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P1 sergio almeida

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USP-FEA
Departamento de Economia
EXAME 1
Graduac¸a˜o, Semestre 2016.1, Abril 20
EAE0110 - FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIA
Prof. Sergio Almeida
SOLUC¸O˜ES
(Em vermelho)
Sec¸a˜o I: Fundamentos
Questa˜o 1
(D1) Numa manha˜ de Sa´bado, voceˆ ranqueou suas opc¸o˜es de atividade para aquele dia na seguinte ordem: (1)
ir a` biblioteca, (2) ir a` academia, (3) tomar cafe´ com os amigos, (4) dormir ate´ mais tarde, (5) dar banho no
cachorro. Suponha que voceˆ decidiu ir a` biblioteca. O custo de oportunidade dessa escolha e´:
(A) ir a` academia, tomar cafe´ com os amigos, dormir ate´ mais tarde e dar banho no cachorro;
(B) ir a` academia;
(C) zero porque voceˆ na˜o tem que pagar nada para ir a` biblioteca;
(D) na˜o e´ claro; falta informac¸a˜o;
(E) dar banho no cachorro;
(F) nenhuma das alternativas anteriores (doravante n.d.a.)
Questa˜o 2
(D2) Considere o texto abaixo e responda em seguida:
(...) Every state of the U.S. has “mandated benefit” laws that require health insurance policies
to cover specified conditions and treatments, from cancer to mental illness to acupuncture. There
are over 1000 such mandated benefit laws nationwide. Support for these laws is at least partially
well-intentioned: healthcare advocates want to make sure people get good medical care. The cam-
paign contributions of medical service providers surely play a role in generating legislative support,
of course.
However, insurance companies have to raise premiums to cover the costs of the addition services –
and then some customers choose to go uninsured because they can’t afford the higher premiums. As
a result, they end up with less medical care, not more. The lawmakers who have passed mandated
benefits laws and the advocates who lobbied for them apparently didn’t realize – or didn’t care – that
insurance companies and their customers would not keep creating the same number of policies at the
same prices. (...)
Fonte: In “Slavery, Snakes, and Switching” por Glen Whitman.
Pa´gina 1 de 17
No comec¸o do curso vimos os “princ´ıpios fundamentais” da Economia. Qual das alternativas abaixo conte´m o
“princ´ıpio fundamental” que o texto acima melhor ilustra?
(A) As pessoas reagem a incentivos;
(B) O custo de alguma coisa e´ aquilo de que desistimos para obteˆ-la;
(C) As pessoas racionais decidem na margem;
(D) As pessoas enfrentam tradeoffs;
(E) O come´rcio pode ser bom para todos;
(F) A`s vezes os governos podem melhorar os resultados de mercado.
Questa˜o 3
(D1) Nada e´ de grac¸a. Para conseguirmos algo que queremos geralmente precismos abrir ma˜o de outra coisa
de que gostamos. Em economia chamamos isso de tradeoffs. A Fronteira de Possibilidades de Produc¸a˜o e´ um
modelo gra´fico que ilustra essa ideia, mostrando as diversas combinac¸o˜es de produc¸a˜o (de dois bens) que a
economia pode produzir dados os fatores de produc¸a˜o. Existe um tradeoff quando:
(A) nos movemos de um ponto dentro do conjunto de possibilidades de produc¸a˜o (CPP) para um ponto sobre
a fronteira de possibilidades de produc¸a˜o (FPP);
(B) nos movemos de um ponto sobre a FPP para um ponto dentro do CPP;
(C) a FPP se desloca “para fora” (i.e., para a direita);
(D) nos movemos ao longo da FPP;
(E) a FPP se desloca “para dentro” (i.e., para a esquerda);
(F) n.d.a.
