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teorias da aprendizagem

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Terias da aprendizagem: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias Comportamentalistas 
Princípios Psicopedagógicos 
 Definir com maior exactidío possível os 
objectivos finais da aprendizagem; 
 Análise cuidada da estrutura das tarefas, de 
modo a determinar os objectivos do percurso; 
 Apresentação da matéria em sequências curtas 
de forma a permitir um melhor 
condicionamento do sujeito, conduzindo-o 
através de experiências positivas de 
aprendizagem; 
 Apresentar estímulos capazes de suscitar as 
reacções adequadas às aprendizagens 
desejadas; 
 Reforçar as reacções desejadas; 
 Proporcionar o conhecimento dos resultados da 
aprendizagem como forma de retroalimentação 
do processo; 
 Recompensar, retirar a recompensa ou punir, 
em função da relação entre o comportamento 
expresso e a aprendizagem desejada; 
 Exercitar os comportamentos aprendidos. 
Técnicas de Ensino 
 Exercícios de repetição; 
 Ensino individualizado, tipo programado; 
 Demonstrações para imitação; 
 Memorização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias Cognitivistas 
Princípios Psicopedagógicos 
 Motivação, motivar o sujeito para 
aprendizagem, relacionando as suas 
necessidades pessoais com os objectivos da 
própria aprendizagem; 
 Valorização da experiência anterior, reconhecer 
que a estrutura cognitiva do sujeito depende da 
sua visão do mundo e das suas experiências 
anteriores; 
 Estratégias de ensino adaptadas ao nível de 
desenvolvimento dos sujeitos; 
 Relacionar o novo com o adquirido, ajudar os 
sujeitos a relacionar conhecimentos e 
habilidades novos com conhecimentos e 
habilidades anteriormente adquiridos; 
 Valorização da compreensão em detrimento da 
memorização; 
 Fornecer informações, indicar factos, fornecer 
pistas que facilitem a compreensão, organização 
e retenção dos conhecimentos; 
 Valorizar a prática, a experimentação de novos 
conhecimentos, não equacionar a prática como 
repetição, mas concebê-la como uma série de 
tentativas sucessivas e variadas, que facilitem a 
transferência de habilidades e conhecimentos 
para novas situações; 
 Sistematização: iniciar cada unidade de ensino 
apresentando conjuntos significativos e descer 
gradualmente ao pormenor. 
Técnicas de Ensino 
 Ensino pela descoberta; 
 Apresentação dos objectivos; 
 Introduções; 
 Sumários; 
 Questionários orientados para a compreensão; 
 Esquemas; 
 Debates; 
 Discussões; 
 Estudo de casos. 
 
 
Teorias Humanistas 
 Princípios Psicopedagógicos 
 A preocupação central não deve ser com o 
ensino, mas sim com a aprendizagem numa 
perspectiva de desenvolvimento da pessoa 
humana; 
 Centrar a aprendizagem no sujeito e nas suas 
necessidades, na sua vontade e nos seus 
sentimentos; 
 Desenvolver no indivíduo a responsabilidade 
pela auto-aprendizagem e incutir-lhe o espírito 
de auto-avaliação; 
 Centrar a aprendizagem em actividades e 
experiências significativas para o educando; 
 Desenvolver no seio do grupo relações 
interpessoais baseadas na empatia; 
 Ensinar também a sentir e não apenas a pensar; 
Técnicas de Ensino 
 Ensino individualizado; 
 Discussões; 
 Debates; 
 Painéis; 
 Simulações; 
 Jogos de Papéis; 
 Resolução de Problemas 
 
 Ensinar a aprender; 
 Criar no seio do grupo uma atmosfera 
emocional positiva, que ajude o educando a 
integrar novas experiências e novas ideias; 
 Promover a aprendizagem activa, orientada para 
processos de descoberta, autónomos e 
reflectidos. 
 
 
Concepção Inatista(Anterior a Vigotsky) 
Parte do princípio de que fatores hereditários ou de maturação são mais importantes para aprendizagem do 
que os fatores relacionados ao ensino e à experiência. 
Conforme aponta Pozo (2002), nessa concepção, a aprendizagem tem uma função muito limitada, pois a partir 
dela se considera que não aprendemos nada novo e a única coisa que podemos fazer é refletir e usar a razão 
para desenvolver os conhecimentos que já nasceram conosco. 
 
cada indivíduo já traz o programa pronto em seu sistema nervoso, isto significa que, ao nascermos, já está 
determinado quem será inteligente ou não. Assim, uns nasceram para aprender, e aprendem facilmente; outros 
não nasceram para o estudo, se fracassam o fracasso é só deles. (Darsie, 1999:13) 
 
O professor tem o simples papel de despertar no sujeito aquilo que ele já sabe e atualizar os conhecimentos 
inatos; digamos que a figura do professor é meramente ilustrativa, sua função restringe-se a um auxiliar do 
aluno, interferindo o mínimo possível em seu processo de aprendizagem (DAMIANI e NEVES, 2006). 
 
