Buscar

Anuário de Fruticultura 2016

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

9
9
7
7
1
8
0
8
4
9
3
1
4
5
IS
SN
 1
80
8-
49
31
Anuário Brasileiro da
Fruticultura
2016
Brazilian Fruit Yearbook
A gente sustenta 
a sua lavoura.
E, você, o 
desenvolvimento 
do Brasil. 
Para cultivo de frutas, conte com a Belgo e sua linha completa 
para estruturas de sustentação latada ou espaldeira. 
0800 727 2000
www.belgobekaert.com.br
Arames Belgo: uma marca da Belgo Bekaert Arames
 
Acompanhe-nos nas redes sociais:
QUAL
IDAD
E
COM
PROV
ADA
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
1
Expediente PUBLISHERS AND EDITORS
Anuário BrAsileiro de Fruticultura 2016
Gestor de Conteúdo: igor Müller; editor: romar rudolfo Beling; 
textos: Michelle Treichel, Benno Bernardo Kist, Cleiton evandro dos santos, 
Cleonice de Carvalho e romar rudolfo Beling; supervisão: romeu inacio 
neumann; tradução: Guido Jungblut; fotografia: sílvio ávila, inor Assmann 
(Agência Assmann) e divulgação de empresas e entidades; projeto gráfico e 
diagramação: Márcio oliveira Machado; arte de capa: Márcio oliveira Machado, 
sobre fotografia de sílvio ávila; edição de fotografia e arte-final: Márcio oliveira 
Machado; catalogação/tabelas: sadraque lenz Veiga; marketing: Ana Paula 
Knak; supervisão gráfica: Márcio oliveira Machado; distribuição: simone de 
Moraes; impressão: Gráfica Coan, Tubarão (sC).
issn 1808-4931
É permitida a reprodução de informações desta revista, desde que citada a fonte.
Reproduction of any part of this magazine is allowed, provided the source is cited.
ediTorA GAZeTA sAnTA CruZ lTdA.
CnPJ 04.439.157/0001-79
rua ramiro Barcelos, 1.224, 
CeP 96.810-900, santa Cruz do sul/rs
Telefone: 0 55 (xx) 51 3715 7940
Fax: 0 55 (xx) 51 3715 7944
e-mail: redacao@editoragazeta.com.br
comercial@editoragazeta.com.br
www.editoragazeta.com.br
Ficha catalográfica
A636
 Anuário brasileiro da fruticultura 2016 / Michelle Treichel ... [et al.]. 
 – Santa Cruz do Sul : Editora Gazeta Santa Cruz, 2016.
 88 p. : il.
 ISSN 1808-4931
 1. Frutas – Cultivo – Brasil. I. Treichel, Michelle.
 CDD : 634.0981
 CDU : 634.1(81)
Catalogação: Edi Focking CRB-10/1197
2
Sumário
04 Apresentação Introduction
08 Panorama Panorama
34 As Principais Main Fruit
78 Pesquisa Profile
82 Painel Panel
84 eventos Events
SUMMARy
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
3
Terras do
Centenas de espécies de frutas, espalhadas em território com 
extensão continental. Dezenas de polos, em regiões de cultivo 
com peculiaridades de clima, solo e vocação distintas, abastecem 
o mercado nacional e ainda se inserem no concorrido comércio 
internacional. O Brasil, definitivamente, é um paraíso para essa 
atividade. Nos trópicos e nas zonas temperadas são colhidos qua-
se todos os tipos de frutas existentes no planeta, e só isso já daria 
dimensão de quanto essa terra, das micro às pequenas, médias e 
grandes propriedades, é identificada com os pomares.
O Anuário Brasileiro da Fruticultura 2016, que a Editora 
Gazeta apresenta, dimensiona a realidade de produção e de mer-
cados desse setor vital para a socioeconomia nacional, na geração 
de empregos e de renda em todas as regiões. Afinal, nas localida-
des originadas a partir das imigrações europeias e asiáticas no Sul 
e no Sudeste, nas novas fronteiras incorporadas nos últimos anos 
com a migração para as extensões a perder de vista do Centro-
-Oeste, nas propriedades do semiárido nordestino ou nas áreas 
de floresta amazônica do Norte, as frutas fazem a delícia da vida.
CenTenAs de esPÉCies de FruTAs 
nAs diVersAs reGiÕes do PAÍs 
AQueCeM A eConoMiA
4
sem fim
 Algumas das cadeias são, por si só, a principal fonte de recei-
ta de regiões. Basta reparar na importância da laranja para São Pau-
lo, das uvas de mesa, da manga e do cacau para a Bahia, das uvas vi-
níferas para o Rio Grande do Sul; da maçã para Santa Catarina; do 
melão, do caju, da banana e do abacaxi para Ceará e Rio Grande do 
Norte; do açaí para a Amazônia. Não é apenas a mesa da população 
que se colore com a variedade dos alimentos. O bolso das famílias 
agradece pela receita que advém dos negócios, permitindo investi-
mentos no lar e a geração dos tributos que viabilizam o progresso.
Em 2016, sequer a recessão no Brasil tem ofuscado o desempe-
nho dos pomares nacionais. A exemplo do que ocorre no agronegó-
cio como um todo, o setor enxuga ao máximo seus custos e plane-
ja a eficiência extrema das operações, mas a colheita só é viável se a 
plantação é cuidada. Ao mesmo tempo, setores com forte demanda 
internacional se beneficiam do câmbio, e, assim, o que é crise para 
alguns é oportunidade de crescimento para outros. Nas terras-do-
-sem-fim desse imenso País crescem os frutos que permitem tornar 
reais os sonhos de milhares de pessoas. Boa leitura!
Sí
lv
io
 Á
vi
la
5
HHundreds of fruit species, spread across a territory with continental dimen-sions. Tens of fruit belts, in producing re-gions with climate and soil peculiarities and distinct vocations, supply the nation-al market and equally find their way into the competitive international trade. Brazil 
has definitely become a paradise for this 
activity. Almost all types of fruits that ex-
ist on the planet are harvested in the trop-
ics and in the temperate zones, a fact that 
alone attests to what extent this land of mi-
cro, small, medium and huge commercial 
farms is identified with orchards. 
The 2016 Brazilian Fruticulture year-
book, published by Editora Gazeta depicts 
the reality of the production and markets of 
this vital sector for the national socioecono-
my, in the generation of jobs and income in 
all regions. After all, in the remote places in 
the South and Southeast, settled by Europe-
an immigrants, in the new agricultural fron-
tiers incorporated in the past years with the 
migration to endless stretches of land in the 
Center-West, in the farm of the northeastern 
semiarid or in the areas of the Amazon jun-
gle in the North, fruits make life delicious.
 Some of the fruit belts are equally the 
main source of income of the regions. With-
in this context, oranges are important for 
São Paulo, table grapes, mangoes and Co-
coa for Bahia, wine grapes for Rio Grande 
do Sul; apples for Santa Catarina; melon, 
cashew nuts, bananas and pineapples for 
Ceará and Rio Grande do Norte; açaí for 
the Amazon region. It is not just the dining 
tables of the population that are adorned 
with a colorful variety of foods. The pock-
ets are thankful for the revenue that stems 
from the businesses, resulting into invest-
ments in the home and the generation of 
taxes that make progress viable.
In 2016, not even Brazil’s economic re-
cession has overshadowed the performance 
of the orchards. Following on the heels of 
agribusiness as a whole, the sector cuts costs 
to the extent possible and plans the extreme 
efficiency of the operations, but harvests are 
only viable if the plantations are well cared-
for. In the meantime, sectors involved in 
exports benefit from the exchange rate, 
turning the crises of some sectors into op-
portunities for others to grow. This is how 
it goes in the endless lands of this immense 
Country, where fruits grow and make the 
dreams of thousands of people come true. 
Happy reading!
Hundreds 
oF diFFerenT 
FruiT Trees 
ACross THe 
CounTry 
sTiMulATe THe 
eConoMy
Endless lands
Sí
lv
io
 Á
vi
la
6
Condução de pomar em SHD Colheita mecanizada
Panorama PANORAMA
o
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
8
CliMA AdVerso e reTrAção 
do ConsuMo PodeM FAZer 
A Produção ATuAl reCuAr
oO Brasil possui pleno potencial para aumentar a produção atual, de cerca de 43 milhões de frutas frescas, caso seja demandado. As espéciesfrutíferas somam em torno de 500 variedades, das quais 220 são só de plantas nativas na Amazônia legal. Favore-cido pela extensão territorial, pela posição geográ-fica, pelo solo e pelas condições climáticas, o País produz frutas tropicais, subtropicais e temperadas. 
Atualmente, 22 fruteiras são recenseadas pelo Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
O setor fruticultor emprega 5,6 milhões de pes-
soas, ou seja, 27% da mão de obra agrícola. De acor-
do com o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf ), para 
cada US$ 10 mil investidos na fruticultura tecnifica-
da, são gerados, em média, três empregos diretos 
permanentes e dois indiretos. “A atividade é de ex-
trema importância para a geração de renda e para o 
desenvolvimento rural do País, pois está fundamen-
tada em pequenas e médias propriedades”, destaca 
Moacyr Saraiva Fernandes, presidente do Ibraf.
Os plantios cobrem 2,03 milhões de hectares, 
correspondendo a 2,6% da área total ocupada pela 
agricultura brasileira. Conforme Fernandes, o valor 
da produção de frutas já atingiu o patamar de R$ 
59,6 bilhões. Para os anos de 2015 e 2016, segundo 
o presidente do Ibraf, os volumes recenseados pelo 
IBGE tendem a mostrar números muito próximos 
ou mesmo inferiores às 42,6 milhões de toneladas 
de 2014. “Estamos tendo muitos problemas nas zo-
nas de produção, com estiagem per-
sistentes no Nordeste, chuvas, granizo 
e outros problemas climáticos no Sudeste 
e no Sul”, explica Fernandes. 
O Ibraf e a Associação Brasileira dos Pro-
dutores e Exportadores de Frutas e Derivados 
(Abrafrutas) baseiam-se nos números do IBGE 
para elaborarem suas estimativas de produção, 
que variam um pouco devido aos critérios que 
cada entidade utiliza. O instituto, por exemplo, 
converte para toneladas a produção de abacaxi e 
coco, que é divulgada em unidades pela pesquisa 
Produção Agrícola Municipal e pelo Levantamento 
Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE.