Questa˜o 4
(D2) Durante o vera˜o, voceˆ tomou a decisa˜o de participar de um curso de Auditoria Conta´bil, o que impediu
que voceˆ aceitasse uma das duas ofertas de emprego durante o vera˜o que voceˆ recebeu. Uma resort ofereceu
R$ 6.000 e um clube de kitesurf ofereceu R$ 4.500. O curso de Auditoria Conta´bil custa R$ 3.000, os livros e
o material do curso custam R$ 300 e o custo de hospedagem durante todo o curso custa R$ 1.000. O custo de
oportunidade de participar desse curso e´ de:
(A) $3.300;
(B) $4.300;
(C) $6.000;
(D) $10.300;
(E) $4.500
(F) n.d.a.
Questa˜o 5
(D3) Pessoas racionais tomam deciso˜es na margem. Na hora do almoc¸o, por exemplo, a decisa˜o na˜o e´ entre je-
juar e comer ate´ na˜o poder mais, mas aceitar uma colherada a mais de comida ou na˜o. Os economistas dizem que
as pessoas racionais geralmente tomam deciso˜es comparando esses benef´ıcios marginais com custos marginais.
Pois bem, Danielle e´ uma fabricante de perfumes. O custo de cada unidade extra de perfume quando ela esta´
produzindo q unidades e´ descrito pela func¸a˜o C(q) = 2q. Como opera em um mercado de concorreˆncia perfeita,
onde e´ uma simples tomadora de prec¸o, a receita de cada unidade extra de perfume e´ exatamente o “prec¸o de
2
mercado” – no mercado onde ela opera, a unidade de perfume e´ vendida a R$ 100. Se Danielle e´ uma pessoa ra-
cional que toma deciso˜es na margem, qual a quantidade o´tima de unidades de perfume que ela deveria produzir?
R.: Ela deveria produzir 50 unidades [Racional ⇒ Cmg = Rmg ⇒ C(q) = 2q = 100 ⇒ q = 50].
Sec¸a˜o II: Vantagens Comparativas
Questa˜o 6
(D1) Ter uma vantagem comparativa significa:
(A) ter a habilidade de produzir mais de um produto com o mesmo montante de recursos do que qualquer outro
produtor;
(B) ter a habilidade de produzir um bem ou servic¸o com custo de oportunidade menor do que qualquer outro
produtor;
(C) ter a habilidade de produzir em um ponto sobre a fronteira de possibilidades de produc¸a˜o;
(D) ter a habilidade de produzir a mesma quantidade de um bem com menor quantidade de recursos;
(E) ser melhor do que os outros na produc¸a˜o de um produto ou servic¸o;
(F) todas as opc¸o˜es acimas conte´m algum erro;
Questa˜o 7
(D1) Considere a Figura 1 abaixo e responda a questa˜o em seguida:
Figura 1
Qual dos movimentos descritos nas opc¸o˜es abaixo possui o maior custo de oportunidade de obter uma produc¸a˜o
maior do bem Y (Good Y )?
(A) De e para d;
(B) De d para c;
3
(C) De c para b;
(D) De b para a;
(E) O custo de oportunidade e´ o mesmo em cada caso;
(F) N.d.a.
Questa˜o 8
(D2) As afirmac¸o˜es a seguir sa˜o verdadeiras ou falsas?
(A) “Dois pa´ıses podem obter ganhos de come´rcio mesmo que um deles tenha vantagem absoluta na produc¸a˜o
de todos os bens.” V
(B) “Certas pessoas muito talentosas teˆm vantagem comparativa em tudo o que fazem.” F
(C) “Se uma determinada transac¸a˜o comercial e´ boa para uma pessoa, na˜o pode ser boa para a outra.” F
(D) “Se uma determinada transac¸a˜o comercial e´ boa para uma pessoa, sempre sera´ boa para a outra.”F
(E) “Se o come´rcio e´ bom para um pa´ıs, deve ser bom para todos nesse pa´ıs.”F
(F) “O princ´ıpio da vantagem comparativa se aplica aos pa´ıses mas tambe´m a`s pessoas.” V
Questa˜o 9
(D2) Suas provas de economia e de contabilidade esta˜o se aproximando e voceˆ tem cinco horas dispon´ıveis para
estudar. A tabela a seguir mostra os trade-offs que voceˆ enfrentara´ ao alocar tempo a ser gasto estudando para
cada uma delas:
Horas Gastas Estudando Nota Bimestral
Escolha Economia Contabilidade Econ. Contab.