 
 
Concepção Comportamentalista (Behaviorismo) 
Destaca a importância dos fatores externos – do ambiente e das experiências – nos processos de aprendizagem 
e desenvolvimento dos indivíduos. 
 
“nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos” (Aristóteles) 
 
Todo conhecimento deriva de uma base empírica, de percepções ou impressões sensíveis sobre o real, sendo 
elaborado e desenvolvido a partir desses dados.Assim, o conhecimento é visto como estando no mundo 
externo, na realidade, nos objetos. 
 
“o sujeito é totalmente determinado pelo mundo do objeto ou meio físico e social. Quem representa este mundo, 
na sala de aula, é, por excelência, o professor. No seu imaginário, ele, e somente ele, pode produzir algum novo 
conhecimento no aluno. O aluno aprende se, e somente se, o professor ensina. O professor acredita no mito da 
transferência do conhecimento *…+ Tudo o que o aluno tem a fazer é submeter-se à fala do professor: ficar em 
silêncio, prestar atenção, ficar quieto e repetir tantas vezes quantas forem necessárias”. (Becker, 1994:90) 
 
 
 
 
Concepção Construtivista (Kant e Piaget) 
De acordo com Pozo (2002), as origens filosóficas da concepção construtivista são encontradas em Immanuel 
Kant, filósofo alemão, que ficou famoso, sobretudo, pela sua concepção conhecida como transcendentalismo, 
a qual propõe que os homens trazem formas e conceitos a priori para a experiência concreta com o mundo. 
Jean Piaget, considerado um neokantiano, foi um dos grandes seguidores dessa corrente. A aprendizagem 
acontece por meio do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação (Piaget) 
As ideias expressas no texto acima sugerem que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra 
alguma alteração de nossa parte. Isto é, tudo aquilo que aprendemos é influenciado por aquilo que já tinhamos 
aprendido. Desse pressuposto piagetiano deriva a concepção construtivista da aprendizagem. Nesse contexto, o 
professor é o responsável por interagir com o sujeito que aprende e o conteúdo a ser aprendido, devendo criar 
um “ambiente rico em desafios que leve o aluno a produzir e explorar ideias” (DARSIE, 1999, p. 20). 
 
O aluno assimila e acomoda as novas informações com as quais entra em contato. O seu conhecimento, então, 
passa a ser resultado de um processo de construção, ao contrário de algo pronto e elaborado pelo professor. 
Como vimos até então, a proposta construtivista vai de encontro às concepções inatistas e 
comportamentalistas, no sentido de conceber o sujeito da aprendizagem como alguém essencialmente ativo. 
 
 
Concepção Histórico-Cultural (Vigotsky) 
 
O ser humano não nasce humano, mas aprende a ser humano com as outras pessoas – com as gerações adultas e 
com as crianças mais velhas – com as situações que vive, no momento histórico em que vive e com a cultura a 
que tem acesso. O ser humano é, pois, um ser histórico-cultural. As habilidades, capacidades e aptidões humanas 
criadas e necessárias à vida eram umas na pré-história, outras na idademédia, outras ainda no início da 
Revolução Industrial e são outras neste momento da nossa história. E cada ser humano, em seu tempo, apropria-
se daquelas qualidades humanas disponíveis e necessárias para viver em sua época (Mello, 2004:136-137). 
 
A abordagem vigotskiana concebe o homem da seguinte forma: ao mesmo tempo em que este se relaciona e 
interfere na sociedade, esta também deixa marcas que o constituíram; ao mesmo tempo em que realiza uma 
ação, o homem também é receptor dessa ação. 
 
A abordagem histórico-cultural entende que o desenvolvimento das pessoas ocorre por meio de uma 
“interação dialética que se dá, desde o nascimento, entre o ser humano e o meio social e cultural em que se 
insere” (Damiani e Neves, 2006:7). 
 
O professor é peça fundamental nestes processos, pois tem como função ser o mediador entre o conhecimento 
e o aluno e, sobretudo, conforme Facci (2004), ele deve encaminhar o ensino de maneira a favorecer o 
desenvolvimento máximo das capacidades do aluno. 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
BECKER, Fernando (1994). Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Porto Alegre. Educação & 
Realidade, vol. 19, p. 89-96. 
 
DAMIANI, Magda Floriana; NEVES, Rita de Araújo(2006). Vygotsky e as teorias da aprendizagem. UNIrevista, vol. 
1, nº.2. 
 
