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* Interação Microrganismo x Hospedeiro Profa. Dra. Eliana Stehling * Interação Microrganismo x Hospedeiro Conceitos Microbiota do corpo humano 2. Transmissão da Infecção 3. Processo Infeccioso 4. Fatores de Virulência Bacterianos * Interação Hospedeiro X Microrganismos Bactérias, fungos, vírus 1. Colonização permanente 2. Colonização transitória, 3. Doença (processo patológico ) Lesão Exposição contínua aos microrganismos Microbiota normal * Microbiota Normal do Corpo Humano (M.N.C.H.) - Pode ser responsável por uma série de Doenças: Chamadas de Infecções Endógenas 1. Quando deixam o seu sítio normal e migram para um novo local no Corpo humano. (Ex. Cirurgias, perfurações) 2. Uso de antibióticos ou imunosupressores, 3. Pacientes na U.T.I. * Microbiota Normal do Corpo Humano (M.N.C.H.) Alguns microrganismos de interesse médico produzem doenças aO que é M.N.C.H.? sempre Raramente Freqüentemente M.N.C.H. * Interação Hospedeiro e Microrganismos Patogenicidade Virulência Infecção Doença * Microbiota Normal do Corpo Humano (M.N.C.H.) - Quando se forma? - Não é uniforme. Varia em: - Qualidade - Quantidade - Com a idade, alimentação, etc Importâncias Benéficas: Produção de vitaminas K e do complexo B Estimulo ao desenvolvimento das defesas imunológicas Proteção dos intestinos X infecção por Salmonella Proteção dos intestinos X colite pseudomembranosa (Clostridium difficile) Proteção da pele X infecções microbianas Proteção das mucosas X infecções microbianas * Microbiota normal Pouco numerosa (até 1000/ml): Pele seca Uretra Estômago Duodeno Jejuno * Microbiota Normal Moderadamente numerosa (100.000 a 1.000.000/ml) Couro cabeludo Axilas Face Fossas nasais * Microbiota Normal Muito numerosa (superior a 1.000.000/ml) Trato respiratório superior Saliva Sulco gengivodental Íleo inferior Cólon Vagina * Microbiota normal A colonização da superficie das células epiteliais por bactérias da microbiota normal impede a colonização por outras mais virulentas É um mecanismo de defesa * Microbiota normal Pele Staphylococcus epidermidis Staphylococcus aureus Propionibacterium acnes Corynebacterium spp Fatores Baixo pH e umidade Substâncias inibitórias Cocos Gram- positivos Bacilos Gram- positivos 104 - 10 6 bactérias/cm2 de pele Localização: Extrato córneo Folículos pilosos * Staphylococcus aureus - 50-70% das pessoas Corynebacterium Fatores Movimento ciliar Lisozima - Antibiótico b- lactâmico (ex. penicilina) Crescimento de: E. coli, Klebsilella e Pseudomonas Microbiota normal Fossas Nasais * Numerosa e diversificada (Ex. saliva – 108 bactérias/ml, - placas dentais 1011 bactérias/ml Staphylococcus Streptocococcus Neisseria Bactereoides Actinomyces Treponema Grande importância Odontológica Medicina - Endocardites - cárie dentária doenças periodontais Microbiota normal Cavidade Oral * Variação na microbiota da Cavidade Oral * A alta umidade A temperatura constante (34 a 36 C) O pH ao neutro A disponibilidade de nutrientes. Permite o estabelecimento de uma microbiota complexa composta por + de 300 sp de bactérias que habitam diversas regiões da boca. A microbiota oral inicia-se de 6 a 10 horas após o nascimento gênero pioneiro Streptococcus Microbiota normal Cavidade Oral * Conjuntiva Microbiota varia com a idade, pH, secreção hormonal: Vagina - (glicogênio) Uretra Normalmente estéril Staphylococcus epidermidis Corynebacterium Streptococcus faecalis Escherichia coli - 1o. Mês, puberdade-menopausa : Lactobacillus sp - Infância, pós menopausa: Corynebacterium, S. epidermidis, E. coli Microbiota normal * Microbiota normal Ouvido Externo Semelhante a