam de acordo com a doutrina mendeliana, devendo-se denominar parazigotos, em contraste com os caracteres homozigotos próprios da raça”. Desde que os atributos, que caracterizam as raças são hereditárias - forçosamente temos que admitir um fundo genético a mesma raça. Por isso é possível concordar com NICHOLS (1957), quando afirma que "a uniformidade da raça é uma questão de freqüência e de distribuição de combinações gênicas entre os animais que formam a raça". E então, "a falta de uniformidade é devida a diferenças na constituição genética da raça como um todo". A isso procura dar uma explicação exemplificando, ao dizer que as diferenças entre as determinadas raças podem ser devidas a freqüência de gens, e não aos gens propriamente. “Uma raça pode carregar 90%, de AA e 10% de aa; enquanto outra terá justamente uma freqüência numericamente em sentido contrário. No caso, por exemplo, dos gens para gordura no leite, estes são mais freqüentes nas raças Jersey e Guernsey do que na raça Holandesa. Isto se deve a multiplicação dirigida, isto é, à seleção da raça”. WINTER (1955) contesta este ponto de vista. Ele acha que a afirmação ("as diferenças entre as raças é o resultado de uma freqüência de gens") - de tanto ser repetida é considerada exata. E argumenta. "Ninguém fez ainda um Jersey ou mesmo um Shorthorn a partir de uma ascendência completa de Herefords". Certo. A idéia de que a diferença entre as raças resulta de uma freqüencia de gens só é válida dentro dos limites de certos atributos, como o do exemplo de NICHOLS, isto é, do teor butiroso do leite, e atributos quantitativos semelhantes. Quando se trata de atributos tais como pelagem, tipo zootécnico etc. na verdade não temos casos de diferenças por via da freqüência de gens, mas sim de diferenças na qualidade gens. Aliás, a afirmativa de NICHOLS deixa aberta esta interpretação quando diz que "pode ser" e não que “é”. A expressão raça pura quer dizer que se trata de um conjunto de animais homogêneos, e nos quais não há sangue estranho ao da raça a que pertencem; são todos de puro sangue (PS) que, portanto, só tem sangue de uma única raça. Para provar a veracidade de sua pureza, o animal deve ter um certificado de inscrição, no livro genealógico da raça, contendo sua ascendência formada toda de animais p.s. É o chamado "puro de pedigree", expressão defeituosa, que deve ser evitada pelo técnico. Defeituosa e inútil. O animal de puro sangue também é chamado puro de origem (PO). A expressão animal puro sangue, para designar um indivíduo castiço, sem mistura com outra raça - deve ser preferentemente substituída por animal registrado, pois todo animal não registrado não pode ser considerado puro. Isto é que confere a idéia de raça, um conceito convencional. Animal sem sangue (SS) quer dizer que nele não existe sangue de nenhuma raça, trata-se de um mestiço contendo uma mistura de diversos sangues sem predominância 90 de nenhuma das raças puras conhecidas. Quando se diz que certo animal tem sangue de determinada raça, é que ele apresenta visivelmente um ou outro caráter dessa raça. Figura 28 - Bode Moxotó, raça natural (segundo a classificação de Sttengast) ou mesológico (segundo Aparício) Fazenda Exp. De Criação Sertânia – Pernambuco Padrão (standard) vem a ser o cânone da raça, o modelo ideal, que deve orientar os criadores na seleção dos reprodutores da raça. Como visto, ele é estabelecido pelos criadores reunidos em associação, que além de estabelecer o padrão da raça terá o encargo de manter e resguardar esse padrão, e orientar o melhoramento dela. Para tal organizará o Livro Genealógico ou registro oficial de todos os animais puros da raça. Considerando-se sua origem, as raças podem ser primitivas ou derivadas. Primitiva é a raça natural de certa região, e que se formou primeiramente por seleção natural ou quase, e depois por seleção artificial. Derivada é a raça que provém de outra ou de outras, ditas primitivas ou naturais, por variabilidade ou cruzamento. Essa é uma divisão que devemos a NATHUSIUS, e que corres-ponde, em termos, a de SETTEGAST (1878), raças naturais e raças de cultura (artificiais, portanto derivadas e melhoradas). Exemplos de raça primitiva ou natural: a raça Árabe de cavalos, a raça bovina Schwyz (Pardo Suíço). Raças