DARSIE, Marta Maria Pontin (1999). Perspectivas epistemológicas e suas implicações no processo de ensino e 
de aprendizagem. Cuiabá, Uniciências, vol. 3, p. 9-21, 
 
FACCI, Marilda Gonçalves Dias (2004). Valorização ou Esvaziamento do Trabalho do Professor?:um estudo 
crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. Campinas, 
SP: Autores Associados. 
 
MELLO, Suely Amaral (2004). A escola de Vygotsky. IN: CARRARA, Kester (org.). Introdução à psicologia da 
educação: seis abordagens. São Paulo: Avercamp. 
 
POZO, Juan Ignácio (2002). Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed. 
 
 
 
 
 
 
MOTIVAÇÃO 
 
Motivação extrínseca e motivação intrínseca: 
 
Motivação extrínseca 
Na motivação extrínseca, o controlo da conduta é decisivamente influenciado pelo meio exterior, não sendo os 
factores motivacionais inerentes nem ao sujeito nem à tarefa, mas simplesmente ao resultado da interacção 
entre ambos. 
A motivação extrínseca está assim relacionada, tal como reforça Tapia (1997), com metas externas (metas de 
rendimento), ou seja, com situações em que a conduta se produz com a finalidade de apenas se receber uma 
recompensa ou se evitar qualquer punição ou castigo. Nessas situações, o sujeito preocupa-se, sobretudo com 
a sua imagem, com o seu “eu”. 
Os alunos estão mais preocupados em demonstrar os seus níveis de competência e com os juízos positivos que 
deles se possa fazer. 
Os alunos motivados por motivação extrínseca são, sobretudo, impulsionados por mecanismos de motivação 
extrínseca, o seu objectivo é apenas obter avaliações positivas. 
 
 
Motivação intrínseca 
Na motivação intrínseca, ao contrário, o controlo da conduta dependesobretudo do sujeito em si, dos seus 
próprios interesses e disposições. 
A motivação intrínseca corresponde, por seu turno, a situações em que não há necessariamente recompensa 
deliberada, ou seja, relaciona-se com tarefas que satisfazem por si só o sujeito; correspondem-lhe, por isso, 
metas internas (metas de aprendizagem). 
Os alunos envolvem-se mais facilmente na própria aprendizagem, de forma a adquirir conhecimentos e 
desenvolver competências. 
Os alunos movidos por motivação intrínseca têm, assim, face às tarefas escolares, o objectivo de desenvolver as 
suas competências. 
 
O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer 
estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. 
 
Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os 
motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. 
 
É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, 
assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do 
aluno. 
 
 
A motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às 
relações de troca que o mesmo estabelece com o meio. 
 
A motivação é um fator que deve ser equacionado no contexto da educação, ciência e tecnologia, tendo grande 
importância na análise do processo educativo. 
 
A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico da ação: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva 
a iniciar uma ação, a orientá-la em função de certos objetivos, a decidir a sua prossecução e o seu termo. 
 
A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação 
estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, 
está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma 
vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluídano ambiente que estimula o 
organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece 
como a possibilidade de satisfação da necessidade. (BOCK, 1999) 
 
 
Objetivo da motivação: 
Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se 
dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades. 
Ao sentir-se motivado o individuo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço 
necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto. 
 
Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que ela 
gosta, como modo de privilegiar seus interesses. 
 
 
COMO CRIAR SITUAÇÕES DE MOTIVAÇÃO? 
 
1. Propiciando a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este 
interesse é dar-lhe a possibilidade de descobrir. 
2. Desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de 
saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser 
desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo à observação da realidade próxima 
ao aluno – sua vida cotidiana -, os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações 
sistematizadas vão gerar dúvidas (por que as coisas são como são?), sendo preciso investigar, descobrir. 
3. Falar ao sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão. 
4. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceisgeram 
fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse. 
5. Compreender a utilidade daquilo que se está a aprender é também fundamental. Não é difícil para o 
professor estar sempre a elevar a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o 
aluno. Estamos sempre com vontade de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida. 
(BOCK, 1999, p. 122) 
 
 
O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer 
estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. 
Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os 
motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. 
É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, 
assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do 
aluno. 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
Arias, J. F. (2004). Perspectivas recientes en el estúdio de la motivación: la teoría de la orientación de meta.Revista Electrónica de Investigación Psicoeducativa, 2 (1), 35-62. 
 Disponívelem: http://www.investigacion-psicopedagogica.org 
 
BOCK, Ana M. Bahia (1999). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo: Saraiva. 
 
Fontaine, A. M. (1990). Motivação e realização escolar. In B. Campos (Coord.), Psicologia do desenvolvimento e 
educação de jovens. Lisboa: Universidade Aberta. 
 
Tapia, A. (1997). Motivar para el aprendizagem. Teoria y estrategias. Barcelona: Edebé 
 
 
 
 
 
 
 
Ausubel (psicólogo americano)

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