A produção de laranja influi muito na oferta to-
tal de frutas apurada pelo IBGE. Em média, a laran-
ja representa 39,7% da produção nacional de frutas. 
Nos últimos 10 anos, o seu volume vem diminuin-
do em torno de 2%, segundo o Ibraf. A maior par-
te dos cultivos de laranja é destinada para a elabo-
ração de sucos, que são pouco consumidos no 
Brasil, e no mercado externo a demanda vem 
caindo de modo substancial. “O produto tem 
sofrido o impacto de certos formadores de 
opinião de que é muito calórico e também 
da concorrência de outras bebidas de frutas 
adequadas à segmentação dos mercados, 
que ainda apresentam preços menores”, 
explica Fernandes.
9
Para encher 
os olhos
AlÉM de Ter ColHido CerCA de 43 MilHÕes de 
TonelAdAs de FruTAs FresCAs eM 2015, o seTor ProduTiVo 
TAMBÉM eMPreGA 27% dA Mão de oBrA AGrÍColA
Sí
lv
io
 Á
vi
la
B
Eye-catching 
performance
Besides HArVesTinG ABouT 43 Million Tons oF FresH FruiT in 2015, THe 
ProduCTiVe seCTor Also ProVides For 27% oF All AGriCulTure-relATed JoBs
Brazil has the potential to increase its cur-
rent production of about 43 million tons, 
should it be necessary. There are approxi-
mately 500 species of fruit trees, of which, 220 
are native species in the Amazon region. Tak-
ing advantage of the vast territorial extension, 
of the geographical location, soil and climate 
conditions, the Country produces tropical, 
subtropical and temperate fruits. Currently, 22 
fruit species are included in the census con-
ducted by the Brazilian Institute of Geography 
and Statistics (IBGE). 
The fruit sector employs 5.6 million peo-
ple, that is, 27% of all agricultural workers. Ac-
cording to the Brazilian Fruit Institute (Ibraf ), 
US$ 10 thousand invested in technology-ori-
ented fruit growing generate three direct, per-
manent jobs and two indirect ones, on aver-
age. “The activity is extremely important for 
the generation of income and for rural devel-
opment throughout the Country, as it is based 
on small and medium-scale farms “, says Ibraf 
president Moacyr Saraiva Fernandes.
The area devoted to fruit trees reaches 2.03 
million hectares, corresponding to 2.6% of the 
total area occupied by agriculture in Brazil. Ac-
cording to Fernandes, revenue generated by 
the production of fruits has already amount-
ed to R$ 59.6 billion. For 2015 and 2016, says 
Ibraf president, the volumes included in IB-
GE’s census tend to show figures close to, or 
even inferior to the 42.6 million tons in 2014. 
“We are facing lots of problems in the produc-
tion zones, such as persistent drought condi-
tions in the Northeast, excessive rainfall, hail-
storms and other climate adversities in the 
Southeast and South”, explains Fernandes. 
The Ibraf and the Brazilian Fruit Producers-
Exporters Association (Abrafrutas) rely on the 
numbers released by the IBGE for their pro-
duction estimates, which vary slightly due to 
the criteria utilized by each entity. The insti-
tute, for example, converts into tons the pro-
duction of pineapples and coconuts, whilst 
the Municipal Agricultural Production re-
search team and IBGE’s Systematic Survey 
of Agricultural Production (LSPA) refer to the 
production volumes in units. 
The production of oranges exerts a big influ-
ence on the total supply of fruits ascertained by 
IBGE officials. On average, oranges account for 
39.7% of the entire national fruit crop. Over the 
past 10 years, the volume of oranges has been 
falling about 2% per growing season, accord-
ing to Ibraf sources. Oranges are mostly grown 
for juices, not much consumed in Brazil, and 
in the foreign scenario demand has been de-
clining substantially. “The product has been 
affected by the impact of some opinion mak-
ers that classify it as caloric, while heavy com-
petition comes from other fruit-based beverag-
es, in line with market segmentation, at lower 
prices”, Fernandes explains.
unFAVorABle CliMATe And droP in ConsuMPTion Could 
AdVersely AFFeCT THe CurrenT ProduCTion VoluMes
10
Sí
lv
io
 Á
vi
la
12
A
Tem 
de tudo
As estatísticas oficiais não apontam o destino da produção brasilei-
ra de frutas, apesar de considerarem os cultivos permanentes e tempo-
rários, assim como o obtido do extrativismo de frutas nativas, como açaí 
e cajá, entre outros. Para Moacyr Fernandes, presidente do Ibraf, a evolu-
ção do consumo de frutas frescas no País é melhor caracterizada pelos da-
dos de mercado. A demanda interna de frutas frescas, incluindo a produção 
própria e as importações, está estimada em cerca de 18,5 milhões de toneladas 
por ano, conforme as principais empresas auditoras de mercado. Nos últimos 
cinco anos, esse consumo tem evoluído entre 1,9% e 2,1%.
No entanto, na avaliação de Fernandes, a recessão econômica vai continuar 
impactando de maneira negativa no consumo de frutas, pelo menos até o hori-
zonte de 2018. “Teremos volume de comercialização mais modesto, com cresci-
mento a taxas médias anuais de 1% a 1,5%”, calcula. Além disso, muitas frutas fres-
cas estão enfrentando a concorrência de produtos processados de frutas e outros 
produtos alimentícios com a mesma função na alimentação do brasileiro. O maior 
consumo de processadas não é tendência nacional, mas vem crescendo na Améri-
ca do Norte, na Europa e no Japão, entre outros ambientes. Portanto, o consumo 
de sucos de frutas, néctares e polpas de frutas tem crescido na casa dos dois dígi-
tos nos últimos cinco anos.
Ao contrário de quase todos os países, no Brasil não há estatísticas oficiais que 
permitam estabelecer com precisão não só as perdas como a parte destinada para 
o processamento industrial, assim como a produção comercializada de forma 
marginal, sem documentação fiscal. No entanto, o Instituto Brasileiro de Frutas 
(Ibraf ), que completa 25 anos de existência em 2016, monitora a produção co-
mercial e seu destino há cerca de 15anos. 
O levantamento do destino aparente da produção comercializada em 2015, 
feito pelo Ibraf, prevê que 53% foi destinado para o mercado de frutas frescas 
e 47% para o de processadas. Do total comercializado in natura, 50% foi di-
recionado para consumo interno e 3% para o internacional. Enquanto isso, 
26% da parte processada seguiu para o mercado externo e 21% para o inter-
no. Portanto, fica claro que o Brasil exporta 29% da produção comercial de 
frutas. “O agronegócio das frutas optou pela agroindustrialização, geran-
do maior valor agregado ao longo da cadeia de valor. Não se pode afirmar 
que exportamos pouco”, conclui Fernandes.
CoM AMPlA oFerTA de Produção oriundA 
de diFerenTes TiPos de CulTiVo, o seTor 
no BrAsil AindA TeM diFiCuldAdes PArA 
APurAr As ForMAs de ConsuMo
oOfficial statistics do not reveal the destination of Brazil’s fruit crop, in spite of considering all permanent and temporary cultivations, as well as the amounts of fruits coming from extractivistic practices, like açaí and cashew, among others. Ibraf president Moacyr Fernandes understands that a true picture of the evolution of fresh fruit consumption throughout the Country comes from the market. Domestic demand for fresh fruits, including national and imported fruits, is estimated at about 18.5 million tons a year, according 
to conclusions drawn by major auditing companies. Over the past five years, 
this consumption has evolved from 1.9% to 2.1%.
Nevertheless, in the evaluation of Fernandes, the economic recession is 
likely to continue negatively impacting upon the consumption of fruit, at least 
until 2018. “We will have a more modest commercialization volume, with an-
nual growth rates ranging from 1% to 1.5%”, he comments. Furthermore, lots 
of fresh fruits are facing competition from processed fruits and other food 
items that have the same function in the eating habits of the Brazilian people. 
The ever-stronger habit of consuming processed fruits is not a national trend, 
but has been rising in the United States, Europe and Japan, among other in-
ternational environments. Therefore, the consumption of fruit juices, nectars 
and fruit pulps has experienced a double-digit growth over the past five years. 
Contrary to most countries, in Brazil there are no official statistics that 
could clearly indicate the amount of losses and the portion destined for in-
dustrial processing, as well as the proportion of marginally traded fruits, with 
no fiscal documentation. However, the Brazilian Fruit Institute (Ibraf ), which 
completes 25 years in 2016, has been monitoring commercial fruit produc-
tion and the destination of these fruits. 
The survey of the apparent destination of the fruits traded in 2015, conduct-
ed by Ibraf, indicates that 53% were destined for the fresh fruit market and 47% for 
processing. Of the total fresh fruit sales, 50% were destined for domestic consump-
tion and 3% for the international market. In the meantime, 26% of the processed 
fruits were shipped abroad and 21% were for domestic consumption. This makes 
it clear that Brazil exports 29% of its commercially produced fruits. “Fruit agribusi-
ness has opted for agro-industrialization, generating higher added value down the 
line. We cannot affirm that we export small amounts”, Fernandes concludes.
Plenty of 
everything
WiTH A VAsT suPPly oF ProduCTion CoMinG 
FroM A VArieTy oF CulTiVATion TyPes, THe 
seCTor in BrAZil is sTill HAVinG diFFiCulTies 
AsCerTAininG ForMs oF ConsuMPTion
13
AA fruticultura está presente em todos os 26 estados bra-sileiros e no Distrito Federal, variando em quantidade e es-pécies mais cultivadas. O Estado de São Paulo está muito à frente das demais unidades federativas, com produção de 15,183 milhões de toneladas de frutas frescas, conforme o dado mais recente divulgado pela pesquisa Produção Agrí-cola Municipal (PAM/2014), do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE). Grande parte da produção pau-
lista continua sendo de laranja, que respondeu por 12,290 
milhões de toneladas do total estadual em 2014. 
O resultado total dos estados e do Distrito Federal foi de 
33,289 milhões de toneladas no referido ano. Este volume 
resultou da soma de 16 frutas: abacate, banana, caqui, figo, 
goiaba, laranja, limão, maçã, mamão, manga, maracujá, mar-
melo, pera, pêssego, tangerina e uva. Portanto, não estão in-
cluídas as produções de abacaxi, coco, melancia e melão, o 
que certamente alteraria a posição de alguns estados produ-
tores. Do volume total, 11 estados produziram 31,246 mi-
lhões de toneladas e os demais 2,043 milhões de toneladas.