da pele Staphylococcus epidermidis Staphylococus aureus Streptococcus alfa hemolitico Streptococcus pneumoniae Corynebacterium spp * Microbiota normal Aparelho Digestivo * (101 a 103 ufc/ml) (1011 a 1012 ufc/ml) (103 ufc) (106 a 108 ufc) Microbiota normal Aparelho Digestivo Flora Intestinal 1014 Células Humanas 1013 * Estômago: número variado após as refeições Cocos Gram-positivos: inferior a103 ufc/ml Helicobacter pylori Extremamente variada em espécies 1 aeróbia: 102/104 anaeróbias Mais de 30% do peso das fezes Importante papel de defesa São os mais importantes agentes de Infecções endógenas Microbiota normal Aparelho Digestivo * Acidez gástrica Flora intestinal e idade Recém-nascido Leite materno: estafilococos e Clostrídios e Enterococos Idoso Costridium perfringes, lactobacilos coliformes e enterococos Papel na Saúde e Proteção do Organismo Microbiota normal Aparelho Digestivo * Mecanismos de Virulência * Mecanismos de Virulência * Ocorrência das doenças * Ocorrência das doenças DI50% Bacillus anthracis Vibrio cholerae: 108 DL50% Toxina botulínica: 0,03 ng/Kg Toxina Shiga: 250 ng/Kg Enterotoxina staph.: 1.350 ng/Kg Pele: 10 a 50 endosporos Inalação: 10.000 a 20.000 Ingestão: 250.000 a 1.000.000 * Mecanismos de Virulência Adesão Adesinas Glicocálice Fímbrias * Adesinas Moléculas de superfície no patógeno que se unem especificamente a receptores de superfície no hospedeiro. A maioria é composta de glicoproteínas ou lipoproteínas Mecanismos de Virulência * Placa bacteriana Bactérias colonizam a superfície dos dentes graças a um filme orgânico fino resultante da ligação com glicoproteínas ácidas da saliva. Streptococcus mutans Streptococcus sobrinus Streptococcus sanguis Streptococcus mitis. * Formação do biofilme oral • Desenvolve-se em quatro fases distintas: – Formação da película Adquirida – Colonização primária – Colonização secundária – Biofilme estável * Mecanismos de Virulência Biofilmes Microcolônias bacterianas envolvidas em uma película de exopolissacarídeo Se formam sobre dispositivos plásticos introduzidos no organismo Mucosas: Fibrose cística Dentes: placa dentária * Cárie * Mecanismos de Virulência Adesinas em bactérias Gram-Positivas Proteínas que interagem com proteínas da matriz extracelular Adesinas: MSCRAMM (Microbial Surface Components Recognizig Adhesive Matrix Molecules) * Invasão do epitélio do hospedeiro interior da célula Multiplicação Disseminação Dispersos no citoplasma Mecanismos de Virulência Invasão Invasinas Mecanismos Fagocitose Natural Induzida pela bactéria Quiescentes em vacúolos * Mecanismos de Virulência Evasão do sistema imunológico do hospedeiro Cápsula Componentes da parede celular Enzima Variação antigênica Penetração no citoesqueleto da célula do hospedeiro * Mecanismos de Virulência Cápsula Ex. Streptococcus pneumoniae - Mecanismo envolvido: proteção contra fagocitose * Mecanismos de Virulência Componentes da parede celular Ex. Streptococcus pyogenes - Proteína M Variação antigênica Ex. Neisseria gonorrhoea * Mecanismos de Virulência Enzimas Coagulases: coagulam o fibrinogênio no sangue Quinases: degradam a fibrina Hialuronidases: hidrolisam o ácido hialurônico (cimento) Ex. Staphylococcus aureus Colagenases: destroem o colágeno (ligação dos tecidos) Ex. Clostridium perfringens * Mecanismos de Virulência Penetração no citoesqueleto da célula do hospedeiro * Mecanismos de Virulência Lesão na célula do hospedeiro Usando os nutrientes Lesão Direta Produção de toxinas * Mecanismos de Virulência Usando os nutrientes - Sideróforos Retiram o ferro das proteínas carreadoras Ferro Ligado à hemoglobina Eritrócitos Ligado à transferrina Plasma