A 5 0 95 70
B 4 1 93 78
C 3 2 90 84
D 2 3 86 88
E 1 4 81 90
F 0 5 75 91
(i) Utilize os dados da tabela para trac¸ar o gra´fico da fronteira das possibilidades de produc¸a˜o (FPP). Chame
o eixo vertical de “Nota da prova de economia” e o eixo horizontal de “Nota da prova de contabilidade”.
Certifique-se de mercar os valores onde a sua FPP cruza os eixos vertical e horizontal.
R.:
4
(ii) Marque os pontos que representam a escolha C e a escolha D. Se voceˆ estiver situado sobre a escolha C,
qual sera´ seu custo de oportunidade de aumentar a sua nota em contabilidade?
R.: Custo de 4 pontos (a queda na nota de economia que voceˆ deveria incorrer para aumentar a sua nota em
contabilidade em 4 pontos)
(iii) Sob quais circusntaˆncias seria o ponto A uma escoha coerente?
R.: A escolha A seria coerente se (i) economia tem um peso grande na sua nota final (em qual caso o benef´ıcio
marginal de um ponto extra na prova de economia e´maior do que o benef´ıcio marginal de um ponto extra
na nota de contabilidade) ou (ii) um outro cena´rio onde a sua nota de contabilidade na˜o importa muito. Por
exemplo: (a) so´ a disciplina de economia importa para fins de conclusa˜o do curso (comum nos EUA onde os
alunos tem um curso principal e um curso secunda´rio – chamados de “major” e “minor”); (b) voceˆ ja´ tinha
uma boa nota de contabilidade e uma nota baixa de economia em outro bimestre podera´ ser reposta pela nota
nesse exame.
Questa˜o 10
(D3) A tabela a seguir descreve as possibilidades de produc¸a˜o de duas cidades no Brasil:
Cidade I II
Na˜o-me-toque (RS) 3 3
Ressaquinha (MG) 2 1
onde a coluna I representa o nu´mero de Pares de Meias Vermelhas por Trabalhador por Hora; e a coluna II
representa o nu´mero de Pares de Meias Brancas por Trabalhador por Hora.
(i) Na auseˆncia de come´rcio, qual seria o prec¸o de meias brancas (em termos de meias vemelhas) em Na˜o-me-
Toque? E em Ressaquinha?
R.: Em Na˜o-me-toque, PB = PB; em Ressauqinha, PB = 2PV (PV e PB representam o prec¸o da meia branca e
o prec¸o da meia vermelha, respectivamente).
5
(ii) Qual das duas cidades tem vantagem absoluta na produc¸a˜o das meias de cada cor? Qual delas tem a
vantagem comparativa na produc¸a˜o das meias de cada cor?
R.: Na˜o-me-Toque tem vantagem absoluta na produc¸a˜o de meias de ambas as cores. Ressaquinha, todavia,
tem vantagem comparativa (menor custo de oportunidade) na produc¸a˜o de meias vermelhas; Na˜o-me-toque tem
vantagem comparativa na produc¸a˜o de meias brancas.
(iii) Se as cidades comerciassem entre si, que cor de meias cada cidade exportaria?
R.: Na˜o-me-Toque exportaria meias brancas; Ressaquinha exportaria meias vermelhas.
(iv) Qual a faixa de prec¸o em que cada nego´cio ocorrera´?