derivadas ou de cultura: Santa Gertrudis formada por cruzamento e mestiçamento; raça Caracu formada por seleção de mestiços; Mocha nacional formada por seleção de mutação. Ainda há uma expressão -raça nativa que deve ser bem definida a fim de que ela possa eliminar esta outra "raça nacional" defeituosa e imprópria: a raça é do país, não é da nação. Raça nativa é aquela raça natural ou derivada, que se formou em certa região do país, por seleção natural, acompanhada ou não por uma ação seletiva e conservadora do homem. Ela pode ser nativa melhorada, quando trabalhada pela seleção artificial, isto é, sujeita à reprodução dirigida no sentido de seu melhoramento genético, com aperfeiçoamento econômico. Exemplos - raças nativas: Curraleira (Nordeste), Cavalo Nordestino, Jumento do Nordeste; cabra Moxotó, Marota, Surrão ou Repartida; Carneiro Deslanado de Morada Nova. Raças nativas melhoradas: Caracu, Mangalarga, porco Pirapitinga, Piau etc. Inspirando-nos na distinção feita pelo Prof. APARÍCIO (1946), baseada na 91 maior ou menor Influência do homem ou do ambiente, sobre as raças de animais domésticos, podemos estabelecer dois grupos: 1 - Raças mesológicas. 2 - Raças melhoradas. Raça mesológica é aquela constituída de animais que foram e são marcadamente influenciados pelo ambiente, e muito discretamente pelo homem; nelas, as aptidões produtivas, ao se revelarem, não ultrapassam aquela média necessária ao desenvolvimento e perpetuação da espécie e da raça. São aquelas raças que costumamos chamar com o nome de "raça comum", ou raças ainda não conceituadas, abandonadas as vicissitudes do meio. Nossas raças nativas são raças mesológicas. Raça melhorada (em oposição à mesológica) é aquela sensivelmente influenciada pelo homem, e cujas aptidões produtivas se expressam no máximo, graças à intervenção dele em estabelecer ambiente favorável a essa expressão. Aqui, as funções produtivas ultrapassam as necessidades do animal, e de sua sobrevivência, cabendo essa sobra ao uso do homem. Tendo-se por base a aptidão zootécnica predominante, as raças se dividem em: raças leiteiras, raças para corte, raças com dupla aptidão ou mistas; ou raças de sela, de tiro, em se tratando de cavalos. E assim por diante, conforme a espécie. Tal divisão se serve do conceito de "tipo zootécnico", a que adiante nos referiremos. Pode-se considerar, ainda, a filiação étnica das raças, e então elas estarão distribuídas, conforme a espécie, em tantos tipos étnicos quantos os considerados pelos etnólogos. Nos bovinos, por exemplo, temos o Bos taurus aquitanicus, tronco a que se filia o nosso Caracu; o Bos taurus batavicus, a que pertence à raça Holandesa, e assim por diante. Chama-se área geográfica de uma raça ao território onde se encontram indivíduos dessa raça, sendo normalmente explorados. Ou é o espaço territorial, onde vivem e se aclimaram indivíduos a ela pertencentes, em estado de pureza ou em alto grau de sangue. E berço da raça é aquela parte de sua área geográfica, onde a raça se definiu e formou daí se dispersando para outras regiões, nas quais se aclimou. Nem sempre é fácil determinar o berço de uma raça, com precisão, mas, de modo geral, sabe-se pelo menos os pais onde surgiram e se fixaram as principais raças criadas em domesticidade. As raças de extensa área geográfica são chamadas cosmopolitas, e as da área geográfica restrita, topopolitas. Em geral as raças sem interesse econômico ou sem capacidade adaptativa são raças topopolitas. O gado Holandês, por exemplo, é uma raça cosmopolita. O gado Bretão já deve ser considerado uma raça topopolita. 2 A Variedade Numa raça, que se tenha espalhado em área geográfica de certa extensão, é possível formarem-se agrupamentos de indivíduos aqui e ali, mais ou menos insuladamente, e que apresentam distinções sensíveis, de modo a permitir certa diferenciação entre a raça e os novos agrupamentos. Essa variação limitada a alguns poucos caracteres pode ser provocada ou mantida pelo criador, visando o maior rendimento. Assim se constituem, dentro da raça, as variedades também chamadas sub-raças, menos vezes. Tal diversificação pode basear-se em atributos zootécnicos, ou em caracteres sem valor econômico: pelagem, conformação craniana. Na grande raça Holandesa, de bovinos depara-se, por exemplo, com