A segunda maior quantidade desse grupo de frutas, 
4,058 milhões de toneladas, foi colhida na 
Bahia. Nesse Estado, as mais produzidas fo-
ram banana (1,088 milhão de toneladas), laranja 
(1,026 milhão de toneladas), mamão (795 mil tone-
ladas) e maracujá (381 mil toneladas). O Rio Grande 
do Sul vem na sequência, com 2,399 milhões de tone-
ladas, com a participação de 812 mil toneladas de uva e 
690 mil toneladas de maçã. Volume praticamente igual, de 
2,299 milhões de toneladas, verificou-se em Minas Gerais. 
As frutas predominantes foram laranja, com 940 mil tone-
ladas, e banana, com 711 mil toneladas.
Além da Bahia, a banana aparece como a principal fru-
ta nos estados de Santa Catarina (701 toneladas), Pará 
(588 mil toneladas), Ceará (452 mil toneladas) e Pernam-
buco (396 mil toneladas). Também obtiveram volumes 
significativos de laranja os estados de Paraná (979 mil 
toneladas), Minas Gerais (940 mil toneladas) e Ser-
gipe (614 mil toneladas). O mamão sobressaiu-se 
no Espírito Santo (400 mil toneladas) e na Bahia 
(795 mil toneladas).
País feito de frutas
o esTAdo de são PAulo FirMA-se AindA MAis 
nA Condição de MAior ProduTor de FruTAs do BrAsil, 
CoM 15,183 MilHÕes de TonelAdAs eM 2014
F
14
os esTAdos dAs FruTAs – Fruit states
Produção brasileira de frutas por estado (toneladas)
Fonte: PAM 2014/IBGE
esTAdos 2013 2014 PrinCiPAis FruTAs
São Paulo 15.977.390 15.183.288 ( laranja 12.290.107 )
Bahia 3.814.389 4.058.678 ( banana 1.088.647, laranja 1.026.167, mamão 794.565, 
 manga 430.594 e maracujá 381.192 )
Rio Grande do Sul 2.356.173 2.399.633 ( uva 812.517 e maçã 690.422 ) 
Minas Gerais 2.304.393 2.299.823 ( laranja 940.444 e banana 711.397 )
Paraná 1.648.424 1.567.181 ( laranja 979.682 )
Santa Catarina 1.383.267 1.519.070 ( banana 701.484 e maçã 633.079 )
Pernambuco 933.629 975.010 ( banana 396.470, uva 236.179 e manga 218.679 )
Pará 861.038 869.703 ( banana 588.655)
Espírito Santo 778.700 847.770 ( mamão 399.790 )
Ceará 796.115 791.593 ( banana 452.541 )
Sergipe 756.606 734.722 ( laranja 614.227 )
Subtotal 31.610.124 31.246.471
Demais estados 2.143.048 2.043.334 
Total 33.753.172 33.289.805
eXPorTAdores 
dentre os estados brasileiros, o Ceará desponta como o principal exportador de frutas frescas e processadas, incluindo nozes e castanhas, mas sem 
sucos. esses itens totalizaram us$ 888,817 milhões e 854,805 mil toneladas em 2015, de acordo com o sistema Agrostat, do Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento (Mapa). o Ceará contribuiu com 23,4% da receita total, com embarques de us$ 207,967 milhões e de 181,908 mil toneladas. o 
segundo melhor resultado foi obtido pela Bahia, com envios de u$s 144,392 milhões e de 138,309 mil toneladas. na sequência, a maior participação em 
valor foi dos estados de são Paulo (14,1%), Pernambuco (13,66%) e rio Grande do norte (13,16%).
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
Country made of fruits
eXPorTers 
Among all Brazilian states, Ceará is the leading exporter of fresh and processed fruits, including nuts and chestnuts, but no juices. These items brought 
in us$ 888.817 million, from 854.805 thousand tons in 2015, according to the Agrostat system, of the Ministry of Agriculture, livestock and Food supply 
(Mapa).Ceará’s share in the total sum of revenue corresponded to 23.4%, with shipments worth us$ 207.967 million and 181.908 thousand tons. The sec-
ond best result was achieved by Bahia, with shipments that brought in us$ 144.392 million from 138.309 thousand tons. in the sequence, the biggest par-
ticipation in the revenue was achieved by the states of são Paulo (14.1%), Pernambuco (13.66%) and rio Grande do norte (13.16%).
THe sTATe oF são PAulo is sTrenGTHeninG iTs PosiTion As BiGGesT 
FruiT ProduCer in BrAZil, WiTH 15.183 Million Tons in 2014
FFruit cultivation is present in all 26 Bra-zilian states and in the Federal District, vary-ing in quantity and species that are grown. The State of São Paulo is leading fruit produc-tion by far, compared to all other states, with 15.183 million tons of fresh fruits, accord-ing to latest data published by the Munici-pal Agricultural Production department of the 
Brazilian Institute of Geography and Statistics 
(IBGE). Oranges make up the bulk of São Pau-
lo’s production, which accounted for 12.290 
million tons of the state’s total in 2014.
The final result of the states and the Fed-
eral District reached 33.289 million tons in 
that year. This volume came from the sum 
of 16 different types of fruits: avocadoes, ba-
nanas, persimmons, oranges, figs, guavas, 
lemons, apples, papayas, mangoes, passion 
fruits, quinces, pears, peaches, tangerines 
and grapes. Therefore, the following fruits 
are not included: pineapples, coconuts, wa-
termelons and melons, which would cer-
tainly alter the position of some fruit pro-
ducing states. Of the total volume, 11 states 
produced 31.246 million tons, and the oth-
ers, 2.043 million tons. 
The second biggest quantity of this group 
of fruits, 4.058 million tons, was harvested in 
Bahia. In this State, the most produced fruits 
were the following: bananas (1.088 million 
tons), oranges (1.026 million tons), papaya 
(795 thousand tons) and passion fruit (381 
thousand tons). Rio Grande do Sul comes 
next, with 2.399 million tons, with grapes ac-
counting for 812 thousand tons, and apples, 
for 690 thousand tons. A volume almost 
equal, 2.299 million tons, was produced in 
Minas Gerais. The predominant fruits were 
oranges, with 940 thousand tons, and ba-
nanas, with 711 thousand tons.
Bananas are the main fruit not only in 
Bahia, but also in the states of Santa Catari-
na (701 thousand tons), Pará (588 thousand 
tons), Ceará (452 thousand tons) and Per-
nambuco (396 thousand tons). Significant 
quantities of oranges were equally harvested 
in the states of Paraná (979 thousand tons), 
Minas Gerais (940 thousand tons) and Ser-
gipe (614 thousand tons). Papayas stood out 
in the state of Espírito Santo (400 thousand 
tons) and in Bahia (795 thousand tons).
15
Sí
lv
io
 Á
vi
la
16
A
Nem mais, 
nem menos
Produção de FruTAs no BrAsil TeM APresenTAdo 
esTABilidAde, MAs seGue esTruTurAdA CoM PlenAs 
CondiçÕes de ATender à deMAndA inTernA e eXTernA
A fruticultura brasileira não tem apresentado alterações significa-
tivas, pelo menos, em relação ao volume produzido nos últimos anos. 
Para 2015, a produção foi estimada em 43 milhões de toneladas de frutas 
frescas. Caso venha a ser confirmado, o resultado será praticamente igual 
ao registrado nos dois anos anteriores. Esse é o volume calculado pela Con-
federação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nos 
dados registrados até setembro de 2015. 
A previsão da CNA considera os dados apurados pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) e pelos fruticultores que exportam. Já de acordo 
com a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), do IBGE, a produção de 20 
espécies pode ter sido de 41,358 milhões de toneladas em 2014. Considerando-
-se as mesmas frutas, e atualizando a oferta de laranja, banana, abacaxi, coco, uva 
e maçã, que são acompanhadas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrí-
cola (LSPA), do IBGE, estima-se que a produção pode ter somado 40,608 milhões 
de toneladas em 2015.
Na avaliação da CNA, a safra de 2015 poderia ter superado a do ano anterior se 
os principais polos não tivessem sido afetados pela falta de chuva. A condição cli-
mática desfavorável também prejudicou a qualidade das frutas e provocou a re-
dução das áreas de cultivo. “A falta de água foi um problema que persistiu o ano 
todo”, destaca Eduardo Brandão, assessor técnico da Comissão Nacional de Fru-
ticultura da CNA e diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores Ex-
portadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
Para 2016, segundo Brandão, a expectativa é de que sejam colhidas 43,6 mi-
lhões de toneladas de frutas frescas ou, no máximo, em torno de 43,9 milhões 
de toneladas, o que significaria 2% a mais do que o contabilizado no ano ante-
rior. Calcula-se que 97% das frutas são comercializadas no mercado interno e 
3% no externo. A maioria dos brasileiros, que teve o poder de compra reduzi-
do pela recessão econômica em 2015, tende a continuar diminuindo o con-
sumo de frutas. O produto nacional também concorre com as frutas impor-
tadas, pressionando o valor pago ao fruticultor. A alta do dólar elevou os 
custos de produção, devido à importação de grande parte dos insumos.
17
CAMPeãs 
A laranja segue sendo a fruta mais produzida, tendo participado com 
16,9 milhões de toneladas em 2014, de acordo com a pesquisa do IBGE. 
A segunda maior oferta foi a de banana, com 6,9 milhões de toneladas. As 
duas frutas responderam por 43,5% do valor de R$ 25,4 bilhões obtido pe-
las 22 espécies em 2014, com alta de 9,3%. Dentre as fruteiras, a maçã foi a 
que registrou o maior aumento de produção (12%) e a laranja a com maior 
queda, em comparação com o apurado em 2013.
A área ocupada pela fruticultura totalizou 2,033 milhões de hectares em 
2014, conforme a pesquisa Produção Agrícola Municipal, do IBGE. Igualmen-
te, as duas espécies campeãs de produção ocuparam os maiores espaços: a 
laranja quase 690 mil hectares e banana em torno de 483 mil hectares. Gran-
de parte da área total destinada aos pomares está em pequenas e médias 
propriedades rurais. A fruticultura emprega mais de cinco milhões de pes-
soas, o que representa mais de 30% dos empregos na agricultura nacional.