R.: Ressaquinha exportara´ meias vermelhas e Na˜o-me-Toque meias brancas. O prec¸o de exportac¸a˜o tem que
ser estritamente melhor do que seria na auseˆncia de come´rcio – item (i). Logo, haveria come´rcio ao prec¸o PV e
PB desde que 1 <
PB
PV
< 2, onde PB e´ o prec¸o de exportac¸a˜o da meia branca e PV e´ o prec¸o de exportac¸a˜o da
meia vermelha.
Sec¸a˜o III: Modelo de oferta e demanda
Questa˜o 11
(D1) Alguns produtores de cerveja artesanal esta˜o conversando em um workshop da a´rea. Qual das frases
abaixo refere-se a um movimento ao longo da curva de oferta?
(A) “O aumento de sala´rios nos forc¸ou a aumentar os prec¸os.”
(B) “Nosso equipamento novo e sofisticado nos permitira´ vender mais barato que nossos competidores.”
(C) “O prec¸o do trigo que compramos explodiu; teremos que passar o custo desse aumento para nossos consu-
midores.”
(D) “Com a proximidade da Copa, no´s estamos antecipando um grande aumento na demanda. O prec¸o do
nosso produto deve aumentar, de modo que estamos planejando aumentar nossa produc¸a˜o.”
(E) “A entrtada de novos competidores na indu´stria esta´ causando queda nos prec¸os.”
(F) n.d.a.
Questa˜o 12
(D1) Suponha que quando o prec¸o do hambu´rguer diminui, a famı´lia Moraes aumenta a compra de ketchup.
Nesse caso, qual das afirmativas a seguir e´ correta?
(A) Hambu´rgueres e ketchup sa˜o complementos;
(B) Hambu´rgueres e ketchup sa˜o substitutos;
(C) Hambu´rgueres e ketchup sa˜o bens normais;
(D) Hambu´rgueres e ketchup sa˜o bens normais e cachorro-quente e´ um bem inferior;
(E) Hambu´rgueres e ketchup sa˜o bens com demanda; prec¸o-inela´stica.
(F) N.d.a.
Questa˜o 13
(D2) Uma aluna foi solicitada a trac¸ar um gra´fico de demanda e oferta para ilustrar o efeito de uma queda no
prec¸o de discos r´ıgidos de computadores, ceteris paribus, sobre o mercado de laptops. Ela trac¸ou o gra´fico logo
6
abaixo e explicou da seguinte maneira:
Discos r´ıgidos sa˜o um insumo para os laptops, enta˜o, uma queda no prec¸o de discos r´ıgidos faz a
curva de oferta de computadores pessoais se deslocar para a direita (de O1 para O2). Como este
deslocamento na curva de oferta resulta em um prec¸o menor (P2), os consumidores ira˜o ira˜o desejar
comprar mais laptops, e a curva de demanda se deslocara´ para a direita (de D1 para D2). Sabemos
que mais laptops sera˜o vendidos, mas na˜o podemos ter certeza se o prec¸o dos laptops aumentara´ ou
diminuira´. Isso dependera´ de qual curva, de oferta ou demanda, se deslocou mais para a direita.
Suponho que o efeito sobre a oferta seja maior do que o efeito sobre a demanda, enta˜o mostro o
prec¸o de equil´ıbrio final (P3) como mais baixo do que o prec¸o de equil´ıbrio inicial (P1).
Figura 2
Explique se voceˆ concorda ou discorda da ana´lise da aluna. Tenha o cuidado de explicar exata e sucintamente
o que voceˆ acha que esta´ errado na ana´lise dela – se houver algo errado.
R.: A ana´lise feita pela estudante esta´ incorreta. Esse deslocamento da demanda de D1 para D2 na˜o ocorre.
Em func¸a˜o da mudanc¸a de prec¸o, acontece apenas uma mudanc¸a ao longo da curva original de demanda (D1),
na˜o um deslocamento da curva de demanda.
Questa˜o 14
(D2) Abaixo temos as func¸o˜es de oferta e demanda de dois mercados. Um dos mercados e´ de motocicletas
Harley-Davidson, e o outro, de uma droga contra o caˆncer, sem a qual os pacientes com caˆncer do pulma˜o
morrera˜o. Explique resumidamente qual o diagrama representa mais provavelmente qual mercado.
