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Execução Trabalhista

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Execução no processo trabalhista (arts.876 a 892, clt)
É o meio (instrumento) utilizado pelo reclamante para ir atrás de seu crédito (suas verbas trabalhistas), depois de uma sentença procedente (título judicial). Para executar, é necessário ter a posse de um título de crédito trabalhista. 
Tipos de execução:
Execução provisória: depende do trânsito em julgado
Execução definitiva: já houve o trânsito em julgado.
Classificação dos títulos executivos:
Títulos judiciais: 
sentenças e 
acordo homologado na justiça do trabalho não cumpridos. Não é qualquer acordo.
Títulos extrajudiciais
Termo de ajuste de conduta (TAC) emitido pelo MPT.
Termo firmado pela CCP (comissão de conciliação prévia). Exceto, as ressalvas deste. Artigo 625-E, Pu: Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.  
Cheque e nota promissória utilizados para pagar dívidas trabalhistas (IN 39/2016, ART 7).
Onde inicia a execução trabalhista? Quem é o competente para julgar execução? 
Art. 877: Execução judicial: Juiz (vara do trabalho) ou presidente do Tribunal. No próprio juízo prolator da decisão.
Art. 877-A: execução extrajudicial. Artigo 651.
Quem tem legitimidade? Quem pode dá início à execução? 878, clt.
Qualquer interessado (parte exequente, União (para buscar suas contribuições que incidem sobre as parcelas de natureza salarial)
Execução de ofício do juiz (Exceção ao princípio da inércia da jurisdição)
Presidente do tribunal
Procuradoria da Justiça do Trabalho, decisão do TRT.
Regras de subsidiariedade: no processo de execução, a omissão da CLT, aplicar-se á a lei de execução fiscal, nesta omissão, será aplicada o CPC.
Fases da Execução:
Primeira fase da execução: Liquidação da sentença. Artigo 879 e parágragfos
Segunda Fase da execução: Citação e Penhora. Após homologado o valor da execução. Termina com a garantia do juízo.
Terceira fase da execução: Fase da Impugnação ou dos embargos.
Quarta fase da execução: fase de Expropriação: momento em que o juiz irá vender os bens penhorados do executado (devedor) para pagar a execução. Venda judicial do bem penhorado para transformar esse bem em dinheiro.
PRIMEIRA FASE DA EXECUÇÃO: LIQUIDAÇÃO
Objetivo: visa liquidar o julgado (sentença ou acordão), visa atribuir valor ao processo, transformar o direito em dinheiro, determinar o quantum do trânsito em julgado. 
Inicia com a elaboração dos cálculos e termina com a decisão do juiz que fixa (determina o quantum) do valor da execução, passaremos a 2 fase da execução: citação e penhora.
A liquidação poderá se dá por:
Liquidação por cálculos: mera operação matemática. Basta encaminhar o processo ao contador para apurar os valores. É a mais fácil
Liquidação por artigos: utilizado quando tem que alegar e provar fatos novos.
Exemplo 1: horas extras quando a sentença não traz parâmetros
Exemplo 2: ação civil pública (sentença genérica e coletivas). 
Liquidação por arbitramento: quando não para fazer por cálculo nem por artigos.
Exemplo: sentenças que diz que o reclamante tem direito a 2% de percentagem sobre o faturamento mensal da empresa. Neste caso, o juiz nomeará o perito para que arbitre uma forma de elaborar o cálculo. Geralmente quando a empresa pegou fogo.
Tipos de sentenças na justiça do trabalho
Sentença líquida
Sentença Ilíquida. Necessita da Liquidação trabalhista: objetivo: chegar a um valor para apresentar ao reclamado o valor líquido (certo e determinado). 
Art. 879, § 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. 
  § 1o-A. A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas.            
        § 1o-B. As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente.
§ 2o  Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.
§ 3o  Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão.
SEGUNDA FASE DA EXECUÇÃO: CITAÇÃO E PENHORA
Homologado (após a quantificação) o valor da execução, será expedido mandado de citação ao executado para o pagamento da dívida total em 48 horas ou indicar bens à penhora (para garantir o juízo). Essa fase termina quando o juízo estiver garantido (penhorado os bens do devedor).
A citação será por oficial de justiça e, se o devedor, procurado por 2 vezes, não for encontrado far-se-á a citação por edital (artigo 880, clt).
O devedor tem 48h para pagar ou indicar bens à penhora (para garantir o juízo e discutir o valor homologado na 1 fase da execução). Se não fizer nem um nem outro, fará a penhora.
Se o devedor não pagar a dívida, poderá garantir a execução indicando bens a penhora, respeitando a ordem preferencial do artigo 655, cpc e 882, clt (dinheiro). Ele quer garantir a execução porque quer discutir o valor homologado na 1 fase.
Se não pagando e nem indicar bens à penhora (para garantir o juízo), seguir-se-à penhora dos bens, tantos quantos bastem para a satisfação da dívida.
O oficial de justiça além de penhorar, também tem a função de avaliar os bens penhorados.
O QUE É PENHORA (bloqueio de bens)?
A penhora de bens ocorre quando um devedor tem os seus bens tomados para efetuar o pagamento de uma dívida que não foi quitada em tempo. Diante de um título executivo nas mãos, o exequente tem que fazer um pedido ao juiz para que o oficial de justiça cumpre o que foi mandado a fim de garantir o pagamento da dívida.
