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EAC0111 Slides Tema 08 Demonstração dos Fluxos de Caixa

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Prof. Márcio Luiz Borinelli
USP/FEA/EAC
Curso de Graduação em Administração
Disciplina: Noções de Contabilidade para 
Administradores (EAC0111)
Turmas: 01 e 02
Tema 8: Demonstração dos Fluxos de Caixa
Prof.: Márcio Luiz Borinelli
Prof. Márcio Luiz Borinelli
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DINÂMICA PATRIMONIAL
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS 
DE CAIXA (DFC)
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Prof. Márcio Luiz Borinelli
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Estática Patrimonial
x 
Dinâmica Patrimonial
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
 
 
 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Capital 
 
 
Reservas de Lucro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRE 
A DRE 
evidencia o 
resultado 
do período 
A DLPA explica a 
a conta 
lucros/prejuízos 
acumulados com 
detalhes 
DMPL 
A DMPL 
explica a 
composição 
e variação 
do PL 
DOAR 
A DOAR explica a 
variação do A – P 
(curto prazo) 
DFC 
 
A DFC 
explica a 
variação do 
caixa 
DLPA 
 Tendência Internacional de adoção da DFC 
enquanto demonstrativo da variação da posição 
financeira de uma entidade.
 Lei 11.638/07 substitui a DOAR pela DFC.
 Pronunciamento CPC 03 – Demonstração dos 
Fluxos de Caixa - IAS 7.
ContextualizaçãoDFC: Contextualização
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A DFC é a demonstração contábil dinâmica que 
evidencia, resumidamente, todas as variações 
ocorridas na conta “caixa e equivalentes de 
caixa” de uma entidade, ao longo de um período.
(Borinelli e Pimentel, 2010, p. 249)
ConceitoDFC: Definição
5
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Algumas empresas, apesar 
de apresentarem uma 
sucessão de lucros, podem 
falir por não serem capazes 
de gerar caixa suficiente para 
cobrir seus custos 
operacionais, de serviço da 
dívida e de investimento.
Por quê o Caixa é 
importante?
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DFC x DRE
RECEITA DESPESA
DRE
Regime de 
Competência
Reconhecida no
período em que
é gerada
Reconhecida no
período em que
é consumida
DFC
Regime de
Caixa
Computada ao
entrar dinheiro no
caixa
Computada ao
sair dinheiro do
caixa
Proporcionar aos usuários das Demonstrações
Contábeis uma base para avaliar:
a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa, bem como suas
necessidades de liquidez.
a época e o grau de segurança de geração de
tais recursos.
Objetivos osDFC: Objetivos
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Prover informações relevantes sobre os 
pagamentos e recebimentos, em dinheiro, 
de uma empresa, ocorridos durante um 
determinado período.
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DFC: Objetivos
(Iudícibus et. al., 2007, p. 440)
Permitir que investidores, credores e
outros usuários avaliem:
 Capacidade de gerar fluxos líquidos
positivos;
 Capacidade de pagar dividendos e
empréstimos obtidos e outras contas;
 Liquidez, solvência e flexibilidade
financeira;
 Conversibilidade do lucro em caixa.
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DFC: Finalidades
(Fipecafi, 2007)
CAIXA + EQUIVALENTES DE CAXIA
 Mantidos com a finalidade de atender a compromissos de
caixa de curto prazo e não para investimentos ou outros fins
(Saldos Bancários e Saldos em Conta Corrente).
 Aplicação Financeira deve ter conversibilidade imediata em
um montante conhecido de caixa e estar sujeita a um
insignificante risco de mudança de valor.
 Não têm caráter especulativo, apenas tem o objetivo de
assegurar a remuneração correspondente ao preço do
dinheiro no mercado.
Caixa + Equivalentes de CaixaDFC: Conceito de Caixa
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ATIVO 
CIRCULANTE
ATIVO NÃO 
CIRCULANTE
PASSIVO 
CIRCULANTE
PASSIVO NÃO 
CIRCULANTE
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO
Atividades Operacionais
 Recebimentos de clientes
 Pagamentos a fornecedores
 Pagamento de salários
 etc.
Atividades de Investimento
 Aplicações financeiras longo prazo
 Aquisição/venda de imobilizado
 Aquisição/venda de investimentos
 etc.
Atividades de Financiamento
 Empréstimos obtidos e pagos
 Aumento de capital
 Pagamento de dividendos
 etc.