7
Figura 3
R.: Esquerda: droga (na˜o ha´ substitutos ⇒ demanda inela´stica); Direita: motocicletas Harley-Davidson (ha´
substitutos pro´ximos para motos dessa marca ⇒ demanda ela´stica).
Questa˜o 15
(D3) Pesquisas de mercado revelaram as seguintes informac¸o˜es sobre o mercado de ovos Pa´scoa: a escala de
demanda pode ser representada pela equac¸a˜o QD(P ) = 4.000− 30P , onde QD e´ a quantidade demandada e P ,
o prec¸o. A escala de oferta pode ser representada pela equac¸a˜o QO(P ) = 2.000 + 70P , onde QO e´ a quantidade
ofertada. Calcule o prec¸o e a quantidade de equil´ıbrio no mercado de ovos de Pa´scoa.
R.: O prec¸o P que satisfazQD = QS e´ P = 20. A esse prec¸o, a quantidade demandada sera´QD(P = 20) = 3.400.
Sec¸a˜o IV: Elasticidades e Cme´rcio Internacional
Questa˜o 16
(D1) Suponha que a quantidade de cerveja importada da Be´lgica caia de 105.000 litros por semana para 95.000
litros por semana como consequeˆncia de um aumento de 5% no prec¸o. A elasticidade-prec¸o da demanda:
(A) e´ 2.0;
(B) e´ 0.5;
(C) e´ 10;
(D) e´ inela´stica.
(E) na˜o pode ser computada a menos que saibamos os prec¸os antes e depois;
(F) n.d.a.
Questa˜o 17
(D1) Um l´ıder sindicalista que afirme que “sala´rios mais elevados elevam o padra˜o de vida dos trabalhadores
sem causar desemprego” acredita que a demanda por trabalho e´:
(A) renda-ela´stica;
(B) renda-ela´stica;
(C) perfeitamente sala´rio-ela´stica;
(D) perfeitamente sala´rio-inela´stica;
8
(E) sala´rio-ela´stica unita´ria;
(F) n.d.a.
Questa˜o 18
(D2) Suponha que o governo brasileiro estabelec¸a uma tarifa sobre automo´veis importados com a finalidade de
proteger as montadoras que operam no pa´ıs da concorreˆncia estrangeira.
(A) Considerando (i) que o Brasil e´ um tomador de prec¸o no mercado mundial de automo´veis, (ii) que o prec¸o
mundial esta´ abaixo do prec¸o de equil´ıbrio dome´stico (p∗), (iii) que as curvas de oferta e demanda sa˜o ”bem-
comportadas”(i.e., com as inclinac¸o˜es t´ıpicas), e que (iv) o prec¸o mundial mais a tarifa sera´ menor do que p∗,
mostre graficamente:
1. a variac¸a˜o das quantidades importadas;
2. a perda dos consumidores do Brasil;
3. o ganho da indu´stria brasileira;
4. a receita do governo;
5. o peso morto associado a` tarifa.
(B) A perda dos consumidores pode ser decomposta em treˆs partes: (I) transfereˆncia para montadoras brasileiras,
(II) transfereˆncia para o governo e (III) peso morto. Identifique no gra´fico essas treˆs partes.
(A):
Figura 4
[1]: (QD1 −QS1 )− (QD2 −QS2 )
[2]: (C+D+E+F)
[3]: C
9
[4]: E
[5]:D+F
(B):
[I]: C
[II]: E
[III]: D+F
Questa˜o 19
(D2) Se um aumento de 4% no prec¸o do milho causou uma queda na receita total de 8%, enta˜o a demanda por
milho...