* Estimativa.
** Conversão: 1 fruto = 2,5 kg na região Sul/Sudeste, exceto Paraná 
(onde é 1,6 kg) e Santa Catarina (onde é 1,67 kg); 2,1 kg, na região 
Centro-Oeste; e 1,8 kg, nas demais regiões.
Fonte: FNP.
*** Quantidade produzida em 1.000 frutos.
Fonte: IBGE.
PoMAres – Orchards
Produção brasileira de frutas frescas
 2014 2015 *
FruTAs áreA (ha) VoluMe (t) VoluMe (t)
Laranja 689.047 16.927.637 16.273.634
Banana 482.708 6.946.567 7.012.901
Melancia 94.929 2.171.288 2.171.288
Abacaxi** 66.668 3.407.701 3.407.701 
Coco-da-baía*** 252.366 1.946.073 1.790.736
Mamão 32.118 1.603.351 1.603.351
Uva 78.767 1.453.889 1.507.419
Maçã 37.121 1.378.617 1.271.941
Manga 70.688 1.132.449 1.132.449
Limão 43.586 1.101.762 1.101.762
Tangerina 49.929 965.139 965.139
Maracujá 57.183 823.284 823.284
Melão 22.001 589.939 589.939
Goiaba 15.923 359.349 359.349
Pêssego 18.210 211.109 211.109
Caqui 8.358 182.280 182.280
Abacate 9.559 156.669 156.669
Figo 2.807 28.044 28.044
Pera 1.474 19.089 19.089
Marmelo 111 570 570
Total 2.033.553 41.358.806 40.608.857
F
Neither more
nor less
Fruit farming in Brazil has not suffered sig-
nificant changes, at least, with regard to the 
volume produced over the past years. For 
2015, production is estimated at 43 million 
tons of fresh fruit. Should it confirm, the result 
will not differ from the amount produced in 
the previous two years. This is the volume cal-
culated by the Brazilian Confederation of Ag-
riculture and Livestock (CNA), based on data 
registered up to September 2015. 
CNA’s forecast takes into consideration all 
data ascertainedby the Brazilian Institute of 
Geography and Statistics (IBGE) and by the 
producers that export their fruits. Whereas, 
according to a survey by IBGE’s Municipal 
Agricultural Production (PAM) division, the 
production of 20 species may have reached 
41.358 million tons in 2014. Considering the 
same fruits, and updating the supply of or-
anges, bananas, pineapples, coconuts, grapes 
and apples, which are closely surveyed by the 
Systematic Survey of Agricultural Production 
(LSPA), an IBGE division, total production in 
2015 is estimated at 40.608 million tons.
In CNA’s evaluation, the 2015 crop could 
have outstripped the previous year’s crop if 
most major production hubs had not been af-
fected by drought conditions. The unfavorable 
Winners 
Oranges are still the most produced fruit, with a share of 1.69 million tons in 2014, according to a survey by the IBGE. Bananas were the second most 
produced fruit, with 6.9 million tons. The two fruits accounted for 43.5% of the revenue of R$ 25.4 billion raked in by the 22 species in 2014, up 9.3%. 
Among the fruit trees, apples registered the biggest increase in production (12%), while oranges registered the biggest reduction, compared to 2013.
The area devoted to fruit farming totaled 2.033 million hectares in 2014, according to a survey by IBGE’s Municipal Agricultural Production division. 
The two leaders in production also occupied the biggest area: almost 690 thousand hectares were devoted to oranges, whereas bananas occupied 
about 483 thousand hectares. A huge portion of the total area devoted to orchards belongs to small and medium scale farms. Fruit farming employs up-
wards of five million people, representing more than 30% of all national agriculture related jobs. 
weather conditions equally adversely affected 
the quality of the fruits, and induced the farmers 
to reduce their planted areas. “The lack of wa-
ter was a problem that persisted all year round”, 
says Eduardo Brandão, technical advisor to 
CNA’s National Fruit Growing Commission, and 
executive director of the Brazilian Fruit Produc-
ers – Exporters Association (Abrafrutas).
For 2016, according to Brandão, the ex-
pectation is for a fruit crop of 43.6 million 
tons or, at the most, about 43.9 million tons, 
which would be 2% more than the year be-
fore. It is estimated that 97% of the fruits are 
traded in the domestic market, and only 3% 
are shipped abroad. Most Brazilian people, 
whose purchasing power shrank consider-
ably due to the 2015 economic recession, 
tend to continue reducing their consump-
tion of fruits. The national fruits also com-
pete with fruits imported from abroad, exert-
ing a negative pressure on farm gate prices. 
The higher value of the dollar increased the 
production cost because a huge portion of 
the inputs comes from abroad.
FruiT ProduCTion in BrAZil HAs Been sTABle, BuT ConTinues 
sTruCTured To Fully MeeTinG doMesTiC And ForeiGn deMAnd
In
or
 A
g.
 A
ss
m
an
n
18
倀
爀漀
洀
漀

漀
⼀ 倀
爀漀
洀
漀琀
椀漀
渀㨀
䴀椀渀椀猀琀爀椀漀 搀漀
䐀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 䄀最爀爀椀漀
䄀
瀀
漀
椀漀
⼀ 匀
甀瀀
瀀漀
爀琀㨀
倀
愀琀
爀漀
挀
渀
椀漀
⼀ 匀
瀀漀
渀猀
漀爀
㨀
刀
攀愀
氀椀稀
愀
漀
⼀ 刀
攀愀
氀椀稀
愀琀
椀漀
渀㨀
o
O câmbio
fez bem
Os exportadores de frutas frescas e processadas do Brasil, ao contrário 
de outros setores da economia nacional, foram beneficiados pela valoriza-
ção do dólar sobre o real em 2015. Em janeiro, a média mensal do dólar co-
mercial foi de R$ 2,638, e em dezembro fechou a R$ 3,869. Essa diferença de 
quase 50% foi fundamental para o que o País contabilizasse volume e valor su-
periores aos obtidos em 2014. Sem incluir sucos, nozes e castanhas, o embarque 
de frutas frescas e processadas totalizou 819,630 mil toneladas em 2015, 11,44% 
a mais do que o enviado no ano anterior. O embarque somou US$ 735,49 milhões, 
com acréscimo de 3,8% sobre a receita de 2014. Os números foram divulgados pela 
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base no sistema Agros-
tat, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 
Incluindo o resultado das exportações de nozes e castanhas, os resultados sal-
tam para 854,805 mil toneladas e para US$ 888,817 milhões em receita, com altas de 
17,52% e 12,59%, respectivamente. A continuar neste ritmo, o setor espera atingir a 
meta de exportar US$ 1 bilhão em 2017, aponta Eduardo Brandão, assessor técnico da 
Comissão Nacional de Fruticultura da CNA e diretor-executivo da Associação Brasileira 
dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). 
“Hoje, o Brasil também é reconhecido no mercado internacional pela qualidade dos 
produtos que exporta”, acrescenta. Além disso, o volume negociado poderia ter sido ainda 
maior se os produtores de algumas regiões não tivessem enfrentado problemas climáticos. 
A falta de água tem prejudicado a produção e a qualidade de frutas do Nordeste. Enquanto 
isso, no Sul, o excesso de chuva poderá restringir embarques de maçã em 2016.
O total de frutas frescas, secas e processadas destinadas aos consumidores estrangei-
ros é composto por várias espécies, mas algumas delas continuam se destacando na lis-
ta das mais exportadas. Em 2015, a maior receita, de US$ 184,342 milhões, foi obtida 
com o embarque de 156,337 mil toneladas de manga. O resultado teve alta de 17,52% 
em toneladas e de 12,59% em valor em relação ao verificado no ano de 2014. Já em 
quantidade, o melão superou a manga, com o envio anual de 223,746 mil toneladas, 
incremento de 13,66% sobre o do ano antecedente. Dentre as frutas frescas, foi sig-
nificativa ainda a exportação de limão e lima (US$ 78,6 milhões), uva (US$ 72,349 
milhões), mamão papaia (US$ 43,675 milhões) e maçã (US$ 40,656 milhões).
eXPorTAçÕes de FruTAs FresCAs e ProCessAdAs 
CresCerAM 11,44% eM VoluMe e 3,8% eM reCeiTA 
eM 2015, FAVoreCidAs PelA AlTA do dólAr 
20
desVAloriZAção 
No geral, a grande maioria das frutas registrou embarques superiores em 2015, mas o mesmo não se verificou nos valores pagos, que 
não cresceram na mesma proporção ou, em alguns casos, apresentaram queda. Outros produtos do agronegócio também estão sendo ne-
gociados a preços mais baixos no mercado externo. Esta realidade impõe aos produtores brasileiros o desafio de produzir mais gastando 
menos. Porém, a alta do dólar acabou elevando os custos para produzir, pois vários insumos são importados. “Sim, os custos aumentaram, 
mas a receita aumentou ainda mais, sinalizando que estamos sendo competitivos no mercado internacional”, relata Luiz Roberto Barcelos, 
presidente da Abrafrutas e da Câmara Setorial de Fruticultura do Mapa. 
Conforme Eduardo Brandão, da CNA e da Abrafrutas, a expectativa para 2016 é de que o resultado em dólar cresça o mesmo percentu-
al (3,8%) do ano anterior. Os envios poderão continuar sendo afetados pelo clima desfavorável. No entanto, essa possível redução tende a 
ser compensada pelo aumento do número de produtores que passaram a exportar, estimulados pela diferença do câmbio. Para manter uma 
trajetória de crescimento das exportações, vários desafios precisam ser superados. De acordo com Brandão, o setor precisa investir ainda 
mais na capacitação dos produtores, visando as boas práticas agrícolas e a qualidade, pois o mercado externo é muito exigente. A maioria 
dos fruticultores não exporta, por não conseguir atender a essas exigências. Igualmente são prioridades a busca de novos mercados e a re-
dução de barreiras tarifárias e fitossanitárias.
MAnGA, Melão, liMão, uVA, 
MAMão, MAçã e MelAnCiA 
ForAM As PreFeridAs
Sí
lv
io
 Á
vi
la
21
BBrazilian fresh and processed fruit export-ers, contrary to other sectors in the national economy, benefited from the high value of the dollar against the national currency in 2015. In January, the monthly average of the dollar against the real was R$ 2.638,and in Decem-ber it reached R$ 3.869. This difference of al-most 50% was of fundamental importance 
for the Country to negotiate higher volumes 
and bring in higher values, compared to 2014. 