três variedades: a da Frísia ou malhada de preto, mais acentuadamente leiteira; a Rootbond ou variedade M. R. Y. 92 (Mosa, Reno, Yssel) de pelagem malhada de vermelho, de aptidão mista: leite e carne; e a de Groningen, mais para corte, pela sua conformação mais espessa e, pois, mais pesada, com a cabeça branca em corpo preto. Na raça de porcos Yorkshire, temos três variedades: a Grande ou Large White, à Média ou Middle Withe, a Pequena ou Small White. Nas Galinhas, temos a raça Plymouth Rock com suas variedades Branca e Barrada; a Orpington: Branca, Amarela e Preta. E assim por diante. A formação das raças e das variedades segue o mesmo principio geral da formação das espécies: variação hereditária (espontânea ou proveniente da mistura de sangues diferentes) e a seguir a segregação geográfica, a seleção natural ou a seleção artificial. 3 A Família, a Linhagem e o Sangue A noção de família, se bem que praticamente muito conhecida, não proporcionou aos autores, ainda, uma opinião única a respeito de sua extensão. Para ZWAENEPOEL (1922), por exemplo, a família é constituída pela mãe e sua descendência direta; definição essa que se encontra também em MARCQ e LAHAYE. MARTIMOLLI (1925) define-a como sendo a descendência direta e colateral de um casal, até a quarta geração, aceitando esta limitação de BALDASSARRE. Para outros, a família abrange os descendentes até a quinta geração (PARISI, 1939), até a sétima, e mesmo até a décima. Este conceito satisfaz melhor: é o conjunto de descendentes a partir de um casal, mas desde que se limite sua extensão por outro modo. Isto é, o conjunto de descendentes diretos e colaterais até o 10° grau de sangue, ou seja, até a 5ª geração. Já a linhagem é constituída pelos descendentes “diretos”, a partir de um genitor, macho ou fêmea, os quais devem apresentar, com notável fixidez, certos traços ou qualidades, que lhe foram legados por herança biológica, daquele antepassado comum. Desta sorte, para encabeçar a linhagem, tanto se poderá ter um reprodutor tanto de um sexo como de outro. O mais comum é o reprodutor macho, porque este gera muito mais descendente, no mesmo espaço de tempo. Nem por isso deixa de haver, todavia, linhagens encabeçadas por fêmeas. O termo linhagem pode ser limitado à linhagem pura (JOHANNSEN, 1926) que é a unidade genética, no melhoramento das plantas. Nos animais domésticos, rigorosamente falando, não há linhagem pura, porquanto esta só pode ser bem compreendida como conseqüência da autofecundação. Entretanto, como se verá no estudo da Genética dos animais domésticos, a noção de linhagem pura, em zootecnia, pode ser ligada à de um atributo ou pouco mais. Então será permitido falar em linhagem pura para estes ou aqueles caracteres, que se mostram, na verdade, fixos e puros nos descendentes diretos, a partir de determinado genitor. Quando se fala em sangue, sob o ponto de vista zootécnico, quer-se fazer referência à parte hereditária, aquilo que é herdado, à raça, mas, de um modo vago. Por exemplo. "Animais do mesmo sangue" - quer dizer que pertencem à mesma raça, ou também, que descendem dos mesmos antepassados ou que possuem antepassados comuns. "Mistura de sangues" - é uma alusão a um cruzamento de animais, de raças diferentes, não do "mesmo sangue"; e "animal depuro sangue", animal "sem sangue", já vimos, é respectivamente o animal que só tem sangue de uma raça, e animal que não tem sangue de nenhuma raça. Esse conceito de sangue vem da noção, falsa, aliás, de que a transmissão das qualidades dos pais, aos filhos, se dá pelo sangue, que circula nas veias e artérias... Daí sangue "nobre", sangue "azul", sangue "plebeu", expressões tão correntes e de 93 sentido tão conhecido, mas baseadas nessa compreensão antiga de como as qualidades dos pais passariam aos descendentes. Mas, como disse, a noção de família é conhecida praticamente. Todo o criador adiantado tem-na bem presente, pois no melhoramento do seu gado ele se preocupa, sobretudo com a "família", conjunto de animais com relação de parentesco, ou com o mesmo "sangue". Por isso, família e sangue (blood line dos americanos) podem ser expressões sinônimas em zootecnia. Dentro da raça há uma preocupação da família, do sangue a que pertencem os animais que são criados e que desejamos