(A) deve ser ela´stica;
(B) deve ser prec¸o inela´stica;
(C) deve ser prec¸o-ela´stica uinta´ria;
(D) deve ter elasticidade-prec¸o de 0.5;
(E) deve ter elasticidade-prec¸o de 2.0;
(F) n.d.a.
Questa˜o 20
(D3) A curva de demanda por chocolate de Patr´ıcia e´ Q = 10− 3P . Sua elasticidade-prec¸o quando o prec¸o do
chocolate e´ igual a P ∗ a 2. Quanto e´ P ∗?
R.: Seja � a elasticidde-prec¸o. Por definic¸a˜o, � =
∆Q
Q
∆P
P
, que, rearranjando, pode ser escrito como ∆Q∆P
P
Q , cujos
termos sa˜o conhecidos (o primeiro e´ o coeficiente angular da equac¸a˜o de demanda e Q a pro´pria equac¸a˜o de
demanda). Logo, � = 2 ⇒ −3 P10−3P = 2 ⇒ 3P = 20 ⇒ P = 20/3 ≈ 6.67.
Sec¸a˜o V: Taxac¸a˜o e Controle de Prec¸os
Questa˜o 21
(D1) Considere a Figura 4 abaixo e responda a`s seguintes questo˜es:
10
Figura 5
(i) Se um prec¸o-teto de $ 10 e´ definido (e rigorosamente cumprido), quantas unidades sera˜o vendidas nesse
mercado?
R.: 100
(ii) Qual sera´ o impacto dessa pol´ıtica de prec¸o-teto ($10) na receita dos produtores (se eles perdem ou ganham
e quanto exatamente)?
R.: Eles perdem $ 1.250 (RPOS −RPRE = [10× 1000]− [15× 150] = −1.250)
Questa˜o 22
(D1) Use o gra´fico do mercado de cigarros na Figura 5 abaixo para responder a`s seguintes questo˜es:
(i) De acordo com o gra´fico, qual e´ o imposto do governo sobre os cigarros?
4.50− 3.25 = 1.25
(ii) Qual e´ o prec¸o que os produtores recebem apo´s terem pago os impostos?
3.25
(iii) Qual e´ o montante da receita recebida pelo governo devido ao imposto?
18× 1.25 = 22.5 bilho˜es.
11
Figura 6
Questa˜o 23
(D2) O esta´dio do Emirates em Londres, sede do time de futebol Arsenal, tem capacidade para 34 mil tor-
cedores. Portanto, o nu´mero de ingressos e´ fixado nessa quantidade. (Suponha que todos os lugares sejam
desejados igualmente e vendidos ao mesmo prec¸o.) Ao perceber uma oportunidade de ouro para aumentar a
receita pu´blica, a cidade de Londres determina um imposto de £5 por ingresso, a ser pago pelo comprador.
Os gooners – nome dado aos fa˜s do Arsenal –, conhecidos por seu sentimento c´ıvico, pagam religiosamente os
£5 de imposto por ingresso. Fac¸a um gra´fico mostrando o impacto desse imposto. Quem arca com o oˆnus: os
proprieta´rios do time, os fa˜s, ou os dois? Por queˆ?
Figura 7
12
R.: Os proprieta´rios arcam com todo o oˆnus do imposto. Sem imposto, os proprieta´rios do time recebiam P e
vendiam 34 mil ingressos. Com o imposto de 4 libras cobrado dos compradores, a curva de demanda se desloca
para baixo. A quantidde comprada de ingressos na˜o muda. Todo o oˆnus, nesse caso, recai sobre os proprieta´rios
do time.
Questa˜o 24
(D2) Com relac¸a˜o aos impostos, qual das afirmativas abaixo e´ falsa?