Without including juices, nuts and chest-
nuts, the shipment of fresh and processed 
fruit totaled 819.630 thousand tons in 2015, 
up 11.44% from the previous year. The ship-
ments brought in US$ 735.49 million, up 3.8% 
from the revenue in 2014. The numbers were 
released by the Brazilian Confederation of Ag-
riculture and Livestock (CNA), based on the 
Agrostat system, of the Ministry of Agriculture, 
Livestock and Food Supply (Mapa). 
Jointly with the result of nut and chestnut 
exports, the results jump to 854.805 thou-
sand tons and to US$ 888.817 million in rev-
enue, with increases of 17.52% and 12.59%, 
respectively. If this rhythm suffers no chang-
es, the sector hopes to accomplish the tar-
get of exporting fruits worth US$ 1 billion in 
2017, says Eduardo Brandão, technical advi-
sor to the Brazilian Confederation of Agricul-
ture and Livestock (CNA) and executive di-
rector of the Brazilian Association of Fruit 
Producers and Exporters (Abrafrutas). 
“Now, Brazil is also acknowledged in 
the international market for the quality of 
the products shipped abroad”, he adds. Fur-
thermore, the negotiated volume could have 
been bigger if the producers in some regions 
The exchange 
rate is on our side
FresH And ProCessed FruiT eXPorTs soAred 11.44% in VoluMe And 
3.8% in reVenue in 2015, FAVored By THe HiGHly VAlued dollAr
had not faced bad weather conditions. Water 
shortages have adversely affected the produc-
tion and the quality of the fruits in the North-
east. In the meantime, in the South, excessive 
rainfalls are likely to reduce the volume of ap-
ple exports in 2016. 
In their totality, the fresh, dried and 
processed fruits destined for the foreign 
consumers consist of various species, but 
some of them continue standing out over 
the others on the list of the most export-
ed fruits. In 2015, the biggest amount of 
revenue, US$ 184.342 million, came from 
the shipment of 156.337 thousand tons of 
mangoes. The result was up 17.52% in tons 
and 12.59% in revenue from 2014. With re-
gard to quantity, lemons outstripped man-
goes, with an annual shipment of 223.746 
thousand tons, up 13.66% from the pre-
vious year. Among fresh fruits, significant 
amounts of limes and lemons were ex-
ported (US$ 78.600 million), grapes (US$ 
72.349 million), papaya (US$ 43.675 mil-
lion) and apples (US$ 40.656 million).
THe PreFerenCe WAs For MAnGoes, 
Melons, leMons, GrAPes, PAPAyAs, 
APPles And WATerMelons
Sí
lv
io
 Á
vi
la
22
23
* As estatísticas de limão e lima estão agrupadas.
Fonte: Agrostat/Mapa.
Elaboração: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
eMBArQues – Shipments
exportações brasileiras de frutas frescas e secas, incluindo nozes e castanhas e preparados
FruTA 2014 2015 VAriAção 2014/15
 receita (us$ Fob) Volume (kg) receita (us$ Fob) Volume (kg) receita (%) Volume (%) 
Manga 163.727.732 133.033.240 184.342.375 156.337.273 12,59% 17,52%
Melão 151.817.079 196.850.024 154.298.760 223.746.193 1,63% 13,66%
Nozes e castanhas 132.749.046 25.899.791 153.329.793 35.174.957 15,50% 35,81%
Limão e lima 96.099.286 92.301.008 78.600.751 96.631.634 -18,21% 4,69%
Uva 66.835.277 28.368.960 72.349.100 34.398.467 8,25% 21,25%
Conservas e preparações
de frutas, excluindo sucos) 46.272.296 24.825.904 59.988.943 29.911.928 29,64% 20,49%
Mamão papaia 47.058.855 33.688.192 43.675.555 39.798.647 -7,19 18,14% 
Maçã 31.932.489 44.298.296 40.656.854 60.113.141 27,32% 35,70% 
Melancia 16.490.896 30.682.363 27.059.394 54.953.858 64,09% 79,11% 
Banana 31.750.237 83.944.504 24.916.992 80.905.478 -21,52 -3,62%
Outras frutas 20.959.870 6.156.573 20.709.874 7.320.096 -1,19% 18,90% 
Laranja 9.014.409 20.111.176 8.904.160 23.520.326 -1,22% 16,95% 
Figo 8.740.156 1.347.557 6.941.450 1.365.097 -20,58% 1,30%
Abacate 9.537.147 5.806.712 6.561.137 4.628.345 -31,20% -20,29%
Pêssego 4.704.486 3.333.896 2.162.072 1.770.908 -54,04 -46,88%
Abacaxi 1.228.615 1.447.140 1.331.874 1.822.917 8,40% 25,97% 
Coco 717.388 1.027.757 726.297 1.176.689 1,24% 14,49% 
Caqui 769.710 257.044 658.373 291.335 -14,46% 13,34%
Tangerina, mandarina, 
satsuma, etc. 19.644 43.350 519.169 525.300 2.542,89% 1.111,76%
Goiaba 443.961 170.776 498.963 203.936 12,39% 19,42%
Morango 218.083 28.913 319.258 37.244 46,39% 28,81%
Mangostão 39.338 15.130 92.781 16.243 135,86% 7,36%
Cereja 108.426 66.348 79.062 13.275 -27,08% -79,99%
Ameixa 6.711 843 13.616 1.923 102,89% 128,11%
Damasco 54.531 14.015 325 12 -99,40% -99,91%
Tamaras 117 12 210 24 79,49% 100%
Pêra – – 80.191 140.301 – –
Total 841.295.785 733.719.524 888.817.329 854.805.547 5,65% 16,50%
deVAluATion 
In general, most fruit species registered higher shipments abroad in 2015, but the same does not hold true for the revenue that was brought 
in, as it did not keep pace with the previous year, and in some cases it went down. Other agribusiness items are also being negotiated at lower 
prices in the foreign marketplace. This reality makes it mandatory for the Brazilian growers to produce more and spend less. However, the high 
value of the dollar ended up increasing the production costs, as several inputs are imported. “Of course, production costs went up, but revenue 
increased even further, signaling our competitive edge in the international marketplace “, says Luiz Roberto Barcelos, president of Abrafrutas 
and of the Fruit Farming Sectoral Chamber, a division of the Mapa. 
According to Eduardo Brandão, CNA and Abrafrutas official, the expectation for 2016 is for the result in dollars to go up the same percentage 
(3.8) of the previous year. The shipments are likely to continue suffering from the bad weather conditions. Nonetheless, this possible decrease 
tends to be compensated by the bigger number of growers that have adhered to exports, several challenges need to be conquered. According 
to Brandão, the sector needs to invest more in capacity building initiatives for the growers, with an eye on best agricultural practices and quali-
ty, once the foreign market is very discerning. Most fruit farmers do not export their produce simply because they are unable to comply with the 
requirements. Priorities also include the search for new markets and the reduction of the tariff and phytosanitary barriers. 
o seTor PreTende 
ConQuisTAr noVos MerCAdos 
e AMPliAr os Já eXisTenTes 
Sí
lv
io
 Á
vi
la
24
A
A Europa 
domina
CeM ClienTes 
Apesar de destinar grande parte do volume 
exportado para os países da UE, o Brasil ainda 
enviou quantidades variadas para 103 nações 
em 2015, de acordo com o sistema Agrostat/
Mapa. Dentre os países, o grupo dos 10 princi-
pais importou 734,425 mil toneladas em 2015. O 
maior volume, de 304,708 mil toneladas, foi ad-
quirido pelos Países Baixos (Holanda). 
A União Europeia continua sendo a principal via de 
comércio das frutas frescas e processadas produzidas no 
Brasil. Em 2015, quase 80% do total embarcado (735 mil 
toneladas) foi importado pela UE, conforme a Confede-
ração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O volu-
me negociado pelos exportadores brasileiros representa 
em torno de 3% da colheita nacional de frutas. Apenas 
10% da produção mundial é exportada. “O Brasil é um 
dos poucos países do mundo com capacidade de produ-
zir com qualidade uma grande variedade de frutas du-
rante o ano todo”, lembra Eduardo Brandão, assessor 
técnico da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA 
e diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produ-
tores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). 
O bloco da UE formado por 28 países importou 
628,242 mil toneladas de frutas frescas e processadas, 
incluindo nozes e castanhas, em 2015, de acordocom 
os números apontados pelo sistema Agrostat do Minis-
tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 
A transação resultou em US$ 584,715 milhões, um pou-
co menos do que os US$ 590,643 milhões obtidos em 
2014. “Os números confirmam que a demanda da região 
tem se mantido estável, e também não têm sinalizado 
tendência de aumento a curto prazo”, observa Brandão.
Segundo ele, uma das medidas para 
aumentar as exportações das frutas na-
cionais em 2016 será continuar a busca de 
novos mercados e ampliar os que já existem. 
“A abertura de novos mercados se dá mediante 
análise de riscos de pragas, acordos comerciais e 
remoção de barreiras fitossanitárias e tarifárias”, ex-
plica Luiz Roberto Barcelos, presidente da Câmara 
Setorial de Fruticultura do Mapa, e também da Abra-
frutas. A falta de acordos bilaterais com países da Eu-
ropa e da Ásia e com os Estados Unidos tem reduzido 
a competitividade das frutas brasileiras frente aos prin-
cipais concorrentes da América do Sul, como Chile e 
Peru. Esses países fecharam acordos e exportam com 
tarifa reduzida ou nula, enquanto a tarifa média im-
posta às frutas nacionais é de 10%.
Uma maior participação da fruta brasileira no mer-
cado internacional também depende da ampliação 
da capacidade de produção de frutas com qualida-
de e sustentabilidade por parte dos produtores. “O 
fruticultor exportador deverá focar no cuidado 
com o meio ambiente, a segurança alimentar e 
a responsabilidade social, sob risco de perder 
mercados já conquistados”, relata Barcelos.
FruTAs BrAsileirAs ForAM eXPorTAdAs PArA MAis de 
100 PAÍses eM 2015, MAs só os 28 dA união euroPeiA 
iMPorTArAM QuAse 80% do ToTAl enViAdo
Fonte: Agrostat/Mapa.