DFC: Estrutura
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 Valores referentes às atividades-fim
da empresa.
 Normalmente relacionam-se com as
transações que aparecem na DRE.
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DFC: Atividades Operacionais
Recebimentos operacionais (entradas):
 de clientes (vendas a vista do período)
 de clientes (vendas a prazo de outros 
períodos)
 rendimentos de aplicações financeiras, se 
esta for a atividade-fim da empresa
 recebimento de dividendos
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DFC: Atividades Operacionais
Pagamentos operacionais (saídas):
 Fornecedores de mercadorias ou matérias 
primas
 Salários e encargos sociais
 Encargos financeiros
 Tributos
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DFC: Atividades Operacionais
 Espelha todos os valores que uma
organização aplica em bens para fazer
suas atividades operacionais.
 Recebimentos e pagamentos ligados
aos investimentos.
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DFC: Atividades de 
Investimento
Entradas:
 Venda de ativos imobilizados usados na 
produção ou prestação de serviços
 Recebimento de vendas de participações 
em outras empresas
 Resgate de aplicações financeiras
 Resgate de investimentos permanentes 
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DFC: Atividades de 
Investimento
Saídas:
 Compra de ativo imobilizado
 Pagamento no ato de aquisição de 
participações em outras empresas 
(participações societárias)
 Realização de aplicações financeiras
 Empréstimos concedidos
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DFC: Atividades de 
Investimento
 Necessidade de capital para projetos 
específicos ou gerir as atividades 
operacionais.
 Recebimentos e pagamentos ligados 
aos financiamentos.
 Empréstimos em entidades financeiras.
 Entrada de novos sócios 
 Emissão e negociação de ações.
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DFC: Atividades de 
Financiamento
Entradas:
 Emissão de ações
 Captação de empréstimos no mercado 
financeiro
 Aumentos de capital
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DFC: Atividades de 
Financiamento
Saídas:
 Pagamento de empréstimos bancários
 Saída de sócio da empresa
 Pagamento/distribuição de dividendos
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DFC: Atividades de 
Financiamento
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DFC: Pontos Polêmicos 
na classificação
Juros e dividendos pagos
 Atividades operacionais
 Visão do FASB
 Por que transita pela DRE
 Atividades de financiamento
 São custos para obtenção de financiamentos
 Deriva de atividade financeira
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DFC: Pontos Polêmicos 
na classificação
Juros e dividendos recebidos
 Atividades operacionais
 Visão do FASB
 Por que transita pela DRE
 Atividades de investimento
 Representam remuneração do capital 
investido
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DFC: Pontos Polêmicos 
na classificação
Duplicatas descontadas
 Atividades operacionais
 Possui como fato gerador uma venda a prazo
 Atividades de financiamento
 É uma forma de obter financiamento
 Depreciação, amortização e exaustão
 Apropriação de férias e 13º salário
 Apropriação de juros derivados de operações 
financeiras
 Apropriação de despesas pagas 
antecipadamente (Ex: seguros)
 Prejuízo na venda de imobilizado
 Prejuízo de equivalência patrimonial
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DFC: Despesas/Custos que 
não têm impacto no caixa
 Apropriação de juros derivados de
operações financeiras
 Apropriação de receitas antecipadas
 Lucros de equivalência patrimonial
 Lucro obtido na venda de investimentos ou
imobilizados
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DFC: Receitas que não têm 
impacto no caixa
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Entradas e Saídas de Caixa provenientes das operações
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
Entradas e Saídas de Caixa originadas dos investimentos em ativos não circulantes
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
Entradas e Saídas de Caixa oriundas dos financiamentos da empresa
(=) Variação Líquida de Caixa xxxxxxx
(+) Saldo Inicial de Caixa (conforme balançoinicial) xxxxxxx
(=) Saldo Final de Caixa (conforme balanço final) xxxxxxx
DFC: Exemplo
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MÉTODO 
DIRETO
MÉTODO 
INDIRETO
DFC: Formas de Apresentação
Diferença: 
forma de 
evidenciar o 
fluxo de caixa 
das atividades 
operacionais
 Descreve quais foram os recebimentos
(entradas de $) e pagamentos (saídas de $)
operacionais do período.
 Mais simples de ser entendido por usuários
sem conhecimentos contábeis específicos.