(A) Quando um bem e´ tributado, a quantidade vendida desse bem e´ menor no novo equil´ıbrio;
(B) o oˆnus de um imposto recai mais pesadamente sobre o lado mais ela´stico do mercado;
(C) impostos cobrados de compradores e impostos cobrados de vendedores sa˜o equivalentes;
(D) Compradores e vendedores dividem o oˆnus dos impostos: os compradores pagam mais pelo bem e os
vendedoes recebem menos por ele;
(E) Se a demanda por bens de luxo e´ ela´stica e a oferta deles e´ inela´stica, tributar bens de luxo tera´ um oˆnus
que recaira´ em grande medida sobre os fornecedores, em u´ltima instaˆncia prejudicando os trbalhadores desse
setor;
(F) a incideˆncia tributa´ria – a forma como o oˆnus da tributac¸a˜o e´ dividido entre os participantes de um mercado
– sempre depende das elasticidade-prec¸o da oferta e da demanda.
Questa˜o 25
(D3) Nos anos 20, a venda de bebidas alcoo´licas era proibida nos Estados Unidos. Havia, entretanto, um
“mercado negro” para bebidas alcoo´licas. Suponha que nesse mercado paralelo/ilegal, a demanda por bebidas
alcoo´licas e´ QD = 12 − P e a oferta e´ QO = 2P . Suponha, todavia, que o governo resolveu legalizar esse
mercado. Mas agora, para cada unidade de bebida alcoo´lica vendida, o consumidor pagara´ uma taxa T de
imposto ao governo. T e´ o prec¸o de mercado que prevalecia quando o mercado operava ilegalmente.
(i) Quais sa˜o as novas func¸o˜es de oferta e demanda sob essas circunstaˆncias?
R.: Seja QO′ e QD′ as novas func¸o˜es oferta e demanda, respectivamente. O imposto na˜o altera oferta, logo
QO′ = 2P . O imposto T e´ cobrado de consumidores, logo QD′ = 12− P − T . Como T = P ∗ – e P ∗ e´ o prec¸o
de mercado pre´ legalizac¸a˜o (i.e., o prec¸o que satisfaz QD = QO) – e P
∗ = 4, segue que QD′ = 8− P .
(ii) Qual e´ o prec¸o de mercado depois do imposto a ser pago pelos consumidores?
R.: 83 ≈ 2.67 (O prec¸o P que satisfaz QO′ = QD′ e´ o prec¸o que satisfaz 8− P = 2P ⇒ P = 83 ≈ 2.67).
Sec¸a˜o VI: Bem-Estar e Externalidades
Questa˜o 26
(D1) Tudo mais constante (incluindo o prec¸o), o que acontece com o excedente do consumidor de um bem
normal quando a renda aumenta?
(A) Isso dependera´ se outros bens sa˜o normais ou inferiores;
(B) Ele diminuira´;
(C) Ele permanecera´ o mesmo;
(D) Isso na˜o pode ser determinado;
(E) Ele aumentara´;
13
(F) N.d.a.
Questa˜o 27
(D2) Considere o mercado de extintores de inceˆndio.
(A) Por que os extintores de inceˆndio apresentam externalidades positivas?
R.: Extintores de inceˆndio apresentam externalidades positivas porque muito embora eles sejam comprados
para uso pro´prio, seuuso pode impedir que um inceˆndio destrua ou danifique a propriedade de terceiros.
(B) Represente graficamente o mercado de extintores de inceˆndio, indicando a curva de demanda, a curva de
valor social, a curva de oferta e a curva de custo social.
R.: A figura logo abaixo ilustra a externalidade positiva produzido pelos extintores de inceˆndio. Observe que
a curva de valor social esa´ acima da curva de demanda e que a curva de custo social coincide com a curva de
oferta.
Figura 8
(C) Indique n´ıvel de produc¸a˜o de equil´ıbrio de mercado e o n´ıvel de eficieˆncia da produc¸a˜o. Deˆ uma explicac¸a˜o
intuitiva de por que as duas quantidades sa˜o diferentes.
R.: Qmercado denota o n´ıvel de equil´ıbrio de produc¸a˜o. Qotimo denota o n´ıvel social eficiente de produc¸a˜o.