TroCAs – Exchanges
Balança comercial das frutas frescas e processadas,
incluindo nozes e castanhas, sem sucos
 2014 2015
 Valor (us$ FoB) Volume (kg) Valor (us$ FoB) Volume (Kg)
Exportações 841.295.785 733.719.524 888.817.329 854.805.547
Importações 936.287.537 607.537.308 718.036.387 519.584.805
Diferença exp/imp -94.991.152 126.182.216 170.780.942 335.220.742
25
TBrAZiliAn FruiTs Were eXPorTed To uPWArds oF 100 CounTries in 2015, BuT 28 CounTries in euroPe PurCHAsed AlMosT 80% oF All sAles ABroAdThe European Union continues as the main negotiating route for fresh and pro-cessed fruits produced in Brazil. In 2015, almost 80% of all fruit shipments abroad 
(735 thousand tons) were purchased by EU 
countries, according to numbers released 
by the Brazilian Confederation of Agriculture 
and Livestock (CNA). The volume negotiated 
by the Brazilian exporters represents about 
3% of the entire national crop. Only 10% 
of global fruit production is exported. “Bra-
zil is one of the few in the world with the 
capacity to produce with quality a big vari-
ety of fruits all year round “, recalls Eduardo 
Brandão, technical advisor to CAN’s Fruit 
Growing National Commission and execu-
tive director of the Brazilian Fruit Growers–
Exporters Association (Abrafrutas). 
The EU bloc, made up of 28 countries, 
imported 628.242 thousand tons of fresh 
and processed fruits, including nuts and 
chestnuts, in 2015, according to figures re-
leased by the Agrostat system of the Minis-
try of Agriculture, Livestock and Food Sup-
ply (Mapa). The transaction brought in 
revenue of US$ 584.715 million, a little less 
than the US$ 590.643 million obtained in 
2014. “The numbers attest that demand in 
the region has continued stable and has not 
signaled any rising trend in the short run “, 
observes Brandão.
According to him, one of the initiatives 
towards expanding our national fruit ex-
ports in 2016 will consist in continuing 
the search for new markets, whilst expand-
ing the existing ones. “The opening of new 
markets requires an analysis of the risk of 
pests, trade agreements and the removal of 
phytosanitary and tariff barriers”, explains 
Luiz Roberto Barcelos, president of the Fruit 
Farming Sectoral Chamber, a division of the 
Mapa, and Abrafrutas has also a say in it. The 
lack of bilateral agreements with countries 
in Europe and Asia and with the United 
States has negatively affected the competi-
tiveness of Brazilian fruit against its compet-
itors in South America, countries like Chile 
and Peru. These countries have signed 
agreements and their exports incur a small 
tariff, or no tariff at all, while the average tar-
iff levied on our national fruits is 10%.
A bigger share of Brazilian fruits in the 
international market also depends on the 
expansion of the farmers’ capacity to pro-
duce more fruit with quality and sustain-
ability. “Fruit growers who export their fruit 
should keep their focus on the environ-
ment, food security and social responsibil-
ity, at risk of losing previously conquered 
markets”, Barcelos says.
Europe is the 
main destination
A Hundred ClienTs 
In spite of destining a huge part of the volume exported to EU countries, Brazil equally shipped 
huge amounts to 103 countries in 2015, According to the Agrostat/Mapa system. Among the 
countries, the group of the 10 major importers, purchased 734.425 thousand tons in 2015. The 
biggest volume, of 304.708 thousand tons, was acquired by the Netherlands (Holland). 
26
THe seCTor 
inTends To 
ConQuer neW 
MArKeTs And 
eXPAnd THe 
eXisTinG ones
Ro
bi
sp
ie
rr
e 
G
iu
lia
ni
27
Fonte: Agrostat/Mapa.
PAÍs 2014 2015
 Valor (us$ Fob) Volume (kg) Valor (us$ Fob) Volume (kg)
Países Baixos (Holanda) 258.332.100 266.867.097 267.351.627 304.708.740
Reino Unido 137.165.964 123.046.835 142.982.005 133.218.291
Estados Unidos 96.983.738 42.334.183 141.390.898 58.835.214
Espanha 73.395.646 87.600.423 72.749.989 97.200.478
Portugal 25.751.173 19.325.496 26.537.257 24.324.307
Alemanha 23.081.110 15.439.073 25.542.254 15.911.640
Canada 25.214.917 13.155.033 22.054.351 11.217.455
Argentina 16.078.381 25.003.741 19.574.177 30.481.310
Emirados Árabes Unidos 13.508.356 12.510.664 18.936.777 18.516.097
Uruguai 16.799.457 35.839.519 14.140.928 40.011.633
Sub-total (10 países) 683.310.842 641.122.064 751.260.263 734.425.165
Outros 93 países – – – –
Total 841.295.785 733.719.524 888.805.547 854.805.547
PrinCiPAis desTinos – Main destinations
exportação de frutas frescas e processadas, incluindo nozes e castanhas, por país de destino
MAis no norTe 
Conforme o agrônomo Paulo Fernando de Souza Andrade, da Seab, do Paraná, grande parte das frutas produzidas no mundo é de clima temperado, cul-
tivadas e consumidas principalmente no Hemisfério Norte. As espécies tropicais e sub-tropicais possuem elevado potencial de consumo, mas apenas a ba-
nana tem presença marcante no mercado externo. A oferta de determinada fruta é possível ao longo do ano, pois a comercialização internacional se com-
plementa com produções dos hemisférios Norte e Sul. Há 20 anos, a produção da fruticultura mundial superava as 500 milhões de toneladas.
Planeta fruta
AApenas três países respondem pela oferta de quase 50% da pro-dução mundial de frutas frescas. Estima-se que no mundo sejam produzidas cerca de 800 milhões de toneladas de frutas, em área de aproximadamente 61,4 milhões de hectares. Esses resultados são do ano de 2012, o último dado divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A participação de China, Índia e Brasil foi de 227,5 milhões de 
toneladas, 72,5 milhões de toneladas e 41 milhões de tonela-
das, respectivamente. 
A soma do volume do quarto ao décimo maior produtor de 
frutas representou 17,5% do total produzido. As posições eram 
ocupadas, pela ordem, por Estados Unidos, Turquia, Indoné-
sia, México, Irã, Filipinas e Espanha. Em média, 90% das fru-
tas colhidas no mundo são consumidas no país de origem. 
Apenas 10% é negociado no mercado internacional. Isto re-
presenta oportunidade para a fruticultura brasileira, que pro-
duz grandevariedade de espécies, podendo conquistar mercados 
tanto para as mais consumidas quanto em nichos especiais.
Naquele ano, as principais frutas produzidas no mundo foram 
banana, melancia, maçã, laranja e uva, que, juntas, responderam por 
59% do volume total, conforme relatório do engenheiro agrônomo Pau-
lo Fernando de Souza Andrade, responsável pela área de fruticultura da 
Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), do Paraná. Destas espécies, 
a campeã de produção foi a banana, com 139,1 milhões de toneladas. A melan-
cia ficou em segundo lugar, com 105,4 milhões de toneladas. As posições seguin-
tes foram ocupadas por maçã (76,4 milhões de toneladas), laranja (68,2 milhões de 
toneladas) e uva (67 milhões de toneladas).
Na China, as mais ofertadas foram melancia, maçã, manga, melão, tangerina, pera, pêsse-
go, nectarina e ameixa. Já as mais representativas na Índia foram banana, coco, manga, aba-
caxi, limão/limas e castanha-de-caju. As frutas mais ofertadas aos brasileiros eram laranja, banana, 
coco, abacaxi, mamão, castanha-de-caju, caju e castanha do Brasil. Laranja e banana continuaram 
predominantes no País. Para os próximos anos, maiores aumentos de volumes são estimados para 
melão (39,3%), mamão (31,2%) e manga (25,9%), segundo a publicação Projeções do Agronegó-
cio – Brasil 2014/15 a 2024/2025, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A oFerTA MundiAl de FruTAs esTá esTiMAdA eM 800 
MilHÕes de TonelAdAs Ao Ano, sendo Que APenAs A 
CHinA resPonde Por 227,5 MilHÕes de TonelAdAs
28
T
Fonte: FAO. – Elaboração: Seab/Paraná.
Principais países produtores de frutas – 2012
sorTiMenTo – Variety
PAÍs área (ha) Produção (t) Participação %
China 14.401.937 227.492.666 29,4
Índia 6.360.595 72.472.580 9,4
Brasil 2.442.786 41.023.611 5,3
Estados Unidos 1.221.109 29.244.549 3,8
Turquia 1.369.662 20.727.160 2,7
Indonésia 836.676 18.395.004 2,4
México 1.314.425 17.526.306 2,3
Irã 1.251.409 17.221.650 2,2
Filipinas 1.247.551 16.485.422 2,1
Espanha 1.584.900 15.720.947 2,0
Demais 196 países 29.351.667 297.533.116 38,4
Total 61.382.717 773.843.011 100,0
Sí
lv
io
 Á
vi
la
Planet fruit
GloBAl FruiT suPPlies Are esTiMATed AT 800 Million Tons 
A yeAr, And CHinA Alone ACCounTs For 227.5 Million Tons
Three countries in the world account for 
the almost 50% of all fresh fruits produced in 
the world. Global fruit production is estimat-
ed at 800 million tons a year, and the planted 
area reaches approximately 61.4 million hect-
ares. These are the results of the year 2012, the 
latest statistical numbers released by the Food 
and Agriculture Organization of the United 
Nations (FAO). The share of China, India and 
Brazil totaled 227.5 million tons, 72.5 million 
tons and 41 million tons, respectively. 
The sum of the volume from the fourth 
to the tenth biggest producers represented 
17.5% of the total. The positions were oc-
cupied in the following order: the United 
States, Turkey, Indonesia, Mexico, Iran, the 
Philippines and Spain. On average, 90% of all 
fruits produced in the world are consumed in 
their countries of origin. Only 10% of the fruits 
are traded in the international marketplace. 
It represents an opportunity for Brazil’s fruit 
growing business, characterized by a big vari-
ety of fruit species, with the chance to conquer 
markets for the most consumed fruits, along 
with special niche markets.