melhorar. A raça, somente, importa menos; e isso quanto mais melhorada ela for. É o que dentro da mesma raça há inúmeras famílias, umas ótimas, outras medíocres, outras ruins. Não basta, pois, que os animais sejam de raça pura. Torna-se necessário que pertençam a uma família (ou sangue, ou linhagem) de elevada aptidão zootécnica, de alta produção, as quais repontem recordistas. "Na discussão das raças de qualquer espécie de gado - escreve SHANNON - é bom ter em mente que a família ou a linhagem é de igual, se não de maior importância do que a raça, pois que a diferença entre várias linhagens, da mesma raça, pode ser maior do que entre raças diferentes"... Ao que será permitido acrescentar, que as diferenças entre as linhagens são sempre quanto ao rendimento zootécnico ou quanto ao vigor ou rusticidade. E entre as raças, a diferenciação, que fundamenta mesmo a distinção entre elas, está na maioria dos casos, no que diz respeito a caracteres exteriores, sem significação econômica, considerando-se raças com as mesmas finalidades produtivas. 4 Forma e População GERBAULT, no seu trabalho Sur la nomenclature des plantes cultivées, explica que a variedade (ou raça, em zootecnia) contém duplo elemento: um elemento morfológico, como a estrutura exterior, é um elemento hereditário. Enquanto este não for verificado e comprovado, há simplesmente uma forma. A forma é, portanto, digamos, o conjunto de indivíduos recém-originados ou deparados em uma população, saldas de uma mistura de sangues ou de aclimação, cuja herança constitui ainda uma incógnita. Ou melhor, cuja fixidez ainda não está comprovada. É um termo geral, sem limitação, servindo para designar uma coisa que não pode ser então considerada uma raça, e que se diferencia de outras formas já fixadas em raça ou variedade. A um agrupamento qualquer, de indivíduos considerados apenas do ponto de vista numérico, deu-se o nome de população, desde que vivam em determinada área geográfica comum a eles. 5 O Indivíduo - Genótipo e Fenótipo Finalmente chegamos ao indivíduo, à unidade, ao que não se pode dividir. O indivíduo nunca é totalmente igual a outro, da mesma raça, variedade ou família, porquanto cada um se torna portador de um quinhão diferente, da herança biológica dos antepassados. Entre um e outro indivíduo, mesmo irmãos, haverá sempre meio de distingui-los, pois a variação ainda se faz notar, neles, tanto menos, quanto mais fixa e homogênea for a raça. Somente no caso de gêmeos univitelinos (provenientes de um só ovo) é que se verifica uma identidade rara de atributos e até de qualidades. Em geral essas diferenças se pronunciam e aumentam com a idade do animal. Quando novos, são menores ou até nulas as diferenças entre eles; com a idade elas aparecem ou se acentuam, até o estado adulto. 94 Mas tais diferenciações, entre indivíduos da mesma raça, e até da mesma família, não dependem apenas do quinhão de herança, que cada um recebeu biologicamente. Elas podem ainda ser o efeito do trato, da alimentação, do ambiente onde foram criados. Conhecer o indivíduo é uma grande necessidade, em zootecnia, seja do ponto de vista prático, da exploração dos animais, seja do ponto de vista teórico ou experimental. SETTEGAST (1878) chegou mesmo a dizer que o valor decisivo de um animal não é determinado pelo fato de pertencer, ora mais ora menos, a uma raça, mas pela sua qualidade individual. Esta certo, mas considerando-se o indivíduo como elemento de uma exploração pecuária, e não como gerador de uma progênie, quando a origem racial importa também muito. Daí a necessidade de subdividir o indivíduo em duas partes: sua herança biológica, uma; sua individualidade, outra. Ou em termos de genética: o genótipo, do fenótipo. Genótipo é o indivíduo considerado segundo sua origem genética ou sua herança biológica. E Fenótipo é a expressão exterior do genótipo, sob a influência de determinadas condições de meio. O fenótipo escreveu KELLEY (1846), é coisa efêmera, muitas vezes não mais do que o efeito de uma limitação do ambiente, uma coisa passageira, que morre com o animal e se perde para sempre. Mas o genótipo é uma combinação acidental de heranças, que tem sua origem no passado longínquo e seu futuro na eternidade. Ao explorador do gado, o que mais interessa é o fenótipo do indivíduo, seus caracteres raciais expressos somaticamente, suas qualidades zootécnicas, sobretudo. Ao melhorista, é o genótipo; pois na conservação ou no melhoramento da raça, o genótipo precisa ser conhecido, porquanto é ele que passa a outra geração, e não o fenótipo. Mas, com o conhecimento deste, poder-se-á determinar aquele, indiretamente. De onde sua importância, em ambos os casos. No genótipo, entretanto, é que esta a garantia da permanência da raça, da sua fixidez ou do seu aperfeiçoamento. 