As quantidades diferem porque aos decidirem comprar extintores, as pessoas na˜o levam em considerac¸a˜o os
benef´ıcios que o produto gerar para outras pessoas.
(D) Se o beneficio externo e´ de $10 por extintor, descreva uma politica governamental que leve a um resultado
eficiente.
R.: A pol´ıtica governamental que levaria a um resultado eficiente seria a introduc¸a˜o de um subs´ıdio para a
compra de extintores no valor de $10 por extintor comprado. Isso provocaria uma mudanc¸a para cima da curva
de demanda ate´ o ponto onde ela coincidiria com a curva de benef´ıcio social. Como resultado, a quantidade
transacionado no mercado auentaria ate´ o n´ıvel socialmente o´timo.
Questa˜o 28
(D2) O gra´fico a seguir mostra um mercado em que foi imposto um prec¸o-piso de R$ 3.00 por unidade. Calcule
os valores de cada um dos itens abaixo:
(a) O excedente do produtor e do consumidor antes da imposic¸a˜o do prec¸o-piso;
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R.: Exc. do Produtor = (12)[20.000× 2.00] = 20.000. Excedente do consumidor = (12)[20.000× (4.00− 2.00)] =
20.000.
(b) O excedente do produtor e do consumidor depois da imposic¸a˜o do prec¸o-piso;
R.: Exc. do Produtor = [10.000 × (3.00 − 1.00)] + (12)[10.000 × 1.00] = 25.000. Excedente do consumidor
= (12)[10.000× (4.00− 3.00)] = 5.000.
(c) A transfereˆncia do excedente dos consumidores para os produtores.
R.: Transfereˆncioa = 10.000× (3.00− 2.00) = 10.000.
Figura 9
Questa˜o 29
(D2) Considere o gra´fico a seguir que mostra as condic¸o˜es em um mercado de cha´:
Figura 10
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Qual par de a´reas seguintesrepresentam, respectivamente, (a) o excedente do consumidor no equil´ıbrio compe-
titivo e (b) o excedente do produtor quando o prec¸o e´ $ 2.20:
(A) A+B + C e B +D.
(B) A+B + C e C + E.
(C) B + C e B +D.
(D) A e D + E.
(E) A e B +D.
(F) A e D + E.
Questa˜o 30
(D3) Suponha que voceˆ seja o vice-presidente de operac¸o˜es de uma empresa manufatureira que vende um lubri-
ficante industrial em um mercado competitivo. Suponha tambe´m que seu economista lhe fornec¸a as seguintes
func¸o˜es de oferta e demanda:
Demanda: QD = 45− 2P
Oferta: QO = −15 + P
Qual e´ o excedente do consumidor neste mercado? Qual e´ o excedente do produtor?
R.:
Passo 1: Por convenieˆncia (porque temos trabalhado com o prec¸o no eixo y e a quantidade no eixo x),
inverta as curvas de oferta e demanda e coloque-as em func¸a˜o do prec¸o. Isso da´ uma curva prec¸o-demanda de
PD = [45−Q]/2 e uma curva prec¸o-oferta de PO = Q+ 15.
Passo 2: Desenhe o gra´fico dessas equac¸o˜es. Como sa˜o retas, basta encontrar os pontos de intersecc¸a˜o com
os eixos, encontrar a imagem de mais um ou dois pontos do domı´nio relevante (na˜o estamos interessados em
prec¸os e quantidades negativos) e trac¸ar uma reta conectando-os.
Figura 11
Passo 3: Calcule as condic¸o˜es de equil´ıbrio (prec¸o e quantidade). Isso da´ P ∗ = 20 e Q∗ = 5.
Passo 4: Calcule agora as a´reas do gra´fico que correpsondem ao excedente do consumidor (EC) – a´rea A do
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gra´fico na Fig. 8 acima – e ao excedente do produto (EP) – a´rea B do gra´fico na Fig. 8 acima. Geometria
ba´sica nos diz que EP = 12.5 e EC = 6.25.
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