In 2012, the main fruits produced in the 
world were bananas, watermelons, oranges and 
grapes, which, together, accounted for 59% of 
the total volume, according to agronomic engi-
neer Paulo Fernando de Souza Andrade, respon-
sible for the fruit department at the Secretariat of 
Agriculture and Supply (Seab), in Paraná. Of all 
these species, the leader in production was the 
banana, with 139.1 million tons. Watermelons 
came second, with 105.4 million tons followed 
by apples (76.4 million), oranges (68.2 million 
tons) and grapes (67 million tons).
In China, the most produced fruits were 
watermelons, apples, mangoes, melons, tan-
gerines, pears, peaches, nectarines and plums. 
The most representative fruits in India were ba-
nanas, coconuts, mangoes, pineapples, lemons/
limes and chestnuts. The most produced fruits 
in Brazil were oranges, bananas, coconuts, pine-
apples, papayas, chestnuts, cashew nuts and 
Brazil nuts. Oranges and bananas continued 
predominating in Brazil. Over the coming years, 
bigger increases in volume are expected for 
melons (39.3%), papaya (31.2%) and mangoes 
(25.9%), according to the publication Agribusi-
ness Projections - Brazil 2014/15 to 2024/2025, 
of the Ministry of Agriculture, Livestock and 
Food Supply (Mapa).
FurTHer norTH 
According to agronomist Paulo Fernando de 
Souza Andrade, from Seab, in Paraná, a huge por-
tion of all fruits produced in the world come from 
temperate climate zones, cultivated and consumed 
mostly in the Northern Hemisphere. All tropical and 
subtropical species enjoy a huge consumption po-
tential, but only bananas have a significant presence 
in the foreign market. The supply of specific fruits is 
possible over the year, as the international trade re-
lies on fruits produced in the North and South Hemi-
spheres. Twenty years ago, global fruit production 
reached more than 500 million tons. 
29
O sol é para todos
PPara promover, ser a cara e a assinatura das frutas brasileiras para o mundo, o setor fruticultor lançou em 2015 a marca “Frutas do Brasil: Gif-ted by the Sun”. A nova identidade objetiva ressaltar a riqueza da fruticultu-ra nacional, principalmente para Europa, Estados Unidos e Oriente Médio. Es-tará estampando toda a comunicação visual de estandes brasileiros em feiras e convenções internacionais. O Projeto Frutas do Brasil é parceria institucional da Associação Brasileira dos Pro-dutores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) com a Agência Brasileira de 
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Conta ainda com o apoio da 
Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A meta das entidades é dobrar 
em 2020 a exportação de 2015, de 819,63 mil toneladas de frutas frescas e processadas.
Em 2016, o selo do projeto “Frutas do Brasil: Gifted by the Sun (presenteado pelo 
sol)”, representado por um colibri (gênero de beija flor), foi apresentado no maior even-
to de fruticultura do mundo, a Fruit Logistica Berlim, que ocorre todos os anos no início 
de fevereiro. De acordo com a Abrafrutas, a marca foi destaque no estande brasileiro de 
400 metros quadrados e representa a garantia de qualidade e de sabor das frutas exporta-
das pelas 26 empresas presentes nesta edição do evento. 
Mais de 70 mil pessoas de 135 países passaram pela feira entre os dias 3 e 5 de feve-
reiro. Melões, melancias, bananas, mamões, uvas, limões, abacaxis, laranjas, maçãs, abaca-
tes, mangas e polpas congeladas foram disponibilizados para degustação. O pavilhão bra-
sileiro foi decorado com painéis e banners que estamparam a marca “Frutas do Brasil”. 
A Fruit Logistica inclui os principais países produtores e compradores de frutas frescas 
e processadas. “Estamos buscando cada vez mais promover o produto brasileiro no exte-
rior, mostrando o que conquistamos com a qualidade e o sabor das frutas ressaltadas pela 
tropicalidade do País”, explica Tom Prado, presidente da Comissão Nacional de Fruticul-
tura da CNA. Ele acrescenta que, hoje, o Brasil é reconhecido em âmbito internacional 
pela qualidade dos produtos que exporta.
“A participação na Fruit Logistica Berlim em 2016 proporcionou estar na maior vitri-
ne de frutas do mundo”, destaca Luiz Roberto Barcelos, presidente da Abrafrutas. Em 
sua opinião, quem quer exportar esteve no lugar certo, pois a feira reuniu todos os 
players desse negócio. Inclusive, Estados Unidos, países da Europa e da Ásia demons-
traram interesse em fechar negócios.Segundo Barcelos, os países asiáticos, com destaque para a China e o Japão, es-
tão cada vez mais receptivos às frutas do Brasil. “Recebemos a visita de inspetores 
chineses no início do ano interessados em conhecer como as frutas cearenses são 
produzidas e constatar se realmente são livres de pragas”, relata. Ainda para o pri-
meiro semestre de 2016 está prevista nova visita de prováveis clientes, os japone-
ses. “Estamos muito otimistas com a visibilidade que nossos produtos estão ga-
nhando no mercado”, diz.
MArCA lAnçAdA eM 2015 PArA ProMoVer As FruTAs 
do BrAsil Foi APresenTAdA nA FruiT loGisTiCA 
BerliM, A MAior FeirA MundiAl de FruTiCulTurA
30
liMiTAçÕes 
Pontos que preocupam as entidades representativas, com impacto direto no crescimento da fruticultura brasileira, são a infraestrutura 
e a logística, ainda longe de atenderem às necessidades do agronegócio. “Hoje, temos sérios problemas em virtude da precariedade das ro-
dovias do País, por onde é transportada a produção em direção aos portos. A grande maioria das frutas é enviada por via marítima”, obser-
va Luiz Roberto Barcelos, presidente da Abrafrutas. Acrescenta que os produtores enfrentam dificuldades com a cadeia de frio, uma vez que 
as cargas devem ser frigorificadas e a maioria dos portos não tem este tipo de estrutura disponível.
AçÕes de ProMoção 
PodeM leVAr o PAÍs A 
eMBArCAr o doBro eM 2020
D
iv
ul
ga
çã
o
31
W
liMiTATions
Issues that cause concern among the representative entities, with direct impact upon the growth of Brazil’s fruit growing business, in-
clude infrastructure and logistics, still a long way from meeting the needs of agribusiness. “Now, we have serious problems by virtue of the 
poor road conditions across the Country, making it difficult to transport the grains to the ports. Most fruit shipments abroad rely on maritime 
transportation”, observes Luiz Roberto Barcelos, president at Abrafrutas. He adds that the producers face difficulties with the cold chain, 
once most cargoes require cool stores but the majority of the ports do not have these facilities.
The sun 
shines for all
With the idea promote, be the face and 
bear the signature of Brazilian fruit for the 
world, the fruit sector launched the logo 
“Brazilian fruits: Gifted by the Sun”. The new 
objective identity highlights the wealth of 
our national fruit farming business, especial-
ly to Europe, the United States and the Mid-
dle East. It will be displaying the entire visu-
al communication of the Brazilian stands in 
international fairs and conventions. 
The Brazilian Fruits Project is an insti-
tutional partnership of the Brazilian Fruit 
Growers-Exporters Association (Abrafrutas) 
with the Brazilian Trade and Investments 
Promotion Agency (Apex-Brasil). It also re-
lies on support from the Brazilian Confed-
eration of Agriculture and Livestock (CNA). 
The target of the entities is to double the 
2015 export volume of 819.630 thousand 
tons of fresh and processed fruit, by 2020.
In 2016, the logo of the “Frutas do Bra-
sil: Gifted by the Sun”, represented by a styl-
ized hummingbird, was presented at the 
biggest fruit event in the world, the Fruit Lo-
gistica Berlin, held in Berlin, in February ev-
ery year. According to Abrafrutas officials, 
the logo on the 400 square meter Brazilian 
stand captured the attention of visitors. It 
represents quality and taste assurance of the 
fruits exported by 26 companies attending 
this year’s edition of the event. 
The three-day event, 3 to 5 February, at-
tracted upwards of 70 thousand people, 
coming from 135 countries. Melons, water-
melons, bananas, papayas, grapes, lemons, 
pineapples, oranges, apples, avocados, man-
goes and frozen pulps were available for 
tasting. The Brazilian pavilion was decorat-
ed with panels and banners that displayed 
the logo “Frutas do Brasil”. 
Fruit Logistica includes all major pro-
ducers and buyers of fresh and processed 
fruit. “We are deeply engaged in promot-
ing the Brazilian fruits abroad, displaying 
what we have conquered in terms of qual-
ity and taste, enhanced by our tropical cli-
mate”, explains Tom Prado, president of 
CAN’s National Fruit Growing division. He 
adds that, currently, Brazil is international-
ly acknowledged for the quality of the prod-
ucts shipped abroad.
“The participation in the 2016 Fruit Lo-
gistica Berlin put Brazil into the global fruit 
showcase”, says Luiz Roberto Barcelos, pres-
ident at Abrafrutas. In his opinion, all would-
be exporters were in the right place, as the 
fair brought together all the players of this 
business. Countries like the United States, 
European and Asian nations were greatly in-
terested in closing business deals. 
According to Barcelos, Asian countries, 
especially China and Japan, are increasing-
ly becoming interested in Brazilian fruits. “At 
the beginning of the year, we were visited by 
a Chinese delegation of inspectors interest-
ed in learning about the manner fruits are 
produced in Ceará, and check if they are re-
ally free from pests”, he says. For the first half 
of 2016, a Japanese delegation, possible fu-
ture clients, is supposed to visit the fruit belt. 
“We are very optimistic at the visibility of our 
products in the market”, he says. 
loGo lAunCHed in 2015 To ProMoTe BrAZiliAn FruiT WAs 
PresenTed AT THe FruiT loGisTiCA Berlin, THe World’s leAdinG 
TrAde FAir For THe FresH FruiT And VeGeTABle Business
D
iv
ul
ga
çã
o
32
ProMoTionAl iniTiATiVes 
Could leAd THe CounTry To 
douBle iTs eXPorTs By 2020
o
PArá É o MAior ProduTor 
nACionAl dA FruTA, CoM 
372 MilHÕes de unidAdes
As principais MAIN FRUITInor
 A
g.