Método DiretoDFC: Método Direto
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Atividades Operacionais
(+) Recebimento de clientes
(+) Recebimentos de juros e dividendos
(-) Pagamentos
fornecedores
impostos
salários
juros
despesas pagas antecipadamente
(=) Caixa líquido gerado/consumido nas atividades operacionais
DFC: Método Direto
Exemplo
Parte do lucro líquido da DRE e ajusta receitas e
despesas que não transitaram pelo caixa no
período (variações nas contas).
O lucro do período é medido pelo regime de
competência.
A DRE possui receitas que foram ou serão
recebidas e despesas que foram ou serão pagas.
O lucro transita obrigatoriamente pelo caixa.
Método DiretoDFC: Método Indireto
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Evidencia o lucro operacional que se
transformou em caixa.
Permite a conciliação entre o lucro líquido e
fluxo de caixa operacional.
É o mais divulgado.
Mais simples de ser elaborado, porém mais
difícil de ser compreendido pelos usuários
sem conhecimentos contábeis específicos.
Método DiretoDFC: Método Indireto
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Atividades Operacionais
Resultado Líquido do Exercício
(+/-) Despesas / Receitas que não representaram
saídas / entradas de caixa (Ex: depreciação)
(+/-) Variações dos Ativos e Passivos Operacionais
(Ex: (-) aumento de clientes)
(=) Caixa líquido gerado/consumido nas atividades 
operacionais
DFC: Método Indireto
Estrutura
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Atividades Operacionais
Resultado Líquido do Exercício
(+) Depreciação
(-) Receita de Equivalência Patrimonial
(+) Aumentos em Fornecedores
(+) Aumentos em Salários e Encargos a Pagar
(+) Reduções em Estoques
(-) Aumento em Duplicatas a Receber
(-) Aumento em Despesas Pagas Antecipadamente
(=) Caixa líquido gerado/consumido nas atividades operacionais
DFC: Método Indireto
Exemplo
Método DiretoDFC: Método Indireto
GRUPO VARIAÇÃO EFEITO NA DFC
ATIVO
CIRCULANTE
Positiva Diminui
Negativa Aumenta
PASSIVO
CIRCULANTE
Positiva Aumenta
Negativa Diminui
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31/12/X0 31/01/X1 Variação
Ativo Circulante 120.000 172.000 52.000 
Caixa 50.000 68.000 18.000 
Clientes 30.000 94.000 64.000 
Estoque 40.000 10.000 (30.000) 
Ativo Imobilizado 100.000 120.000 20.000 
Imóveis 100.000 100.000 - 
Veículo 30.000 30.000 
(-) Deprec.acumulada (10.000) (10.000) 
Total do Ativo 220.000 292.000 72.000 
Passivo Circulante 70.000 50.000 (20.000) 
Fornecedores 50.000 20.000 (30.000) 
Empréstimos bancários 20.000 30.000 10.000 
Patrimônio Líquido 150.000 242.000 92.000 
Capital social 150.000 200.000 50.000 
Reserva de lucros 42.000 42.000 
Total do Passivo + PL 220.000 292.000 72.000 
Cia. ABC - BALANÇO PATRIMONIAL
DFC: Método Indireto
Exemplo
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01/X1
Receita líquida de vendas 120.000 
(-) Custo das mercadorias vendidas (60.000) 
Lucro bruto 60.000 
Desp. administrativas/comerciais (8.000) 
Desp. de depreciação (10.000) 
Lucro Líquido 42.000 
Cia. ABC - Demonstração do Resultado - Jan. X1
DFC: Método Indireto
Exemplo
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DFC: Método Indireto
Exemplo
01/X1
Lucro líquido do período 42.000 
(-) Variação positiva de clientes (64.000) 
(+) Variação negativa de estoques 30.000 
(-) Variação negativa de fornecedores (30.000) 
(+) Variação positiva de empréstimos 10.000 
(+) Depreciação 10.000 
(=) Caixa consumido nas atividades operacionais (2.000) 
(+) Aporte de capital 50.000 
(=) Caixa gerado nas atividades de financiamento 50.000 
(+) Aquisição de imobilizado (30.000) 
(=) Caixa consumido nas atividades de investimento (30.000) 
(+) Caixa gerado no período 18.000 
(+) Saldo inicial de caixa 50.000 
(=) Saldo final de caixa 68.000 
Cia. ABC - Demonstração dos Fluxos de Caixa - Jan. X1
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