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CONSULTA DE ENFERMAGEM - GINECOLOGIA CONSULTA DE ENFERMAGEM Atividade principal desenvolvida pelo enfermeiro, na rede de atenção primária à saúde e hospitalar, sendo que na rede primária são inúmeras as atividades de prevenção realizadas. envolve um processo complexo que requer entrevista e exame físico completo com o objetivo de subsidiar uma assistência de qualidade. (CARVALHO, NOBRE,LEITÃO,VASCONCELOS E PINHEIRO, 2008) CONSULTA DE ENFERMAGEM Deve estabelecer uma relação de confiança, garantir o caráter confidencial da consulta, estimular a auto-estima,verbalizações de seus sentimentos e percepções, Conhecimento do próprio corpo,participação ativa da mulher na prevenção e controle de doenças. CONSULTA DE ENFERMAGEM Estar atenta no momento da consulta para compreender não só os valores da mulher, mas também os seus próprios para que não haja risco de interferência negativa na relação por meio de atitudes, preconceito, juízo de valor, e imposição de conduta. ( Costa, Souza e Medeiros, 1998) CONSULTA DE ENFERMAGEM É respaldada legalmente pela lei de exercício profissional nº 7498, que atribui privativamente ao enfermeiro a consulta de enfermagem CONSULTA DE ENFERMAGEM Assistência à saúde da mulher relacionada com o ciclo reprodutivo, sendo direcionadas às gestantes. Vargens OMC, Hood MD (1993) E a mulher grávida, expressam preocupação com a mulher não-grávida, admitindo os problemas obstétricos graves, mas porém o ciclo gravídico-puerperal ocupa um curto espaço de tempo na vida da mulher. CONSULTA DE ENFERMAGEM Desde a criação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher pelo Ministério da Saúde, em 1984, as informações disponibilizadas referentes ao perfil dessa população relacionam-se ao ciclo gravídico- puerperal, dificultando um diagnóstico de saúde da mulher no que tange aos aspectos não-reprodutivos (ROCHA ET AL; 2000) CONSULTA DE ENFERMAGEM A boa comunicação, perspicácia e disponibilidade de tempo são de fundamental importância na consulta de enfermagem para minimizar a ansiedade, timidez e vergonha.(Diógenes, Rezende e Passos; 2001) CONSULTA DE ENFERMAGEM Comunicação não se refere somente ao conteúdo, mas também aos sentimentos e emoções que as pessoas podem transmitir num relacionamento. É considerado um dos mais importantes fatores utilizados para estabelecer um relacionamento terapêutico enfermeiro-cliente CONSULTA DE ENFERMAGEM Por ocasião da consulta de enfermagem em ginecologia, o enfermeiro discutirá a importância da realização periódica do exame de prevenção do câncer de colo uterino, salientando que após duas colheitas. Atentar para os aspectos que envolvam o cotidiano da mulher, problemas relativos ao trabalho,afetividade, sexualidade,buscando a integralidade da assistência. CONSULTA DE ENFERMAGEM O enfermeiro tem atuação importante nos programas de prevenção que extrapola o aspecto técnico, contemplando a atividade de orientação e aconselhamento. O aconselhamento é um dos componentes da atividade educativa, e por meio do diálogo é possível conscientizar a mulher para que participe do processo de prevenção e tratamento e tomada de decisões importantes. ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA - ANAMNESE Identificação: devemos obtê-la através dos dados da idade, cor, estado civil, profissão, endereço, local de origem, nível sócio- econômico. Queixa principal e história da doença atual: serão investigadas em profundidade, procurando saber seu início, duração e principais características a ela relacionadas. ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA - ANAMNESE Antecedentes gineco-obstétricos: caracteres sexuais secundários, menarca, ciclo menstrual (detalhar alterações), data da última menstruação, presença ou não de dismenorréia e tensão pré-menstrual, número de gestações e paridades com suas complicações, atividade sexual e métodos de anticoncepção, cirurgias, traumatismos, doenças, dst e aids. ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA - ANAMNESE História pessoal ou antecedentes: investigar quais as doenças apresentadas pela paciente durante sua existência – passado e presente. História familiar: antecedentes de neoplasia ginecológica (mama, útero, ovário); antecedentes de osteoporose; em algumas situações idade da menarca e menopausa materna e de irmãs. ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO A. exame físico geral: um exame geral completo é tão importante em ginecologia como em qualquer outro ramo da medicina. Embora o exame ginecológico seja dirigido naturalmente para a mama e órgãos pélvicos e abdominais, ele deve incluir uma observação geral do organismo. ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO Tipo somático – normossômico,magra ou gorda Tipo constitucional- normolíneo,brevilíneo,longilíneo,atlético Estado nutricional – estrutura muscular: eutrófico,hipotrófico, hipertrófico e tecido adiposo (idade e nível sócio econômico) mau estado nuricional – diabéticas, portadoras de carcinomas,aids, tuberculose. ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO Fáceis- normal ou atípica(caquética, desnutrida) Mucosas- normocoradas, hipocoradas, descoradas – hemorragias decorrentes de aborto, rotura tubária, torção de pedículo de tumor ovariano. Pêlos – distribuição, local de implantação, coloração e textura. pelos grossos e escuros, locais não usuais – hirsutismo ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO Pele – lesões sifilíticas, condilomas e doença de Paget. e nas alterações de pele incluem-se as cicatrizes. Aparelho respiratório- em repouso, individuo adulto sadio – 16 a 18 incursões respiratórias por minuto com expansão do tórax de forma simétrica. as incursões são nítidas na caixa torácica na mulher– tipo respiratório torácico. no homem – respiratório abdominal. ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO Exame do abdome Andar superior: epigástrio na porção média e hipocôndrios direito e esquerdo Andar médio: região umbilical no centro e flancos direito e esquerdo Andar inferior: região hipogástrica ou suprapubiana na parte mediana e regiões inguinais ou fossas ilíacas direita e esquerda ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO ESPECIAL - MAMAS B. exame fisico especial:mamas, abdomen, axilas e fossas supraclaviculares. mamas inspeção: estática e dinâmica estática- eritema (câncer e processos inflamatórios) ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO ESPECIAL - MAMAS cicatriz – antecedentes cirúrgicos úlcera – doença de paget fístula – quadro infeccioso e tuberculose mamária eczema – bilateral com comprometimento de mamilo e aréola edema- neoplasia quando apresenta-se de forma difusa, com característica de casca de laranja – carcinoma inflamatório ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO ESPECIAL - MAMAS Inspeção dinâmica Braços elevados ou na cintura Palpação: toda extensão das mamas, cadeias linfonodais e locorregionais – axila, regiões supra e infra claviculares e paraesternal, sempre de modo comparativo. Técnica de velpeaux Técnica de bloodgood ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO ESPECIAL - MAMAS NÓDULO – DIMENSÃO EM CENTÍMETROS, NÚMERO DE NÓDULOS, CONSISTÊNCIA EMOBILIDADE ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA – EXAME FÍSICO ESPECIAL - GINECOLÓGICO C. EXAME GENITAL POSICIONAMENTO DA PACIENTE: A posição ginecológica é a preferida para a realização do exame ginecológico. Coloca-se a paciente em decúbito dorsal, com as nádegas na borda da mesa, as pernas fletidas sobre as coxas e, estas, sobre o abdômen, amplamente abduzidas. O exame dos órgãos genitais deve ser feito numa seqüência lógica: a) órgãos genitais externos- vulva b) órgãos genitais internos- vagina, útero, trompas e ovários EXAME FÍSICO ESPECIAL – GINECOLÓGICO - EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS C.1. EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS: Pelo risco de contaminação do examinador e da paciente sugerimos que este exame seja efetuado com luvas . Estas deverão ser mantidas durante todo o exame e trocadas quando da realização do exame especular e toque vaginal. A inspeção dos órgãos genitais externos é realizada observando-se a forma do períneo, a disposição dos pêlos e a conformação externa da vulva (grandes lábios). EXAME FÍSICO ESPECIAL – GINECOLÓGICO - EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS Realizada esta etapa, afastam-se os grandes lábios para inspeção do intróito vaginal. Com o polegar e o indicador prendem-se as bordas dos dois lábios, que deverão ser afastadas e puxadas ligeiramente para a frente. Desta forma visualiza-se a face interna dos grandes lábios e o vestíbulo, hímen ou carúnculas himenais, pequenos lábios, clitóris, meato uretral, glândulas de Skene e fúrcula vaginal. Deve-se palpar a região das glândulas de Bartholin; e palpar o períneo, para avaliação da integridade perineal. TIPOS DE HIMEN ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS EXAME FÍSICO ESPECIAL – GINECOLÓGICO - EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS C.2. EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS: C.2.1. EXAME ESPECULAR: É realizado através de um instrumento denominado espéculo. Os espéculos são constituídos de duas valvas iguais; quando fechados, as valvas se justapõem, apresentando-se como uma peça única. Os espéculos articulados são os mais utilizados, podendo ser metálicos ou de plástico, descartáveis, apresentando quatro tamanhos: mínimo (espéculo de virgem), pequeno (nº 1), médio (nº 2) ou grande (nº 3). EXAME FÍSICO ESPECIAL – GINECOLÓGICO - EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS Deve-se escolher sempre o menor espéculo que possibilite o exame adequado, de forma a não provocar desconforto na paciente. O espéculo é introduzido fechado. Apóia-se o espéculo sobre a fúrcula, ligeiramente oblíquo (para evitar lesão uretral), e faz-se sua introdução lentamente. Nem sempre o colo localiza-se na posição descrita anteriormente; nestes casos deve serlocalizado através de movimentação delicada do espéculo semiaberto. EXAME FÍSICO ESPECIAL – GINECOLÓGICO - EXAME DOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS O colo é então inspecionado; pacientes nulíparas geralmente têm o orifício externo puntiforme ao passo que nas que já tiveram parto vaginal este apresenta-se em forma de fenda; mulheres na pós menopausa tem o colo atrófico, e nas mais idosas pode ser difícil identificá-lo. A inspeção deve avaliar presença de “manchas”, lesões vegetantes, lacerações, etc.
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