 A
ss
m
an
n
34
oO abacaxi descasca uma realidade ainda positiva em 2015 (incremento de 0,73% na área e de 0,25% na produção), mesmo com a continuidade da seca na principal região produtora, o Nordeste. Os nordestinos detêm 36% do total produzido no País e tiveram re-cuos, em especial nos principais estados (Paraíba, o segundo maior; Bahia, quarto colocado; e Rio Grande do Norte, oitavo). A região Norte, segunda maior produtora, com quase 30% do total, registrou os maiores acréscimos no ano: 277,94% no Tocantins (11º no País) e 14,25% no Pará, atual líder nacional. O Sudeste, que contribui com 28% do montante global, registrou incre-
mentos em Minas Gerais (terceiro maior produtor) e São Paulo (quinto maior).
A elevada percentagem ocorrida no Tocantins pode ser explicada, segundo o pesquisador José 
Souza, da área de socioeconomia da Embrapa Mandioca e Fruticultura, sediada em Cruz das Almas, 
na Bahia, por ter havido recuperação diante da redução expressiva no ano anterior, com valores abai-
xo da média histórica. De toda forma, é verificado apoio no Estado para desenvolver a cultura. O 
mesmo ocorre no líder Pará, que ainda destaca condições edafoclimáticas favoráveis e produtivida-
de média superior à nacional (30,7 milhões de frutos por hectare em 2015, contra 26,4 milhões de 
frutos por hectare na média do País). Em 2015, produziu 372,7 milhões de unidades.
O município de Floresta do Araguaia, na região Sudeste do Pará, “é o maior produtor nacio-
nal e apresenta a maior indústria de suco concentrado da fruta no Brasil, com capacidade para 4 
mil toneladas/mês, exportando para países da União Europeia e do Mercosul”, acentua o Bole-
tim Agropecuário 2015 da Secretaria de Agricultura do Estado. Não por acaso, é do líquido de 
abacaxi que vem a melhor notícia de 2015 na cultura: a exportação do suco cresceu 370,98% 
em relação a 2014, no valor obtido. Foram pagos US$ 2.332,68 por tonelada, o maior preço 
médio alcançado desde 2001, conforme pesquisa de José Souza, da Embrapa.
Virou suco
Ao GosTo dA euroPA
O total exportado em suco de abacaxi atingiu US$ 17,4 milhões em 2015. Os principais blocos compradores, de acordo com as informaçõesle-
vantadas pelo pesquisador José Souza, da Embrapa, foram: Europa (73,5%), América do Sul (16,8%) e América do Norte (9,7%). Já no fruto fresco 
ou seco vendido ao exterior, o valor apurado ficou um pouco menor (4,1%), mas em volume ocorreu aumento, de 16,27%. Se for incluído o fruto pre-
parado ou conservado, a receita também cresceu (8,4%) e a quantidade chegou a aumentar 25,97%. A exportação da fruta, no entanto, é pequena, 
com menos de 1% do total. É destinada basicamente ao mercado doméstico e ao suco, que vai ganhando seu espaço no exterior.
A demanda leva os estados produtores a continuar investindo na cultura e a desenvolver tecnologias, no âmbito de variedades e manejos. Tam-
bém o segundo maior produtor, e que já esteve na liderança, o Estado nordestino da Paraíba – que em 2015 deve registrar diminuição de 8,47%, 
para 290,7 milhões de frutos –, anunciou em meados do ano um programa de revitalização da cultura. A iniciativa envolve o governo do Estado e 
uma empresa de sucos, com o objetivo de alavancar a produção e atender às necessidades de maior oferta do apreciado e valorizado sumo da fruta. 
Abacaxi PINEAPPLE
GrAnde iMPulso nA eXPorTAção de suCo eM 2015 
Foi o diFerenCiAl nA CulTurA do ABACAXi, Que 
MAnTÉM CresCiMenTo, eM esPeCiAl nA reGião norTe
AbAcAxi
35
T
Just juice
The pineapple is a harbinger of a pos-
itive reality in 2015 (increase of 0.73% in 
planted area and 0.25% in production), 
in spite of the prolonged drought in the 
main producing region, the Northeast. 
The northeastern farmers account for 36% 
of the total crop in the Country but the 
volume of pineapples harvested shrank in 
most major states (Paraíba, the second big-
gest; Bahia, fourth biggest producer; and 
Rio Grande do Norte, eighth in produc-
tion volume). The North, region that ranks 
as second biggest producer, with near-
ly 30% of the total, registered the highest 
increases of the year: 277.94% in Tocan-
tins (11th in the Country) and 14.25% in 
Pará, current national leader. The South-
east, whose share amounted to 28% of the 
world total, registered bigger harvests in 
Minas Gerais (third biggest producer) and 
São Paulo (fifth biggest).
The explanation for the high percent-
age that occurred in Tocantins, according 
to researcher José Souza, from the socio-
economic department of Embrapa Cassa-
va and Fruit Farming, based in Cruz das Al-
mas, State of Bahia, lies in the fact that there 
sHArP rise oF JuiCe eXPorTs in 2015 MAde A diFFerenCe in THe 
PineAPPle CroP, WHiCH ConTinues risinG, esPeCiAlly in THe norTH
Sí
lv
io
 Á
vi
la
36
PleAsinG THe PAlATe in euroPe
Total pineapple juice exports brought in revenue of US$ 17.4 million in 2015. The main importing blocs, according to information surveyed by Em-
brapa researcher José Souza, were as follows: Europe (73.5%), South America (16.8%) and North America (9.7%). Revenue from fresh or dried fruit sold 
abroad, was down 4.10%, but volume was up 16.27%. If pre-prepared or preserved fruits are included, revenue equally went up 8.4%, whilst the amount 
went up by 25.97%. Fruit exports, nonetheless, are still in their fledgling stage, less than 1% of the total, and they are basically destined for the domes-
tic market and for juices, now conquering their preferences abroad. 
It is demand that induces the producing states to continue investing in the crop and in new technologies, in the realm of varieties and management 
practices. On the other hand, the second-biggest producer, which was number one in the past, the Northeastern State of Paraíba – where in 2015 pro-
duction was down 8.47%, to 290.7 million fruit – announced, in mid-year, a revitalization program for the crop. The initiative involves the State Govern-
ment and a juice company, with the aim to leverage the crop and meet the ever-increasing demand for the delicious and highly valued juice of the fruit.
has been a recovery from the previous year, 
when values were below historical averag-
es. By all means, there is State support for 
establishing the crop. The same thing oc-
curs in Pará, the leading producer, where 
edaphoclimatic conditions were favorable 
and average productivity higher than in the 
entire nation (30.7 million fruit per hectare 
in 2015, against 26.4 million fruit per hect-
are in the Country). In 2015, production 
amounted to 372.7 million pieces.
The municipality of Floresta do Ara-
guaia, in the Southeast region in Pará is, 
according to the 2015 Agricultural Bulle-
tin of the State, “the biggest national pro-
ducer and home to the biggest pineapple 
juice concentrate industry in Brazil, with 
the capacity for 4 thousand tons a month, 
exporting to countries in the European 
Union and Mercosur”. Not by chance, it is 
the liquid of this fruit that gives rise to the 
best piece of news about the crop in 2015: 
in terms of revenue, juice exports were up 
370.98% from 2014. Prices amounted to 
US$ 2,332.68 per ton, the highest average 
achieved since 2001, according to a survey 
by José Souza, from Embrapa.
PArá is THe leAdinG nATionAl ProduCer 
oF THe FruiT, WiTH 372 Million uniTs
As principais MAIN FRUIT 37
Anos 2014 2015
Área colhida (hectares) 66.544 67.030
Produção (mil frutos) 1.762.938 1.767.938
Produtividade (frutos/hectare) 26.493 26.365
Fonte: IBGE/LSPA
Exportação fruta * (US$) 1.228.615 1.331.874
Exportação fruta * (kg) 1.447.140 1.822.917
Exportação sucos (US$) 3.693.320 17.391.004
Exportação sucos (kg) 2.155.469 7.455.378
Fonte: MDIC/Secex-Aliceweb
* Inclui abacaxis frescos ou secos e preparados ou conservados.
o ABACAXi desCAsCAdo – Skinned pineapple
C
PArá, PrinCiPAl ProduTor, 
lAnçA ForTe ProGrAMA de 
eXPAnsão do CulTiVo
Sí
lv
io
 Á
vi
la
38
C
Nas alturas
Colhido de palmeiras nativas das várzeas e dos iga-
pós da Amazônia e de cultivo ampliado em terra firme, 
o açaí fica a cada dia mais conhecido e é consumido 
de maneira crescente por suas propriedades nutritivas. 
energéticas e saudáveis. Ao crescimento da demanda 
e dos preços segue a necessidade de ampliar a produ-
ção, o que tem ocorrido no principal produtor, o Pará, 
inclusive deixando de lado os dados do extrativismo – 
baixos, e os únicos divulgados em nível nacional. O Es-
tado lançou, no início de 2016, o Programa de Desen-
volvimento da Cadeia Produtiva (Pró-Açaí), pelo qual 
pretende expandir em mais de 30% a área produtiva 
da cultura até 2020, e em mais de 35% a oferta do fruto 
até 2024, que hoje já passa de 1 milhão de toneladas.
O Pará registra nos últimos anos ampliação da área 
plantada com a cultura em terra firme e manejada nas 
várzeas, que deverá incrementar ainda mais nos próxi-
mos. No primeiro caso, a intenção é implantar mais 10 
mil hectares, em cultivo solteiro ou sistemas agroflo-
restais, em áreas abertas, como pastagens abandona-
das, envolvendo mil produtores. Nas várzeas, 40 mil 
hectares de açaizais deverão ser contemplados com 
técnicas de manejo e de enriquecimento, abrangendo 
cerca de 10 mil produtores familiares das regiões do 
Marajó e do Baixo Tocantins.
A incorporação de tecnologia ao processo é um dos 
pontos de destaque do programa, informa Luiz Pinto, 
diretor de Agricultura Familiar da Secretaria de De-
senvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). Nos 
plantios, por exemplo, a ideia é triplicar a produtivi-
dade com irrigação, passando da média de 4 t/ha para 
12 t/ha. Na produção de várzea, o avanço pretendido 
é de 2 para 6 t/ha. A Embrapa Amazônia Oriental, con-
forme o pesquisador João Tomé, deve-
rá fornecer material genético. Duas mil 
sementes já foram repassadas e outras oito 
mil estão previstas até o final do primeiro se-
mestre de 2017, com lançamento de nova cul-
tivar desenvolvida para terra firme.
O programa, que agrega ainda o Instituto de 
Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do 
Estado

Outros materiais