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Resumo Semana 01 D. Processual Trabalhista

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RESUMO SEMANA 01
Princípios norteadores do processo do trabalho
Princípios são ordens supremas dada ao: legislador (Os princípios devem ser a inspiração do legislador ao criar as leis), ao juiz (quando da aplicação da lei ao caso concreto) e aos advogados que devem ser seguidas rigorosamente.
Segue alguns princípios:
a) Princípio da Proteção. Esse princípio determina que as leis trabalhistas (direito material) devem ser criadas para beneficiar aos trabalhadores. Não fere o princípio da igualdade, pois o trabalhador é a parte mais fraca (hipossuficiente), daí a necessidade de ser protegido. (NA PRÁTICA É DIFERENTE, MAS DEVEMOS ACEITAR COMO SE FOSSE, DOÍ MENOS).
b) Princípio da Aplicação Subsidiária e Supletiva do Processo Civil ao Processo do Trabalho. 
Princípio da Aplicação Subsidiária do CPC ao Trabalho: Esse princípio determina que quando houver alguma omissão nas leis trabalhistas deve ser utilizada as regras contidas no CPC, isso é denominado subsidiariedade. Porém só será aplicado o CPC no trabalho se as normas do CPC estiverem em conformidade com os princípios trabalhistas, por exemplo, a regra de advogados distintos terem prazo em dobro no CPC não é aplicada no processo trabalhista por ferir o princípio da celeridade (OJ,310, TST).
Princípio Supletivo: a diferença desta para a subsidiariedade é que na supletividade existem regras trabalhistas mas de forma incompleta que necessita da complementação das normas do CPC às normas trabalhistas (na fase de conhecimento). Enquanto que Na fase de execução, as regras trabalhistas são complementadas (supletivas) ou preenchidas (subsidiada) tanto pelo CPC como pelas regras contida na lei de execução fiscal.
c) Princípio da Celeridade. Os processos trabalhistas devem ser resolvidos de forma rápida, pois as indenizações trabalhistas têm natureza alimentar. Necessidade básica. (O MEU JÁ DURA + 10 ANOS, E DESCOBRI QUE DEVO CONTRIBUIR PARA O INSS E IR).
d) Princípio da Gratuidade. A propositura (abertura do processo trabalhistas) é gratuita, ou seja, o perdedor (sucumbente) pagará ao final do processo de conhecimento. Lembrando que para recorrer haverá necessidade de depósito recursal antes de interpor (no início da abertura do recurso). O depósito recursal só quem paga é o Réu (empregador), nunca o empregado.
e) Princípio da Simplicidade. O processo trabalhista é tão simples, que não exige muitas formalidades, por isso há possibilidade do reclamante fazer de forma oral à vara trabalhista, mas o servidor colocar as palavras ditas no papel (isso é reduzir a termo). Esse princípio determina que não há necessidade de ter uma pessoa especializada que o defenda (não necessita da presença do advogado, isso é denominado ius postulandi).
f) Princípio da Oralidade. É decorrência do princípio acima (simplicidade). O processo trabalhista é tão simples que o reclamante pode ajuizar sua inicial de forma oral que será reduzida (resumida no papel) pelo servidor trabalhista.
g) Princípio da Concentração dos Atos em Audiência. Todos os atos devem ser feitos numa ÚNICA Audiência de conciliação. Não terá outra audiência.
Que tipo de atos são esses? Os atos de se defender e os atos de produção de provas. Esses atos são feitos na audiência marcada pelo juiz, por isso que o réu é considerado revel porque não compareceu à audiência de conciliação para se defender, ocorrendo sua revelia (deixou de contradizer os fatos narrados na inicial pelo autor).
Os atos de produção de provas são: oitiva de testemunhas, oitiva de depoimento pessoal das partes, esclarecimento do perito (quando necessário), razões finais. 
h) Princípio da Conciliação. A todo tempo o juiz dará a oportunidade das partes resolverem seus próprios problemas, ou seja, o juiz insistirá que as partes deem a solução ao problema, isso é denominado autocomposição. Solução dada pelos envolvidos e não por um terceiro fora do problema.
i) Princípio da Verdade Real (art. 765 CLT). Há 2 tipos de verdades: a verdade material (é aquela contada pelas partes, que estão nos autos do processo) e a verdade real (que é a verdade verdadeira dos fatos. Desculpe minha redundância). A verdade real é aquela que de fato aconteceu, o juiz irá atrás dessa verdade. Como? Por exemplo, no depoimento pessoal o juiz consegue perceber quem está mentido ou falando a verdade, considerando que o nosso corpo (gestos) fala. 
j) Princípio do Jus Postulandi. Como já mencionado, esse princípio decorre da simplicidade do processo trabalhista. Este determina que o reclamante pode ingressar com ação trabalhista sem advogado e não precisa ser defendido por um advogado (especialista técnico (ou deveria a sim ser)). Lembrando que esse princípio é aplicado somente na justiça trabalhista e nos juizados especiais (JEC (CIVIL) E CRIMINAL (JECRIM)). CUIDADO: o jus postulandi não é absoluto, não é aplicado quando: ação rescisório, recursos direcionados ao TST e mandado de segurança a presença do advogado é indispensável, ou seja, para esses só o advogado poderá pleitear.
k) Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias. Decisão Interlocutória é uma decisão do juiz que não extingue o processo. Assim, toda vez que alguém não concordar com a decisão do juiz (interlocutória) não poderá fazer enquanto o processo ainda estiver tramitando somente após a emissão da sentença judicial, não poderá recorrer da interlocutória de forma imediata, a pessoa tem que esperar a sentença para depois recorrer.
l) Princípio da Normatização Coletiva (Poder Normativo da Justiça do Trabalho). O Judiciário possui legitimidade para criar normas trabalhistas COLETIVAS (e nunca individual), de forma excepcional. Toda vez que não houver acordo na negociação coletiva (acordo coletivo feito entre sindicatos dos empregados e empregados) ou convenção coletiva (acordo entre sindicatos dos empregados e sindicatos dos empregadores), o juiz deverá resolver esse conflito emitindo uma sentença normativa (= cria leis entre as partes: empregado e empregador).
m) Princípio do Dispositivo e do Inquisitivo/ da Iniciativa ex ofício.
	O princípio do dispositivo determina que o juiz só pode atuar quando provocado e nunca de ofício. O princípio ex ofício determina que o juiz só pode agir de ofício (sem ninguém pedir) em algumas situações, por exemplo, aplicação de juros.
n) Princípio da Extrapetição. O juiz só pode conceder aquilo que o autor pede em sua inicial, sob pena de ser considerado extra petição. Porém há exceções, juros, correção monetária e conversão de reintegração em indenização substitutiva, mesmo que o autor não os peça, a lei autoriza ao juiz conceder de ofício.
DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO: CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
        Art. 763 - O processo da Justiça do Trabalho, no que concerne aos dissídios individuais e coletivos e à aplicação de penalidades, reger-se-á, em todo o território nacional, pelas normas estabelecidas neste Título.
        Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação (Princípio da Conciliação).
        § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.
     § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório (Princípio do estímulo à conciliação).
        Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas (princípio da busca da verdade real).
        Art. 768 - Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser executada perante o Juízo da falência (Princípio da Preferência de Tramitação).
        Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatívelcom as normas deste Título (princípio da Subsidiariedade).

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