A penhora é a apreensão judicial dos bens do devedor com a finalidade de garantir o pagamento de uma dívida. /
De maneira que, para que um bem ou direito seja penhorado, é preciso um título que dê ao exequente o direito à garantia (não basta a simples pretensão, como o ajuizamento de uma ação para ver condenado o réu a um pagamento, em uma ação condenatória).
OS BENS IMPENHORÁVEIS SÃO DO Artigo 832, CPC:
Art. 833 - São impenhoráveis: 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário (BEM DE FAMÍLIA), não sujeitos à execução;  
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º; 
OBS: Os bens de família são impenhoráveis mesmo quando for empregado doméstico.
OBS: O salário é impenhorável para o pagamento de verbas trabalhistas (OJ, 153,).
o art. 833, IV, do Novo CPP, os salários são impenhoráveis. Todavia, há exceção para a execução de pagamento de prestação alimentícia. 
PENHORA ON-LINE. Artigo 854, cpc. 
São Bloqueios judiciais em contas bancárias. O juiz utiliza o sistema BACEN-JUD ou RENAVAN-JUD.
Art. 854.  Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento (NO DIREITO DO TRABALHO É FEITO DE OFICIO) do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.
O que é o BacenJud?
É um sistema eletrônico de relacionamento entre o Poder Judiciário e as instituições financeiras, intermediado pelo Banco Central, que possibilita à autoridade judiciária encaminhar requisições de informações e ordens de bloqueio, desbloqueio e transferência de valores bloqueados.
O que é RENAVAN-JUD?
O RENAJUD é um sistema on-line de restrição
judicial de veículos, através do qual os juízes brasileiros podem realizar, em tempo real, pesquisas para verificarem a existência de veículos registrados nos CPFs e/ou CNPJs de pessoas físicas e/ou empresas que respondam processos judiciais que envolvam cobranças de dívidas ou execuções de sentenças condenatórias. 
Caso exista veículo registrado em nome do devedor, o juiz que utiliza o sistema poderá efetuar o bloqueio de transferências, licenciamento e circulação desses veículos, ou até mesmo o registro de penhora sobre eles. Neste caso o proprietário ficará impedido de vender ou transferir seus veículos até a quitação das respectivas condenações judiciais.
TERCEIRA FASE DA EXECUÇÃO: FASE DOS EMBARGOS (DO DEVEDOR) OU IMPUGNAÇÃO (DO CREDOR). ARTIGO 884, CLT
	Fase onde as partes poderão se insurgir contra qualquer coisa ocorrida na execução, após a garantia do juízo (penhora dos bens). 
Garantia e Execução
1-PEÇA EMBARGOS À EXECUÇÃO: é a ação autônoma (independe da execução) em que o executado (devedor) se manifesta, apresentando sua discordância referente ao valor cobrado ou ao valor da ordem de execução.
2-PEÇA IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DA LIQUIDAÇÃO: É uma ação utilizada pelo exequente (reclamante credor) e o INSS quando discordam do valor da sentença liquidada e homologada.
PRAZOS: 05 dias
AGRAVO DE PETIÇÃO
	É o nome do recurso utilizado pelas partes para impugnar a sentença proferida na fase da execução para o TRT.
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:                   
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;
CUSTAS.Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela.
QUARTA FASE DA EXECUÇÃO: EXPROPRIAÇÃO
	É quando ocorre a venda dos bens penhorados transformando em dinheiro para pagar o vencedor da execução.
Após o julgamento dos embargos (ação), do agravo de petição (recurso) ou do recurso de revista (3 fase), passa-se a fase da EXPROPRIAÇÃO DOS BENS.
Figuras importantes: arrematação, adjudicação e remição.
A-Arrematação: É a compra dos bens penhorados judicialmente por terceiros estranho ao processo. Onde? Em hasta pública (leilão), através do oferecimento do maior lance. Também o credor poderá arrematar o bem em hasta pública, porém pagará o preço da avaliação. Arrematante é aquele que arremata (compra) bens penhorados pelo juiz em leilão.
Em havendo arrematante, este deverá efetuar o pagamento de 20% do valor do bem e em 24H após, efetuar o depósito de 80%, quando receberá a carta de arrematação assinada pelo juiz, que consiste no documento oficial que lhe confere a posse e propriedade dos bens penhorados (artigo 888)
    Artigo 888, § 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º dêste artigo, voltando à praça os bens executados.
B-Adjudicação: é quando o exequente (o credor) fica com o bem penhorado em troca do crédito, estará adjudicando o bem.
  Art. 888 - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de vinte (20) dias.
C-REMIÇÃO
	Ocorre quando o executado (devedor) paga toda a execução ( dívida) e salva o bem penhorado, paga para ficar com seu bem que foi penhorado. 
Remição significa pagamento e não se confunde com seu homófono, remissão, que, por sua vez significa perdão.
Quando alguém vem a remitir uma dívida, quer dizer que essa pessoa perdoou a obrigação, ou seja, operou-se a remissão. Se alguém remiu a dívida, quer dizer que pagou ao credor da obrigação, ou seja houve a remição da dívida. (REMIR = pagar * REMITIR = perdoar).
MEIOS IMPUGNATIVOS À EXECUÇÃO: Embargos e Impugnação.
Embargos à execução: é uma ação autônoma (independente), onde o executado (devedor) se manifesta contra, apresentando sua discordância do valor cobrado (liquidado)
Impugnação à sentença liquidada: é ação utilizada pelo exequente (credor) impugnando (discordando) do valor que foi liquidado.
Embargos à penhora (à expropriação): é o meio de impugnar (não concordar) com a arrematação, ou adjudicação, ou remição
Embargos de terceiros: é a impugnação de um terceiro contra a execução.

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