6 Tipo étnico e tipo zootécnico Não fora a confusão que ainda se faz no emprego do termo "tipo", este parágrafo na teria cabimento. Infelizmente se fala do tipo sem precisar o sentido da palavra: étnico ou zootécnico. E a observação não é só minha, e é por demais antiga. Em CORNEVIN (1891), já encontramos o velho reparo: On a employé te mot type á la place de celui de race, mais il n'en est pas synonyme, car il ne comporte aucune idée de parenté ni de fixité. Tipo étnico é o tipo referente à raça. Nada mais é do que o tipo racial. A fisionomia, o conjunto dos caracteres exteriores e hereditários de uma raça. É uma expressão da Etnografia. Tipo zootécnico já constitui uma expressão de Exterior, designando uma conformação que corresponde a certa utilização do animal. Trata-se de uma conformação do animal, que nada tem a ver com a noção de raça, e tão somente a de rendimento zootécnico. Quando digo “tipo leiteiro”, refiro-me à conformação do animal, cuja função produtiva é produzir leite, não importa qual a raça. Tipo de animal para velocidade corresponde ao cavalo, cujo trabalho a explorar é a locomoção rápida, veloz. Tipo de galino para ovos é o da galinha, que tem exaltada sua função oveira. Como se vê neste sentido, tipo é uma conformação apropriada e necessária 95 a um fim econômico. Não pertence, pois, a terminologia dos grupos zootécnicos. Não se trata de um agrupamento de animais. Corresponde a uma "forma de produção", como disse MARTINOLLI (1925), que adverte: "Não se deve cair no erro de confundir a palavra tipo com a de raça". Como se vê, tipo refere-se ao aproveitamento econômico do animal,e não à sua raça ou à sua espécie. É uma coisa estática, sem nenhuma continuidade, em outra geração; esta é a concepção que corresponde a tipo racial. "Tipo" escreveu VAUGHAN (1941), “é um ideal ou padrão de perfeição combinando todos os caracteres que contribuem para o valor e eficiência do animal para determinada utilização". WINTERS (1954): "Tipo é uma corporificação ideal de todos os caracteres que contribuem para o valor do animal em determinada utilização ou utilizações". E finalmente PACCI (1947) que é incisivo: “O tipo não é um grupo biológico, mas sim uma forma exterior sob a qual se modelam indivíduos de origens diversas, porém caracterizados pela mesma atividade funcional”. Em face disto, não há como tolerar o emprego da expressão “tipo” no sentido de “raça”. Questionário n° 6 1 - Partindo da etimologia do vocábulo raça, qual a primeira idéia que ele nos oferece? 2 - Quais os elementos para uma boa definição de raça? 3 - Por que se diz que a raça é um conceito convencional? 4 - Quando se diz que a raça tem existência oficial? 5- Que é padrão racial? 6 - Por que os caracteres exteriores são os preferidos para a distinção das raças? 7- Analise a fixidez e a variabilidade das raças, em face da adaptação a um novo meio. 8 - Qual o elemento propriamente genético, no conceito de raça, e a quem se deve isso? 9 - Dê um exemplo de raça natural ou primitiva; de raça derivada por cruzamento e mestiçagem; de raça derivada por seleção de mestiços; e de raça derivada, por seleção de mutação. 10- Que quer dizer raça pura e puro sangue, e quais as outras expressões decorrentes na noção de pureza de sangue? 11- Como podem ser as raças quanto sua origem, sua maior ou menor dependência do meio ambiente e do homem e quanto a sua aptidão produtiva, sua filiação étnica? 12- Que é área geográfica? E raça cosmopolita e topopolita? 13- Que é variedade? 14- Como se procesa a formação e o estabelecimento de uma raça? 15 – Que é família, linhagem e sangue? 16- Que é forma, população? 17- Que é indivíduo e como dividi-lo? 18 - Por que é errado confundir tipo com raça? 96
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