Ligado à lactoferrina Leite e secreções * Mecanismos de Virulência Produção de toxinas Endotoxinas Exotoxinas * Endotoxinas Lipopolissacarídeos ( LPS) de bactérias gram negativas Peptidoglicano de bactérias gram positivas Efeitos fisiopatológicos semelhantes aos LPS, porém menos potentes. Mecanismos de Virulência * Endotoxinas Mecanismos de Virulência * Exotoxinas Divididas em 3 grupos Superantígenos e as toxinas ST Atuam na superfície da célula Toxinas que lisam a Membrana Celular Lesam a membrana citoplasmática – morte celular Toxinas que apresentam subunidades A-B Mecanismos de Virulência * Mecanismos de Virulência Grupo I Superantígenos S. aureus Enterotoxinas Toxina do choque tóxico S. Pyogenes Toxina eritrogênica * Mecanismos de Virulência Grupo I Toxina ST ST estimula a guanilatociclase. Ocorre acúmulo de GMPc (↑ secreção de cloretos e ↓ a absorção de sódio) * Mecanismos de Virulência Grupo II Lesam a membrana citoplasmática * Mecanismos de Virulência * Mecanismos de Virulência Grupo III * Mecanismos de Virulência * Corynebacterium diphteriae Fatores de virulência Toxina diftérica Codificada por um fago (gene tox) Fragmentos A e B B- ligação à superfície celular A- bloqueia a síntese proteica * Ingestão de alimentos contaminados Germinação e produção de toxina Anaerobiose Bloqueia a liberação de acetilcolina Paralisia flácida SNC Toxina botulínica Clostridium botulinum A doença se caracteriza por paralisia muscular e MORTE POR PARADA RESPIRATÓRIA * A toxina liga-se às junções neuromusculares dos neurônio motores onde é endocitada O fragmento A se liga à proteína VAMP ou sinaptobrevinas. Clostridium tetani Neurotoxina (Tetanospasmina) Bloqueia a liberação de glicina pelos neurônios bloquando os impulsos inibitórios aos neurônios motores * Tétano Generalizado Sinais iniciais: Riso Sardônico e Trismo Generalização em 12 - 48 h Espasmos generalizados ( # convulsões) Postura de descorticação: mem sup fletidos, mem inf extendidos, dedos m & p fletidos Opistótonos Sem perda de consciência, dores severas Duração de ± 2 semanas Clostridium tetani * Vibrio cholera Toxina CT * Mecanismos de Virulência * Mecanismos internos de defesa * Mecanismos internos de defesa Inflamação: Reação vascular e celular para inibir a invasão, injúrias ou irritantes, causada por histaminas liberadas pelas células danificadas . Vasodilatação: maior volume de sangue na área vermelhidão e calor, maior pressão e dor Limitação da disseminação do patógeno: formação de coágulos ao redor do local afetado Febre: Resposta sistêmica a bactérias e vírus - aumento da produção de calor metabólico provocado por alterações no hipotálamo * endotoxinas de Gram negativas: 2 ng.kg-1 da endotoxina de Salmonella typhi 43ºC Função da febre: aumentatar a atividade de fagócitos e a velocidade das respostas inflamatória e imune. Patógenos mortos pela febre: Neisseria gonorrhoeae e Treponema pallidum * Mecanismos internos de defesa Células fagocitárias (leucócitos) Neutrófilos Macrófagos * Mecanismos internos de defesa Respostas imunitárias Antígenos: proteínas, nucleoproteínas, lipoproteínas, polissacarídeos e qualquer outra substância que propicie a formação de anticorpos. Anticorpos: proteínas produzidas pelos linfócitos em reposta à presença de um antígeno * Referências Bibliográficas 1. MICROBIOLOGIA - VOLUME 2 MICHAEL J. PELCZAR JR., E.C.S. CHAN, NOEL R. KRIEG 2. MICROBIOLOGIA GERARD J. TORTORA, BERDELL R. FUNKE E CHRISTINE L. CASE 3. BIOLOGIA DE MICRORGANISMOS DE BROCK (10ª ED.) MADIGAN M., MARTINKO J., PARKER J., PRENTICE HALL. * Dúvidas ? elianags@fcfrp.usp.br
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